Ímpares
Capítulo 4
Se no começo do ano letivo estava com o sono defasado, agora sua insônia dominava mais da metade de sua semana. Era só parar de pensar, apenas desligar o cérebro e forçar-se a apagar, que fosse com as poções que ele tanto evitava começar a tomar, sabendo bem o quão fácil era virar dependente de um remédio para dormir.
Mas dizer para seu cérebro parar de pensar era como pedir para um asmático respirar fundo no meio de uma crise.
Considerou falar com seu padrinho para se livrar das aulas noturnas. Poderia dar qualquer desculpa estúpida, por Merlin, estava disposto a revelar toda a verdade se isso o fizesse ter uma semana com horas de descanso suficientes para fazerem as olheiras desaparecerem.
Culpava-se quando dormia pensando nela, e acordava com taquicardia ao sonhar com todas as possibilidades que poderiam vir a ser realidade ao descobrirem sua traição. E ali, em frente ao monte de vermelho responsável por sua ruína, tentava esquecer toda e qualquer memória que lhe arrancava de um jeito pateticamente fácil.
Ela não poderia ser tão ruim nisso.
Sabia de toda a infância daquela maldita, e desejava saber como uma pessoa só conseguia ter memórias boas. Draco Malfoy estava com inveja de uma Weasley, a ruiva sendo muito mais rica do que alguma vez ele provavelmente seria.
Odiava como seu cérebro pensava quando estava exausto e ansioso, e ela só poderia estar de brincadeira o deixando entrar daquele jeito.
Havia o verão em que Ginevra passou importunando gatos, os fazendo dormir com as patas desdobradas, pois sua mãe lhe dissera que quando os bichanos dormiam com as patas encolhidas era sinal de mau tempo. E aparentemente estava funcionando, e a ruiva atormentou diariamente o felino que visitava a casa, sendo recompensada com dias e mais dias de sol. O bichano adorava a desgraçada, e o sol em seu rosto era tão quente quanto o que ela o fazia sentir no peito.
Todos os moletons que a mãe tricotava para o Natal, tão feios quanto a casa que já não aguentava mais ver, tão confortáveis quanto o abraço que conseguia sentir outra e outra vez. A felicidade ao saborear cada queijo quente, Ginevra nunca esperando o pão esfriar antes de dar a primeira mordida, a língua sempre queimada. Os pesadelos que tinha quando criança, e eles assim como qualquer medo iam embora quando os pais a deixavam subir na cama morna.
Ao mesmo tempo que seu peito doía, o calor que sentia era o maior conforto de seu dia.
Por mais que soubesse que sim, a Weasley parecia estar lhe dando de bandeja todas as suas melhores memórias. Como se aquilo pudesse compensar a culpa em ver sua lembrança ridícula e triste, como se, ao ter memórias de outra pessoa, milagrosamente fosse reunir felicidade o suficiente para se defender dos dementadores que ele sabia que viriam.
Saber o quanto sua família e infância haviam passado longe do comum só fazia doer mais.
Mas vê-la feliz enquanto fazia as coisas mais mundanas conseguia, mesmo que por apenas alguns minutos, faze-lo parar de pensar em tudo que o esperava fora daquela memória e apenas sentir-se normal. Uma vida normal, uma existência onde pintas eram irrelevantes e números o preocupassem tanto quanto Ginevra se preocupava em dobrar suas roupas.
Ali perdido, fazendo da mente dela sua nova válvula de escape, até mesmo poderia-
"Você está sorrindo?" engoliu seco, os lábios voltando para a posição reta que havia reservado para ela.
"Acabamos por hoje, Weasley."
Naquela noite, mesmo depois de deixar Pansy toca-lo por exatos quatro minutos, sabia que não conseguiria alívio algum com o ato que lhe servia tão bem como relaxamento para noites mal dormidas.
