Chapter 3: O som da chuva


Os dobradores de metal estavam parados em frente da Mansão Sato. Para homens vestindo metal eles eram bastante silenciosos quando havia a necessidade. Ela parou por um momento, olhos fechados. Uma jogada muito arriscada para ser feita de forma leviana.

- Entrem.

Notou a irritação somada com o espanto no rosto da garota Sato, Lin não sabia dizer quando alguém mentia como sua mãe fazia, mas ela tinha isso. Essa coisa que sentia em seu estômago, ela chamava de intuição e raramente estava errada. A garota de olhos verdes parecia selvagem com policiais invadindo sua casa, mas para Lin ela parecia igualmente inocente.

Ao explicar o motivo da invasão ela parecia ainda mais irritada, mas foi compreensiva o suficiente para a levar até onde disse estar Hiroshi Sato, porém ao chegar ao local apenas a sala estava vazia. Lin deu alguns passos analisando o lugar. Ordenou que dessem uma busca geral na propriedade e ouviu o que ela já esperava ouvir. Aquela coisa vibrando em seu estômago, informando que estava no caminho certo.

- O perímetro está seguro, ninguém foi visto deixando o local. Nosso reforço aéreo confirmou.

Deu um passo, um sorriso aparecendo em seu rosto, ela estava certa e muito irritada. Nunca gostou de ser manipulada e não seria aqueles igualistas que fariam isso e sairiam impunes.

- Talvez apenas não podemos vê-lo.

Andou mais alguns passos, as mãos às costas e aquela expressão muito presunçosa em seu rosto. Não podia evitar pensar que finalmente havia pego algo que fosse calar a boca dos jornais e principalmente a boca daquele vereador irritante, Tarrlok. Virou-se de frente para Tenzin e os demais. O olhou nos olhos. Os olhos do vereador sempre a acalmaram e ela precisava estar em equilíbrio agora. Soltou o ar do pulmões lentamente.

Naquele momento Tenzin sabia o que iria acontecer, ele viu isso tantas vezes, essa expressão no rosto de Lin. Seu coração deu um salto e quando ela começou a se mover parecia em câmera lenta. Primeiro ela olhou ao redor e então o encarou, firme poucos segundos antes de remover o solado de sua armadura, retraindo toda a estrutura sólida que formava os sapatos de aço e então plantar firmemente o pé no chão.

O chão vibrou, tão forte havia sido o golpe. E ele a observou estática. Punhos cerrados, o corpo levemente inclinado, olhos fechados. Lin estava fazendo aquilo que apenas as mulheres Beifong sabiam melhor. Observando a terra. Lendo-a. E isso continuava exatamente como ele se lembrava, tão belo quanto a cor dos olhos dela.

Nem os sons de surpresa de Bolin deixavam a cena menos admirável, espíritos como ele havia sentido falta de poder estar com Lin, ajudar e compartilhar o dia. Esses pequenos momentos que ele roubou de si mesmo ao fazer uma escolha. E ele estava, novamente, se questionando sobre isso. Havia sido a escolha certa?

Ele não estava surpreso, havia um túnel longo abaixo deles. Ansioso, ele subiu na plataforma junto de Korra e mais alguns oficiais. E o som mecânico que os arrastava para baixo e para frente enchia seu ouvido. Tanto que ele mal ouvia a conversa de vozes baixas dos oficiais. Lin a seu lado estática. Tocou o braço dela apenas para alertar que estaria ali. Eles trocaram olhares confidentes e cheio de significado. Um cuidaria do outro, não importa o que aconteça.

E a velocidade vertiginosa que tudo saiu de controle o colocou em alerta total. Enquanto lutava ele conseguia ver Lin naquele estado feroz. Saltando e desferindo golpes. Seu perfeito oposto. Enquanto Tenzin usava o ar para nocautear, Lin usava a força da terra e de sua armadura para ferir. E mesmo assim Tenzin amava isso. Ele amava que Lin era apenas ela mesma cem por cento do tempo. Ela não era como tantas outras pessoas que faziam tudo para agradar terceiros. E isso continuava ali.

