Esclarecimento: Só reiterando que esta história não me pertence, ela é uma adaptação do livro de mesmo nome, de Sarah Morgan, que foi publicado na série de romances "Paixão", da editora Harlequin Books.
Aviso: Este capítulo tem uma cena NC-17 e, por esta razão, a partir de agora esta adaptação passa a ser Rated M. Bem, de qualquer modo, todos foram devidamente avisados...
Capítulo 4
Lucy afundou na maciez do banco de couro, tentando controlar o tremor. Sua reação ao avanço de Natsu a surpreendera.
Ela procurava racionalizar o que acontecera. Não estava preparada para aquele beijo. Tinha sido difícil, assustador, excitante e revelara uma parte desconhecida dela.
Tudo mudara.
Ela queria tocar os lábios, mas não ousava fazê-lo, ali sentada perto dele.
Não queria que ele percebesse como se sentia, o que causara em seu íntimo.
Já beijara outros homens e não sentira nada. Que ironia: o homem que abominava era o mesmo que a fizera ver do que um beijo era capaz.
- Pode abrir os olhos agora - interrompeu ele, parecendo aborrecido por estar ao lado dela - Os convidados ficaram para trás. Agora, somos só eu e você. Chega de fingimento.
Pensando que ela poderia ter tentado afastá-lo, abriu os olhos e respirou fundo.
- Aonde estamos indo exatamente ? - perguntou ela, nervosa.
- Para um lugar mais reservado. Chegou a hora de passarmos para a próxima etapa de nosso "negócio", pethi mou, uma etapa que dispensará platéia.
Como ele poderia falar desse jeito quando o que ele queria era estar com qualquer outra pessoa ?
"Quem entra na chuva, é para se molhar", pensou ela, e preferiu ter continuado na festa. Era melhor estar cercada de gente do que sozinha com Natsu Dragneel...
- Fica longe ? Estou muito cansada.
- Vamos para minha casa em Atenas - respondeu ele, desabotoando o paletó e tirando a gravata - Não é longe. E você não vai dormir, pethi mou, mesmo cansada. Você ainda tem uma parte do negócio para cumprir. E, depois daquele beijo, acho que a noite vai ser bem excitante.
A referência ao que acontecera fez seu corpo vibrar e um calor sutil invadiu-lhe o corpo. Um desejo ardente, avassalador e totalmente estranho pulsava dentro dela.
- Não sei do que você está falando...
- Não ? - perguntou ele, com a voz suave enquanto abria os dois botões da camisa - Precisa de um lembrete ?
Os pêlos que apareceram sob a camisa eram uma visão inebriante para o que ocultava.
Lucy quis se encolher no canto do carro, apavorada.
Até este momento, ela não considerara Natsu como homem; era apenas o inimigo, a resposta para o problema da mãe. E não um homem.
Até aquele beijo.
O beijo despertara alguma coisa em seu íntimo.
Mudara sua vida.
Pela primeira vez se considerava mulher.
Ela o observava assustada. Ele estava confortavelmente instalado, as pernas estiradas, um ar de indiferença no belo rosto.
Era a primeira vez que o via numa postura menos formal e seus olhos percorreram os ombros rígidos, a linha forte do maxilar, sombreado pela barba.
A riqueza e o sucesso disfarçavam sua essência de homem. Sob aquela aparência sofisticada, existia algo de primitivo. Sombrio e perigoso. Tosco e indomável. Um caçador. Enquanto imaginava o que tudo isso significava, percebeu que o carro atravessava uma vila cercada de jardins.
- Nossa, como é grande ! Tudo isso só para você ? - ele riu.
- Como você viu, minha família é enorme. Tem sempre alguém de visita e precisando ser acomodado. Além disso, eu dou festas com freqüência, preciso ter espaço.
Acostumada a viver num cubículo, Lucy estava abismada com o tamanho da casa.
- Espero que a casa tenha um mapa - disse ela, descendo do carro. No mesmo instante, percebeu o erro que cometera.
- Não entendo sua surpresa. Seu avô tem casas tão grandes ou até maiores do que esta - comentou ele, surpreso.