"Acho melhor se vestir." virou-se, tentando inutilmente deixar os pensamentos suaves como o travesseiro em que afundava a cabeça. "Antes que alguém acorde e te veja aqui." disse, por mais que aquela fosse a sua última preocupação.
Ninguém naquele quarto ligava para quem estava em sua cama, assim como ele não ligava a mínima de esconder a bruxa que dia sim dia não estava nela.
"Você está diferente." conteve um suspirou no último segundo, fechando os olhos ao sentir a mão que tão queria longe dele passar por seus cabelos, a sonserina o bagunçando de propósito.
"Já disse que não consigo dormir com você aqui, Pansy." retrucou, precisando voltar a ficar sentado para livrar-se do toque. Desviou o olhar assim que achou olhos castanhos mais tristes do que os habituais afiados, tentando não pensar no quanto sua amiga de infância estava se apegando mais aqueles momentos deles. "Pansy, eu estou sem dormir-"
Seu corpo inteiro tencionou quando a bruxa deixou seus braços o envolverem, os cabelos que cheiravam a jasmim muito mais perto de seu rosto do que lhe deixava confortável.
"Sabe que abraços supostamente relaxam seu sistema nervoso?"
A risada que saiu de seus lábios foi amarga.
"Devo ser mais quebrado do que imagino, então."
A bruxa assumiu sua derrota ao nunca ter o gesto retribuído, nem mesmo tentando um beijo ao separar-se.
"Você não é." Ela abria a cortina no segundo seguinte, a capa sonserina fechada ao seu redor, as roupas recolhidas fazendo um monte em seus braços. "Não pra mim."
Passou a quinta com a única memória que poderia ser considerada triste rodando outra e outra vez em sua cabeça.
Incrível como conseguia ficar obcecado com a menor das coisas, revendo outra e outra vez a cena da bruxa chorando ao saber que havia matado o vaga-lume. Havia comido o inseto em uma das aparentemente raras brigas com a mãe, e ainda conseguia sentir as lágrimas quentes correndo pelo rosto.
"Eu comi pra ver se meu coração brilhava, mama!"
Alguma vez em sua vida lembrava-se de ter sido assim inocente? Achava que nunca comeria um inseto para tentar ser uma pessoa melhor, mas talvez apenas lhe faltasse a inocência necessária para pensar que algo tão estúpido funcionaria. Aquilo teria feito sua mãe achar menos defeitos?
Com certeza não teria qualquer diferença, e com certeza seria motivo de chacota por parte de seu pai.
"Parece mais paranoico do que o normal, Malfoy." escutou ao molhar pela segunda vez a pena na tinta, a ponta voltando para o tinteiro antes de tocar o pergaminho.
"Cale a boca, Zabini."
"Sua namoradinha fez algo que você não gostou?" O moreno puxou uma cadeira sem esperar qualquer permissão, Draco o observando incomodado ocupar o lugar vago na mesa da biblioteca. "Quem vai pra Azkaban agora?"
"Como você ainda está vivo tendo essa boca é um mistério para mim." respondeu, revirando os olhos enquanto deixava as costas repousarem no encosto de madeira, a tensão nos músculos tornando o ato prazeroso e dolorido.
"Creevey falou o mesmo antes de eu calar a boca dele." franziu o cenho e os lábios, a cara mostrando repulsa com a informação, por mais que a surpresa em ouvir a informação fosse muito maior.
"Um sangue ruim?"
O incômodo por parte do moreno foi claro, o sonserino endireitando-se em seu lugar enquanto a mão começava a girar a varinha.
"Não o chame assim."
"Não te vi reclamando do nome no começo do ano."
Ao menos não era o único que andava questionando seus valores desde o começo de Setembro. Sentiu o pescoço queimando e precisou fazer um esforço sobre-humano para não começar a forçar o músculo a estirar, se contentando em torturar os dedos.
O olhar de reprovação não passou despercebido - nunca passava.
