NOTAS DO AUTOR:

Yo, Minna!

Trago mais um capítulo fresquinho para vocês! Veremos um pouco mais de Konoha e do círculo social da Sakura.

Boa leitura!*~

[…]

CAPÍTULO 3 - DESPEDIDA

[…]

Mezametemo mada koko ni iyou to omou yo

Mesmo que eu acorde, tenho certeza que ainda estarei aqui.

Sore ga yuuki to iu mono ka to mo omou yo

Acho que isso poderia ser o que chamam coragem.

[…]

Já havia amanhecido quando Sakura terminou o manuscrito detalhado sobre todos os procedimentos que realizava nos pacientes que acompanhava. Ela se levantou da cadeira em frente a escrivaninha e fechou o pergaminho de invocação daquele manuscrito, aplicando o selo que o faria desaparecer e voltar para a espera de uma nova invocação.

Na noite passada, depois de Itachi deixá-la e se recuperar do estado de choque, decidiu se ocupar agilizando seus afazeres pendentes. Analisou caso por caso que estava à sua espera, organizou os prontuários, deu baixa em outros, deixando pendente apenas entregar para a enfermaria para que pudessem dar as devidas altas, criou um manuscrito com fórmulas de remédios de sua patente que auxiliavam significativamente nos tratamentos de diversas doenças e por último, criou um manuscrito com todos os procedimentos, detalhados e específicos, que havia descoberto serem eficazes e que realizava quando necessário, assim sua ausência não afetaria o hospital.

O olhar cansado pairou sobre o relógio de parede acima da janela e uma lufada de ar escapou por sua boca, lamentando ter virado outra madrugada acordada.

Com parte de si conformada e parte não, massageou as têmporas depois de deixar o pergaminho sobre a mesa e fechou os olhos por alguns instantes, repassando em sua mente o que ainda faltava fazer. A primeira coisa que lhe surgiu foi a necessidade de ir falar com Hinata. Naruto merecia ser feliz e ela tinha que fazer o que fosse preciso para garantir isso e com essa motivação tomou um banho rápido, trocou-se às pressas e depois de pegar uma maçã, que serviria como seu café da manhã, foi para o distrito Hyūga.

Não demorou muito a chegar. Na verdade a espera pela primogênita do Líder do Clã Hyūga acabou levando mais tempo do que a caminhada até lá.

Compulsivamente olhava a sua volta, procurando ele. Era possível que a seguisse para todos os lados? Ele havia deixado claro que a vigiava e, na noite anterior, que a vigiava para ter certeza de que ela não quebraria o sigilo.

Outra questão juntou-se as outras para perturbá-la: o que havia mudado?

"As coisas mudaram. Um dia. Um dia e voltarei para buscá-la.".

O coração palpitou diante do pavor gravado em seu corpo e teve que fechar os olhos para isolar aquelas péssimas sensações. Não era fácil ignorar o que sua mente berrava, menos ainda o que seu corpo mostrava, mas estava obstinada a fazer o que era preciso, porque compreendeu que a partir do momento que Uchiha Itachi a escolheu e se posicionou sobre levá-la, ela não tinha chance alguma de escapar sem que sacrifícios fossem feitos.

Seria capaz de criar uma situação que infringisse perdas com confrontos desnecessários? Porque se ela contasse à Tsunade isso seria garantido, pois sua Mestra moveria céu e terra para protegê-la, como faria com qualquer cidadão de sua responsabilidade.

Não. Ela não seria capaz.

E a quem queria enganar? Parte de seu coração se aliviou em saber que em menos de 24 horas estaria longe da Vila, longe da distância que exigiu do Naruto na noite anterior e longe de continuar sofrendo com o que fez com a própria vida. Até mesmo sentia seu ódio por ele, que surgiu por amor ao Sasuke e por empatia ao que lhe aconteceu, reduzir consideravelmente perante a perspectiva do "novo".

Sabia que a própria integridade estava passando por uma metamorfose; ela jamais colocaria seus interesses acima dos interesses do Sasuke, pelo menos até a noite anterior. Refletindo com franqueza, ela era a vítima mais propensa a colaborar que conhecia, tanto que nem mesmo, por um minuto, cogitou ser contra, não com todo o potencial estratégico que tinha.