"Tola. Preste atenção no que você fala !"
- Costumo me perder em lugares muito grandes - disse ela, tentado emendar o que dissera.
- Felizmente, só existe um cômodo que você precisa achar: o quarto - retrucou ele, num tom frio.
Lucy enrubesceu e fez menção de parar, mas ele a pegou no colo, atravessou o salão de mármore e subiu as escadas.
- Posso muito bem andar...
- Isto não é por você, agape mou, é uma cena para os empregados escondidos por aí. Eles estão ansiosos para ver a noiva. É uma pena que eles sejam tão românticos quanto minha mãe...
Empregados ?
É claro que um homem como ele precisava de empregados para administrar uma casa daquele tamanho.
Natsu entrou em um quarto, fechou a porta com o pé e imediatamente a colocou no chão. Foi até as janelas e as abriu.
Lucy sentiu necessidade de ar fresco e de distância, e um mal-estar que não soube decifrar.
A farsa chegara ao fim, pensou ela, tentando manter alguma dignidade.
O que aconteceria agora ?
Ele não parecia amistoso.
- Veja - disse ela, a voz trêmula - , nós sabemos que toda essa situação é ridícula. Não temos que fazer nada...
- Isto faz parte do nosso acordo.
Ele se virou, os olhos brilhando de malícia.
- Qual é o problema ? Mudou de idéia ? - provocou ele, caminhando em sua direção - De repente percebeu no que se envolveu ?
O coração dela parecia que ia parar de bater. Natsu estava fora de si, não havia dúvida.
- No que nós nos envolvemos - corrigiu ela, dando um passo para trás.
- Nós concordamos em nos casar - ele lembrou-a, abrindo a camisa, botão por botão - E é um casamento o que teremos, sra. Dragneel.
Ele tirou a camisa e deixou-a cair no chão. Lucy deu outro passo para trás. As costas encostaram-se à parede. Não tinha mais para onde ir. Literalmente.
Foi difícil para ela desviar o olhar daquela pele bronzeada e do peito musculoso. O coração batia forte, a boca estava seca. Talvez se ela não olhasse, não sentisse nada. Conseguiria resistir.
O som do zíper sendo aberto a fez estremecer. Escutou o ruído do tecido macio caindo no chão. Lucy fechou os olhos. Os nervos estavam à flor da pele e ela sabia que ele se despira.
- E então, sra. Dragneel ?
A voz grave ressoou no quarto e ela percebeu que ele se aproximava. Chegava cada vez mais perto.
- Está pronta para cumprir esta etapa do acordo ? - com os olhos ainda fechados, ela tentou contemporizar.
- Você não me deseja e eu também não... - ele estava perto demais.
- Engano seu, paguei um valor exorbitante por você e espero que faça por merecê-lo - relembrou ele, seu cheiro inebriante invadindo-lhe os sentidos, fazendo as pernas dela ficarem trêmulas.
Ela arregalou os olhos e riu.
- No quarto ?
- Claro ! Não preciso de sua ajuda na sala de reuniões.
Ela tentava fugir daquela tensão que sentia para pensar no que faria.
- Você já tem uma amante...
- Uma não, muitas. Mas não se preocupe, isso não vai afetar o meu desempenho na cama - confirmou ele.
Cada centímetro do seu corpo doía de desejo. Estava cada vez mais difícil resistir àquele homem.
- Acredite, estou sendo sincera. Não temos que fazer isso. Você pode ficar com sua amante. Eu não me importo...
- Mas minha amante não me dará filhos, e é isso o que eu quero. E é assim que eles são feitos, está lembrada ?
Ela olhou-o. Foi seu grande erro. Seu olhar sedutor a encantou. Era impossível resistir à tentação de ir para a cama com ele. As sobrancelhas espessas e o queixo triangular o tornavam ainda mais atraente.
- Não precisa ficar nervosa. Posso não gostar de você, mas aquele beijo provou que existe uma forte atração entre nós.
Lucy sentia-se fraca e o peito arfava.
- Você acha que existe alguma atração entre nós ?
