TITAN'S MAGIC BRIDE
Sinopse: Nada mudou depois da guerra. As pessoas ainda eram as mesmas ovelhas crédulas. O preconceito ainda estava lá, mais forte do que nunca. Acusações e sussurros sobre Harry ainda se espalhavam. E ele não conseguia encontrar a paz e a liberdade que tanto desejava. Harry estava pronto para deixar aquele mundo. Em sua fuga, Harry acaba sendo convocado através de um ritual, que o leva para um mundo diferente. Um mundo de titãs, homens-feras e orelhas longas... um mundo com mais magia e coisas ainda mais inacreditáveis... e ele foi invocado, para se casar com um titã.
Notas: HP e The Titan's Bride não me pertencem. Essa é uma fanfic de romance homoerótico, com Mpreg, se não gosta, ou se sente ofendido por esse tipo de conteúdo, por favor, pressione as teclas Ctrl+W de seu teclado para deixar a página.
CAPÍTULO 5
Durante muito tempo, a vida de Harry sempre foi movida a uma grande quantidade de adrenalina. Mesmo na época antes de Hogwarts, ele sempre precisou ser rápido e alerta, para sobreviver a versão distorcida dos Dursley de normalidade. Tinha sido sempre assim… até que sua vida mudou outra vez, e ele foi convocado por Caius, para se tornar sua noiva.
Nas últimas semanas, desde que tinha aparecido naquele mundo, Harry experimentou uma paz e tranquilidade que ele nunca tinha vivido antes. Seus dias eram basicamente resumidos em ficar deitado em algum lugar confortável, lendo um livro ou, quando Caius não estava preso em suas responsabilidades como príncipe herdeiro, ficar envolto com o titã em sessões quentes de beijos e toques íntimos.
E, naquele dia, Harry estava fazendo exatamente isso.
Caius estava ocupado com uma importante reunião junto do rei e alguns dignitários, então Harry tinha muito tempo livre naquele dia. Ele tinha encontrado um lugar agradável no jardim leste do palácio, escondido por detrás de arbustos com flores roxas, e sob a sombra refrescante de uma árvore de glicínia. Ele tinha juntado diversos travesseiros e cobertores, formando uma cama confortável sob a sombra da árvore, reunido alguns livros da biblioteca do palácio, aos quais ele tinha começado a estudar, querendo aprender mais sobre aquele mundo, assim como um pouco de chá e doces.
Harry mordiscou uma madeleine, enquanto virava a página do livro. Era um livro de história, que contava sobre toda a fundação de Tildant. Era interessante e as informações seriam de grande importância para sua futura posição… ainda assim…
Um suspiro escapou dos lábios de Harry, enquanto ele largava o livro e se virava no meio dos travesseiros, olhando para o céu que aparecia por entre os galhos floridos da árvore.
"Estou ficando entediado… isso não é bom…" lamentou, sem realmente olhar para nada. Ele era um grifinório. Sim, o Chapéu Seletor estava certo. Ele teria se dado muito bem na Sonserina. Ele podia ser incrivelmente astuto e ardiloso se quisesse. Ainda assim, ele era um grifinório em sua alma. E não havia nada mais perigoso do que um grifinório entediado. Havia um motivo para que a Grifinória perdesse mais pontos do que as demais casas.
– Preciso de algum tipo de passatempo… rápido.
Harry sabia que não seria capaz de consegui em trabalho habitual. Ele se casaria com Caius, mesmo que não soubesse exatamente quanto tempo um noivado em Tildant costumava durar, Harry sabia que, inevitavelmente eles se casariam. E, em alguns anos, Caius assumiria o trono. Como 'rainha', Harry teria suas próprias funções, as quais ele sabia que precisaria se dedicar. Contudo, ele sabia que precisava encontrar algo, qualquer coisa, para manter sua atenção presa. A única questão era… o quê?
Estudar era bom. Ele sabia que precisava aprender muitas coisas, não apenas sobre Tildant, mas também sobre Eustil. Contudo, ele não era Hermione. Enquanto ele poderia apreciar um bom livro, ele não era capaz de passar a vida toda apenas lendo. Explorar, certamente, era algo que ele gostava de fazer e ele queria muito fazer isso naquele mundo novo, mas isso não era possível. Em primeiro lugar, ele era chamado de 'vanïr' naquele mundo. Uma espécie que já tinha desaparecido há muito tempo. Em segundo lugar, ele era a 'noiva' do príncipe herdeiro de Tildant. Seria ridiculamente imprudente sair sozinho e explorar o mundo, mesmo para alguém com seu histórico.
