NOTAS DO AUTOR:

Hai, hai! E aí?

Gente, hoje meu dia começou conturbado: quando loguei no site para postar novo capítulo, primeiro deu mensagem que eu não existia, depois login inválido, depois senha inválida e até meu e-mail estava inválido! Eu morri de medo de ter sido hackeada ou banida ou qualquer coisa do gênero. Sério mesmo! Fiquei desesperada já pensando que nunca mais na minha vida eu iria escrever e postar kkkkkk

Olha só o que a paranóia faz kkkk

Depois de muita luta, onde pessoas maravilhosas me ajudaram, consegui recuperar minha conta! Então dedico esse capítulo à elas! Obrigada, de coração!

Agora vamos para o capítulo: esse aqui é um pouco mais comprido, espero que não se importem. E, na verdade, isso vai acontecer com certa frequência daqui para frente porque vamos aprofundar as coisas em vários aspectos. Como eu disse antes: os capítulos poderão ser curtos, assim como longos, tudo depende do que eu preciso passar, ok?

Não estranhem! Agora vão lá ^^

Boa leitura!*~

[...]

CAPÍTULO 4

NOVA REALIDADE

Atrair a atenção de uma organização criminosa sem dar na cara de que era intencional e, sobretudo, sem atrair atenção indesejada e principalmente de sua aldeia natal, se mostrou uma missão completamente difícil - para não se dizer impossível.

Fazia um pouco mais de três meses que voltou a ter sua própria aparência - cabelos róseos - e que, depois de muito tempo, voltou a usar a velha e orgulhosa bandana de Konohagakure - Vila Oculta da Folha - agora tendo seu símbolo riscado, como os renegados deixavam - posicionada no braço, porque não poderia cobrir seu novo orgulho e a prova de que seu poder estava irrevogavelmente maior: o losango roxo no meio da testa.

Perambulava pelas Vilas e aldeias que Jiraya disse ter a atenção e manipulação direta da Akatsuki e vez ou outra causava certa comoção: uma briga de bar aqui, um ato de grandeza para com os civis lá e feitos mercenários acolá.

Jamais em toda a sua vida imaginou que um dia trabalharia como mercenária, mas depois de tanto tempo já podia ver as vantagens de fazê-lo: dinheiro em troca de serviços a permitiu comprar armas, roupa decente - vestes negras: calça nem muito justa, nem muito larga; sandálias Ninja de salto quadrado baixo de cano alto até os joelhos; camisa segunda pele arrastão de mangas até os cotovelos e uma regata cavada por cima; e para dias frios ou chuvosos uma capa até um pouco abaixo dos joelhos com capuz - e comida, muita comida gostosa, fora que vez ou outra se dava ao luxo de dormir em hospedarias de qualidade.

Depois de finalizar outro trabalho mercenário para uma facção mediana que encomendou a execução de um grupo que atuava e se vangloriava ser uma facção concorrente, entrou num bar, abaixando o capuz da capa que precisou vestir nos últimos minutos depois de começar uma forte chuva; Kirigakure - Vila Oculta da Névoa - lhe dava nos nervos por causa da instabilidade temporal.

Aproximou-se do balcão, acomodando-se num banco alto.

Olhou ao redor com desdém, apenas para se certificar de possíveis rotas de fuga caso seja necessário, e aguçou seus sentidos ninja, mapeando superficialmente com chakra fluindo pelas solas dos pés ao redor com seu exímio controle ao ponto de saber que havia trinta e nove pessoas no recinto e vinte e quatro ao redor do estabelecimento pelo próximo quilômetro.

Aquela medida de segurança era quase natural depois de se mostrar ao mundo e imaginava que não demoraria a se tornar algo instintivo depois que conseguisse a atenção da Akatsuki.

Pediu Sakê ao atendente e apreciou a bebida com calma pensando no que poderia fazer quando ficasse entediada.

Minutos depois, quando tirou do coldre traseiro dinheiro para pagar pelo que consumiu, sentiu o coração falhar uma batida antes de retumbar contra o peito com a sensação de perigo iminente ao sentir dois poderosos chakra em seu raio de mapeamento sensorial.

