NOTAS DO AUTOR:

NÃO! ISSO NÃO É UMA MIRAGEM!

Como já expliquei para alguns, vou viajar hoje para o interior com planos de voltar só quando meu mecânico particular (vulgo tio) conseguir dar um jeito no meu carro (estou quase tendo um treco de tanto dinheiro que estou gastando com isso) e lá o sinal é péssimo, então para não deixar vocês sem capítulo essa semana, resolvi adiantá-lo!

Agora sobre esse capítulo específico, só tenho uma coisa a dizer: preparem-se! Vem aí outra dose de adrenalina, ação e suspense!

Boa leitura!*~

Obs.: Eu sei que esse capítulo está grande, inclusive é o maior da fic até agora, mas era preciso justificar o título e achei que seria inconveniente dividi-lo, pois é uma fase transitória muito importante para a Sakura dentro da Akatsuki. Então tenham paciência, por favor.

[...]

CAPÍTULO 6

TORNANDO-SE INSUBSTITUÍVEL

Com muito custo e depois de muitas tentativas, finalmente teve sucesso em se sentar, deixando ao lado de si a bandagem úmida que estava em sua testa.

Olhou ao redor com lentidão.

Seu quarto estava parcialmente escuro, havia apenas uma vela acesa sobre uma mesinha de madeira ao lado da cama.

Suspirou sentindo o corpo protestar diante da tentativa de colocar as pernas para fora da cama e travou o maxilar para se impedir de gemer de dor quando insistiu na ação.

Os pés contraíram diante da temperatura fria do chão e o corpo sofreu um arrepio involuntário.

Estava sozinha no ambiente, mas lembrava-se vagamente de ter visto Tobi, por duas ou três vezes em um curto período de tempo por perto, vendo como ela estava e até trocando as bandagens úmidas de sua testa para aplacar a febre insistente.

Depois de tirá-los daquele caos, ele a deixou confortavelmente sobre a cama, pedindo - ainda naquele tom sério atípico - para que não se preocupasse e que se recuperasse.

Ainda que tenha protestado, pois se sentia no dever de comparecer à reunião de relato sobre a missão, Tobi simplesmente a ignorou e avisou que depois da reunião voltaria para visitá-la.

O que foi estranho.

Respirou fundo antes de se levantar. O corpo inteiro estava dolorido, beirando o insuportável, mas não se permitiu emitir nenhum som conforme forçava os músculos recém regenerados a aguentar seu peso.

Alongou-se inspirando o ar e relaxou a postura expirando lentamente.

Sentando-se numa cadeira que Tobi colocou no quarto na primeira vez que a visitou e que se sentou observando-a em silêncio, realizou um check-up médico completo. O Byakugou no In - O Selo da Força de uma Centena - deu um jeito em quase todos os danos, mas alguns órgãos ainda estavam deteriorados, por isso passou as próximas horas se curando com chakra.

Quando acabou de amarrar a bandagem úmida no braço esquerdo inteiro, pois estava com queimaduras de segundo e terceiro grau - resultado da receptividade da alta carga de energias -, suspirou.

Tinha que sair em busca de ervas para aplacar a infecção daquelas queimaduras, não poderia simplesmente se curar com chakra no estado em que estavam.

Suspirou outra vez, olhando ao redor.

Estava acabada fisicamente e esgotada emocionalmente.

Não conseguia acreditar que, mesmo que não tenha sido preciso, estava pronta para se sacrificar para salvar um membro da Akatsuki.

O problema não era realmente se sacrificar para salvá-lo, porque, sendo franca consigo mesma, essa era uma ótima estratégia, pois provaria sua lealdade para com a Akatsuki e lhe traria diversos benefícios. O problema era que ela não o fez por esse motivo.

O instinto de proteção veio à tona quando imaginou o sempre infantil e brincalhão mascarado sendo ferido, em meio ao sangue, tendo sua vivacidade destruída.

Não foi Tobi que ela viu naquele lugar, naquela hora.

Foi Naruto.

E foi Naruto que ela protegeu sem hesitar.

E esse foi um erro grave e perigoso.