– Eu preciso pensar em algo… hn… talvez… – murmurou para si mesmo, puxando o livro que estava lendo antes, voltando algumas páginas. – Aqui… '… então, o deus titânico voltou seus olhos para a terra seca e imprósperas, acenando a mão sobre a terra, ele formou os primeiros titãs. O deus titânico disse: Vocês nasceram da prosperidade, cultivem essa terra e a tornem verde e prospera. Através da prosperidade, vocês cresceram e se fortaleceram.'
Aquela era uma passagem do livro, que contava exatamente a história que Caius tinha lhe mencionado. Os titãs tinham sido criados com o único objetivo de prosperarem. Qualquer coisa que pudesse tornar o país prospero, era desejado e encorajado. Essa era a sua resposta!
Com um sorriso amplo no rosto, ele se levantou, e correu em direção ao palácio. Ele precisava falar com Caius!
Não foi difícil encontrar o príncipe titã, já que Harry sabia que Caius estaria no escritório da ala leste. Contudo, assim que entrou no escritório, seu sorriso desapareceu, e a fúria de um dragão começou a queimar dentro de seu corpo.
Ele estava certo.
Caius estava no escritório.
Mas, ele não estava sozinho.
Havia uma mulher… uma mulher que ele estava abraçando.
Harry respirou devagar, abafando sua raiva e ciúme. Explodir o castelo e destruir tudo ao seu redor, não seria uma boa resposta. Apenas, havia momentos em que ele não deveria ouvir seu lado impulsivo.
Forçando seu rosto em uma máscara cordial, ele ergueu o punho e bateu duas vezes sobre a madeira da porta, assustando os dois titãs na sala.
– Quem é sua amiga, Caius?
~*~me ignore, sou apenas uma linha~*~
Dez minutos antes…
Não era a primeira vez que Caius lamentava suas responsabilidades.
Desde que Harry tinha entrado em sua vida, Caius tinha lamentado tudo e todos que o mantinha longe do pequeno vanïr. Era frustrante. Principalmente, com o relacionamento entre os dois fluindo cada vez melhor. Tudo o que o titã desejava, era passar cada segundo de sua existência beijando, acariciando e abraçando aquela criatura magnifica de quem tinha se tornado noivo.
Ainda assim, Caius não era irresponsável o suficiente para apenas ignorar seus deveres. Ajudar seu pai na administração do país, tinha sido algo normal para ele desde que tinha completado treze anos. Suas responsabilidades aumentaram, conforme ele se tornava mais velho e o tempo de assumir o torno se aproximava cada vez mais. Agora que ele tinha Harry, seu pai estava confiando mais da metade das responsabilidades do reino, incluindo a responsabilidade sobre as tropas e o comércio estrangeiro. Graças a isso, ele tinha que ler uma infinidade de documentos, tomar decisão que influenciariam diretamente a prosperidade do país e assinar autorizações e decretos. Era um trabalho que muitas vezes não parecia ter fim.
Um suspiro escapou por sua boca, enquanto se reclinava na cadeira. Seu olhar vagando para a janela, conseguindo ver uma parte do jardim leste. Ele sabia que Harry tinha encontrado um pequeno refúgio naquele jardim.
– Você parece ocupado, Caius. Sua majestade aumentou sua carga de trabalho, desde a última vez que nos vimos?
Caius pulou surpreso com a voz, olhando para a entrada do escritório. Assim que viu quem estava ali, um grande sorriso surgiu em seu rosto.
Parada na porta, estava sua ex-noiva e melhor amiga, Medina. A titânide estava tão bonita quanto ele era capaz de se lembrar. Seus longos cabelos loiros presos em uma trança baixa e folgada. Os olhos violetas brilhosos e descontraídos. O corpo bem trabalhado destacado pelo vestido azul escuro com delates em branco e bordado com pedras preciosas.
– Medina! Não esperava vê-la tão cedo! – Exclamou feliz, levantando-se e adiantando-se para abraçar a titânide.
– É bom vê-lo Caius. Estava com saudades. –Afirmou Medina, retribuindo o abraço que recebia.
Caius estava tão distraído com a presença de Medina, que nem mesmo notou a porta do escritório se abrindo outra vez.
– Quem é sua amiga, Caius?
Caius olhou para a porta, seu sorriso nunca vacilando ao ver o pequeno vanïr de cabelos escuros. Afastando-se de Medina apenas o suficiente para que os dois ficassem de frente para Harry, o príncipe falou:
– Harry, está é Medina Nall Rosas. Medina, este é Harry, minha noiva. – Apresentou, com o braço envolta dos ombros da titânide.
Talvez fosse devido a sua própria personalidade otimista e um tanto brilhante, mas Caius não foi capaz de sentir a aura furiosa que parecia emanar do pequeno corpo do vanïr. Medina, ao contrário do príncipe, foi capaz de sentir aquela aura, o que apenas serviu para diverti-la. Ver um ser tão pequeno e fisicamente insignificante, quando comparada a alguém como ela, claramente furioso com sua presença, apenas servia para diverti-la.
