Cap – 2 - De Ovelha a Raposa.

Na manhã posterior...

Draco abriu os olhos relutante, odiava acordar mesmo que necessário. Dormir era bem melhor do que se cansar, trabalhando por exemplo, mesmo que ele adorasse sua ocupação e que seus estudos e projetos bem sucedidos fossem muito rentáveis, ainda sim eram de certa forma extenuantes.

Quando aspirou profundamente já desperto, sentiu cheiro de açúcar queimado, misturado a bacon, o que queria dizer que Harry estava fazendo o café da manhã e algo que ele tanto adorava: "banana caramelizada".

Com uma velocidade incrível, nada mais nada menos do que quarenta minutos depois, ele fez toda sua higiene, tomou seu banho, penteou os cabelos maravilhosos e colocou a roupa preferida dele, por coincidência a roupa que Harry também adorava que ele usasse, uma bermuda azul marinho de microfibra, com camiseta branca de algodão e chinelos de couro preto.

Um tanto provinciano, mas confortável para um dia de folga na companhia do moreno.

Em casa nada de vestes pesadas na presença de Harry, em respeito à natureza trouxa bastante presente nos atos do moreno.

Draco desceu as escadas para a sala com um ar moleque e foi direto a cozinha, quando chegou no aposento viu Harry de costas, vestido informalmente como de costume em seus raros dias de folga.

O moreno também usava bermuda, camiseta e chinelos. Harry mexia em uma panela fumegante, mas o sorriso de Draco sumiu completamente quando viu Dobby sentado em um canto da mesa saboreando um ultimo pedaço de banana e não era in natura.

Como Harry Potter teve coragem para distribuir a sobremesa preferida do seu amante para um simples serviçal? Não sabemos, mas por essa o loiro não esperava.

Harry se virou sorridente, passou as mãos no avental um pouco engordurado e veio em direção a Draco.

- Bom dia, meu Grey! - Apaixonadamente ele beijou os lábios do loiro que correspondeu sem a mesma vontade e sorriu mais ainda depois disso, sabendo que seu plano começara a dar certo.

- Bom dia. – Draco não se dera nem ao trabalho de ser simpático nem dizer "meu amor" ou algo correspondente, como fazia sempre depois que seu mau humor matinal se dispersava. O loiro fitava Dobby com tanta indignação que o elfo só não se engasgou por milagre.

Dobby se levantou saltitante, agradeceu Harry muitas vezes pela sobremesa, dizendo inocentemente que nunca provara nada tão delicioso. Draco somente se sentou a mesa, esperando sua parte. O elfo bem que tentou ser simpático, mas os dentes de Draco pressionados uns contra os outros tão amostra para ele era sinal de que se não sumisse rapidamente das vistas do loiro senhor, ele estaria encrencado.

Os olhos de Draco passeavam pelo tampo de madeira, pela pia e nada de banana caramelizada ali para ser saboreada por ele.

Harry foi gentil com a criatura serviçal e subitamente, para o contentamento de Draco o moreno dispensou Dobby por tempo indeterminado, uma espécie de miniférias, assim como explicara para o elfo de olhos arredondados.

Harry passou as mãos pelos ombros do marido antes de finalmente ir até o fogão desligar a chama que mantinha a alta temperatura da panela que dispersava uma fumaça adocicada. Tapou o recipiente, pegou a bandeja que tinha preparado para Draco em cima da pia e foi servi-la ao loiro, que nesse momento tinha o maxilar travado de raiva.

- Então, como foi A DROGA DO JOGO? – Perguntou Draco rudemente, com falta de tato entre dentes, enfiando o garfo com bastante força no prato cheio de mexido de ovos e bacon, com torradas bem lambuzadas de patê de peito de peru e duas panquecas.

- Quase fraturei o pescoço para capturar o pomo, mas você sabe, no final eu sempre venço. – Falou Harry convencido em duplo sentido, ignorando falsamente o modo com que Draco se referiu quase descontrolado sobre a partida.