Ela não podia confundir a vida passada com a atual;

Não podia substituir Naruto por Tobi;

Não podia se permitir ser protetora a ninguém, não pelos motivos errados.

Tinha que ser racional. Exigir de si mesma frieza e inteligência emocional.

Antes de ser Sakura, ela era Ninja.

E nada no mundo deve ser prioridade a não ser cumprir sua missão.

Sentiu pelo mapeamento sensorial - que virou hábito manter ativo junto de seus sentidos Ninja em alerta o tempo todo desde que se juntou à Akatsuki - a presença repentina de Tobi na caverna e não demorou para ouvir as tão conhecidas três batidas curtas à porta.

Autorizou a entrada se levantando e aproveitou para vestir o manto negro de nuvens vermelhas.

— Uwah! Haru-chan está em pé! — exclamou infantilmente, batendo palmas exageradamente ao se aproximar e se jogar na cama, abraçando seu travesseiro e o cheirando. "Haru-chan" e não "Sakura" como da última vez que se falaram; interessante. — Seu cheiro é tão bom, Haru-chan… não canso de senti-lo.

E lá estava o bobo da corte de novo.

— Já está na hora da refeição? — questionou, amarrando a bandana no braço direito com o auxílio da boca.

Pelas suas contas - coisa que só foi possível porque não desmaiou ou dormiu - havia passado cerca de um dia desde que concluíram a missão. As duas refeições anteriores foram trazidas por Tobi, depois de ele julgar que ela estava incapacitada de caçar com ele, então acreditava que estava ali pelo mesmo motivo.

— Oh, ainda não. É que eu estava preocupado. Vim ver como Haru-chan estava.

Respirou fundo se contendo para não revirar os olhos. Tobi abraçava fortemente seu travesseiro e se movia de um lado para o outro como um bobo apaixonado.

Cruzou os braços e o encarou com a maior indiferença que era capaz de direcionar a alguém.

— Estou ótima. — afirmou, mordendo o canto do lábio inferior por um instante antes de prosseguir — Preciso me apresentar ao Pain ou algo assim para me mostrar disponível para missões?

— Não seria melhor a Haru-chan descansar? Assim... — ele hesitou por um instante, parecendo constrangido e preocupado ao deixar o travesseiro sobre a cama e coçar a cabeça — a Haru-chan ficou bem mal depois que usou aquele Kinjutsu… não achei que se recuperaria tão rápido.

Sorriu com arrogância e apontou com altivez para o losango roxo no meio da testa com o polegar.

— Isso garante que meu corpo se recupere de qualquer dano de forma rápida. Já descansei o suficiente.

As dores que ela sentia contradiziam o que acabou de dizer, mas não ousou voltar atrás. Estava ansiosa e temerosa pelo que estava por vir; tinha consciência de que quase falhou. Se não fosse por Tobi, teriam sido capturados ou até mesmo executados.

E tal acontecimento serviu, depois de muita reflexão, para fazê-la aprimorar o Kinjutsu: Seimei no Sokuji Haisui - Técnica proibida: Drenagem Instantânea da Vida. Não poderia anular os revés, mas certamente havia algum jeito de não ficar tão ferida a ponto de nem mesmo ser capaz de se proteger ou fugir após seu uso. Usaria as próximas missões para testar algumas teorias de melhorias.

— Bom, se é assim, vou avisar o Pain-sama e então volto aqui para te buscar e irmos caçar, o que acha, Haru-chan?

Assentiu e o observou sair do quarto saltitante e alegre cantarolando uma música qualquer com um ar infantil.

Suspirou e fechou os olhos quando ficou sozinha no cômodo.

Perguntava-se o motivo de ser tão cansativo ficar na presença do Tobi.

Algum tempo se passou quando Tobi foi buscá-la para caçarem. A todo instante ele a observava atentamente, inclusive a pediu para pescar alguns peixes e ficou o tempo todo se certificando de que ela estava bem mesmo.

Mesmo estranhando toda aquela superproteção e cuidado, agiu com o máximo de naturalidade possível, para corresponder ao que lhe garantiu: de que estava bem.