— Sakura-chan? Perdoe-me pela demora. — a doce e harmoniosa voz de Hinata a despertou, fazendo-a abrir os olhos e encarar as belas pérolas alegres.

Sakura se levantou e tentou corresponder ao sorriso que Hinata lhe presenteou.

— Eu que peço perdão por vir sem aviso prévio. — desconfortável pela situação e pelo que estava prestes a fazer, Sakura forçou um sorriso e umedeceu o lábio inferior, pensando em como começar o que pretendia — Podemos dar uma volta?

A sugestão fez Hinata arquear as sobrancelhas e assentir com graça, reforçando o sorriso para confortar a Médica-Nin que claramente estava apreensiva.

A amizade que ambas construíram e a relação cúmplice que se fortalecia cada vez mais permitia que uma soubesse o que a outra estava sentindo apenas pelo olhar e pelas expressões. Naquele momento, Sakura, ainda que tentasse esconder, transparecia todos os sinais de nervosismo e o pedido para "dar uma volta" somente reforçava tal conclusão.

Elas caminharam em silêncio para o jardim principal do distrito Hyūga até que Sakura se sentou num banco de madeira que ficava em frente a um pequeno lago, afastado das residências e das pessoas e Hinata, que tinha suas pérolas fixas no lago, mergulhou em lembranças.

— Lembra-se, Sakura-chan? Foi aqui que me trouxe quando me propôs treinarmos juntas para desenvolvermos nossas habilidades. — o tom contemplativo sugeriu o devaneio.

A lembrança estava fresca na memória, mesmo que fizesse quase um ano.

Hinata precisava melhorar suas habilidades, pois era a próxima a assumir a liderança do Clã e seu pai a pressionava a se tornar uma Kunoichi formidável e Sakura tinha em mente elevar seu nível com treinamentos árduos de todas as suas fraquezas porque pretendia livrar Naruto da promessa de buscar Sasuke, indo ela mesma à procura dele. Na época teve a ideia de iniciar o treinamento envolvendo sua resistência física, incluindo do seu fluxo de Chakra. Os Hyūga eram conhecidos por obterem muitas habilidades, mas o que realmente tinha o interesse de Sakura era verem Chakra, o fluxo, bem como o sistema de circulação com perfeição, os permitindo liberar ou impedir o fluxo do oponente com golpes eficazes nos Tenketsus.

— Tem razão. — Sakura esboçou um pequeno sorriso nostálgico e respirou fundo, permitindo que seu olhar também se perdesse no lago a frente. — Por alguma razão eu sempre te trago aqui quando preciso te dizer algo importante.

Foi automático lembrar do caminho árduo que as duas percorreram até chegar onde chegaram. Hinata atualmente era conhecida por seu novo Jutsu: uma mistura do Shugohakke Rokujūyon Shō - Proteção de Oito Trigramas Sessenta e Quatro Palmas, uma técnica altamente versátil que proporcionava capacidades ofensivas e defensivas em que ela emitia um fluxo constante de chakra de suas mãos, formando lâminas muito finas e afiadas com Ninjutsu médico, que expandia ou limitava um golpe a atingir ou não órgãos vitais, graças às sugestões de Sakura;

Já Sakura, graças à Hinata, em conjunto com os treinamentos exigentes de sua Mestra, aprimorou suas habilidades de regeneração, chegando ao ponto de quase serem concluídas em tempo real sem lhe causar uma fadiga prejudicial ao seu desempenho, além de expandir suas reservas de chakra, tendo sucesso em acumular o triplo do que tinha. Também desenvolveu uma capacidade formidável de reverter internamente o processo de entupimento de seus Tenketsus e restaurar seu controle, mesmo depois de seu fluxo sofrer algum dano, sem precisar se concentrar unicamente em tal processo, permitindo-a, mesmo em combate, neutralizar os golpes recebidos e manter-se ofensiva conforme se recuperava. Como consequência dos longos e exaustantes combates, conseguiu aperfeiçoar seu minucioso controle de Chakra e Chakra de Cura, estendendo cerca de 38% a mais do seu desempenho inicial. Um feito e tanto para uma Ninja que, apesar de ser naturalmente uma das poucas mentes de Konoha mais inteligentes e brilhantes, era considerada uma das mais inúteis em campo no passado.