"Vai acabar com a sua mão se continuar fazendo isso com essa frequência absurda." Sabia disso. Também sabia que só se importaria quando visse algum dano visível, como quando a palma da mão começou a ficar em carne viva do tanto que a esfregava ao redor de sua varinha. "Sabe que tenho coisas que podem te ajudar."
Fechou o pote de tinta e guardou a pena, a mochila cinza-escura em sua mão antes de responder.
"Eu passo." A última coisa que precisava era criar outra dependência.
"Sabe onde me achar se mudar de ideia, polaco."
Disse que voltaria com o Quadribol: não tinha mais motivos, afinal, para gastar seu tempo traçando qualquer plano. Esportes sempre ajudavam, e a chance de derrotar a Grifinória melhoraria muito mais seu humor do que as voltas correndo que dava durante a tarde.
Se ao menos a maldita não estivesse no time.
Levou a garrafa até os lábios, tentando aliviar a eterna tensão em suas costas encostando-as na parede fria de pedra. Ela estava no time grifinório e a última coisa que precisava era qualquer interação com a Weasley fora de suas três obrigações semanais.
Não que os deuses estivessem ao seu favor durante aquele ano - ou durante sua vida.
"Achei que fosse voltar com o Quadribol." ainda sentia o calor do firewhisky na garganta quando escutou, perguntando-se se a jovem estaria o seguindo desde o dia em que quase perdera a vida.
Quais as chances de, em um castelo tão grande, ela acabar na mesma sala que ele, outra vez? Ele sabia bem a probabilidade, sua habilidade com números praticamente gritando que aquilo não era coincidência, que o melhor que tinha a fazer era sair dali e deixa-la sozinha, se perguntando o que havia feito justo um Malfoy sair correndo de uma pobre sardenta.
"Achei que fosse me deixar em paz fora das aulas." Não se levantou, nem mesmo virou a cabeça, tentando deixar o mais claro possível o quanto a presença da grifinória não era requisitada ali.
Nunca funcionava com aquela bruxa.
"Te deixo ser beijado por um Dementador da próxima vez." escutou-a se sentar, o cheiro do cabelo ainda molhado lhe dizendo que a jovem sentava-se mais perto do que o considerado confortável para ele.
"Melhor do que passar o resto do meu sábado com você."
Engoliu qualquer incômodo junto com o terceiro - maldito número - gole de álcool. Não, ela não veria o quanto o afetava, a última coisa que precisava era tê-la confiante de que surtia algum efeito sobre ele.
Mas era tão difícil manter o olhar na parede em sua frente do que nas sardas que andavam fazendo parte das melhores horas de seu dia.
"O que você está fazendo justo aqui?" orgulhou-se por manter a voz neutra, contando todas as pedras que haviam em uma fileira da parede antes de continuar. "Seu namoradinho não está dando conta?"
"Dean estava sendo um babaca." A informação tão simples foi responsável por ele finalmente vê-la de cabelos úmidos, o vermelho no nariz denunciando o a falta de qualquer protetor solar durante um jogo ensolarado.
"Então resolveu passar o resto de sua noite com outro?" Não que se importasse: que tampasse o rosto de sardas, por tudo que fosse mais sagrado, ele não ligava.
"Não é você quem diz que não tenho bom gosto? Estou começando a perceber isso." Não ligava, e odiava a maldita língua afiada.
"Estou começando a mudar de opinião." saiu de sua boca antes que pudesse se conter, e orgulhou-se de seu autocontrole ao conseguir manter o rosto neutro, mesmo ao ver a surpresa nos olhos castanhos.
"Idiota." Ela foi a primeira a virar a cara.
"Pobretona." E ele só virou ao ver o menor dos incômodos ao ouvir a palavra.
Demorou quarenta segundos para Ginevra voltar a falar.
"Você não cansa dos mesmos xingamentos, outra e outra vez?" sentia que se a bruxa tivesse algo nas mãos, acabaria jogando nele. "Não te dá tédio? Pobretona, sardenta, Weasley - como se meu sobrenome fosse uma doença. Eu já me acostumei com todos esses." Mentirosa. "Nem faz cócegas." Ela era a pior mentirosa que já conhecera.