Eram Ninjas e seus chakra, além de poderosos, emanavam algo sombrio.

Tinha certeza de que se tratava de membros Akatsuki.

Forçou-se a agir com naturalidade, como se não tivesse sido afetada e abalada pelo aviso de perigo, e jogou o dinheiro sobre o balcão, agradecendo ao atendente com um tom firme, mas contido.

Dois segundos depois, dois homens assumiram os bancos vazios de ambos os lados, tirando seus chapéus de palha para pousá-los sobre o balcão.

Olhou de esguelha para a direita, observando um homem com longas madeixas loiras e olhar azul celeste - num tom mais escuro que o que já estava familiarizada em sua vida anterior - mirá-la com um semblante entediado. Depois olhou de esguelha para a esquerda, vendo um homem com madeixas curtas castanhas e uma máscara laranja em forma de espiral cobrindo todo o seu rosto, ainda que expusesse um olho, que a sombra impedia de ver a coloração.

— Aha! Você é mesmo muito bonita, Haru-chan, exatamente como todos falam! — a voz e entonação infantil abafada pela máscara soou e ela teve que se controlar muito para não demonstrar sua surpresa — Eu sou o Tobi e aquele ali é o Deidara-senpai! Prazer em conhecê-la!

Ela apenas estreitou os olhos, estremecendo por dentro por, mesmo diante de uma postura relaxada, brincalhona e aparentemente dispersa dele, sentir-se envolta do perigo.

— Vá direto ao ponto, Tobi! — o loiro resmungou, fazendo-a mirá-lo de esguelha por um breve instante antes de voltar a, ainda de esguelha, encarar o outro.

— Ah, sim! Está certo, Senpai! — o homem riu coçando a cabeça — Queremos que venha conosco, Haru-chan!

Forçou um pequeno sorriso a despontar no canto dos lábios.

— E por que dois membros da Akatsuki querem algo assim?

— Ah… por muitas razões! Sabe, você é tão misteriosa, Haru-chan! As coisas que ouvimos sobre você… bom, vem com a gente! Vamos te apresentar para umas pessoas incríveis e tenho certeza de que você vai gostar do que temos para você!

Aquela animação exacerbada, a informalidade infantil, o riso frouxo… lembrava tanto alguém do seu passado que era doloroso.

Virou o rosto para frente como se estivesse avaliando a proposta, só para manter as aparências. Eles não podiam nem desconfiar de que o plano sempre foi conseguir a atenção deles.

— Que seja. — resmungou, levantando-se sob palmas alegres do espalhafatoso mascarado.

Andar lado a lado com dois Akatsuki era outra coisa que jamais se imaginou fazendo, por mais que estivesse em seus planos desde que desertou.

Apesar do manto negro com nuvens vermelhas ser conhecido por todo o mundo, o povo daquela aldeia não parecia se importar, mal olhavam em suas direções. Provavelmente por causa da forte influência que a Akatsuki tinha sobre o País da Água.

Tobi e Deidara não tinham pressa, andavam a passos despreocupados, discutindo entre si; embora a voz infantil fosse proeminente no diálogo.

Ela se sentiu relativamente tranquila até que os dois adentraram a mata fechada. Continuou seguindo-os sem esboçar qualquer reação, mas sua autopreservação entrou em ação, mapeando superficialmente alguns quilômetros ao redor com uma quantidade de chakra mínima para passar despercebida e aguçando ao máximo seus sentidos Ninja.

Haviam alguns animais próximos, nada muito alarmante, mas a noroeste captou picos de energia.

Sorriu com escárnio.

Lógico que iriam testá-la antes de qualquer coisa, não sua lealdade, mas sua capacidade, seu poder.

Tudo bem. Ela só precisava provar seu valor, era muito mais do que capaz de fazer isso tranquilamente.

Só havia um pequeno porém: mesmo trilhando aquele caminho relativamente obscuro, ainda não conseguiu se acostumar e, mais importante, aceitar tirar vidas à torto e à direito.

Até então certificou-se de eliminar apenas a escória do mundo, tanto civil como ninja. Todos os seus alvos encomendados eram criminosos da pior espécie e até conseguiu burlar seu senso "politicamente correto" para executá-los.

