O NOIVADO ACONTECE!

A ALIANÇA ENTRE OS PLANETAS

Após a "reunião", a princesa foi encaminhada aos seus aposentos. No caminho se manteve em silêncio. O príncipe também estava carrancudo e insatisfeito. O rei fingia ignorar o descontentamento do filho. Após a retirada da princesa ele fala:

- É melhor você providenciar um anel de noivado, pretendo noivá-los amanhã no almoço.

- Amanhã? Pergunta estupefado.

- Claro que sim! Afirma o rei. – Quero formalizado esse noivado o quanto antes! Assim que a princesa se comunicar com seu regente, provavelmente vai querer voltar e dar a notícia pessoalmente do casamento. Você então, já como noivo, deverá ir junto. Assim, conheceremos melhor nossos novos irmãos. Disse satisfeito.

Vegeta nada respondeu, continuava em pé com os braços cruzados sobre o peito e olhava a vista lá fora. Era tão estranho esse interesse do rei. Parecia estar obcecado por essa aliança. Mas o pior, era ele ter que pagar o preço por esse desvario do pai

- Oras... Reclamou o rei.- Deixe de fazer cena! Fala ele. - Veja o lado bom das coisas, você será rei no planeta Cristal. Aumentaremos nosso reino, e um dia com minha partida você será rei do planeta Vegeta também. Terá muito poder. Explica. - E depois, a princesa é a noiva perfeita para você e também belíssima. Comenta com meio sorriso.

- Pelo menos alguma coisa tem que estar ao meu favor. Comentou entre os dentes. – Vou me retirar. Preciso treinar. Avisou. Precisava descarregar um pouco daquela raiva ou sentia que iria explodir.

No caminho para seu quarto o príncipe Vegeta cruza com Mai que logo o enche de perguntas sobre a reunião particular. Sem aguentar mais suas intromissões Vegeta a pega pelo braço com muita força puxando-o para baixo e machucando-a. Avisa em tom ameaçador:

- Estou cheio de suas perguntas idiotas! Que seja a última vez que me questiona, sua insolente tola! Não lhe devo satisfações. A raiva do príncipe era latente. Vegeta apertava cada vez mais o braço dela que gemeu de dor

– Nunca mais me questione. Você me entendeu? Me entendeu? Pergunta ele.

-Sinto muito alteza. Mai respondeu. As palavras saindo roucas e abafadas. Vegeta a solta e ela segura o braço tentando aliviar a dor. Tentava voltar a respirar com calma. O príncipe não costumava ser amável ou cordial, mas nunca tinha sido agressivo fisicamente com ela a não ser nos treinos que praticavam juntos. Ela estava estupefata.

Ele continuou o caminho até seu quarto batendo a porta assim que entrou. Mai tinha os olhos marejados em lágrimas. Logo que se recuperou, seguiu caminho encontrando seu pai que lhe deu a notícia da aliança. Mai lamentou-se, estava com muita raiva da princesa intrometida. "Maldita hora que cruzou nosso caminho" pensou enciumada. Turles fala:

- Mai! Não tome atitudes precipitadas. Avisa a filha. – O rei não vai tolerar erros, está em êxtase com essa aliança. Declara. - Devemos ter calma e esperar pelo desfecho dessa história. Se bem conheço o príncipe Vegeta, esse casamento não durará. Talvez nem chegue a se realizar. Ele tenta convencer a filha. - Estranho. Comenta franzindo o cenho. - O rei não tolera que os saiyajins não sejam puros. Como pode planejar esse matrimônio? Pergunta-se. - E se houverem herdeiros? Então será mestiço. Ele mesmo responde sua pergunta.

- Herdeiros? Questiona ela exasperada. – Se esse casamento pode não durar, por que teriam herdeiros? Os olhos marejaram.

- Tenha compostura! Não fica bem a comandante da guarda real mostrar tanta fraqueza. Ordena o pai. – Vamos esperar o momento. É provável que após ser coroado rei do planeta Cristal o rei Vegeta e o príncipe se livrem dessa princesa. Conjectura ele. - Não se preocupe, logo você terá seu lugar de direito. Encare como um grande benefício para o seu futuro reinado como a rainha dos sayajins. Diz ele tentando animá-la porém adverte:

- Manteremos a calma e agiremos com naturalidade e submissão.

Mai vai para o quarto tentando acreditar nas palavras de seu pai, mas no fundo de seu coração sente que será diferente. Demora para se acalmar.