– Oh, eu escutei muito sobre você. Você é ainda menor do que eu tinha imaginado. Deve ser muito desconfortável, não é mesmo?
Mentalmente, Harry agradeceu a Snape e suas insuportáveis lições sobre o controle de suas expressões e emoções. Se ele não tivesse passado por aquelas lições, Medina teria sido reduzida a um minúsculo inseto… ou uma poça de gosma… ele nunca conseguia decidir o que era pior… apesar de que ele também despreza sapos e ratos… talvez ele deveria tentar uma dessas duas opções em algum momento? Ainda assim, se ele não tivesse aprendido a melhor forma de se controlar, coisas ruins estariam acontecendo naquele exato momento.
Oh, não era o comentário sobre seu tamanho. Não inteiramente, na verdade. Ele era pequeno, mesmo entre os bruxos, ele tinha sido o menor de seu ano. Então, quando era comparado fisicamente com os titãs, seu tamanho diminuto era ainda mais perceptível. O que o estava irritando e testando seu controle nada surpreendente sobre suas emoções, e consequente sobre sua magia, era o tom oculto pelas palavras supostamente inocentes.
Durante muito tempo, Harry precisou lidar com pessoas desprezando-o e zombando de sua simples existência. Ele tinha se acostumado a distinguir aquele tom de zombaria. Então, mesmo que a titânide parecesse ser hábil em ocultar tal tom, ele ainda podia detectar isso com facilidade. Sem mencionar… Caius estava muito confortável ao lado daquela mulher.
Harry nunca se considerou alguém ciumento. Talvez, devido ao simples fato de que nunca houve algo pelo qual sentir qualquer tipo de ciúme. Ele tinha passado toda a sua vida, vivendo o que acreditava ser apenas 'tempo emprestado'. Nunca realmente se permitindo se apegar a nada em especial. Então, era de se esperar que ele nunca sentiu ciúme de algo ou alguém. Contudo, desde que tinha vindo para aquele mundo, e começado seu relacionamento com Caius… Harry tinha se permitido sentir e se envolver como nunca. Talvez por isso, um sentimento como o ciúmes começou a se manifestar naquele momento. O fato de ter realizado um ritual de união sexual com Caius, há apenas dois dias, apenas servia para intensificar todo o qualquer sentimento de possessividade.
Ainda assim… aquele não era o momento para seu lado grifinório. Não… esse era o momento para a cobra que vivia adormecida em seu coração se manifestar.
– Realmente? Infelizmente, não posso dizer o mesmo, já que ninguém mencionou você, Srta. Rosas. – Falou Harry, seu tom muito mais doce e amigável do que o normal, enquanto seus olhos tinham um brilho que teriam feito Malfoy orgulhoso. Basicamente, ele estava dizendo: "É claro que você sabe quem eu sou, mas você é tão insignificante, que não preciso saber quem você é".
Pela minúscula contração do olho direito da titânide, Harry sabia que ela entendeu o significado oculto por detrás de suas palavras, mas ela parecia muito hábil em ocultar suas respostas emocionais. Uma verdadeira mulher nobre ensinada a manter uma máscara em todos os momentos.
Medina não era alguém para se desprezar afinal.
Sua família fazia parte da nobreza de Tildant. Ela tinha aprendido a andar nos círculos sociais durante anos, e passado por um extenso treinamento, para ser a próxima rainha daquele país.
Dois poderia jogar aquele jogo.
– Certamente, creio que todos estariam receosos em mencionar meu nome para você, honorável noiva. Todos sabem como é descortês, trazer à tona antigos relacionamentos, perante um novo. É provável, que ninguém queria que você se sentisse desconfortável com comparações. – Em outras palavras: "Fui amante de Caius, e nosso relacionamento era ótimo, e se alguém tivesse dito algo sobre isso, você se sentiria como a criatura inferior que é, mas pior."
"Será que alguém vai sentir falta dela, se eu apenas transformá-la em um porco, e entregá-la para o cozinheiro?" Pensou Harry, mantendo o sorriso tranquilo em seu rosto. Oh, talvez ele devesse apenas acabar com aquele rostinho bonito? Aquele feitiço de espinhas eternas que Hermione usou em Marietta tinha sido ótimo. Ou talvez ele desse fazer com que bolhas cheias de pus crescessem por todo seu corpo? Ah! Também havia aquele feitiço para crescer dentes! E sempre havia a possibilidade de apenas misturar tudo. O limite da magia era a criatividade, afinal.