— E o que precisa me dizer desta vez? — Hinata sorriu ao ser encarada e buscou pela mão dela, deixando um afago incentivador.

Sakura deixou aquelas lembranças, assentiu e retribuiu o afago, recuando a própria mão para ficar de frente com Hinata.

— Ontem Naruto e eu conversamos… e eu disse que não tenho nada a oferecer à ele. Ele está livre Hinata. Livre.

O silêncio pairou e como sempre discreta, Hinata permaneceu imóvel, refletindo sobre o que fazer.

Há um tempo atrás, quando Naruto procurou Sakura para propor uma chance de fazê-la feliz, Sakura a procurou e abriu o jogo, mas Hinata apoiou a opção de Sakura aceitar se entregar à ele, porque no fim, ambos mereciam ser felizes tanto quanto ela mesma. Um triângulo amoroso sempre deixava um dos envolvidos machucado e ela estava disposta a assumir este papel, desde que sua amiga e o amor da sua vida pudessem ser felizes. Foi doloroso, ainda que Sakura hesitasse, e depois só tocaram no assunto de novo há cinco dias, quando souberam que Naruto estava voltando da longa missão e Sakura, depois de um exaustivo treino onde se confrontaram até seus limites, pediu para que ela não desistisse de ser feliz.

Elas tiveram uma longa conversa, até que em consenso Hinata aceitou lutar pelo amor de Naruto e Sakura aceitou pensar na possibilidade de lutar pela própria felicidade aceitando o que o Naruto queria lhe oferecer. Nada mais justo do que cada uma, sem hesitar e temer machucar uma a outra, priorizar o egoísmo ao altruísmo, buscando pela chance de ser feliz. E novamente elas estavam ali, abordando o mesmo assunto, só que com uma perspectiva diferente.

— Você-… você está desistindo de ser feliz? — Hinata deu voz à única pergunta que rondava sua mente, encarando-a com toda a sua preocupação.

— Não. — foi a resposta que perdeu-se no silêncio. Depois de algum tempo Sakura engoliu a seco e encarou a amiga: — Estive revendo minhas escolhas e refazendo planos e Naruto não se enquadra neles. Somos apenas amigos, afinal, nunca passamos disso. — ela se aproximou e pegou na mão da Hyūga sorrindo generosamente — Mas vocês dois têm tudo para ser felizes, você só precisa mostrar isso à ele.

Hinata se calou por um tempo, mas depois colocou para fora todas as suas preocupações e sentimentos. Insistiu com Sakura de que ela própria amava sim Naruto, mas não às custas da felicidade de outra pessoa. Tentou convencê-la de procurá-lo e tentar aceitar o que ele tivesse a oferecer a ela, mesmo que isso significasse abrir mão do homem que amava, mas a Médica-Nin estava irredutível e foi firme quando exigiu que ela lutasse por Naruto e o fizesse ver que ela poderia dar até mesmo muito mais do que ele precisava.

Sakura finalizou a conversa com um abraço sincero e palavras acalentadoras que confortassem o coração agitado e inconformado de Hinata que estava triste por, de alguma maneira, sentir como se Sakura estivesse desistindo de ter uma vida feliz. Em seu julgamento, se havia alguém que sofria mais do que ela por amor, este alguém era Sakura. Não era segredo do quanto sofreu e ainda sofria por Uchiha Sasuke e por isso Hinata havia ficado tão feliz quando Sakura contou sobre o Naruto procurá-la. A relação de amizade das duas estava acima da inveja, transbordando cumplicidade e generosidade como uma amizade realmente deveria ter.

Elas se despediram quando Sakura disse que precisava resolver algumas coisas e Hinata insistiu em levá-la até a entrada do distrito. Em silêncio elas caminharam e quando chegaram, assistiu Sakura sorrir e acenar, já andando, e de repente seu coração se apertou, sentindo como se aquela fosse uma despedida.