- Tenho certeza - respondeu ele, puxando-a para si - E você também tem. Pare de fingir que não sente nada.
Atordoada com aquela proximidade, Lucy mal percebeu o gesto rápido com que ele abriu o seu vestido e o fez cair no chão.
Envergonhada, ela levantou os braços para esconder os seios, mas Natsu afastou-lhe as mãos, colocou-as em torno do seu pescoço e a abraçou.
- Não está na hora de esconder seus atributos - afirmou ele, carregando-a para a cama.
Antes que ela se mexesse, deitou-se sobre ela, mantendo-a imóvel.
- Você pode ter muitos defeitos, mas seu corpo é sensacional - disse ele com a voz rouca, acariciando-a - Verdade seja dita, pethi mou, eu estava pronto para recusar esse acordo até conhecê-la.
- Você ia recusar ?
- Claro ! Nós temos que dar netos para nossas famílias, agape mou, e isso depende de certa atividade de minha parte. Se eu não gostasse de você, não teria concordado com este casamento. Sou muito seletivo, apesar de dizerem o contrário.
Ela o olhou, o coração disparado, a resistência no limite.
-Você me acha... atraente ?
- Muito.
O tom da voz dele chamou a atenção dela para seu corpo. Era a primeira vez que via um homem nu. Um homem nu e excitado. Era um tanto assustador.
Agora que o momento tinha chegado, o pânico a assaltara. Como poderia fingir que tinha experiência no assunto, pensou, soltando um gemido quando sentiu o rosto áspero de Natsu. Como imaginou que poderia se sair bem ? Não tinha a mínima idéia de como agir.
- Você me detesta - murmurou ela, tentando se afastar - Me despreza. Não pode me desejar.
Ela tentava desesperadamente pensar no que fazer, quando Natsu tomou controle da situação e a beijou. Imediatamente, suas sensações afloraram e ela percebeu que não conseguiria mais resistir. Ele mostraria como fazer.
Foi este o último pensamento que teve antes de sucumbir àquele beijo...
Aquela língua explorando sua boca fazia seu corpo tremer de excitação. Ela sentia a mão dele percorrer seu corpo, seus mamilos rijos, até chegar ao quadril.
O coração disparou, um calor a invadiu e seu corpo movia-se ao ritmo do beijo ardente.
Quando ela achou que ia desmaiar, ele parou de beijá-la. Com um gemido, seus lábios percorreram o pescoço, a garganta e pararam nos seios, deixando uma trilha de prazer.
Na primeira investida, ela quase gritou de êxtase. Ele beijava o mamilo. Lucy arqueava os quadris na tentativa inútil de controlar a ânsia do seu corpo.
- Seus seios são lindos. Fiquei fascinado por eles no dia em a vi - confessou ele.
O desejo era tão forte que a enfraquecia.
Ela queria mais...
- Natsu - suplicou, sem forças para resistir.
- Outra coisa que eu gosto em você: por trás dessa aparência de inglesa contida, você é quente.
Ela não respondeu, pois nesse instante ele afastou-lhe as pernas e concentrou sua atenção em outra parte de seu corpo.
Dividida entre o constrangimento de se expor para um homem pela primeira vez e completamente envolvida pelo desejo que sentia, Lucy relaxou. Entregou-se às maravilhosas sensações que a língua dele produzia em seu corpo. Ela não acreditava que estivesse fazendo aquilo e adorando.
- Natsu...
Confusa com tamanha ânsia, ela se arqueou e agarrou os lençóis.
- Por favor...
- Você é muito excitante - continuou ele, satisfeito em ver o rubor de suas faces - Largue o lençol. Não vou deixar você se cobrir até terminar meu exame.
O olhar dele percorrendo seu corpo a deixou descontrolada. Ela sentiu quando ele subiu ainda mais sobre ela.
- E então, você quer alguma coisa mais de mim além do meu dinheiro, agape mou ?
Ela não agüentava mais esperar. Queria que ele terminasse logo o que começara.
- Diga o que você quer - disse ele, rudemente, cobrindo-a com seu corpo. Ela sentiu a intensidade da ereção dele e abriu as pernas num convite mudo.