Enquanto os dois apenas trocavam sorrisos, Caius não pode deixar de franzir a testa. Sim, ele não tinha notado o primeiro choque, mas isso era apenas por estar feliz de rever sua amiga de infância. Já fazia anos, afinal. Ainda assim, mesmo que ele fosse a pessoa ignorante, ele teria sido capaz de compreender a troca pouco amigável de palavras e isso o estava deixando um pouco confuso.
Desde que tinham se conhecido, Caius nunca viu Harry ser nada mais do que cortês e amigável com todos. Ele tinha se tornado amigo de todos no palácio em pouco tempo, nunca parecendo desgostar de ninguém em particular. Medina também sempre tinha demonstrado uma ótima personalidade, sempre aberta e amistosa com todos a sua volta. Um dos muitos motivos pelos quais seu pai tinha acreditado que os dois teriam formado um ótimo casal.
E, apesar de terem personalidades naturalmente amistosas, pareciam que os dois tinham encontrado um desagrado mútuo.
– Hn… Medina, por que você não vai encontrar Naiad? Tenho certeza de que de ela está ansiosa para revê-la. – Aconselhou, esperando poder separar aqueles dois, até que ele pudesse entender o que estava desencadeando aquela animosidade.
– Sim, essa é uma excelente ideia. Eu e sua irmã sempre nos demos muito bem, afinal. Talvez eu encontre Athala também.
Harry se controlou para não amaldiçoar a titânide, perante a última provocação, enquanto a via sair do escritório.
Aquela provocação era quase o suficiente para fazê-lo explodir.
Em seu mundo, havia uma linha invisível, que separava a família de pessoas de fora. Uma linha que alguém como ele, que seguia o Caminho Antigo, respeitava mais do que qualquer coisa. E mesmo para os sangue-puros, que tinham abandonado todas as outras tradições, eles ainda respeitavam aquela linha invisível. Essa linha era sempre mantida pela cortesia. Quanto mais distante fosse seu relacionamento com os membros da dita família, mais formal você deveria se referir aquelas pessoas. Títulos, sobrenomes, pronomes ou mesmo apenas a cortesia de falar de uma forma mais formal. Tudo isso indicava sua posição com aquela família.
Harry tinha notado que havia uma linha similar naquele mundo. Talvez não tão rígida e inflexível, mas ainda estava lá. Sendo a noiva de Caius, Harry tinha sido facilmente abraçado e puxado para dentro da família real. Títulos e formalidades tinham sido quase que inteiramente abandonados, sua única restrição eram com os pais de Caius e apenas em eventos formais, onde até mesmo seus filhos eram orientados a usar títulos formais. Então, o fato de que Medina estava chamando a irmã e a mãe de Caius pelo primeiro nome, e referindo-se a elas de forma tão pessoal e íntima… era quase uma declaração de guerra.
O único problema, era que Medina não tinha sido ensinada sobre algo muito importante.
Nunca. Jamais. De maneira algum. Entre em uma guerra com um maroto.
Ou, no caso de Harry, o filho de um maroto.
Aquela mulher não saberia o que a atingiu.
Mas, antes disso…
– Harry… você está bem?
Harry se virou para encarar o titã, um sorriso perigoso em seu rosto, enquanto seus olhos verdes brilhavam de uma forma perversa.
Ele precisava mostrar a seu futuro marido a quem ele pertencia!
Talvez, em um momento de maior lucidez e controle emocional, Harry teria tido a decência de, ao menos, selar as portas do escritório e tornar o cômodo a prova de sons. Dessa vez, contudo, ele não fez isso. Talvez por estar muito irritado e enciumado, ou apenas para satisfazer aquele desejo primordial de reinvindicação. Ele pensaria sobre isso mais tarde, quando sua cabeça estivesse muito mais limpa.
Caius estremeceu com o olhar que recebeu do moreno. Antes que ele pudesse pensar em dizer algo, ou mesmo perguntar o que estava acontecendo na mente do pequeno vanïr, seu corpo voou para trás e ele se viu sentado na poltrona do escritório. Cordas grossas surgiram, amarrando seus braços e tronco, prendendo-o na poltrona.
– O quê…? HHN! – Caius nunca conseguiu falar. Sua boca foi tapada por uma mordaça de tecido escuro que, assim como as cordas, tinham surgido no ar.
Harry sorriu de forma perversa, ao ver o grande e poderoso titã amarrado e indefeso. Apenas ver aquilo, fazia com que uma onda de excitação percorresse seu corpo. Quem diria? Parecia que ele tinha um lado dominador.
Caminhando de forma lenta, seus movimentos lembrando muito os de um felino, Harry se aproximou da poltrona, se inclinando sobre o corpo do titã. Olhos verdes maliciosos fixos nos violetas surpresos. A mão pequena e áspera deslizou sobre o rosto de Caius, percorrendo o caminho por seu pescoço e indo em direção ao peito musculoso, mas não descendo além.