Meia hora depois segue para a sala de treinamento. Vegeta estava lá, suado, cansado. "Se esforçou demais" pensou ela. Os dois treinam juntos por mais algum tempo. No final, Mai se insinua e acaba conseguindo o que buscava. Vegeta cheio de desejo pela princesa, acaba sucumbindo a Mai. No final percebe que não teve êxito, por fim acaba se arrependendo da relação. A princesa povoava seus pensamentos durante todo o ato. Mai sentiu que não tinha sido como antes, mas não o questiona, não tinha coragem.

Bulma andava de um lado ao outro no aposento designado como seu. Esperava o momento em que poderia poder falar com a família. Horas depois, foi chamada para fazer contato. De repente uma figura conhecida aparece na tela, era o professor Briefs:

-Minha princesa, graças ao bom Deus! Diz aliviado por vê-la. - Está tudo bem? Porém antes que ela pudesse responder Lia entra correndo pelo laboratório e empurra o marido.

-Filha! Minha querida menina! Exclama. - Como você está? Pergunta preocupada.

- Estou bem mãe. Não se preocupe. Responde ela. -Estou sendo muito bem tratada e cuidada. O que não era mentira, porém, omitiu o chantageada.

- E quando a teremos de volta? Podemos mandar o general Tenshin buscar você? Pergunta aflita a sra. Briefs.

- Oh não. Não será necessário! Responde a princesa.

- Não! O casal responde juntos e espantados.

- O próprio príncipe Vegeta irá me escoltar de volta. Responde ela. - E também será meu hospede juntamente com sua guarda real. Diz sem muita certeza - Poderiam preparar tudo para meu retorno? Pergunta sem confiança.

-Hóspede? Tem certeza? Pergunta o professor desconfiado.

- Sim. Responde ela. -Seria muita falta de gratidão não acha? Responde com outra pergunta.

-É verdade querida. Concorda a sra. Briefs. - Devemos aos saiyajins a sua vida e segurança. Eu mesma vou me encarregar de preparar tudo para nossos convidados.

-Obrigado mãe. E tocando a tela. - Gostaria de estar ai! Saudades de casa. Suspirou tentando não chorar. "Oh, se pudesse lhes contar a chantagem que sofria. Não, jamais!" Era óbvio que eles iriam se opor e a guerra seria inevitável. "Não há benefício na guerra" Pensou. Terminaram a comunicação. No planeta Cristal havia muita apreensão pela chegada dos saiyajins e pela segurança da princesa. A sra. Briefs estava convencida de que havia algo errado e que eles não iam gostar de saber.

Na manhã seguinte Bulma acorda cedo. Ainda atordoada, demora um pouco para voltar a se ambientar. Logo os terríveis episódios do dia anterior lhe invadem a mente. Respira fundo e levanta-se. Procura um hobby deixado por uma das serviçais. Vestindo-o aperta o botão ao lado da cama que serve para chamar algum empregado. Em instantes, alguém bate na porta de seu quarto. Era a moça da noite passada. Ela entra e pergunta:

- Em que posso ser útil majestade? Sua cabeça permanece baixa.

- Gostaria de tomar um banho. Explica Bulma. – Mas não consegui me entender com o banheiro. Você poderia me ajudar? Pergunta tentando puxar assunto.

- É para isso que estou aqui alteza. Fala a moça dirigindo-se ao banheiro.

Quando a banheira enche, ela avisa Bulma. Chegando ao banheiro Bulma pergunta:

- Será que tem algum sabonete líquido para colocar na água? Pergunta

- Vou providenciar senhora. Avisa a serviçal.

Voltando com o sabonete, ela entrega-o para a princesa que cheira. Quando ela começa a tirar a roupa nota que a moça vai ficando encabulada, pois não era comum este tipo de atitudes pelas mulheres do palácio. Pedindo desculpas ela vai se retirando, quando Bulma fala:

- Não se sinta envergonhada não me importo que permaneça, gosto de companhia no banho. Eu sempre tenho a companhia de minha mãe. E como ela não está, gostaria que você ficasse. Pede. – Adoro conversar no banho, ajuda a me relaxar. Explica.

- Como desejar alteza. Fala a moça encabulada.

- Me conte sobre você! Pede a princesa. – De onde vem? Não me parece ser sayajin! Comenta.