"O perigo mora em se acostumar com algo que deveria te machucar." falou sua verdade.
"Ou você não é importante o suficiente para eu ligar."
E outra vez o silêncio, tão estranhamente confortável ao lado dela. Tão perigosamente bom, ter alguém ao seu lado e não se incomodar era incomum e fazia seu cérebro trabalhar muito mais do que o necessário. Era difícil aceitar, afinal, o quanto era relaxante tê-la por perto.
E ele não podia relaxar com ela á menos de metro de distância.
"Firewhisky, sardenta?" Ofereceu a garrafa antes mesmo de pensar uma vez, o ato tão espontâneo o deixando próximo de congelar. Não era o único surpreso mas era o único que não demonstrava, mesmo quando a grifinória aceitou a garrafa, abertamente desconfiada.
Sabia que ela estava desconfiada. Assim como soube em um segundo que a bruxa estava contente com a interação tão normal entre os dois.
Deveria ter saído da sala quando teve a chance, deveria tê-la deixado, deveria deixa-la agora, ao invés de continuar a puxar assunto.
"Desde quando sardenta é um xingamento?" Justo ele, tentando manter uma conversa. "Sua cara é cheia de sardas. Estou apenas apontando o óbvio."
Precisou morder o interior da bochecha para manter-se são ao virar outra vez para a bruxa. Se não fosse tão bom com poções, desconfiaria ter ingerido sem querer alguma que a fizesse ficar tão-
Os lábios envolvendo a boca da garrafa eram indecentes, o rosto franzindo ao sentir o álcool na língua tornando a visão praticamente obscena. A última coisa que poderia era manter seus olhos ali, e a última coisa que conseguia era desviar a atenção para qualquer outra coisa que não Ginevra.
"Por Merlin!" a bruxa não se conteve ao finalmente engolir o que tinha na boca, a garrafa sendo empurrada de volta para ele enquanto ela ainda lidava com o gosto doce e amargo que deveria ter em sua boca.
E mais quatro segundos, e soube que não, ela nunca tinha bebido antes.
Precisava parar com aquilo. Precisava que a jovem o notasse entrar. E precisava sair dali.
"Por que você estrala os dedos desse jeito?" Precisava tanto sair daquela sala.
Porque por um momento, considerou explicar tudo. A necessidade maior do que qualquer coisa, ele precisar fazer o ato para continuar funcionando como um ser humano. A linha entre a dor e o prazer que vinha a cada estralada, o alívio, o quase-relaxamento que a simples ação trazia.
"Porque eu posso, sardenta."
"Você é estranho." E estralou de novo ambos os dedões, amaldiçoando a bruxa e sua mania irritante em usar sentenças com apenas três palavras.
"Como se você não fosse." apontou, enchendo a boca com um gole maior que o habitual, a grifinória o copiando sem hesitar.
Ela sabia o quanto se arrependeria daquilo no dia seguinte? Lembraria dele ao sentir a cabeça pulsando?
Odiava pensar nela até mesmo quando a tinha em sua frente, praticamente em seus braços, tão mais perto do que Pansy se arriscava a chegar enquanto totalmente vestida. Odiava ver tanto vermelho por onde passava, odiava o jeito que ela envolvia a boca da garrafa com os lábios, o jeito que franzia o nariz ao sentir o toque do álcool na língua.
Odiava-a. E odiava-a mais por não conseguir ir.
"Como você consegue essas coisas?" A pergunta veio numa voz muito mais mole do que a ríspida que usavam entre si, o conteúdo da garrafa fazendo efeito mais rápido do que ele poderia imaginar. Ela não tinha medo de se embebedar justo com ele?
Ginevra Weasley, a bruxa sem o menor senso de preservação.
"Com dinheiro. Quase tudo é comprável." foi mais simpático do que o habitual. Maldito álcool, resolveu culpar.
