Parte 5: O Descanso
Mausoléu Cybetroniano, setor 33 da galáxia Empírica.
O mausoléu era um lugar de descanso reservado aos heróis que lutaram por grandes ideais, deram suas vidas por virtudes como a liberdade, a justiça e a vida ou simplesmente lembrados por algum acontecimento especial ou trágico.
Não costuma ser um local de grande movimentação ou de muita visitação, exceto em dias especiais. Fortemente vigiado, ninguém ousava realizar um único ataque ou algo do tipo sem esperar uma maciça recepção de um alto poder de fogo o bastante para derrubar uma frota.
"Dia calmo o de hoje. Não acha?" Falou um guarda ao outro.
"Como todos os dias que passamos aqui, mas não reclamo. Melhor vigiar os mortos do que ser um deles." Disse o segundo guarda. "Lembra da grande guerra que assolou o universo há muito anos?"
"Nem me fale. Autobots contra decepticons, um banho de óleo derramado, metal explodido no espaço, trocas infinitas de tiros e disparos. Muito bom que essa época passou e tomara que fique no passado para sempre."
"Ei. Temos algo no monitor. Saca só." Os guardas viram ter algo no portão norte. Analisando para saber se não era um truque ou armas preparadas, verificaram ser algo aparentemente inofensivo.
Indo até o portão, notaram ser uma cápsula do tipo usada para conservação de corpos. Em cima, um cartão de mensagem. Lendo o cartão, dizia: 'Favor enterrar no andar 3, setor 48, jazigo 7'.
"Que estranho. Não há qualquer sinal de que alguma nave tenha aterrissado ou da chegada de alguém. Como isto veio parar aqui?"
"Não imagino, mas é melhor levarmos para dentro. Vejamos pelo registro de quem se trata."
Uma vez trazido a cápsula para dentro do prédio, os guardas buscaram pela identidade do falecido e depois de descoberta, o levaram ao setor solicitado.
Chegando ao andar 3 e ao setor 48, viram o lugar onde a note diz que deveriam guardar o corpo. Em respeito ao saber de quem se tratava, abriram o jazigo e depositaram a cápsula, saindo com certo pesar.
"É lamentável que tenha ido tão cedo."
"De acordo, mas agora, é bom saber que ele repousa em paz ao lado dos amigos. Mas e aí? Quer um drinque para relaxar? Tenho uma ótima safra de energon armazenada."
"Sim, claro. Vai ajudar a nos relaxar depois de um dia de serviço bem prestado."
Após a saída dos guardas e o fechamento do setor, seis figuras se postaram diante do monumento onde a cápsula foi sepultada.
"Ei. Não é que fizeram um bom trabalho de homenagem?"
"Que esperava, Noctorro? Nos deviam essa."
"Como de costume, a senhora modesta tem que ter a palavra."
"Ei, não amola, Bantor. Stinkbomb tem razão. Isso implica que nosso trabalho era valorizado. Agora, esperar que um dia alguém dê continuidade à ele."
"K-9 está certa. Por fim, nossa jornada se concluiu e aguardaremos em paz pelo grande dia."
"Até todos sermos um, Torca?" "Sim, Armordillo. Até todos sermos um."
"Confesso que não me expressaria tão bem. Fico feliz de reencontrá-los, amigos."
"Como diziam os terráqueos: o sentimento é mútuo, Razorbeast." Torca deu a mão ao amigo, juntamente com os demais quando iam sumindo gradativamente. Logo em seguida...só silêncio perante o grande monumento onde se lia:
EM MEMÓRIA DOS DEDICADOS CIENTISTAS AUTOBOTS MORTOS PELOS REJEITADOS DECEPTICONS. QUE SUAS CENTELHAS BRILHEM PELO COSMO ATÉ QUE COMO TODAS AO OUTRAS, UM DIA, SERÃO UMA.
TORCA, ARMORDILLO, K-9, BANTOR, STINKBOMB, NOCTORRO E RAZORBEAST.
DESCANSEM EM PAZ.
FIM.
Foi isso, meus nauseantes amiguinhos. Existe uma lição para ser aprendida: não façam pouco caso quando lhes jurarem voltar dos mortos para o acerto de contas., pois podem estar falando mais sério do que imaginam.
Ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha, ha.