Mas na situação atual, como saberia quem eram seus alvos?

Conforme avançavam na direção daquele pico de chakra, teve cada vez mais facilidade para separá-los e contabilizá-los devido ao seu controle excepcional.

Vinte e duas pessoas aguardavam-nos.

Vinte e duas vidas.

Vinte e duas vítimas.

Apenas porque ela precisava provar seu valor.

Engoliu a seco quando os dois Akatsuki à frente cessaram os passos e se viraram para trás para olhá-la.

— Primeiro vamos ver do que você é capaz, rosinha. Humph! — Deidara debochou e começou a se afastar cruzando as mãos atrás da cabeça.

— Espero que se saia bem, Haru-chan! Vou torcer por você!

Tobi saltitou na direção que Deidara seguiu e ela quis revirar os olhos não entendendo aquela personalidade claramente perturbada.

Respirou fundo olhando ao redor sem movimentar a cabeça. Desabotoou a capa lentamente, abrindo-a e deixando-a escorregar pelos ombros até alcançar o chão enquanto corria os olhos pela clareira.

Seus vinte e dois alvos estavam escondidos.

Quatro à esquerda, três à direita, oito atrás e sete na frente.

Sabia exatamente onde cada um se escondia. Atrás e sobre as árvores, no chão através de Ninjutsu, camuflados sob grandes pedras ou escondidos em moitas.

Fechou os olhos visualizando cada um através de seu mapeamento minucioso concentrando energia na sola dos pés e a lançando ao redor em ondas discretas e invisíveis de chakra.

Abriu os olhos quando sentiu um chakra mais forte, por mais que tentasse ocultar todo o seu poder, pulsar à sudoeste. Em seguida sentiu outro, um pouco mais brando, mas não menos assustador.

O perigo e a áurea sombria que emanavam eram os mesmos provindos de Tobi e Deidara.

Eram mais dois Akatsuki que fizeram questão de se mostrar presentes.

Respirou fundo mais uma vez para controlar a ansiedade.

Tinha que impressioná-los. Não podia perder aquela oportunidade.

Manipulou o chakra em forma de bisturi e posicionou a mão envolta à luz azul à frente do rosto ao mesmo passo que flexionou as pernas em um preparo de avanço. Concentrou a quantidade suficiente para ganhar velocidade nos passos e desapareceu de qualquer vista humana através do Shunshin no Jutsu - Técnica de Cintilação Corporal - deixando para trás simbólicas pétalas de flores de Cerejeira.

Ainda lembrava de como foi difícil adquirir aquela velocidade insana ao dominar aquela técnica.

Sasuke e Naruto sempre foram mais ágeis, por mais que na época Genin ainda não utilizassem tal técnica e Lee a impressionava muito por também ser ágil mesmo sem utilizar de nenhuma técnica, era óbvio que os admirava e invejava, mas não era óbvio que conseguiria se tornar como eles, não para ela que sempre se sentiu inferior.

E lá estava ela, provando a si mesma de que era capaz, não só de ser como eles, como também de superá-los, pois utilizava do Ninjutsu que Sasuke e Naruto utilizavam e Taijutsu que Lee utilizava e a combinação a deixou superior em questão de velocidade.

De alvo em alvo, aproximava-se com a vantagem de pegá-los desprevenidos, cortava seus ligamentos principais das pernas e braços para imobilizá-los antes mesmo de perceberem o que havia acontecido e passava para o próximo alvo mais perto para repetir o processo antes do corpo anterior cair no chão.

E, minutos depois, tendo apenas a respiração levemente descompassada e algumas gotas de suor brotando na testa, estava parada no centro da clareira, onde estava anteriormente.

Agachou-se tocando a mão esquerda na terra molhada com os olhos fechados.

Era hora de provar a si mesma de que se superou.

Fuyu no Ki: Tamashī no Shūkaku - Árvore de Inverno: Colheita das Almas. — murmurou, concentrada em seus próprios fluxos de chakra e energia vital.