"Não imagino algo que você não possa comprar."
Sentiu seus lábios subirem antes que pudesse se controlar, assim como sentiu os olhos da bruxa estudarem seu sorriso amargo mesmo tendo os seus fechados. Os dedos que roçaram contra a mão que apoiava no chão queimaram como ferro quente, e passou uns bons segundos se convencendo que não, aquilo não fora proposital.
Que ele não queria que tivesse sido.
E que a última coisa que precisava era toca-la de volta. Ele, que detestava que lhe encostassem, não queria a mão sardenta imitando o que Pansy tentara mais cedo na semana.
"Minha liberdade." deixou escapar após mais um gole de firewhisky. "Álcool anda bastando."
Não houve resposta, e estranhamente, a ausência de qualquer palavra era confortável. Ficar em silêncio ao lado dela era confortável. Focar nela, apenas nela, no barulho da garrafa quando ela virava o líquido, no som que fazia ao engolir o amarelo que lhe queimava a garganta. A respiração calma, o som que ela fazia ao arrastar a capa na parede enquanto apoiava a cabeça em seu ombro. Quanto tempo haviam ficado ali?
Só voltou a puxar o ar ao nota-la de olhos fechados, e sabia que deveria levantar-se dali, empurra-la para o chão, qualquer coisa que não deixar-se sorrir ao observa-la pela primeira vez dormindo.
Maldita seja. Maldita seja por fazê-lo deseja-la mais do que qualquer coisa em sua vida. Por povoar seus pensamentos, e Draco sabia que não teria descanso, que não haveria trégua em sua mente antes de provar para sua cabeça o quão ruim aqueles lábios eram.
Sentiu-se o bruxo mais fraco de toda Inglaterra, por mais que tivesse orgulho da força reunida para não descobrir o gosto da bruxa.
Deixou a mão roçar nas três malditas sardas brancas, causadoras de toda sua agonia, mordendo o interior da bochecha até provar um gosto metálico ao sentir o calor que tanto estava tentando tirar de seu peito. A cabeça ruiva afundou mais em seu pescoço, a bruxa aconchegando-se nele enquanto se perdia no mudo de seus sonhos perfeitos, e não conseguiu mais não puxa-la para perto e afundar seu rosto nos cabelos de fogo.
Ginevra cheirava doce e picante, uma mistura de conforto com total instabilidade que tinha tudo para ser a melhor obsessão. Ele poderia tão facilmente ficar viciado naquilo, uma droga tão mais poderosa do que as poções que evitava tomar. Uma droga que poderia muito bem ser sua ruína, caso se deixasse provar sequer uma vez.
Mas puxa-la para seus braços no final tivera um efeito até pior do que beija-la, Draco descobrindo ser menos quebrado do que afirmara mais cedo naquela semana ao sentir-se tão relaxado ao tê-la tão perto.
Conseguia ouvir o barulho de seu coração, e se perguntava como a jovem continuava dormindo com ele praticamente ecoando pela sala de pedra. Sentiu lábios em seu pescoço, e graças a Merlin a bruxa dormia. Ela dormia, e ele precisava acreditar que tal era verdade ao deixar-se soltar um gemido de satisfação. Precisava que Ginevra dormisse, e nem ao menos considerou tentar entrar em seus pensamentos para checar o que afirmava ser a verdade outra e outra vez.
Porque, caso a escutasse, caso olhasse para baixo e visse par de olhos castanhos abertos, ela descobriria o quão bom ele conseguia ser contando. Porque ele queria passar a boca por cada maldita sarda.
Já era claro quando teve forças para deita-la no chão, a capa sonserina abandonada sobre as cores grifinórias antes de deixar todo seu calor para trás ao fechar a porta.
Nota da autora: E sai mais um! Amando escrever essa história! Obrigada a todos que estão acompanhando e deixando um comentário! Beijo grande, e se cuidem ;)
