Nota da tradutora: Buh! Alguém lembra disso aqui ainda? Foi uma das primeiras coisas que fiz quando tentei voltar pra cá... aí alguém me lembrou disso aqui no Twitter este ano e comecei a receber alguns comentários... tomei vergonha na cara e voltei pra cá. Traduzi hoje mesmo. Dependendo da animação nos comentários, eu posso traduzir as outras partes ao longo da semana.
Espero que gostem da tradução. Comentem, por favor.
Do you wanna die?
Parte IV
Por TheMaven
Tradutora: Shampoo-chan/Analoguec.
Na última parte...
"Você aprendeu bem suas lições, minha Rin".
Ela engoliu em seco, dando um ligeiro aceno de cabeça, reconhecendo o elogio dele. Era a segunda vez que ele a chamava de "minha Rin". O que aquilo queria dizer? O que significava aquilo? O que era...
A respiração ficou rápida e aguda quando Sesshoumaru a puxou para ele, as costas contra o peito, algo... longo e duro pressionado na lombar dela.
Parou de respirar, o corpo todo rígido nos braços dele.
"Shhhh..."
Don't be afraid
I didn't mean to scare you
So help me, Jesus
Sesshoumaru relaxou o abraço e roçou o nariz no pescoço dela, dando um casto beijo bem abaixo do ouvido dela.
Rin gaguejou. "O-O q-que está fazendo? O q-q-que você quer?
Ele colocou outro beijo no lado do pescoço. "Você".
Ela engoliu em seco.
"Quer ir embora?", ele beijou o pescoço dele novo, depois deslizou a ponta do nariz na mandíbula dela.
A postura dela relaxou um pouco, mas a respiração continuava irregular. "Isso é o seu... O que... O que é isso atrás de mim?"
O jovem lorde riu internamente, dando uma olhada nos dois corpos. Então por isso que ela ficou tão nervosa. "É o cabo de Tenseiga". A mão dele reposicionou a espada de herança, imediatamente sentindo a jovem relaxar nos braços dele, algumas risadas percorrendo pela forma esbelta dela.
Aproveitou a oportunidade para abraçá-la com força, trazendo as costas para pressionar contra ele, os braços confortavelmente ajustados na cintura dela, as mãos gentilmente acariciando os lados dela por cima da armadura de bambu. "Pode ir embora, se quiser. Este Sesshoumaru não vai se forçar para cima de uma mulher, nem vai persegui-la caso decida voltar para o acampamento".
Rin estremeceu. "M-Mas eu sou humana".
"Você é extraordinária".
"Você me criou desde criança."
"Você não é mais criança e não tem o meu sangue".
"Eu..."
Mantendo o braço esquerdo na cintura dela, a palma deslizando pelo ventre coberto pela armadura, ele silenciosamente ficou de lado, a cabeça ainda posicionada no ombro dela. Pegou o queixo dela com a mão cheia de garras, virando o rosto dela para encontrar o olhar dele enquanto corria o polegar pelo lábio inferior dela.
I can promise you
You will stay as beautiful
With dark hair
And soft skin... forever
Respire, Rin ordenou-se. Isso é real. Está realmente acontecendo. E se você não respirar, vai acabar desmaiando.
Mas os olhos dele...
Sem uma única palavra, ele parecia prometer tanto. Tudo e qualquer coisa que ela possivelmente poderia querer – o amor dele, a devoção, a mente, a alma e... o corpo.
Ele a queria. Ele realmente a queria.
"Você", ele dissera.
Não vendo rejeição ou medo, Sesshoumaru baixou o rosto e tomou os lábios num abraço carinhoso.
Forever
Rin suspirou, as pernas quase para desabar com as sensações de ter os lábios do lorde nos dela. Procurando ficar em pé, as mãos procuraram os ombros dele como apoio, a mão esquerda dele deslizou para os lados dela para voltar o rosto para o ele, a mão habilmente manipulando os músculos da nuca dela.
Sesshoumaru rosnou em aprovação quando a língua tocou e saboreou o lábio inferior dela e a jovem graciosamente garantiu a entrada ao interior da boca. Quando as línguas se tocaram, a mão dele subiu e soltou o cabelo dela do prendedor feito de couro, deixando as sedosas mechas deslizarem em cascata pelas garras enquanto gentilmente acariciava o couro cabeludo.
