Capítulo 5 – Um ouro de família
Na hora prevista Cuddy foi buscar House no aeroporto junto com Rachel que estava ansiosíssima pela chegada de House. Cuddy esperava pelo mau humor, pelas reclamações, pela dor, a única coisa que não previa era visualizar no saguão do aeroporto um homem com uma bengala tentando se equilibrar ao mesmo tempo em que lutava para equilibrar um urso rosa gigante. Cuddy não sabia se tirava uma foto, se caia no chão de tanto rir ou corria até ele para ajudar. Rachel decidiu mais rapidamente, ela correu até House extremamente empolgada e fascinada pelo urso gigantesco.
"House, House, é meu?"
"Se eu não me quebrar todo tentando carregá-lo..."
Todos do aeroporto olhavam para a cena, alguns riam, outros achavam fofo o pai presentear sua filha, mas ninguém foi ajudá-lo. Cuddy não se controlou e tirou uma foto antes de ir acudi-lo.
"Deixa que eu te ajudo papai urso". Cuddy disse sorrindo.
"Finalmente", protestou House.
"House, eu quero meu urso... eu quero!"
"Como vamos colocar isso no carro, House? Não tinha um maior, não?" Cuddy questionou sorrindo.
"Eu só compro presentes pras minhas mulheres de acordo com meu padrão: grande, grosso, caro e bonito". Respondeu House.
Cuddy virou os olhos divertidamente.
Após mais de vinte minutos tentando acomodar o urso no carro de Cuddy, eles estavam indo para casa. Rachel no colo de House no bando do passageiro, Cuddy dirigindo e o grande urso ocupando todo o banco traseiro.
"Vou chamar ele de Grande Urso Polar Cor de Rosa", disse Rachel.
"Você não pode chamar assim porque ele já tem um nome", pontuou House.
"Qual nome?", Rachel perguntou curiosa.
"Segafredo".
"Credo, é feio demais esse nome". Rachel disse.
"E quem disse que eu gosto do nome Rachel?"
"House, pare!" a voz veio de Cuddy.
"É verdade, de agora em diante vou te chamar de Macaca Rosa".
"Não vai não", disse Rachel.
"Vou sim".
"Não vai não".
"Vou sim, sim, sim, um milhão de sim".
"Parou vocês dois! Rachel continuará sendo chamada de Rachel que é um nome lindo, e Rachel escolherá o nome do urso também". Afirmou Cuddy.
"Você sempre defende ela". Disse House fingindo contrariedade.
Rachel mostrou a língua para ele e decretou: "ele se chamará Fredo".
Naquela mesma noite depois do jantar e de alimentar hipoteticamente Fredo umas cinco vezes (Rachel estava preocupada, pois segundo ela Fredo era muito grande e precisava comer muito), House estava na cama esperando Cuddy terminar seu banho. Cuddy saiu com um robe de seda e se juntou a House na cama. House delicadamente a beijou nos lábios e depois passou a beijá-la no pescoço.
"Senti muito sua falta, meu raio de sol". House sussurrou em seu ouvido.
"Sentiu é? Prove!"
House afastou os lençóis e mostrou para Cuddy sua masculinidade pronta para a ação.
"Uh... você sabe que eu não resisto a você assim... Meu garanhão. Mas você sentiu minha falta só para sexo?"
House continuou beijando o pescoço de Cuddy descendo para a clavícula.
"Senti falta do seu cheiro", ele foi dizendo entre beijos. "Do seu gosto, da sua voz, do seu corpo, da sua mente..."
"Uhhhh..." gemia Cuddy. Então ela se levantou e tirou o robe mostrando um conjunto de lingerie branco com detalhes transparentes.
House estava muito excitado, "Você me deixa louco".
"E você adora..."
"Eu adoro você!", disse House abraçando Cuddy e se deitando sobre ela na cama.
Fizeram amor lentamente e ficaram abraçados quando terminou.
"Olhe embaixo do seu travesseiro", disse House ainda com a voz sonolenta de quem acabou de experimentar um orgasmo.
Cuddy olhou para ele surpresa e procurou embaixo do travesseiro, ela encontrou uma caixinha e abriu. Era uma pulseira de ouro branco com dois pingentes do mesmo material: um casal se beijando e uma menininha.
"Somos nós: eu, você e Rachel".
Cuddy ficou com os olhos marejados e salpicou beijo no rosto todo de House. "Eu te amo. E amo nós!"