- Você da sorte que eu não jogo mais, se não com certeza você teria o crânio fraturado... Novamente. – O loiro sorriu venenosamente tomando um gole do seu suco de laranja fresco. Harry ainda dissimulado também fazia seu desjejum na mesa de frente para Draco, despreocupado, contente.

O moreno esperava que pelo menos Draco perguntasse pela sobremesa, ou protestasse, mas orgulhoso do jeito que o loiro era, Harry tinha certeza que essa guerra fria demoraria bastante tempo, o tempo que Malfoy aguentaria sem seu doce preferido.

- Ah... Mas não fui eu quem preferiu ser um alquimista, pesquisador e inventor renomado! – Ironizou Harry provando uma de suas panquecas, ouvindo Draco bater os pés impaciente debaixo da mesa.

- É, você é muito estúpido para tal! – Ferroou Draco.

- Hei, vai com calma, não te fiz nada para que você me tratasse desse jeito! – Se defendeu Harry em resposta.

Draco largou os talheres com força dentro do prato, deixando voar o resto do seu café para todos os lados, levantando-se tempestuosamente dizendo:

- É exatamente esse o problema! VOCÊ-NÃO-FEZ-NADA-PARA-MIM! – Com isso o loiro saiu da cozinha a passadas fortes e largas, subiu a escada, batendo a porta do quarto. Harry apenas sorriu, agora viria à segunda tentativa de fazer Draco Malfoy se desculpar pelo menos uma vez ao longo de todos os seus anos de vida.

Horas e horas a fio. Malfoy no quarto trancado afundado nos seus projetos profissionais e Harry na sala, lendo. Nenhum dos dois com paciência ou com calma, para se olharem, ou se falarem.

Depois de uma tarde entediante, a noite veio e a preocupação de Harry com Draco já estava quase insuportável. Ele poderia checar o que o outro estava fazendo, mas sem se esquecer que, dessa vez, não poderia ceder, pelo menos uma vez teria que resistir e ser mais forte que Draco.

Pensando em como o loiro poderia se ajoelhar para ele e pedir desculpas, Harry subiu para ver como estava o animo do outro.

- Grey? Está tudo bem? – Falou Harry girando a maçaneta do quarto realmente preocupado.

Draco retirou o óculos do rosto, suspirando devagar, os largando em cima dos papeis em que trabalhava, aliviado por Harry enfim ter "cedido" e ter vindo perguntar como ele estava. Porém não respondeu de imediato e nem se mexeu diante de Harry parado a porta. A melhor estratégia naquele momento era fingir indiferença, como se conseguisse isso diante do moreno.

- O que você quer? – Perguntou o loiro juntando os papeis de cima da cama sem se importar com a armação de seu óculos, dobrado e embolado a papelada.

- Vim para ver se você está bem, passou a tarde toda trancado aqui no quarto, não conversou comigo, fiquei preocupado. – Harry mordeu os lábios um pouco aflito.

- Estava trabalhando. – Disse com sinceridade o loiro. - E você o que fez a sua tarde inteira de folga que não veio aqui antes?

- Lendo. – Smplificou Harry, aproximando-se de mansinho da cama, focado nas íris acinzentadas de Draco.

- Sei... – Desdenhoso, mas não convincente, Draco colocou os papeis de qualquer jeito na gaveta da mesinha de cabeceira e se encostou sobre um das inúmeras almofadas.

Harry se expandiu na cama como um felino, se aproximando de Draco languidamente e o beijou.

Pronto, estava quase tudo perfeito novamente. Os dois ficaram se beijando e se beijando, como se não tivesse mais nada de melhor no mundo além disso. Harry estava quase, quase cedendo, quase esquecendo, mas não o fez.

Depois de um momento tão apaixonado desses, o moreno sentiu Draco lhe abraçar com segurança. Aproveitando a oportunidade ele continuou com seu plano.

- Sabe o que eu fiz para você, Grey? – Disse Harry para o marido. Com um ar contente de adolescente entusiasmado o loiro perguntou:

- O que?

- É um doce. – Respondeu Harry malicioso.