Depois de ter cerca de vinte por cento do próprio ser consumido rapidamente pela ativação da técnica, sentiu o poder percorrer por todas as formas de vida que tocavam aquele mesmo chão; besouros, formigas, grilos, plantas, flores, árvores… tudo, tudo passava por seu minucioso controle de chakra.

E com aqueles fios invisíveis que ligavam os seres vivos uns aos outros, alcançou seus vinte e dois alvos paralisados.

Era a terceira vez que utilizava aquela técnica proibida. Desenvolveu-a logo que dominou o Tamashī no Aki no Jutsu - Técnica do Outono das almas.

Com o controle minucioso que possuía e o poder de drenar a vida, precisava encontrar uma solução para aplicar a técnica à distância e em múltiplos alvos, então estudou uma maneira de conseguir tal façanha. Um tempo depois, conseguiu a solução: basicamente a técnica funcionaria como o Shintenshin no Jutsu - Técnica de troca da mente do corpo - do clã Yamanaka ou como o Kagemane no Jutsu - Técnica de imitação pela sombra - do clã Nara; a manipulação direta da energização de Yin Yang somado ao seu controle preciso de chakra, a faria traçar linhas de chakra ligando um ser vivo ao outro, até que alcançasse seu alvo e então só precisava começar a drenagem em massa de energia vital pela canalização criada anteriormente.

Mas havia uma singularidade que o Tamashī no Aki não exigia: os alvos precisavam estar completamente paralisados, pois a técnica, por ser à distância, só funcionará enquanto as vítimas estiverem paradas. Um movimento, mínimo que fosse, interromperia o processo. Por isso precisava cortar seus ligamentos dos membros, para que não pudessem reagir; procedimento que era fácil para ela devido aos seus conhecimentos médicos e precisão especialista resultante das inúmeras cirurgias que fez.

O selo negro ganhou vida em seu antebraço esquerdo, esticando ramificações dos galhos de flor de Cerejeira até desenhar o chão nas direções de seus alvos petrificados. Não demorou a sentir a vida preenchê-la lentamente enquanto deixava suas vítimas.

Minutos depois já sentia o coração descompassar com a alta carga de energia indevida em seu corpo, a respiração também tornou-se irregular.

Precisava se livrar daquele excesso, antes que a prejudicasse de maneira irreversível.

Esse era um dos motivos pelo qual categorizou aquela técnica como proibida: usar o próprio corpo como condutor da energia recebida, causava uma sobrecarga que o corpo não era capaz de lidar no momento da drenagem e, se não conseguir expurgar o excesso, poderá sofrer múltiplos danos internos irreversíveis e, na pior das hipóteses, um ataque que eventualmente se tornaria uma parada cardíaca.

Com o pé direito, deixou fluir toda a energia que drenava e não demorou a crescer, de maneira extraordinariamente rápida, grama e flores saudáveis em torno de si; era a vida preenchendo a terra.

Mesmo se concentrando no que fazia, sentia a aproximação silenciosa dos quatro espectadores e se preparou para qualquer ataque repentino, mesmo desconfiando de que não o fariam, pois deu a eles um show muito maior do que esperavam, afinal não era todos os dias que se presenciava vinte e duas pessoas morrerem sem emitir nenhum som ou resistência; isso porque a falta de vivacidade incapacitava a vítima a tal ponto que ela apenas se entregava à morte.

Depois de um tempo, quando não havia mais nada para ser drenado, expirou cansada e se levantou. O selo em seu antebraço esquerdo tomou sua forma original: galhadas de flores de Cerejeira em traços negros, assim como os traços no antebraço direito.

Vinte e duas vidas a menos no mundo.

Missão concluída com sucesso.

Um sucesso cruel.

Pegou a capa do chão e a segurou com uma mão.

Aguardou pacientemente os quatro se posicionarem à sua frente e só então se permitiu conferir as duas novas figuras: uma mulher com o semblante estoico e cabelos curtos roxo pastel e um homem com cabelos alaranjados e diversos piercings espalhados pelo rosto e orelhas.

A julgar por suas áureas, podia apostar que eram membros importantes para a organização.

A aparente quietude de Tobi se desfez quando ele deu um pulo animado e começou a bater palmas com sua característica infantilidade.