[…]

No meio do caminho para o hospital Sakura se lembrou de que precisava passar primeiro em casa para pegar o que havia preparado para levar e deixar tudo resolvido, ao menos no trabalho. Apressou-se e meia hora depois já estava nos corredores do hospital, delegando seus afazeres para um grupo de médicos e enfermeiras que escolheu minuciosamente para substituí-la, integrante por integrante.

— Oh, leve isso também, por favor. — Sakura pediu entregando os materiais que havia separado para que fosse entregue à Tsunade.

Shizune, assistente da Quinta Hokage, que foi convocada logo que Sakura terminou a seleção, e que chegou no meio da reunião, encarou as inúmeras pastas com alguns pergaminhos sobre elas e as pegou, encarando Sakura.

— Qual o motivo dessa organização repentina?

Os olhos esmeraldinos caíram ao chão e depois fitou a parede conforme o cérebro procurava por uma boa explicação, já tendo em mente a exigência do Itachi.

— Pretendo pedir folga à Tsunade-Sama. Estou exausta.

— Compreendo. Neste caso agendarei uma reunião para que vocês possam conversar sem interrupções. Você realmente precisa descansar. — Shizune riu discretamente ao ver Sakura torcer o nariz diante da afirmação e sorriu lembrando-se de uma novidade que poderia animá-la. — Você soube? Naruto-kun voltou ontem. Aproveite a folga para vê-lo e colocar a conversa em dia.

A reação de Sakura foi involuntária; qualquer expressão facial que tinha murchou, a boca formou uma linha reta, o olhar tornou-se triste e cauteloso e as mãos fecharam-se fortemente. Pela primeira vez desde que falou com Hinata se lembrou da escolha que fez e automaticamente das consequências. Era desolador ter tanta noção prévia da solidão que vai sentir a partir dali. Forçava-se a transformar aquele sentimento em altruísmo, obrigando-se a compreender de que era o certo a fazer, de que a felicidade dele deveria ser sua prioridade porque por anos ele priorizou a dela, abrindo mão de seguir com sua vida para fazer o possível e impossível para cumprir a promessa que fez a ela de trazer Sasuke de volta.

A promessa

As coisas na noite anterior saíram do controle de tal maneira que não teve oportunidade de libertá-lo dela e estava fora de cogitação vê-lo novamente. Depois de pôr um ponto final nos sentimentos dele por ela, pretendia não vê-lo mais e, graças ao Itachi, pretendia não vê-lo nunca mais.

— O que houve? — Shizune lhe tirou dos devaneios e a encarou, forçando um sorriso.

— Lembrei que preciso fazer uma coisa. — justificou e acenou, já em despedida. — Obrigada por tudo, Shizune-san. Resolverei algumas coisas e então irei para a Torre da Hokage para falar com Tsunade-Sama.

— Tudo bem, estaremos à espera. Até mais.

Rapidamente Sakura marchou para sua sala.

Decidida a escrever uma carta se sentou e escolheu as palavras que teriam que convencê-lo a esquecê-la e a esquecer aquela promessa.

Naruto,

Quero que entenda que isso é o que podemos fazer de melhor para nós mesmos. Não seríamos felizes juntos, porque sempre nos faltaria algo.

Não posso ignorar o fato do meu coração estar em pedaços por outro homem e nem que jamais será capaz de se reconstruir, principalmente quando a sua felicidade, que tem sido tão mais importante para mim do que qualquer outra coisa, está em risco. Você já fez muito por mim. E está na hora de eu retribuir.

Abençoar sua relação com Hinata é meu presente. Torço e, acima disso, desejo de todo o meu coração que você a aceite e aceite o que ela tem a te oferecer, assim como desejo que ela possa ter todos os privilégios de ser amada por você, como eu tive.

A felicidade tarda, mas não falha. A sua chegou. Receba-a e agarre-a para nunca, jamais perdê-la.

Eu vou fazer o mesmo. Vou correr atrás da minha felicidade também e isso exige uma escolha: seguir em frente ou me prender ao passado.

A minha escolha é seguir em frente e espero que a sua seja a mesma.

Liberto-o da promessa que um dia me fez de trazer o Sasuke-kun de volta.