- Relaxe, inglesinha. Diga o que você quer, agape mou - ordenou ele. Ela continuou a olhá-lo, totalmente subjugada, o coração disparado, ansiosa para ter seu desejo satisfeito.
- Quero você - murmurou ela.
Com um grunhido de satisfação, Natsu levantou seu quadril e, num gesto decisivo, a penetrou.
Lucy gritou e arregalou os olhos quando sentiu a invasão em seu corpo.
Ela percebeu a surpresa dele e tentou manter-se impassível. Não queria que ele soubesse. A leve dor passou e ela começou a mover o quadril junto com o dele para satisfazer o desejo que a consumia. Olhando-a nos olhos, ele beijou-a, e continuou a excitá-la com sua língua, fazendo o corpo dela se contorcer de paixão.
E então ele começou a se mover gentilmente como se não quisesse machucá-la. E esta ternura inesperada tornou a relação ainda mais vibrante. Lucy o segurou pelos ombros e passou as mãos por suas costas musculosas, sentindo toda a sua força.
Sem se afastar de sua boca, ele a levantou com seu braço forte, mudando-a de posição. Ondas de prazer invadiram o corpo dela, fazendo-a estremecer.
Como ele sabia como agir ? Como podia fazê-la se sentir desta maneira ?
Ainda com as bocas unidas, Lucy murmurou o nome dele. Ele gemeu de satisfação e continuou seus movimentos firmes e profundos, controlando-a até levá-la ao clímax. Ela sentiu o corpo se contorcendo como se aquele prazer não fosse nunca acabar.
Lucy ouviu ele dizer algo em grego e, com um gemido rouco, agarrou seu quadril e a penetrou ainda mais fundo.
Ela sentiu seu calor e sua rigidez, e depois a explosão de prazer. Natsu afundou os dedos em seus cabelos e Lucy pôde sentir o fruto do prazer dele inundando-a.
Os corpos cansados permaneceram enlaçados naquela atmosfera de plenitude.
Lucy ficou parada, perplexa com o que acontecera. Nunca imaginara que seria assim.
Que dois seres humanos poderiam ficar tão próximos.
O que tinha acontecido ?
No início de toda a história ela o odiava, e agora...
Ela respirou fundo e tentou ordenar as idéias. Suas emoções estavam embaralhadas, mas não sentia mais ódio. Como podia ficar tão íntima dele e odiá-lo ao mesmo tempo ?
E ele, será que a odiava ? Como uma harmonia tão perfeita poderia surgir do ódio ? Não era possível...
Ela se sentia vulnerável, mas não se importava. Tinha descoberto algo que desconhecia. Algo surpreendente.
Culpa e confusão se misturavam dentro dela. Eles haviam compartilhado algo tão honesto e ela só mentira para ele. O que Natsu diria se soubesse o quanto ela o enganara ?
Talvez fosse melhor contar tudo a ele...
Tinha que ser honesta, depois do que acontecera.
Natsu levantou a cabeça e olhou para seu rosto afogueado e para a boca marcada. Depois, saiu de cima dela e ficou ao seu lado, o braço bronzeado cobrindo o rosto.
Sentindo-se embaraçada, Lucy permaneceu em silêncio. Por alguns momentos, ambos tinham estado verdadeiramente ligados. Tinham tido uma experiência única e tudo mudara. Tudo parecia diferente. Ele devia estar sentindo isso também.
Ela tinha que contar a verdade.
- Valeu a pena pagar o que eu paguei - disse ele, num tom frio e distante.
Sem olhar para ela, ele se levantou e dirigiu-se ao banheiro. Bateu a porta, deixando-a completamente atônita.
Natsu ficou parado embaixo do chuveiro, tentando se recuperar do encontro sexual mais explosivo de toda a sua vida. Sua mente sempre tão alerta estava exaurida e seu corpo tomado pela excitação. Arfando, ele olhou para a porta do banheiro, dividido entre satisfazer sua vontade e tentar controlar suas emoções.
Ele não estava acostumado a se sentir daquele jeito.