— Woooooo! O que foi isso?! — exclamou e chacoalhou o ombro de Deidara, que o empurrou com desagrado — Você viu, Senpai?! Foi como nos disseram! Ela os matou sem nem tocá-los! — virou-se para ela — Como fez isso, Haru-chan?!

Torceu os lábios, ainda confusa com aquela personalidade volátil.

Como um ser daqueles fazia parte da organização criminosa mais perigosa do mundo?

— Agora que mostrei do que sou capaz… — começou com o tom firme, mesmo que se sentisse trêmula até a alma — posso saber o que a Akatsuki quer comigo?

— Antes… — o ruivo começou e ela quase estremeceu pelo tom sombrio — quero saber uma coisa: por que a discípula da Quinta Hokage forjou a própria morte e desertou sua estimada vila? — como que para frisar a pergunta, deixou os olhos atípicos lilases com espirais cair sobre a bandana riscada amarrada em seu braço direito por alguns segundos antes de voltar a encará-la.

Ficou alguns segundos em silêncio, porque tinha certeza de que sua voz sairia trêmula se respondesse de imediato. Jiraya e Tsunade a alertaram de que fariam aquela pergunta e junto deles pensou em diversas justificativas, mas nenhuma que criaram naquela época parecia capaz de convencê-los agora que olhava para cada um deles.

Engoliu a seco discretamente e encenou um suspiro entediado, antes de voltar a encarar o que parecia se portar como o líder daquele seleto e perigoso grupo.

— Ser a aprendiz de uma Sannin, sobretudo de uma Hokage, me impedia de superá-la. — cuspiu com um rancor encenado — Eu jamais poderia ser melhor do que ela, mesmo que tivesse potencial para isso e Senju Tsunade me podou até eu me cansar de aceitar tal coisa.

— E forjou sua morte para…? — Deidara exigiu com desconfiança e ela não se surpreendeu, por isso apenas desviou o olhar do ruivo para ele, mantendo o tédio.

— Para pôr em prática, sem ser caçada, a técnica que criei e desenvolvi e que Senju Tsunade classificou como proibida ainda na época em que fui tola o suficiente para lhe mostrar a parte teórica. — explicou, colocando uma mão na cintura com confiança e debochou soberba — Aparentemente ser capaz de matar pessoas sem um mínimo de movimento era perigoso para a humanidade.

Assim como a mulher, o ruivo se mostrou estoico. Não houve nenhuma expressão, seja de desconfiança ou convencimento e isso estava a deixando extremamente tensa, por mais que se esforçasse para demonstrar indiferença e despreocupação.

— É uma técnica realmente perigosa, mas conveniente. — o ruivo concluiu e a mulher rapidamente deu um passo à frente, obtendo sua atenção.

— Um grupo de dezesseis perigosos ninjas renegados foram executados sem derramar uma única gota de sangue em menos de trinta minutos há três semanas e há uma semana outro grupo com vinte e um ninjas sofreu o mesmo tipo de execução silenciosa e rápida. Você foi a responsável, não foi, Haruno Sakura? — Estava mais do que óbvio que sim, mas a pergunta claramente era retórica, tanto que a mulher emendou a frase: — Viemos para convidá-la a se unir à Akatsuki.

Ergueu uma sobrancelha em desafio explícito. Precisava demonstrar alguma resistência para não levantar desconfianças desnecessárias.

— Para o que exatamente? — usou seu melhor tom rude — E, mais importante, o que eu ganho com isso? — cruzou os braços e jogou o peso do corpo na outra perna — Eu não desertei Konoha para ser limitada e manipulada de novo. Eu não vou aceitar nada nem remotamente parecido agora que estou livre.

Tobi repentinamente mudou a postura para rígida antes de explodir em risadas altas fazendo-a franzir o cenho pela breve mudança suspeita.

— Haru-chan, Haru-chan! — ele se aproximou e puxou o braço dela com infantilidade — Ninguém aqui faz isso! Não precisa se preocupar! — segurando-a pelos ombros, obrigou-a a se virar para si — Você quer ser minha colega de quarto? Eu não me importo de dividir meu quarto com você!