Quando voltaram, deram de cara com Deidara e algo atípico ocorreu. Em vez do loiro a ignorar como sempre, ele parou a sua frente e a encarou por um bom tempo com certo desprezo antes de cuspir um curto e grosso: "Pelo menos ele morreu para alguém assim. Humph!".

Se foi um elogio ou xingamento, não sabia, mas sabia que com "ele" Deidara se referiu ao Sasori.

Tobi a acompanhou até o quarto e a deixou sozinha dizendo que voltaria no dia seguinte - pois já havia anoitecido - sem dizer qualquer coisa sobre Pain ou sobre a próxima missão.

Dois dias passaram sob a rotina de receber a visita de Tobi pouco antes das refeições para caçarem juntos e enquanto sozinha aprimorando teoricamente a última técnica proibida que aplicou na Nibi, além de ter aproveitado para colher as ervas que precisava para lidar com o braço quase saudável de novo depois de ter feito o tratamento necessário, já guardando parte da solução cremosa para as próximas vezes.

Foi quando, voltando de uma caçada, sentiu dois chakras poderosos na direção da caverna. Cada passo mais próximo, mais sentia calafrios em resposta aos chakra completamente sombrios.

Tinha certeza de que eram membros da Akatsuki, a pergunta era: quem?

Quando chegaram, Tobi os apresentou como Hidan e Kakuzu.

Ambos eram assustadores e também perigosos a julgar pelos seus chakra.

A apresentação foi breve e ela não abriu a boca para nada, pois em seguida foram convocados - pelo membro que literalmente brotava do chão - para uma reunião.

Como sempre, a maioria dos membros tinham apenas presenças holográficas e só ela, Tobi, Deidara, o cara que brotava do chão, Hidan e Kakuzu presenciais.

Foi quando descobriu que sairia em missão com a dupla que apelidou de "Dupla Zumbi", onde capturar o Sanbi era prioridade máxima, por isso necessitava de saída imediata.

Estranhou o fato de sair com os dois - e mais uma vez não conhecer pessoalmente ou se juntar à sua própria dupla, não que estivesse ansiosa por isso -, já que Pain foi claro quando disse que os membros agiam em duplas e que a dupla dela seria o Itachi, por isso arriscou questionar a ordem de junção à Dupla Zumbi e ela não sabia o que sentir quanto a resposta que recebeu: "Seu método de neutralização de um Bijū é o mais eficaz.", isso porque eles geralmente demoravam três dias em um ritual de selamento para extrair o chakra monstruoso e com a Nibi levou apenas um dia e meio, porque ela já havia extraído toda a energia vital do corpo e uma parte mínima do chakra.

Ser reconhecida era bom, principalmente para ela que ainda estava na fase de provar seu valor, mas ter o método de neutralização de um Bijū mais eficaz era um prenúncio de que participaria ativamente em mais capturas, sendo responsável por mais sacrifícios, por mais derramamento de sangue, por mais mortes...

Ela poderia lidar com aquele peso?

— Acelera o passo, rosinha! — revirou os olhos por ouvir aquele apelido odiável que Deidara lhe deu e aparentemente todos iriam usar — Apesar de sermos imortais, não queremos desperdiçar nossa vida em uma viagem longa! — Hidan reclamou, despejando em seguida alguns impropérios que fez questão de ignorar.

Grunhiu irritada e revirou os olhos de novo, concentrando mais chakra nas solas dos pés para ganhar um impulso maior entre os saltos de uma árvore para outra.

Fazia pouco tempo que estava na presença da Dupla Zumbi e já queria estrangulá-los.

Kakuzu era o mais quieto, mas também quando abria a boca, só sabia reclamar de tudo o que Hidan fazia e discursar sobre dinheiro e como conseguir quantias exorbitantes de maneira rápida. Já Hidan, a cada cinco palavras que proferia, três eram impropérios e como se isso não fosse o bastante para irritar uma pessoa, ele ainda era capaz de monologar de maneira distorcida sobre sua fé e adoração a Jashin. Era completamente estressante estar na presença deles.