Quem visse Malfoy mordendo os lábios assim, com tanto gosto teria certeza de que Draco era a pessoa mais dócil e sociável de todo mundo. Claro que isso sempre esteve longe de ser verdade, mas sua feição quase angelical era acima de qualquer coisa uma das mais belas visões, principalmente para Harry.

- Oh Harrrrryyyyy! – Draco afagou os cabelos desordenados do moreno, em seguida fez lhe um carinho com as costas dos dedos na face, desencadeando todas as reações possíveis no corpo do moreno, por conta de sua tara incontrolável por mãos, principalmente as de Draco que sempre foram perfeitas.

- Não vai ver com seus próprios olhos o que eu fiz? Está lá na cozinha!

Harry era tão bom para Draco, que às vezes, o loiro achava impossível de acreditar que aquele ser possuía algum tipo de maldade. Harry era no mínimo setenta porcento idiotice e trinta porcento bondade, na visão de Draco, certamente.

Draco beijou dedicadamente o pescoço do marido, em todos os pontos certos, como uma amostra do que aconteceria com o resto do moreno em um futuro bem próximo e saiu da cama a saltitos de felicidade.

Harry que sabia exatamente o que aconteceria com ele por causa do que Draco encontraria na panela, tratou de se esconder debaixo do chuveiro antes que um loiro muito raivoso voltasse para cobrar sua sobremesa de um jeito não muito romântico.

O moreno não podia negar a temperatura bem fria lhe faria bem para colocar suas ideias para atinar um pouco e baixaria o fogo que estava sentindo. Estava tão arrepiado de excitação que a água do chuveiro levou um segundo a mais para passar por seus pelos totalmente de pé, tamanha era a vontade de ir para a cama desfrutar de Draco, que seu animado corpo, precisou de um longo instante para que pudesse amainar seus hormônios, que eram tão rebeldes e teimosos como o resto dele.

Harry temeu por sua integridade física quando escutou a porta do quarto bater com violência, mas estranhou que a porta do banheiro continuasse completamente de pé e no lugar.

Draco chegou finalmente à cozinha e foi seco até a panela na boca do fogão e quando a destampou se deparou com a compota de damasco que ele gostava de comer "casualmente" com suas torradas francesas.

Quem Harry Potter pensava que era para fazê-lo descer assim tão esperançoso em direção a uma reles panela e ainda por cima o decepcionar dessa forma?

Mais que porra! Mil vez, porra! Ele não queria a merda da porcaria da compota feita da merda do damasco! Puta que pariu! Ele queria o caralho da porra da "banana caramelizada do cretino, imbecil, ridículo, cretino novamente, idiota do seu Harry!"

O loiro subiu as escadas prestes a ter um colapso nervoso de vontade de comer "banana caramelizada" pensando o que teria acontecido com Harry que voltara para casa depois de um jogo de quadribol que demorou dois dias seguidos, não reclamara da surpresa e nem de nada, não se machucara como sempre fazia para o loiro cuidar dele como sempre e ainda por cima não fizera o que tinha de fazer, a sobremesa preferida dele.

Draco bateu a porta do quarto com um ímpeto e já avançava para o banheiro quando se deteve em uma ideia.

Se fosse contra Harry, o moreno birrento, lhe daria o dobro de trabalho para conseguir o que ele queria, a maldita banana e um bom sexo selvagem de retorno ao lar.

Por outro lado, chantagem era perfeito nessa situação e como Harry raciocina um pouco mais lento a tudo que se refere à Draco, até que percebesse que foi induzido a fazer a sobremesa, o advento do "perdão" já estaria próximo de acontecer.

Mas como chantagear, Harry? Esconder alguma coisa dele? Não... Não... Muito infantil para seu estilo e Harry é tão tapado que demoraria meses sem perceber, a menos que fosse a varinha. Lhe agradar com presentes? Não... Deixaria de ser chantagem. Apelo sexual? Hum... Isso sim funcionava, pelo menos com ele funcionava! Agora só restava saber como Harry reagiria!