— Cale-se, Tobi! — Deidara esbravejou lhe dando um cascudo, fazendo-o resmungar coisas que não prestou a atenção porque o ruivo se colocou ao lado da mulher, um passo à frente.

— Precisamos do seu poder, como Ninja e Médica-Nin, para darmos andamento aos nossos planos. — ele disse e um quinto integrante literalmente brotou do chão, deixando apenas a cabeça e tronco para fora — Nos empreste sua força e a Akatsuki a ajudará a desenvolver seu potencial máximo, além de garantir sua proteção agora que é uma renegada.

A mulher tomou a palavra — Assim como nós descobrimos que sua morte foi forjada, não demorará para sua Vila natal também descobrir e temos meios para mantê-la intocável e imanipulável, da mesma maneira como fazemos com nossos outros membros.

Estreitou os olhos com uma desconfiança genuína dessa vez.

Essa era a promessa que faziam para seus membros? Proteção? Desenvolvimento?

E quais são os planos da organização? Além de capturar os Jinchūriki, obviamente.

O quinto integrante, que não disse nada até o momento, apenas se manteve a encarando, assim como os outros quatro.

Respirou fundo audivelmente e desviou o olhar para o céu nublado por segundos.

Por dentro tremia até a alma, de uma mistura perigosa de medo e expectativas, no entanto por fora passava apenas reflexão.

— Está bem. Vamos fazer isso.

[...]

NOTAS FINAIS:

Vamos começar com algumas curiosidades:

O mapeamento que Sakura faz com o chakra do que há ao redor e até alguns quilômetros próximos, realmente é uma habilidade que ela possui na obra original. Isso é apresentado na Novel Sasuke Retsuden.

O Shunshin no Jutsu - Técnica de Cintilação Corporal - existe na obra original também. Se tiverem curiosidade, deem uma olhadinha na wiki no Naruto Fandom (procurem no google). A maioria dos Ninjas nível Chūnin já utilizam, exemplo: Sasuke no exame Chūnin, que ele aparece junto com o Kakashi antes da dar toda aquela merda que o Gaara se deixa ser dominado pelo Shukaku. Lee também utiliza, embora no caso dele é por pura condição física e não por técnica. Naruto, lá no Shippuden também usa em alguns fillers e depois é comprovado no Gaiden e, claro, a Sakura. Ela também usa em alguns fillers e filmes.

Acho um máximo, por isso trouxe para cá.

Já a Técnica Proibida: Fuyu no Ki: Tamashī no Shūkaku - Árvore de Inverno: Colheita das Almas, é uma criação minha, assim como as três técnicas do capítulo anterior, ou seja, não admito o uso dessas técnicas sem minha autorização.

Outra coisa, quando Konan fala que Sakura matou os caras sem derramar sangue é porque quando o corte é feito com bisturi de chakra, segundo minhas pesquisas (wiki do naruto fandom kkk), ao mesmo tempo que o bisturi corta por onde passa, ele cauteriza, então impede que saia sangue. Um bom exemplo disso é na Quarta Guerra Ninja que a Sakura faz um corte na costela do Naruto para depois bombear o coração dele com a mão. Não sai sangue e não é porque foi censurado rsrs

E Jinchūriki - Poder do Sacrifício Humano - se refere ao portador do Bijū (Besta com Caudas).

Esclarecido isso, o que estão achando, hein?

Agora que a coisa vai ficar boa! Sakura finalmente entrou para a Akatsuki!

Estão gostando?

Ah, já ia esquecendo… não se preocupem que mais para frente saberemos com mais profundidade o que fez Tsunade e Jiraya chegarem ao ponto de usar Sakura para os propósitos da Vila.

É isso! Até sexta-feira que vem!*~

Obs.: Caso queiram ter prévias de capítulo, spoiler e interagir comigo além daqui, me sigam no Twitter por SenpaiNani, Instagram por haruno . sah (tudo junto) e Facebook por Haruno Sah ou Nani Senpai!

Obs.²: Estou em um grupo SasuSaku no Facebook e no Whatsapp muito legal onde tem interação sobre o casal e também divulgação de fanfics! Quem quiser link para entrar, me manda mensagem no privado que envio!