Rin gemeu, dando oportunidade para ele aprofundar o beijo, a ponta da língua dele fazendo cócegas no fundo da garganta.
De novo, ela sentiu a estranha dureza pressionando contra ela, desta vez abaixo do quadril direito. Afastou-se um pouco, os olhos correndo de cima a baixo pela figura do lorde banhada pela luz da lua cheia.
Não era o cabo da Tenseiga tocando-a daquela vez.
"Rin?"
Ela não conseguia se mover, respirar, falar, pensar.
Sentindo a tensão dela crescer, Sesshoumaru aos poucos a soltou, afastando-se um passo da pretendente, depois deixando o lado dela para andar lentamente ao longo da correnteza, longe da claridade da lua e da água cintilante do lago para entrar nos limites da floresta com sombras e caminhos misteriosos. Ele então voltou-se para ela, estendendo a mão com a palma da mão para cima. "Venha".
Make up your mind.
Ela não tinha certeza de nada mais. Se ela... deixasse-o fazer aquilo... se deixasse fazer aquilo consigo mesma... se ela o seguisse desta vez, as coisas mudariam, irrevogavelmente mudariam.
Não estaria mais sob tutela dele, uma preocupação, acompanhante nas viagens; ela seria... a mulher... amante... companheira dele.
Ele continuou a aguardar nos limites da floresta enquanto a brisa fria de verão limpava a tranquilidade da noite, fazendo marcas na água e soprando as mechas do cabelo dela, fazendo a pontas da franja tocarem a testa, temporariamente distraindo-a daqueles profundos pensamentos.
Olhou de novo para o lorde.
As coisas já haviam mudado entre eles, não?
Minha Rin. Ele a chamou de "minha Rin". E ele a beijou, acariciou, afirmou que queria apenas ela. Essas coisas não eram facilmente esquecidas.
E... ela não queria esquecer. Ela queria apenas ele. Sempre o quis – especialmente depois daquela vigorosa sessão de treinamento.
Mas e se ela ficasse grávida? A criança seria hanyou. Ele amaria um hanyou? Aceitaria um como herdeiro?
Embora ele e o meio-irmão tivessem parado de lutar um contra o outro há alguns anos, ainda estavam longe de serem próximos. O lorde deixaria de lado os preconceitos e aceitaria um hanyou como parte da nobre linhagem? Queria mesmo uma "humana inferior" sujando a linhagem?
Talvez isso tivesse mais a ver com desejo e nada com amor.
Ele a queria e ele pretendia possuí-la.
O que aconteceria se ele parasse de "querer"? O que aconteceria depois de "ter"?
Talvez ele a deixasse de lado. Abandonaria em um vilarejo humano. Ou... a daria a algum subordinado para "brincar" com ela.
Já havia visto aquilo antes. Não especificamente com o lorde, claro, mas ela sabia que aquele tipo de coisa era comum entre humanos e demônios.
Sentiu as incomuns lágrimas incomodarem os olhos. Não chorava há... ela não sabia há quanto tempo.
Não queria ser usada. Não queria ser descartada.
Segurou as degradantes gotas salgadas. Ela não era uma pedra. Não era uma árvore. Ela tinha uma opção ali. Tinha uma palavra em como queria ser usada.
Não, não "usada". Ela era uma pessoa, não uma coisa.
"Rin..."
Olhou e encontrou o olhar dourado. Nele, nas profundezas daqueles olhos ambares, ligeiramente sombreados pelas mechas cor de prata, ela viu todas as respostas a cada pergunta que tinha e que poderia vir a ter. E embora ele não dissesse nada, ela conseguia ver tão plenamente como se as estrelas tivessem escrito no céu.
Aquela palavra que o lorde nunca usou.
Make up your mind
And I promise you
I will treat you well
My sweet angel
So help me, Jesus
Por favor.
Ela decidiu.
Rin o seguiu.
(hey, hey, hey)
Give it up to me
Sesshoumaru a guiou.