Pressionou o botão na parede e a água fria o atingiu com força. Ele cerrou os dentes e deixou a água escorrer, na tentativa de esfriar seu corpo e aplacar a ânsia que sentia.
Preferiu agir desse modo a voltar para o quarto e fazer amor até não poder mais. Afinal, este casamento era diferente.
Ele não esperava sentir tanto prazer. Irritado com a ganância dela, tinha levado-a para cama para menosprezá-la.
Não esperava que Lucy fosse tão desinibida, nem que a química entre eles fosse tão forte.
Muito menos que ela fosse virgem. Fechando a torneira, pensou que estava acostumado a estar no controle, e com Lucy tinha sido completamente diferente. Se entregara logo a uma mulher que tinha valores que desprezava.
Ou será que não ? Era realmente surpreendente ele ter considerado o encontro tão pleno ? As mulheres com quem estava acostumado a se relacionar eram sofisticadas, sexualmente experientes e freqüentavam os mesmos círculos sociais que ele. Até que ponto se deixara levar ? Na verdade, ele era um homem grego e tradicional, e, como tal, preferia ter exclusividade em relação às mulheres.
Não lhe ocorrera que sua esposa seria virgem, tampouco que sua inocência na cama serviria para esquentar ainda mais a relação. Como ele não pretendia que a experiência se repetisse, não tinha que se preocupar.
Satisfeito com a conclusão que chegara sobre o prazer que sentira, Natsu terminou de se enxugar.
Sua vida continuaria, e ela ficaria feliz gastando o dinheiro dele. E se Lucy não tivesse ficado grávida ainda, teria outra relação sexual com ela mais para frente.
Ainda bem que o trabalho o manteria ocupado por bastante tempo.
Lucy permanecia deitada, os olhos fechados, fisicamente exausta e tão humilhada que não sabia nem o que pensar.
Como ele podia ser tão grosseiro ?
E pensar que ela quase contara a verdade...
Lucy gemeu quando lembrou a reação que tivera. Ela não imaginara que poderia ser assim.
Como se entregara a um homem que sequer gostava ?
Ela cobriu o rosto com as mãos.
Como poderia olhar para ele novamente ?
Para Natsu tinha sido apenas sexo, mas para ela...
Lembrando como sucumbira ao desejo, se recriminou por ter inflado ainda mais seu ego.
Lucy ouviu o barulho do chuveiro cessar. Não queria estar ali quando ele voltasse. Não ia lhe dar mais uma chance de humilhação. Mas antes que se mexesse, a porta se abriu e Natsu apareceu, enrolado na toalha.
E agora ? Ele voltaria para a cama ? Ela não pôde evitar percorrer com os olhos o tórax musculoso e todo o corpo dele, principalmente a parte que a toalha escondia. A boca ficou seca e o desejo voltou a pulsar em seu íntimo. Ele deixou a toalha cair e a visão daquele corpo másculo e bronzeado a fez tremer. Sem conseguir desviar o olhar, ela suspirou. Como ele podia estar tão à vontade, quando ela tremia de desejo ?
Será que ele não sentia nada ? Ele foi até a cama, olhou-a e pegou o Rolex que estava sobre a mesinha de cabeceira.
Depois deu meia-volta e começou a se vestir. Sem sentir, ela perguntou:
- Você não vai voltar para a cama ?
- Para quê ? Isto é um negócio, lembra-se ? E, por enquanto, esta parte do acordo está concluída - respondeu ele, com ar de enfado, sem sequer dirigir-lhe um olhar.
- É assim ? Isso é tudo o que você tem para me dizer ? - a voz dela era pouco mais que um sussurro.
Ele parou na porta, o rosto sem qualquer expressão.
- Mande me dizer se você ficou grávida.
Dito isto, saiu e bateu a porta.
Completamente humilhada, Lucy amparou-se nos travesseiros.
Como Natsu podia ser tão insensível ? Tão indiferente ?
Quase gritando de raiva e frustração, ela se enrolou nos lençóis.
Não importava o que ele tinha dito ou como a tocara, ele nunca mais se aproximaria da cama dela !
P. S.: Nos vemos no Capítulo 5.