– Sabe, Caius… na minha antiga escola, tínhamos um ditado: Draco dormies nunquam titillandus. Nunca faça cocegas a um dragão adormecido. – Comentou, sua voz soando tranquila e despretensiosa, enquanto erguia seu corpo um pouco mais, pressionando o joelho sobre o pênis do titã, recebendo um gemido abafado como resposta. – Era uma piada interna, na verdade, mas também um alerta. Vanïrs são muito… emotivos. Nossa magia responde diretamente a nossas emoções, quanto mais emocionais nós somos, mais poderosa e perigosa se torna a nossa magia. Assim, nunca é bom provocar um vanïr, caso contrário, você pode se encontrar do lado errado de um feitiço desagradável.
Caius podia sentir seu coração batendo mais rápido, enquanto seu corpo ficava mais quente, respondendo a excitação que sentia naquele momento. Nunca, nem mesmo uma única vez, ele pensou que ficaria excitado em ser amarrado e dominado. Controle era algo natural para ele. Sendo o príncipe herdeiro e tudo… mas estar daquela forma… amarrado e a mercê de Harry… sentir o menor tocá-lo e provocá-lo… isso era mais excitante do que ele poderia imaginar. Seu pênis já estava completamente duro e Harry não tinha feito praticamente nada.
– Infelizmente, você fez cocegas no dragão, Caius. – Sussurrou Harry, seu nariz roçando sobre o do loiro. – Eu nunca usei esse feitiço, mas estou ansioso para ver o efeito. E, quando terminar… você vai ser incapaz de ficar duro com qualquer outra pessoa, que não seja eu. – Prometeu Harry, seus olhos brilhando em malícia, enquanto seus lábios estava curvados em um sorriso perverso.
A varinha das varinhas surgiu em sua mão. Ele não tinha mais o costume de usar uma varinha. Sua magia era muito forte e ele podia fazer praticamente qualquer feitiço em uma, mas havia momentos em que ele preferia ter um foco, mesmo que fosse mais uma questão psicológica. Certos feitiços eram apenas… instáveis demais, para se arriscar a fazê-los sem um foco.
– Extranima Trahitur.
Por um momento, Caius não sentiu nada. O titã apenas olhou confuso para sua noiva. Ele não sabia pelo o que estava esperando, mas sabia que Harry pretendia fazer algo. Foi quando ele começou a notar o calor começando a se espalhar por seu corpo. No começo, era fraco o suficiente para ser ignorado, mas logo se tornou mais e mais forte, fazendo o suor começar a se acumular e as roupas que o cobriam tinham começado a se tornar incomodas e desagradáveis. Não apenas isso, a fricção que o tecido causava em sua pele… era quase como se uma descarga elétrica percorresse seus nervosos, principalmente em sua região inferior. Seu pênis, que já tinha começado a mostrar um grande interesse na 'brincadeira', tinha se tornado mais sensíveis e rígido, conforme o próprio tecido de suas calças roçavam sobre a região.
Caius olhou nos olhos verdes de seu amante, sua boca amordaçada impedindo-o de fazer qualquer pergunta, mas ao ver o brilho de satisfação quase sádica, ele soube que tudo aquilo que estava sentindo era o efeito do feitiço de Harry. Quase em câmera lenta, ele viu o moreno erguer a mão em direção ao seu rosto, o dedo indicador deslizando pelo contorno de seu rosto e descendo por seu pescoço. A sensação que aquele único toque proporcionou era indescritível, queimando e percorrendo seu corpo. Uma risada divertida e quase inocente demais escapou dos lábios de Harry, que se inclinou um pouco mais sobre seu corpo imobilizado, evitando tocá-lo de qualquer forma, apenas para soprar de leve em sua orelha. Vergonhosamente, Caius gozou. Sua respiração estava ofegante, descrença em seus olhos. Ele nunca tinha gozado tão rápido… muito menos sem ser tocado. Mas a sensação úmida e pegajosa que agora envolvia suas calças, era prova mais do que o suficiente de que ele tinha gozado… e não era apenas isso. Mesmo depois de gozar, seu pênis ainda estava tão duro ou mais do que antes.