Ela era autêntica.

Mas era como se os dados daquela jogada fossem ruins, Igualistas tinham a vantagem e um a um eles foram nocauteados. Seu corpo lentamente caia ao chão, incapacitado de qualquer defesa, e segundos antes de perder a consciência ele a viu a poucos metros. Abatida. Em seguida tudo se tornou silêncio e escuridão.

Tenzin acordou em um túnel escuro, onde a única iluminação vinha de uma chama fraca nas mãos de Korra. Piscou os olhos tentando enxergar melhor ao seu redor. Ouviu a voz de Asami a lhe fazer perguntas enquanto Mako e deixava ficar em pé por conta própria.

- Lin?

A pergunta surpreendeu os dois jovens ao seu redor, mas nenhum deles ousou tecer quaisquer comentário sobre isso, sendo Mako quem indicou. Metros a frente deles, estava Lin e Bolin se alternando em cavar um túnel em segurança e pela postura ele sabia que ela estava ferida. E ele não entendia de onde ela tirava a força necessária para continuar seu trabalho.

Mal contabilizou o tempo que passaram a cavar o túnel, mas foi agradável sentir a brisa fresca do ar noturno. Tenzin fechou os olhos agradecendo a ajuda que recebeu para deixar o túnel que foi fechado em seguida por Bolin. Era difícil dar longas passadas, seu corpo ainda reagindo mal a descarga elétrica que recebera. E tudo isso só o fazia pensar em Lin. E o que viu foi preocupante, dois oficiais a ajudaram a embarcar no dirigível isso significava uma coisa. Ela estava mesmo ferida.

Enquanto sobrevoavam a cidade, Tenzin agradeceu que cada um dos quatro adolescentes estavam chafurdados em sua própria consternação para prestar atenção em como ele se aproximava de Lin deitada em um longo banco de metal. Ele a tocou suavemente e os olhos verdes o encaravam de baixo. Foi difícil para ele se controlar e não a abraçar. Então apenas a ouviu. Lin se sentia culpada por seus oficiais capturados, a voz dela estava carregada de culpa e seus olhos se desviavam conforme ela ia falando.

- Tarrlok está certo, eu falhei como Chefe. A primeira coisa que farei pela manhã vai ser entregar a minha demissão.

- Não! Você não pode desistir assim!

- Eu não estou desistindo. - Lin forçou a se sentar, um tremor sacudindo seu corpo conforme ela o forçava. - Eu irei encontrar meus oficiais e derrubar Amon. Mas farei isso do meu jeito… fora da lei.

Ele sabia que não adiantava pedir que ela se cuidasse antes, que descansasse. Ela não era assim, Lin não deixaria bons homens à mercê de Amon.

- Você pode contar comigo.

A chuva começou muito antes de ela chegar em casa e continuou mesmo após ela ter feito todo o ritual do fim de seu dia. Havia servido um copo com o melhor Whisky da Nação do Fogo, mas sequer o bebeu, sentada no escuro ouvindo o som da chuva e observando o gelo derreter em seu copo enquanto sua mente estava longe. Seu corpo mesmo após algumas sessões de cura reclamava dos maus tratos.

Assumir que não pode ajudar seus oficiais enquanto sob seu comando foi duro, era como se levasse um soco no estômago, como se cada comparação com Toph se tornasse real. Um trovão iluminou a sala, se sua mãe estivesse ali certamente a estaria criticando por desistir. Mas a única forma que ela tinha para salvar seus oficiais capturados na emboscada armada por Hiroshi Sato era exatamente essa, não suportaria burlar as leis as quais ajudou escrever, não com aquele distintivo em seu peito.

E a ironia era, ninguém ligava, Toph nunca foi atenta às leis que impunha, mas ainda assim Lin tentava justificar seus atos a si mesma.

Ouviu o som de passos vindo do corredor, provavelmente vindo de um dos apartamentos vizinhos ao seu. Apoiou o copo em sua testa, sentindo o frio do vidro ser transferido para a sua pele. Duas batidas. Os olhos de Lin brilharam no escuro e ela ousou apenas tocar o chão com a ponta dos dedos dos pés já tendo uma boa ideia quem era a pessoa do outro lado.