Foi simples como juntar dois e dois para dar quatro, Draco se colocaria bem sensual, dobraria Harry e o moreno ficaria completamente feliz e na manhã seguinte ele teria sua iguaria regada de calda com tudo que ele sempre costumava degustar.

Draco não se perturbou com sua higiene, a demora de Harry em ver se ele estava vivo lhe dera tempo suficiente para tomar um bom e demorado banho, o que consistia em duas horas do seu enfadonho dia.

Retirou a bermuda, sua camiseta, ficando somente com sua cueca boxer preta, deitando-se na cama escolhendo meticulosamente uma pose em que parecesse identicamente com um deus nórdico e com certa irritação esperou atento o barulho do chuveiro cessar.

Harry desconfiou que Draco tão irritado quando deveria estar, nem se quer colocou a cara na porta do banheiro, ou do box, para xingá-lo, ou lhe apontar a varinha em advertência, antes de tentar azará-lo.

Um passo a frente das tramoias do outro, o moreno já sabia que Draco lhe preparara alguma armadilha e totalmente desprovido de roupa ele se "armou" de coragem para encarar Draco sem sucumbir, firme ao plano de ver o loiro lhe pedindo desculpas.

Oh sim! Harry saiu nu, completamente nu do banheiro sem vapor algum. Com seu corpo novamente decorado por gotículas de água espalhadas por todos os sentidos da sua pele.

Seu porte de "bombeiro delicioso" esculpido pelos anos de exercícios físicos fez com que Draco prendesse a respiração em admiração e mordesse a própria boca tão forte que sentiu seu lábio inferior rasgar-se sobre a pressão de sua própria mordida.

La se foi todo o seu plano de chantagem, afinal teria que seduzir não ser seduzido daquela maneira quase gritante. Isso não era somente uma surpresa para o loiro, na verdade era "uma surpresa e tanto mais". Mesmo depois de tantos anos, o loiro não se acostumava e muito menos se cansava de babar em Harry.

- Meu Grey? – Harry chamou todo manhoso.

- Hum? – Grunhiu Draco sentindo um filete de sangue onde tinha mordido a boca com os olhos fixos no corpo de Harry.

- Acho que estou um pouco tenso, você pode me fazer uma massagem?

Oh Harry Potter era um cara mal, muito mal e Draco não pode deixar de sorrir malicioso.

- Claro. – Respondeu o loiro derretido.

Cinco minutos depois os dois estavam completamente entregues um ao outro, embolados na cama juntamente com o que sobrou do lençol que fora parar no chão conforme os dois corpos exigiam mais espaço.

Tão logo Harry se aproximou da cama desesperado por arrancar sem delicadeza alguma a cueca de Draco, tão logo seu desejo dobrou de tamanho e começou a sem enfurecer dentro dele.

Beijos calmos, carinhos com as mãos, com os corpos, todos os poros envolvidos tão transpirantes quanto deviam.

Harry beijava e mordiscava os mamilos de Draco, depois os soprava calidamente e acalmava-os, lambendo-os novamente, enquanto o loiro agarrava-se ao colchão em conformidade, sentindo as mãos de moreno atrevidas lhe tocar entre as coxas e em sua ereção tão proeminente.

Era um êxtase profundo, sentir o outro tão carinhoso e tão necessitado, lhe tocando de acordo com toda a sua vontade. Draco arfava, lamuriava, exigia e Harry lhe provava a carne com todos os sentidos.

Cobrindo o corpo esguio e definido do loiro o moreno se deitou sobre ele se encaixando entre as pernas do marido. Draco retesou os músculos, não desaprovando, ao contrario, prendendo o ar em antecipação. Sua garganta ressecada da respiração tão irregular contrastava com o suor de todo o seu corpo que se misturava ao de Harry.

Uma sinfonia de gemidos pairava pelo ar, conforme Draco beijava com paixão a boca de Harry, enquanto o moreno segurava firme, mas deliciado o quadril de Draco, no ângulo certo, que fazia o loiro esquecer o próprio nome.