– Foi bom? – Perguntou Harry, o sorriso divertido e malicioso em seu rosto relevando a satisfação que sentia, enquanto movia o joelho outra vez, para pressionar o pênis de seu amante. Sem surpresa para Harry, ele sentiu o corpo do titã tremer, um grunhido abafado escapando pela boca de Caius, enquanto a umidade das calças do titã aumentava. Mais uma vez, ele tinha gozado. – É enlouquecer, não é mesmo? O feitiço que usei aumenta em vinte vezes a sensibilidade do corpo, tornando cada pequena área um pouco de prazer enlouquecedor. Mesmo o roçar de roupas, ou a mais leve brisa seria o bastante para fazer alguém gozar. Mas parece que titãs são um pouco mais resistentes a esse tipo de magia… ainda assim… nada aconteceu, e você já gozou duas vezes. O que vai acontecer… quando eu tirar esse seu pau enorme e chupá-lo? Ou quando eu decidir me sentar nele e me foder até ficar satisfeito? Quantas vezes você vai gozar?
Caius estremeceu com aquelas palavras.
Apenas a ideia de Harry fazer aquilo… ele tentou lutar contra as cordas que o prendiam, apenas para sentir aquela descarga elétrica percorrendo seu corpo mais forte, quando a textura áspera se esfregou em seu corpo sensível. Caius abaixou a cabeça, sua respiração irregular, gotas de suor escorrendo por seu rosto. Seus olhos violetas estavam escuros, enquanto seu lado racional tentava ignorar os estímulos. Um vendo gelado atingiu sua pele quente, fazendo seu corpo se contorcer e envergar, apenas para que as cordas raspassem com mais força em seu peito e braços. Sua mente se tornou uma nevoa branca, quando seu terceiro orgasmo em menos de cinco minutos o atingiu. Caius se sentia tonto e sem foco algum. Seus olhos piscaram devagar, notando a ausência de sua camisa e capa… quando? Ele sentiu a mão pequena de Harry deslizar por seu peito, desenhando seus músculos. Céus… em nome de todos os deuses… aquilo era enlouquecedor!
– Hn… eu sempre pensei que seu corpo era incrível. – Confessou Harry, seus olhos verdes escuros de desejo, enquanto olhava para a pele bronzeada moldada por músculos salientes e fortes. – Eu praticava muito um esporte no meu mundo, então sempre via homens nus, com corpos fortes, mas nenhum deles pode se comparar com esse seu corpo… – aquilo era a mais pura verdade. Ele tinha visto ótimos corpos no vestiário de quadribol. Naquela época, ele apenas os observava por simples inveja, já que sua própria constituição física estava longe de ser forte. ele era pequeno e seu corpo, apesar de não ser flácido ou carente de massa muscular, não tinha nenhum musculo saliente ou visível. Ele tinha a constituição de um apanhador: pequeno, atlético e ágil. Ainda assim… ele sempre desejou ter um físico mais forte, então sempre olhava para os outros garotos no vestiaria. Contudo, quando olhava para Caius, a última coisa que ele pensava era sobre sua própria falta de músculos… nesses momentos, ele só conseguia pensar em tocar aquele corpo, ser abraçado por aqueles braços e, nos últimos dias, ser totalmente devastado por aquele homem enorme.
Com um brilho maligno em seus olhos, Harry se inclinou e lambeu a linha entre os músculos do abdome definido. Para seu prazer e diversão, ele sentir o corpo do titã pulsar e tremer sobre sua língua. Sem piedade, ele mordeu a pele com força, causando outra onda de tremores. Seus olhos vagaram para as calças de Caius, sentindo sua própria excitação e diversão aumentar, ao ver que ele estava encharcado. Se aquilo tudo não estivesse sendo feito, para que Harry desenhasse uma linha territorial, ele já teria parado com a brincadeira. Contudo… esse não era o caso. Harry não estava permitindo que Caius sequer pensasse em outra pessoa.
Pelo o que pareciam ser décadas de tortura, Caius sentiu Harry lamber, chupar e morder seu corpo. Marcas tinham começado a surgir em sua pele bronzeada. Ele nem mesmo sabia quantas vezes já tinha gozado, sua calça completamente encharcada e grudada em seu corpo. O titã tinha certeza de que estava a um passo da loucura, quando sentiu a mordaça desaparecer de sua boca, mas antes que pudesse tentar formular uma única frase, a boca menor o reivindicou em um beijo desleixado e selvagem.
Harry terminou o beijo, mordendo com força o lábio do titã, até arrancar um pequeno filete de sangue. Se afastando um pouco para olhar seu trabalho, Harry não pode deixar de sentir uma mistura de orgulho e excitação. O grande e poderoso príncipe herdeiro dos titãs preso, coberto de marcas e um olhar de desejo enlouquecido… e tudo isso era por causa dele. Ele tinha sido o único a deixar Caius naquele estado.
– Harry… me desamarre… – pediu Caius, sua voz soando mais fraca e baixa do que ele tinha pensado que soaria. Ele estava queimando… nada parecia ser o suficiente, e tudo o que Harry estava fazendo, parecia apenas tornar aquelas sensações ainda mais enlouquecedoras.