Surpresa pelo interesse a moça responde:

- Eu venho do planeta Trinity. Meu nome é Mya. Relata.- Há algum tempo os sayajins fizeram aliança com o rei de Trinity, mas este faleceu pouco depois. Como não tínhamos mais um rei, O rei Vegeta passou a ser também o rei de Trinity.

- Mas o rei de Trinity não tinha filhos? Perguntou curiosa.

- Infelizmente eles eram pequenos. O rei Vegeta os destituiu e fez novas alianças com os generais de Trinity. Hoje o meu povo é comandado por um regente, um general do rei chamado Bardock que aplica todas as suas ordens. Eu fui trazida para cá ainda pequena para trabalhar no palácio. Meus pais também vieram, mas uma doença terrível nos assolou e eles acabaram falecendo.

- Sinto muito pelos seus pais Mya. Deve sentir falta deles? Fala solícita.

- Sinto muita falta! Concorda a moça.

- Sabe de uma coisa? Também perdi meus pais logo cedo. Comenta Bulma tristemente.

- Sinto muito alteza. Não fazia ideia. Lamenta-se também.

Continuam conversando e Bulma lhe conta sua história. Já no quarto, a moça está bem mais falante e descontraída, parecem que se conhecem desde sempre. "Finalmente encontrei uma boa pessoa nesse planeta" Pensa Bulma enquanto observa a roupa que Mya lhe trás. De repente, Mya olha as horas e percebe que logo o café da manhã será servido.

- É melhor você se apressar senhora! Avisa ela. – Esta quase na hora do café.

- Só me apresso se não me chamar mais de senhora. Me faz parecer velha e eu só tenho dezessete anos. Comenta Bulma. - Aposto que é mais velha do que eu. Fala ela.

- Sim. Tenho 22 anos.

- Imaginei. Fala antes de sair se despedindo.

Quando chega a sala do café, Bulma se encontra com Mai e Turles á quem cumprimenta. O mesmo logo a felicita pelo casamento, e Bulma amargurada agradece. Vegeta também chega para o café e Bulma percebe que ele não responde os cumprimentos dos demais. Ela então o cumprimenta:

- Bom dia príncipe Vegeta! Arrepende-se logo em seguida, pois do jeito que parece mal humorado, o príncipe é bem capaz de desaforá-la. Mas para sua surpresa, mesmo por entre os dentes e sem olhar para ela, ele retribui o cumprimento. O rei chega em seguida e todos podem sentar-se finalmente. "No meu planeta essas formalidades não são necessárias" reflete "Será que o príncipe mudará isso?" ergue as sobrancelhas em dúvida.

Enquanto tomam o café, o rei pergunta a Bulma:

- Dormiu bem minha querida? Parecia muito bem humorado.

- Dormi sim majestade. Responde mentindo, tinha se revirado parte da noite.

- Que bom! Completa ele.

Durante o resto do café Bulma não falou nada. Comia devagar, pois estava sem fome. Apenas ouvia de cabeça baixa a conversa dos demais sobre os problemas do planeta, as alianças, guerras. Quanto mais ouvia, mais se horrorizava com sua sorte. "Esse povo vive em guerra, meu deus, falam de maneira tão natural" pensa apavorada. "E que maneira horrível de tomar café. Essas coisas deveriam ser comentadas em reuniões e não enquanto comemos". Lamenta-se

Terminado o café o rei avisa que o noivado deles acontecerá no almoço, e será transmitido á todos os sayajins e povos aliados. Vegeta se surpreende com a rapidez do pai em tomar as atitudes. Provavelmente mandou que tudo ficasse pronto, quando soube que a princesa chegaria.

Bulma diz que não tem nada apropriado para usar e o rei autoriza que Mya possa escolher um vestido do acervo da falecida rainha. Todos se espantam, pois o rei nunca citava a rainha falecida, quem dera oferecer seus itens pessoais. Vegeta está muito surpreso, falar da mãe era proibido pelo pai e agora ele oferecia um de seus vestido a uma estranha?

- Não se importa em escolher entre um dos vestidos de minha falecida esposa, não é? Pergunta. - Vocês são parecidas fisicamente, creio que achará algo que lhe agrade. Esclarece. - Ela vestia-se de maneira diferente das demais saiyajins. Explica.

Bulma estava constrangida em usar a roupa da rainha falecida. Tinha andado por todo o palácio e não tinha visto sequer uma foto dela. E agora o rei lhe oferecia acesso aos seus pertences. No fundo, estava até lisonjeada.