Harry ditava o ritmo enquanto alternava os beijos pelos lábios e pelo pescoço manchado de seu companheiro. O loiro ondulava involuntariamente o corpo sob o ataque de Harry em uma tentativa muito bem sucedida em se misturar completamente ao moreno.

O coração de Draco martelava forte contra sua caixa torácica, sua circulação tão pungente se concentrando cada vez mais em sua ereção firme e mais um pouco ele desvaneceria. Harry tão perdido entre Draco, segurava o coração e a respiração no pomo de adão, acariciando as loiras mexas do marido se preparando para o passo seguinte.

Com o pouco de controle que lhe restava, Harry tocou Draco em seu baixo ventre o estimulando devagar, mas sem interrupção. Maravilhado com a visão do loiro que tinha as pálpebras semicerradas, a boca entre aberta, dissipando oxigênio aos poucos, tentando sorver mais ar para os pulmões ao mesmo tempo, tão submerso em prazer.

Harry beijou a barriga de Draco, descendo até seu ventre distribuindo lambidas úmidas, ainda estimulando o loiro, que beirava o limite. Quando o moreno lhe beijou a virilha Draco gemeu mais desesperado e com empolgação grunhindo alto, resmungando, estrangulando seu grito de prazer intenso por pouco, exigindo mais e mais atenção.

Harry aumentou a intensidade dos movimentos e logo depois sentiu a abençoada anatomia de Draco tremer e se liquefazer sobre seu tato e quase chegou o clímax diante da cena.

O corpo de Draco se retorceu em espasmos prazerosos enquanto ele sentia a sensação de felicidade lhe invadir, juntamente com as milhares de alterações químicas que lhe acometia.

Draco estava todo arrepiado, suado, molhado, mas não completamente satisfeito.

Harry se ergueu sobre ele novamente, respirando na medida do possível. Draco finalmente abriu os olhos. Suas íris eram tão reluzentes que pareciam iluminar o ambiente, seus lábios tão esticados para cima alegremente, que pensou que se a sua pele do rosto esticasse um pouco mais por conta do sorriso radiante se rasgaria.

O moreno lhe beijou a testa em um carinho amoroso, esticando o braço para que sua mão esquerda alcançasse a varinha dele que estava sobre a mesinha de cabeceira. Harry sentou-se sobre as pernas do outro e com um aceno de varinha mudou o local.

A cama feita novamente, as almofadas no lugar e até os "os sinais líquidos e pegajosos provenientes do corpo de Draco" desapareceram por completo.

Harry conjurou um pote de mel da cozinha, devidamente enfeitiçado para essas "necessidades de ultima hora" segurando firme o recipiente entre os dedos. Suas feições e seus gestos exalavam luxuria.

Draco engoliu seco, seu peito que amenizava as badaladas aos poucos começou a rugir novamente desmedido.

- Harry?

- Hum? – Respondeu o moreno em um sussurro rouco sem afastar seus olhos do corpo e das feições de Draco por um momento se quer.

- O que você vai fazer com esse mel? – A pergunta não era inocente, os olhos do loiro faiscaram libidinosamente, as maçãs do seu rosto se tornaram intensamente afogueadas. Draco sabia exatamente para que serviria o mel, só queria ouvir da boca do outro o quão Harry queria lhe provar, tendo doce envolvido ou não.

- Oh... É bem melhor eu mostrar do que dizer. – Com a medida sutileza de uma serpente Harry passou o melado sobre os lábios de Draco com o polegar tão delicado que o toque causou uma onda de arrepios no loiro.

Mergulhando o dedo no pote novamente o moreno levou a mão até o pescoço de Draco, fazendo um caminho brilhante com o indicador, lambendo o dedo com uma habilidade demoníaca, totalmente focado no seu amante, fazendo o membro do loiro se interessar novamente e o fez com tanta sensualidade que Draco gemeu ainda mais alto de ansiedade.

Sorrindo diabolicamente sem se aguentar mais tão calmo aparentemente, o moreno lambuzou de mel sua sensível ereção, pronto para possuir Draco.