– Hn… ainda não. Eu quero brincar um pouquinho mais com você, meu príncipe. – Sussurrou Harry, antes de descer do corpo do titã se ajeitando no chão, entre as pernas grossas. Suas mãos deslizando pelas coxas, enquanto os olhos esmeraldas estavam fixos nos violetas.
Um único pulso de magia, e as calças de Caius desapareceram, revelando o pênis do titã. Harry não conseguiu conter um gemido estremecido. Parecia ainda maior do que o normal, a superfície brilhando e manchada pelos orgasmos anteriores.
– Você está todo sujo… talvez… eu deva limpar? – Perguntou Harry, sua voz baixa e maliciosa, enquanto se inclinava mais perto da virilha.
Caius nunca teve a chance de dizer 'não', quando sentiu a língua pequena e quente deslizar por sua virilha, lambendo os rastros de seu prazer. Em um prazer lento e tortuoso, Harry lambeu cada parte de suas virilhas, ignorando propositalmente seu pênis. Aqueles olhos verdes diabólicos nunca deixando os seus. Quando o moreno terminou se 'limpar' sua virilha, seus olhos se voltaram para o pênis pulsante, fazendo o menor lamber os lábios em expectativa. Em um movimento lento, Caius viu aquela língua tocar a base de seu pênis e subir em direção a ponta. Foi demais… Caius não conseguiu nem mesmo avisar, quando um forte jato de esperma branco jorrou de seu pênis, sujando o rosto do vanïr.
Harry se afastou um pouco do pênis, usando as mãos para juntar todo o esperma que cobria seu rosto e, sem um único pingo de vergonha, lambeu todos os resquícios.
– Você é um menino muito travesso, Caius. Eu nem mesmo terminei de te limpar, e você me suja assim… – reclamou Harry, sua voz soando como a de uma criança irritada, enquanto sorria divertido para o titã, antes de voltar a seu trabalho de 'limpeza'.
– H-Harry… por favor… eu… eu não aguento mais…
Harry emitiu um som de diversão, enquanto chupava e lambia o pênis de Caius. Ele lamentou por um momento sua boca pequena… não havia como ele colocar aquele monstro inteiro em sua boca. Mesmo com muito esforço, ele nem mesmo conseguia chupar mais do que a ponta. Mentalmente, ele fez uma nota de procurar algo para mudar esse fato. Harry ainda recebeu mais um jato de esperma em seu rosto, antes de se afastar do titã.
Recuando um passo, Harry olhou com satisfação para o resultado de todo sua tortura. A forma como Caius o estava olhando naquele momento… o titã parecia um animal enlouquecido. Harry sabia o que aconteceria a seguir. Ele soube qual seria o final de sua brincadeira, desde que a ideia tinha brilhado em sua mente. E ele estava ansioso por isso… muito ansioso.
Com um único movimento de pulso, suas roupas desapareceram e sua entrada foi devidamente lubrificada, antes que as cordas que prendia Caius desapareceram.
Ainda levou um minuto inteiro, para que o titã percebesse que estava livre. Quando isso aconteceu, foi como se um monstro enlouquecido fosse liberado de sua prisão. Antes mesmo que Harry pudesse piscar, seu corpo tinha sido jogado de bruços contra a mesa do escritório e ele pode sentir seu corpo ser aberto pelo pênis de Caius. A boca de Harry se abriu, um grito de surpresa escapando por seu garganta. Seus olhos arderam pelas lágrimas. Ele podia sentir… todo seu corpo sendo esticado e aberto a um ponto que deveria ser fisicamente impossível, enquanto o corpo grande e quente de Caius se pressionava mais contra ele.
Mãos grandes seguravam sua cintura, mantendo no lugar sem poder se mexer. Uma boca se pressionou contra sua orelha, a respiração quente causando arrepios em seu corpo.
– Eu não vou parar. – Não era um aviso. – Vou fodê-lo com força e não vou parar, até que eu fique satisfeito. Lembra-se que foi você que pediu por isso, Harry.
Harry virou a cabeça, olhando Caius nos olhos, um sorriso malicioso em seus lábios, enquanto via o desejo desesperado e enlouquecido que aqueles olhos violetas refletiam.
– Então não pare. Eu sou todo seu Caius. E você é todo meu.
E foi isso que Caius fez.
Sem qualquer tipo de controle ou hesitação.
Seus corpos movidos pela paixão e pelo desejo. Prazer queimando por ambos, cada segundo parecendo que os levaria mais perto da loucura. Suas vozes ecoando por todo o escritório, poderiam ser ouvidas com clareza pelos corredores da ala lesta. Harry se permitiu afogar-se no prazer desesperado, lágrimas manchando seu rosto, enquanto sua visão estava borrada, tornando incapaz de ver qualquer coisa. Ele só conseguia sentir. Sentir o calor de Caius… suas mãos, boca e o próprio desejo e amor com que o titã cobria seu corpo.