E lá estava o único batimento cardíaco que ela nunca se esqueceu. Tenzin.

- Lin?

- Vá embora. – falou baixo, cansada demais para sequer se levantar de onde estava.

- Nós realmente precisamos conversar.

- A única coisa que você precisa fazer é voltar para sua casa.

O silêncio de breves segundos era doloroso, mas logo ela tornou a ouvir a voz dele, grave, meio sussurrada.

- Por favor, Lin.

Bebeu o líquido âmbar avermelhado de seu copo, sentindo a bebida aquecer sua garganta. A voz dele a chamando preenchia a sala fazendo seu coração bater rápido. Não pensou, apenas moveu a mão dobrando o metal na maçaneta gerando o click que poderia arruinar a sua vida. E ela não o olhou, mas era como se ele tomasse conta da sala, o cheiro da chuva parecia mais forte agora, se misturando ao cheiro de algodão e chá que ela sempre associou a Tenzin. Alguns passos e o sofá se afundou pouco antes de ela sentir um toque suave em seu joelho.

- Como você está se sentindo?

Sem a armadura era fácil sentir o calor que vinha do corpo ao seu lado, Lin lutou contra o desejo de o abraçar e afundar o rosto no peito dele, levando consigo toda a miséria que a reunia ali, em uma sala escura. Estava se sentindo frágil naquele momento, não devido a descarga elétrica. Isso ela sabia lutar contra, mas com suas emoções? Um Beifong não é conhecido por sua facilidade de lidar com sentimentos.

- Como uma pessoa que está fazendo o que precisa para salvar as pessoas que confiavam em mim.

A mão dele apertou gentilmente sua perna, como se quisesse transferir algum conforto, foi então que Lin o encarou, deixando toda sua insegurança exposta, e todos os outros sentimentos vieram juntos. Raiva, mágoa, dor, saudade, insegurança e amor. Ela tentou por anos ter outros relacionamentos, mas ela ficava apenas buscando Tenzin em outra pessoa e isso era injusto, com os homens com quem se envolveu e também com ela. Se resumindo a encontros casuais.

- Eu estou aqui e não vou a lugar algum. Iremos lidar com isso juntos.

Tenzin sabia sempre o que dizer, ele sempre soube como a confortar com as palavras. Ela ficou em silêncio, apreciando o suave som da respiração dele junto com o ruído branco da chuva a bater em suas janelas. Ela era uma bagunça de sentimentos naquele momento.

- Você não deveria estar aqui Ten. - falou após longos minutos de silêncio onde em algum momento eles entrelaçaram os dedos.

- Eu não consigo pensar em outro lugar em que eu seja necessário.

- Em sua casa, com sua espo…

- Senti sua falta Lin, - ele a interrompeu. - ainda sinto.

Novamente o silêncio os abraçou, segundos virando minutos e a distância entre os corpos foi diminuindo, dando força a sensação de segurança que sentia nos braços dele. Eles possuíam gravidade própria, um atraindo o outro a uma colisão fatal. E Lin sentiu a boca dele vindo com aquela respiração quente e hálito fresco.

- Isso é errado… - ela falou baixo, mas permitindo que ele explorasse seu pescoço lentamente. - Merda, isso é tão errado e ainda assim tão bom.

Seu corpo estremeceu e ela nunca soube se foi por causa da barba dele a lhe fazer cócegas ou devido ao 'tratamento de choque' cortesia dos igualistas. Ela apenas soube que era certo se inclinar mais contra ele, movimentando as pernas até estar sentada no colo do Vereador, retribuindo os beijos no pescoço dele. Os dedos longos puxando as muitas camadas de tecido vermelho, ocre e laranja. Ela queria sentir aquilo novamente, a pele dele contra a dela, o calor que irradiava e a acalmava. Ela precisava sentir Tenzin outra vez. Nem que fosse a última.