O corpo do loiro amoleceu sob o seu, enquanto eles se olhavam fixos. Quando Harry se posicionou novamente entre as coxas do seu companheiro, ouviu Draco dizer mansinho.

- Vai com calma, Harry... – Embora o loiro não tinha bem certeza se era isso mesmo que ele queria.

Harry roçou seu nariz com o dele algumas vezes como chamego, apoiando-se em uma das mãos conforme cobria totalmente Draco, sentindo o aroma do doce sobre os lábios vermelhos e saltados do marido sem dizer uma só palavra para suspender o momento maravilhoso em que se encontrava sem deixar nada atrapalhar, mas não podia deixar de responder, tranquilizando Draco.

- Do jeito que você quiser, Grey. – Respondeu o moreno afastando seu corpo a distancia precisar para reconhecer o ponto que procurava em Draco, quebrando o contato olho no olho com o marido para dedicar a sua boca a pele tão saborosa de leite, abaixo da sua.

A pontinha da língua de Harry era macia, bem treinada e foi direto ao pescoço de Draco, seguindo o caminho dourado pelo mel na curva já castigada por um tremendo chupão que já havia registrado por ali.

Draco sentiu o moreno acariciar suas coxas e procurar com a mão a entrada do seu corpo. Tão logo Harry achou, tão logo se lançou literalmente de uma vez só dentro dele.

A principio uma pontada aguda e zangada fez Draco arquear as costas e grunhir surpreso, mas a sensação transitória de calor e frio ao mesmo tempo, percorreu sua espinha, derretendo seus ossos de tal forma, que fizeram seus músculos enfim relaxarem.

O moreno se preocupou com o grunhido de Draco e imediatamente procurou pelos olhos cinzentos do outro.

Draco tinha as feições um tanto alteradas no modo de ver de Harry, mas não havia nada em seus traços perfeitos e claros que indicava "dor excruciante".

Harry era firme e coeso, se movimentando dentro do loiro de acordo com os limites de Draco, mas delirava a cada investida por mais tímidas que fossem no momento.

As sensações, todas elas, eram tão mágicas e potentes que chegavam a ser assombrosas. O moreno, se permitiu somente fechar os olhos enquanto beijava Draco com exigência, sentindo o gosto doce impregnar em sua boca, enquanto gemia abandonado, em um jogo de domínio de dentes, lábios e línguas.

O ar lhe fugia dos pulmões pelo esforço, pela resistência e por se conter e assim ele foi deixando que o ritmo do seu corpo e do corpo de Draco que correspondia a cada movimento seu com muita vontade tomasse conta por si. Naturalmente que os movimentos ganhavam mais desenvoltura com a crescente necessidade do prazer de ambos.

Draco choramingava descompassado junto com Harry, que não reconhecia a própria voz lhe escapar em outra língua sibilada.

A medida que Harry lhe beijava mais feroz, lhe estocava mais apaixonadamente, Draco enterrava as unhas bem cuidadas de meia lua, com toda força que podia nas costa do moreno, lhe marcando profundamente por todos lugares que conseguia alcançar, incluindo as nádegas perfeitas de Harry.

Harry não sabia dizer por que toda vez que fazia amor com Draco sempre lhe parecia a primeira e ultima vez. Como se o sentimento deles e o ato em si fosse algo atemporal. O modo como se entregava, como via o loiro se entregando era tão distinto de tudo que já tinha ouvido das pessoas ao seu redor até hoje e isso era maravilhoso na mesma medida que o assustava.

Seu ser em ebulição o empurrava rapidamente para o ápice, atingindo todos os seus limites. Com um toque particularmente calculado e conhecedor, Draco lhe segurou pelos cabelos com força suficiente para doer, mas jamais sublimar o prazer intenso, incentivando, o levando a outro nível.

Incapaz de se conter, Harry acelerou com mais rudeza, aumentando o balanço de seu quadril, se enterrando no loiro com força.