- Oh, não majestade! Imagine. Responde. - Ficaria muito honrada, porém, não sei se devo? Pergunta preocupada

Segurando a mão da princesa em sinal de conforto ele responde:

- Não se preocupe. Ela aprovaria se estivesse aqui. Tranquiliza ele.

Vegeta estava espantado demais nos últimos dias. Seu pai estava louco, só podia ser isso. Mai pensava que iria vomitar. O rei nem permitia que o nome da esposa fosse pronunciado e agora oferecia seu acervo para essa intrusa? "Maldita seja essa princesa" pensou com ódio. Até mesmo Turles, companheiro e general mais próximo do rei estava atônito.

Pedindo licença, Bulma deixa a sala e segue com Mya. O rei pergunta ao filho:

- Já providenciou o anel de noivado?

- Fiz isso ontem. Avisa ele. - Mandei que um dos empregados providenciassem uma roupa de gala também. Disse a contra gosto.

- Ótimo. Fala o rei satisfeito.- Tudo ocorre como o planejado. Seja pontual! Ordena.

Vegeta sai sem responder o que deixa o rei irritado. Mas sabia que o filho era assim, tinha puxado o gênio da mãe. "Sarah, Sarah. Como você me faz falta". Pensa o rei suspirando.

No quarto, Bulma descansa enquanto conversa com Mya que está sentada numa poltrona ajeitando o vestido que a princesa escolheu. A rainha realmente era bem diferente ao vestir-se. Ao mexerem em seus pertences Mya e Bulma se maravilharam com o bom gosto dela. Mya comentava que isso nunca tinha acontecido. Aquele quarto era conhecido como proibido por todos. Bulma se espanta a cada fato:

- E ele me deixou usar? Pergunta atônita.

- Sim, ficaram todos surpresos na mesa. Você não notou?

- Não notei. Responde. - Nossa! Exclama. - Por que será que me permitiu usar? Já que ninguém pode entrar aqui? Estava curiosa.

- Bem, você será a nova princesa. Talvez o rei tenha se agradado de você. Aliás nunca o vimos ser tão amável e cordial. Reflete ela.

- Sim, isso é verdade. Ele tem sido muito cordial e educado, eu diria até amável. Porém, não muda o fato de me chantagear. Responde desanimada

- Chantagem? Como assim? Pergunta Mya atônita. Bulma relata as chantagens do rei para esse noivado. A moça fica furiosa. Acaba entendendo e apoiando a decisão da princesa dizendo que ela é muito corajosa. Bulma dá um sorriso triste. De repente, a princesa tem uma ideia e convida Mya para ir para Cristal com ela. Diz que após o casamento, ela poderá ficar sendo sua dama particular. A moça fica muito feliz. Mas logo desanima:

- O rei não permitirá. Comenta desanimada.

- Deixe isso comigo. Afirma Bulma. - O príncipe não anda por aí pendurado com aquela Mai. Por que não posso tê-la como minha dama pessoal? Serei princesa desse planeta não serei? Pergunta. Mya fica muito contente com a proposta.

Chega o grande momento. A princesa olha-se no espelho. Usava um vestido maravilhoso. O rei tinha razão, ela e a rainha tinham quase o mesmo porte físico. Bulma parecia ser um pouco mais encorpada o que fez o vestido ficar mais colado ao corpo. Era feito de seda fina, num tom de rosa suave e discreto. Longo, de alças finas e delicadas, apenas um pequeno detalhe no busto que ajudava a realçar o colo. O vestido demarcava a cintura perfeitamente e a saia comprida alongava-lhe ainda mais a silhueta. "Pena eu ter que usá-lo numa situação tão desagradável" Pensa num suspiro doído. Mya, vendo a agonia da princesa segura a mão dela em sinal de apoio. Bulma dá um pequeno sorriso em gratidão. "Queria que minha mãe estivesse aqui" pensa chorosa.

- Você está maravilhosa! Elogia Mya.

- Eu acho que este vestido, apesar de discreto está muito... sensual. Comenta a princesa meio insegura.

- É porque vossa majestade é uma mulher sensual. Fala a moça. Enquanto Bulma faz uma careta e balança a cabeça discordando da nova amiga.