Nós três temos que construir nossas vidas. Sasuke-kun está construindo a dele e meu amor por ele e sua promessa está nos impedindo de construirmos as nossas. Vamos abrir mão deste fardo, porque já nos sacrificamos muito.

Já parou para pensar que não é justo com nós mesmos nos sacrificarmos tanto quando Sasuke-kun nem ao menos enxerga isso? Eu já, inúmeras vezes e a última foi quando cogitei aceitar seu amor, mas já falamos sobre isso e, um dia, eu realmente espero que entenda que fiz a escolha certa por nós dois.

Siga com sua vida, construa sua felicidade, porque farei o mesmo. Deseje-me sorte!

Até um dia, Naruto-idiota!

Com amor,

Sakura.

As lágrimas caíam torrenciais sobre o papel, obrigando Sakura a se acalmar para refazê-la inúmeras vezes até que a carta fosse escrita sem ter provas do quanto doeu escrevê-la.

Algum tempo depois conseguiu concluir aquela tarefa e logo a dobrava e a fechava com um dos autocolantes Haruno, lacrando-a.

Pensou sobre qual era a melhor maneira de fazer com que a carta chegasse a ele em segurança e sem causar burburinhos desnecessários.

Mordeu o lábio inferior ao pensar na possibilidade de Naruto procurá-la para tentar fazê-la mudar de ideia. Não poderia arriscar que acontecesse, não teria forças para machucá-lo ainda mais. Puxou o ar com força e sentou-se ao ser abatida por uma forte tontura.

Queda de pressão, consequência de sua desordem psicológica e baixa resistência física. Era uma grande Médica-Nin de merda por não se cuidar apropriadamente.

Pensativa enquanto se recuperava do mal estar, chegou a seguinte conclusão: encontrará Hatake Kakashi, leal ex-Sensei, grande amigo e o único que podia impedir Naruto de fazer alguma besteira, e lhe dará a carta com o pedido de ser entregue no dia seguinte, quando, se Itachi fosse tão obstinado quanto provou ser, levá-la de Konoha e juntos já estiverem bem longe.

Então, de repente, sua mente vagueou por uma perspectiva diferente: mesmo se levar alguns dias, sua ausência causará um grande alarde e muito possivelmente uma busca desnecessária começará, além de a chance de Naruto se envolver ser muito grande, o que acabaria com seu desejo de deixá-lo livre para ser feliz. Se transformaria em outro fardo para ele carregar, outra pessoa para buscar.

— Não… — sussurrou, atônita.

A cabeça meneava negativamente em nervosismo e sentiu o corpo se levantar e andar de um lado para o outro compulsivamente ao imaginar o pior; seus amigos irem atrás dela e a Akatsuki dizimá-los a nada.

Como pôde ser tão egoísta a ponto de não ter pensado naquela possibilidade antes? Estava tão… aliviada por não ter que conviver com sua escolha de rejeitar Naruto e, de certa forma, esperançosa de não continuar sufocada como estava vivendo um dia após o outro desejando com todas as suas forças que todo aquele sofrimento e aflição acabassem logo, que não se permitiu se preocupar com mais nada.

Seus pensamentos demoraram a realinhar-se, mas quando finalmente aconteceu, encontrou a solução. Engoliu a seco e cessou os passos, encarando, confiante, um ponto qualquer enquanto a coragem tomava posse de seu corpo.

— Vou pedir para deixar a Vila. — afirmou, pela primeira vez em muito tempo realmente segura da decisão que tomou. Certa de que estava fazendo a escolha correta.

[…]

NOTAS FINAIS:

O trecho em negrito e itálico no início do capítulo é da música Dream Scape – Yuki Kajiura.

Kunoichi – Ninja do sexo feminino.

Tenketsus – Pontos de pressão no Chakra.

E aí, gente! O que acham que mudou para o Itachi antecipar a busca? Vocês acham que a Tsunade vai permitir que ela deixe a vila?

Conto com vocês! Me digam o que estão achando ^^

PRÓXIMO CAPÍTULO: Partida.

DATA DE POSTAGEM: 20/05/2021 – Quinta-feira.

Até a próxima!*~