Até que por fim Draco lhe chupou o pescoço com vontade, grunhindo depravadamente, derramando toda a sujeira falada que Harry tanto adorava, o tirando completamente da sanidade, levando o moreno a enterrar seu nariz no pescoço do loiro inalando o perfume único ali, o quanto conseguia, no cume de seu clímax.

Sem resistência alguma, muito ansioso por isso, seu corpo vibrou com violência, profundamente dentro de Draco, enquanto murmurava o nome do outro em língua de cobra, sem parar.

Draco gritou em êxtase, sentindo o membro de Harry dentro de si pulsar com força, se esvaziando, onda, sobre onda e não pode deixar de sentir a plenitude ao qual seu corpo se entregara com tudo, um momento depois, com os fluidos cúmplices do loiro entre os dois.

Harry se arrepiou mais ainda se era possível, sentindo-se pesado, com o batimento cardíaco em descontrole total. Milhares de cores e luzes passaram difusos por seus olhos fechados de alegria e satisfação com todas as sensações misturadas entre o suor e a exaustão.

Depois do orgasmo cegante atingido, Harry não conseguia mais se mover por causa da sensibilidade ampliada por todo a sua pele. Draco lhe afagou os cabelos assanhados por natureza, em um carinho terno e respeitoso, lhe beijou a face e com a voz fraca conseguiu falar:

- Anjo, foi ótimo e tudo, realmente de primeira, como sempre, mas puxa... Como você é pesado! – As palavras do loiro saíram com tanta despreocupação e com tanta inocência que Harry não pode deixar de rir.

- Você não estava reclamando até um minuto atrás, Grey! – Provocou Harry se apoiando nas mãos e nas pernas para deslizar para o lado.

Draco foi puxando para um abraço e logo se agarrou ao moreno nu e quente, encaixando seu rosto afogueado no peito liso de Harry, sentindo falta do corpo do moreno sobre o seu. Resmungou sim do peso, mas só por charme.

- Não reclamei antes por que estava entretido com você oras! – Defendeu-se Draco bastante relaxado, sentindo Harry acariciar suas bochechas com a mão livre.

- Ah... É assim que estão chamando agora? Entretenimento? – O moreno comentou feliz. Draco parecia um ser mitológico sublime dentro do seu abraço e tão inocentemente seguro sobre seu afago.

- Claro! Por que não? Vai me dizer que você também não estava entretido? – Perguntou Draco, levantando o rosto para olhar diretamente nos olhos hortelã do outro.

- Grey, uma das coisas que eu já desisti de fazer nessa vida é discutir, afinal, você sempre tem uma certa probabilidade de estar certo, mesmo que as suas chances sejam de zero vírgula zero, zero, um, sempre e as minhas certezas e provas sejam os outros noventa e nove, vírgula nove porcento restantes. – Com o sorriso mais glorioso o moreno beijou Draco afável na boca e com a mesma cumplicidade Draco correspondeu ao beijo.

Oh... Nada de cair no sono, a noite foi agitada pelos ritos da paixão que seguiram madrugada adentro com a mesma sede ao qual começaram. Quase de manhã já admitindo a exaustão aparente, Draco e Harry dormiram colados, suados, saciados em completo contentamento.

Draco já lânguido e sonolento fechou os olhos em descanso. Harry sussurrou algo no ouvido do loiro, que já dormindo superficialmente respondeu sincero.

- O que você quer que eu faça para o café da manhã?

Grunhindo em palavras moles Draco respondeu:

- Banana meu, quero... – Instintivamente o loiro comprimiu as sobrancelhas, mas logo suavizou, voltando a sua fisionomia angelical. Segurando a mão de Harry com um pouco mais de força ele disse umas três ultimas palavras antes que seu subconsciente começasse a lhe brindar com sonhos incríveis. – Elfo... Mau... Mato.

Harry fechou os olhos finalmente se entregando ao sono sorrindo, até dormindo Draco não deixava de ser insano e possessivo.


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NA: Site do c*! Depois de todos esses anos aqui eu ainda não consigo acertar a formatação, mas é isso ai! Bora seguir em frente!