Ela prende os cabelos num bonito rabo-de-cavalo. Enquanto se preparava, o próprio Turles bate a porta. Mya abre e ele pedindo licença entra no aposento com uma caixa nas mão. Cumprimentando a princesa e elogiando-a ele fala:

- O rei me mandou entregar-lhe isso pessoalmente. Diz oferecendo a caixa. Bulma pega e assim que abre exclama arregalada:

-Oh, que belo conjunto! Exclama. - O rei quer que eu use isto hoje? Pergunta atônita enquanto Mya se espicha para ver o objeto.

- Isso mesmo. Confirma ele. - É um presente de noivado. Responde o outro. A princesa agradece e ele retira-se.

É um belíssimo jogo de colar e brincos. O colar é formado por pequenas e delicadas flores, que de tanto brilharem só podiam ser diamantes. Os brincos também eram em formato de flor, porém maiores, talvez para terem mais destaque. Maravilhadas elas ainda estavam atônitas. Quando Mya percebe que na caixa havia um cartão, ela pega e lê em voz alta: "Para nossa futura princesa! Com grande satisfação Rei Vegeta". Estavam surpresas.

Alguém bate a porta para avisá-las que está na hora. Uma última olhada no espelho. Ela fecha os olhos e faz uma pequena prece, pede forças a deus para suportar o que virá. As duas deixam o quarto e seguem um rapaz. O empregado avisa a princesa que esta deve esperar ali na ante sala do trono, pois o príncipe chegará em breve. Os presentes admiram a beleza da princesa e comentam. Mai, não consegue disfarçar a inveja e o incomodo que sente. O rei Vegeta que a recebe elogia amavelmente:

- Você está maravilhosa! Fico feliz que tenha encontrado um vestido adequado. Fala ele. - Vejo que está usando as joias que lhe dei, espero que sejam do seu agrado. Parecia satisfeito.

- Eu adorei! É maravilhoso! Agradece ela timidamente. – O senhor também está muito bem! Comenta educada. O rei apenas balança a cabeça em sinal de agradecimento. E voltando ás grosserias habituais, ordena:

- Turles! Chama ele. – Vá apressar Vegeta! Manda descontente com o atraso do filho. O homem vai atrás do príncipe. "Esse meu filho só me causa dores de cabeça". Pensa aborrecido.

No quarto, Vegeta ainda coloca o traje de gala. Sua mente vaga longe. Sua expressão séria, mostra o nível de mal humor. Uma batida na porta o trás de volta a realidade.

- Pode entrar! Fala ele. Quando vê a figura de Turles no espelho dispara insatisfeito: - O que você quer?

- O rei manda lhe apressar. Dá o recado.

- Ainda tenho alguns minutos. Fala ele.

- A princesa já chegou. Comenta Turles. – Por isso, o rei está muito impaciente. Avisa.

Vegeta não diz nada. "Então ela já chegou!" Pensa surpreso. "Desse jeito eu vou bancar o maricas, já que demorei tanto para me arrumar". Termina de se ajeitar. Pega o estojo com os anéis e sai ao seu amargo destino.

Chegando a ante sala, recebe os cumprimentos dos ministros, generais, alguns importantes aliados e do rei.

- Por que a demora? Pergunta o rei zangado.

- Eu pensei estar no horário. Responde Vegeta.

- A princesa chegou á dez minutos. Fala ele severo.

- E onde ela está, não a vejo? Pergunta Vegeta correndo á sala com os olhos.

- Ela foi ao toalete. Avisa o rei. – Assim que ela retornar daremos início a cerimônia. Primeiro, eu serei anunciado. Você será anunciado depois e logo atrás, os convidados de honra. Será como em todas as cerimônias. Você já sabe! Vegeta impaciente faz um sim com a cabeça. – Eu farei um discurso, anunciarei o noivado e apresentarei a princesa. As portas serão abertas para ela e você vai buscá-la, fazendo-a sentar-se ao seu lado no trono. Após alguns minutos daremos início ao noivado. Explica o rei, enquanto Vegeta suspira aborrecido por tanta besteira. – Ela também já foi avisada.

Nesse momento, Mai se retira. Não consegue mais segurar as lágrimas. Não podia acreditar que o seu amado príncipe ficará noivo de outra. Ao vê-lo num traje tão bonito, uma dor forte quase lhe esmaga o peito. Caminhando em direção aos banheiro, ela passa por Bulma que vinha do toalete. A princesa acha estranho a expressão dela, para por alguns segundos observando-a por trás. Ia chamá-la, ver se precisava de ajuda, porém desistiu. Mai demonstrava desde o início não gostar dela, assim, segue seu caminho de volta.