A luta das mãos contra os corpos revelou os torsos despidos de ambos, e um momento de silêncio para contemplação. Cada um olhando o outro com devota adoração, até que mãos quentes tocaram os seios apertando tão suavemente que Lin apenas sorriu, era como a primeira vez novamente. Ela segurou o rosto anguloso de Tenzin entre seus dedos e o beijou. Em um primeiro momento muito superficial, apenas lábios colados. Mas foi as mãos dele se mover que as bocas se perderam em um beijo passional, profundo. Línguas entrelaçadas e um desejo que mais fosse explorado.

O som da chuva não podia mascarar os gemidos que se tornavam mais altos conforme a boca dele percorria os pontos sensíveis de Beifong. Lin se levantou, puxando Tenzin apenas para ser jogada contra uma parede enquanto o monge descia os lábios por entre seus seios em direção do umbigo para lhe arrancar outro gemido. Longo, forte, cheio de luxúria. Era tão simples se perder nas sensações que Tenzin provocava. Nada mais parecia importante, o mundo só existia para que eles pudessem se amar sem barreiras.

E eles ainda se amavam, não havia nenhuma dúvida agora. Foi apenas o destino que os afastou. Nunca foi a falta de amor. Eles precisavam de coisas diferentes e se permitiram buscar isso abrindo mão de estar juntos. E agora, tantos anos após, seus corpos ainda se reconheciam como se o tempo nunca tivesse passado.

- Ten… - foi um gemido de pedido.

Que foi pontualmente atendido, quando ele a pegou no colo era de fácil distinção a excitação dele a pressionando, rígida na parte interna de sua coxa. E passos torpes foram dados até o quarto, com ocasionais paradas em uma ou outra parede onde as bocas colidiram e absorviam o desejo um do outro. As mãos dela percorrendo a linha da coluna, onde Lin sabia que estava a tatuagem. E no mesmo ritmo que acariciavam, seus dedos se apertaram contra a pele, arranhando. Recebendo em troca os gemidos de Tenzin, o mais delicioso e erótico som que Lin já escutou.

A porta do quarto foi aberta e as costas de Lin foram envolvidas na maciez dos lençóis de algodão. Ela o olhou na penumbra, zonza da bebida e dos beijos dele. E conforme sua mão se movia no peito em direção a calça um relâmpago iluminou o quarto e junto dele sua mente. Trazendo a clareza da situação.

- Não. - foi um sussurro de Lin, mas ele parou. - Isso não pode acontecer.

- Lin…

- Não. Tenzin, por favor não me obrigue a ser a vadia que destrói um casamento.

- Esse casamento não… - a mão dela o calou. Pressionando os lábios dele com força.

- Sua esposa está grávida, não me venha com a desculpa de que o casamento acabou. Nem você mesmo acredita nisso. Isso o que temos é tesão reprimido, nada além.

Tenzin puxou a mão dela, pronto para argumentar, mas Lin saiu debaixo dele, trazendo uma ponta do lençol para cobrir seus seios.

- Vá embora. Isso passou dos limites quando eu permiti que entrasse. Apenas vá embora e esqueça que esteve aqui.

- Por favor, Lin, não me afaste.

- Podemos ser amigos, mas essa amizade precisa de limites.

Ela não poderia permitir que ele entrasse novamente, não quando Tenzin tinha tanto em jogo. A família era importante para ele e Lin iria se sentir culpada se fosse o motivo da separação deles. Não. Ela e Tenzin precisavam ficar no passado. Como uma lembrança boa.

- Apenas vá. - apontou a porta sem olhar os olhos dele.

E o ouviu dar passos lentos, como se buscasse algo onde se agarrar. Procurando um motivo para permanecer ali e deixar o desejo vencer o bom senso. Os passos estavam longe e ela olhou, mal distinguindo o que ele fazia na sala escura. A porta se abriu e Lin fingiu não ouvir ele se despedir, se afundando contra os travesseiros. O som da chuva parecia mais forte agora. Secou uma lágrima, mas logo outras vieram e ela ficou por alguns minutos assim, silenciosamente chorando no escuro. Desejando que ele pudesse voltar e exigir que ela jogasse toda a razão pela janela.