Harry não sabia quantas vezes ele fizeram, muito menos quantas vezes ele atingiu o orgasmos, muito menos quantas vezes ele sentiu Caius gozar em seu interior. Ele tinha perdido a consciência algumas vezes, apenas para ser acordado pelos impulsos impiedosos, beijos e mordidas.
Quando todo o desejo finalmente foi aplacado, os dois ficaram apenas em silêncio. Caius encostado em sua mesa, enquanto Harry estava aconchegado contra o corpo quente do loiro.
Caius observou seu pequeno amante, sua mão deslizando devagar em suas costas.
– Você está bem? – Perguntou, seus olhos deslizando pelo corpo pequeno, observando com grande prazer as marcas que tinha feito na pele branca.
– Hn… sim, muito bem. Me lembre de te amagar e enfeitiçar mais vezes. – Gemeu Harry, um sorriso bobo de satisfação em seu rosto. Ele teria de agradecer a seu padrinho no próximo Samhain, já que aquele feitiço fazia parte de muitos outros que Sirius tinha lhe deixado como herança em um livro que o ex-marido tinha escrito em seus tempo de 'juventude ardente'. Harry nunca tinha pensado que os usaria, mas depois dessa experiência, ele estaria olhando com mais atenção para a herança de seu padrinho.
– Sobre isso, por que você fez isso, Harry? Não estou realmente reclamando, mas… não esperava algo assim.
Harry abriu os olhos, olhando para o titã com uma pitada de irritação e ciúme.
– Estava apenas fazendo um ponto, Caius. Você. É. Meu. – Falou devagar, erguendo-se para deixar seu rosto perto do rosto do titã. – Olhe para outra pessoa. Toque em outra pessoa. Pense em outra pessoa. Merlin, sonhe com outra pessoa. E eu juro pela Deusa Escura, que vou fazer você se arrepender. Sou possessivo. Muito. Por isso, toque naquela mulher outra vez, ou a deixe tocar em você… e apenas digamos que você não estará em condições mentais de assumir o trono, porque eu vou foder de vez com seu cérebro e a única coisa que você conseguir pensar, é enfiar seu pau em mim. – E o" a vadia vai ser estripada e desmembrada, com seus restos espalhados pelos quatro cantos de Eustil", não foi dito.
Caius abrir a boca surpreso, olhando para sua noiva sem acreditar no que tinha escutado. Por momento, ele ficou mudo, mas logo começou a rir. O titã apenas puxou o menor para mais perto, beijando-o lentamente.
– Você não tem que se preocupar com nada. O único que desejo é você, minha linda e preciosa noiva. Já estou viciado em seu sabor e cheiro… ninguém nunca poderia me fazer pensar diferente.
– Hn… melhor que seja. – Murmurou Harry, um pequeno sorriso em seu rosto, antes de puxar o titã para outro beijo.
Eles estavam tão distraído um no outro, que não escutaram o som de passos que se aproximava no escritório, apenas para serem surpreendidos por uma voz que ambos conheciam.
– Er… desculpa interromper, mas estamos com um pequeno problema no salão principal.
Os dois pularam de sustos, se virando para verem Linus encarando-os com um sorriso divertido. Harry corou e se repreendeu mil vezes, por sua decisão de não lacrar a sala. Ele queria fazer um ponto, mas não queria ser visto nu e 'pós-fodido' foi seu futuro irmão de lei.
Céus… ele queria morrer de tanta vergonha.
Oi meus amores! Como vocês estão?
E aqui estamos em mais um capítulo dessa fanfic, feita com muito amor e carinho =3 sei que demorei um pouco mais para postar esse capítulo, mas a vida em off não para, ainda mais nessa pandemia louca. Talvez muitos não saibam, mas sou técnica de enfermagem e, por tanto, estou trabalhando na linha de frente. Todo esse caos e terror que me cerca, escrever essa fic é a única coisa que alivia meu estresse. Na verdade, eu estou com ideias para outras fic já (cérebro danado, a exaustão deveria me impedir de pensar, mas parece só me dar mais ideias), mas só vou começar a escrever outra fic, depois que está estiver mais encaminhada. Alguém ai é contra a uma fanfic com BDSM, Omegaverse, misturando HP com vários mundos no nossos amado universo BL? (sorriso de fujoshi pervertida)
O que vocês acharam desse capítulo? Espero muito que tenham gostado.
Beijinhos e até o próximo capítulo gente! ʕˊᴥˋʔ/