Ao entrar na ante sala, Bulma se depara com o olhar devastador de Vegeta. Ele parece percorrer cada centímetro de seu corpo sem nenhuma vergonha ou pudor, ignorando totalmente as outras pessoas na sala. Não consegue deixar de acompanhá-la com os olhos, "estava linda" pensou. A princesa fica completamente corada com a indiscrição dele. Ao notar o olhar do filho o rei fala satisfeito:

- É uma magnífica jovem, hem? Quando chegou aqui, arrancou suspiros de todos. Comenta num meio sorriso. Vegeta nada responde, apenas segue a princesa com os olhos. É como se não conseguisse tirar os olhos de cima dela.

Quando a princesa se aproxima deles, o rei lhe pergunta:

- Está pronta? Sem esperar a resposta ele completa: - Desse momento em diante, meu povo a reconhecerá como sua futura princesa. Fala parecendo orgulhoso. – Sei que fará por merecer! Diz confiante. - Mas já lhe aviso, assim como minha falecida rainha, você terá que ganhar a confiança deles e isso não é fácil. Adverte. - Sarah saiu-se maravilhosamente bem, ela era maravilhosa! Elogia. Mais uma vez Vegeta se surpreende, nas últimas horas o pai já havia falado mais sobre a mãe do que em todos esses anos em que a mesma falecera.

- Estou pronta! Respondeu de cabeça erguida, porém sem muita confiança.

- Ótimo! Que comece a cerimônia! Ordena

A cerimônia tem início. Muitos convidados importantes já aguardavam na sala do trono. Todas as apresentações são feitas. Muitos sayajins assistem a cerimônia por suas televisões. Todos estão surpresos pelo anúncio do repentino noivado. O rei começa seu discurso. Lá fora, Bulma sente-se nervosa e respira fundo várias vezes.

"... Hoje é um dia de festa para os sayajins ...! Fala o rei "... Meu filho, o príncipe Vegeta, deu-me uma grande felicidade ao comunicar que pretende se casar..."

Vegeta não consegue disfarçar a impaciência. Sempre odiou cerimoniais. E odiava ainda mais este em particular. Já se encontrava ao lado do pai no trono.

"... Logo ganharemos mais aliados a nossa causa..." Anuncia o rei. "... Sim! É isso mesmo! O planeta Cristal se unirá á nós contra nossos inimigos, fortalecendo nossas defesas, tecnologia, recursos e ciência. Estava satisfeito... "... E para que essa aliança seja eterna, uniremos nossos reinos com um matrimônio! ..." Todos na sala se surpreendem com a notícia de que a noiva não é saiyajin. Os que acompanham pela televisão também ficam surpresos. O rei continua: "... Isso mesmo, meu filho; seu príncipe; Vegeta irá se unir com a futura rainha de Cristal em matrimônio" Comemora ele. Fazendo uma pausa angustiante. O rei anuncia: "Recebam a princesa Bulma, princesa e futura rainha do planeta Cristal e futura princesa dos saiyajins " Anuncia orgulhoso. Nesse momento as portas se abrem revelando a princesa. Mai se segura a todo custo tentando aguentar firme. O coração de Vegeta dispara ao perceber que tudo se tornará oficial. Bulma também sente o coração disparar e suas pernas tremerem.

Enquanto Vegeta segue para buscar a princesa, o rei continua sua apresentação: "... Eis a princesa de Cristal; futura esposa de meu filho" Extava em êxtase. Há um grande burburinho na sala do trono, as pessoas estão perplexas com a beleza dela e com o matrimônio. No momento seguinte, todos se colocam de pé para receber a princesa. Uma salva de palmas é estendida á ela. Ao oferecer o braço a Bulma, Vegeta percebe que as mãos dela tremem. Em frente aos tronos, sentam-se dando início á cerimônia de noivado.

Chega á hora de colocar o anel. Com resignação, Vegeta se ajoelha e abre o estojo com o anel fazendo o pedido. Mai acha que vai desmaiar e é amparada por Turles. Bulma oferece a mão timidamente. Ele coloca um lindo anel de safira no anelar direito dela e levanta-se. Entrega a aliança que ela deve colocar nele e oferece sua mão. Ao segurar as mãos do príncipe, Bulma sente o coração disparar e fica levemente corada.

Oficializada a cerimônia de noivado. Todos partem para o coquetel oferecido pelo rei.