Tenzin ficou parado, do lado de fora do corredor por alguns minutos antes de finalmente ir embora. E não foi fácil entrar em sua casa silenciosa. Aquela altura seus filhos já estavam dormindo. Foi ainda mais difícil entrar no quarto que dividia com Pema, a olhar adormecida na cama, grávida, e chegar à conclusão de que nada daquilo fazia mais sentido. Os espíritos sabiam que ele amava os filhos, cada um deles, mesmo esse ainda no ventre de Pema. Mas, Tenzin já havia mentido o suficiente para si mesmo. Ele respeitava sua esposa, tinha carinho por ela e por tudo o que ela lhe deu. Mas nunca foi amor. Ele nunca sentiu aquela necessidade irracional de ter Pema. Isso era totalmente da Lin, mesmo agora, tantos anos separados.

Pegou uma toalha para se secar da chuva, seu corpo ainda quente dos beijos de Lin, os finos arranhões em suas costas sensíveis ao toque. Ele queria voltar, queria dizer que não importava nada, mas ele se importava com os filhos. E Lin estava certa, não poderia colocar ela em uma situação assim, era impossível que algo que viesse de uma traição desse bons frutos. Deitou na cama, de costas para Pema e fechou os olhos se permitindo reviver os momentos intensos na casa da Chefe Beifong.

A manhã chegou clara e seca, o sol forte no céu. Parecia quase uma nova realidade. E o monge afundou seus sentimentos por Lin mais uma vez, se ocupando de seus afazeres diários. Meditação, lições de dobra de ar e um tempo com sua família. Pouco antes de sair com Korra para a cidade, Tenzin ouviu a porta abrir e Pema chamar.

- Querido?

- Pois não? - ergueu os olhos para Pema parada com uma mão a acariciar a barriga.

- Ontem fiquei preocupada ao ver que Korra estava de volta e você não.

- Eu precisei ficar, resolver algumas questões. - sabia que não era bom com mentiras, optou por parte da verdade.

- Oh, entendo.

- Eu preciso ir, todos os vereadores foram convocados para o discurso de posse do novo Chefe de polícia.

- Beifong está bem?

Tenzin demorou um minuto para responder, no calor do momento ele saiu sem saber se ela ficaria bem. Forçou-se a mover a cabeça em afirmação.

- Ela vai ficar.

Ele queria acreditar nisso, acreditar que eles dois ficariam bem. Que encontrariam uma forma de lidar com a delicada situação que eles tinham. Beijou o rosto de Pema, por hábito, e lhe desejou um bom dia.

Durante o discurso ele dividia sua atenção ao homem a sua frente no púlpito e a mulher que estava em algum lugar daquela cidade tentando encontrar sua própria força. Ver outra pessoa usando aquele uniforme com bordas douradas que ele aprendeu com os anos associar a Lin Beifong foi completamente estranho. Assim como o sentimento que o invadia a cada palavra proferida por Saikhan durante seu discurso de posse. Tampouco foi uma surpresa ao ouvir que o novo Chefe de Polícia se reportaria a Tarrlok. Saikhan tinha a ambição, mas o coração estava em outro lugar, ele buscava o sucesso em suas ações, sem pensar no que isso poderia acarretar a longo prazo.

Ia ser tempos difíceis. Tenzin sentia isso da mesma forma que poderia antecipar a chuva. Olhou para o céu e se pegou desejando outra tempestade como a da noite passada.


Eu sei que foi menor do que o costume, mas eu não queria correr com as coisas aqui e nem transcrever longos trechos do que já vimos no desenho.

Sim, eu os interrompi. Há um momento certo para tudo e não é este então Tenzin precisa ir pra casa e pensar um pouco mais sobre sua própria vida.

Pretendo colocar ele explorando esses pensamentos nos próximos capítulos.

Espero que estejam se divertindo.

Qualquer incentivo é bem vindo.

Beijos, até a próxima.