Três longos dias se passaram quando finalmente chegaram ao destino: Kirigakure - Vila Oculta da Névoa - e o local onde tudo começou para ela.

Chegar ali depois de meses e em contextos diferentes foi estranho. Quando esteve lá da última vez era apenas uma qualquer querendo atrair a atenção da Akatsuki e agora fazia parte da Organização e não queria mais atenção do que já tinha.

O mundo dava mesmo suas voltas.

Ao chegar na Vila Ninja do País da Água, desaceleraram os passos e resolveram se instalar numa hospedaria para descanso, já que a viagem foi ininterrupta e o alvo era "um porre", segundo Hidan. Isso porque o Jinchūriki do Sanbi era o atual Mizukage.

Eles iriam enfrentar um alvo nível Kage. O quão problemático isso poderia ser?

Respirou fundo o ar úmido resultante da instabilidade temporal daquela região. Continuava se irritando com aquilo.

Deixou a janela puxando a cortina clara e se deitou na cama. Tinha que estar bem descansada para ter o desempenho máximo naquela missão e em sua missão particular: sobreviver aos danos do Kinjutsu.

O irônico era que mesmo dormindo, depois que ingressou na Akatsuki, continuava em alerta. No abstrato do inconsciente sentia todas as presenças ao redor: tanto pelo mapeamento minuciosamente controlado de chakra como de energia vital.

Doze horas foi o tempo que permaneceu semi-consciente. Período mais do que suficiente para se sentir bem disposta e inesperadamente para descobrir que a Dupla Zumbi, além de irritante, era capaz de ser também preguiçosa, pois continuava com seus chakra e energia vital constante, indicando sono profundo.

Banhou-se e aproveitou a chance para criar alguns venenos com as ervas que colheu no caminho: duas doses de veneno paralisante extremamente forte; duas doses de veneno inibidor de chakra e uma dose de um veneno agressivo que atacava diretamente o coração, mesmo que o alvo sofresse um corte superficial. Todos com o antídoto, claro. Depois da batalha contra Sasori aprendeu que ter um antídoto evitava uma morte prematura.

Já havia polido e banhado suas armas nos venenos quando sentiu pelo mapeamento uma agitação mínima no chakra de Hidan, logo em seguida no de Kakuzu. Eles pareciam incrivelmente sincronizados para parceiros que mal se suportavam.

Dizer que o encontro foi agradável seria mentira, mas nenhum dos dois se mostraram tensos ou preocupados; pelo contrário, Hidan usava o sarcasmo para ofender o povo daquela aldeia e Kakuzu fazia comentários ácidos sobre a pobreza do local.

Hidan desviou o olhar do pergaminho que lia e encarou o lago à frente com uma sobrancelha arqueada.

— Parece que é aqui.

— "Aqui"? — ela repetiu com uma sobrancelha também arqueada, tirando o chapéu de palha. No meio do nada?, sua mente se perguntou — "Aqui" onde, exatamente?

Olhou ao redor só para se certificar do óbvio: mata para todos os lados e um lago enorme no meio;

Longe da civilização, já que a aldeia mais próxima ficava há muitos quilômetros dali;

Mais uma vez sua inteligência, intuição e experiência lhe diziam que era uma armadilha, uma emboscada.

Coisa de quem sabia do risco que estava correndo e do risco que colocaria a Vila diante de uma batalha feroz.

Como o Sanbi tinha conhecimento de que estavam à caminho?

Soltou um estalo com a língua e concentrou sua energia vital em mapear os próximos trinta quilômetros em trezentos e sessenta graus em busca de uma presença que fosse.

— Eu não sei, 'tá legal?! — Hidan esbravejou, interrompendo sua concentração — Essa porra só diz que o Sanbi está aqui!

Olhou-o de esguelha com desinteresse, assistindo-o coçar a cabeça com a expressão confusa conforme relia o pergaminho.

Kakuzu bufou:

— Tem alguma coisa errada! Me dê aqui esse pergaminho!

Revirou os olhos e voltou a se concentrar no mapeamento, ignorando totalmente a discussão dos dois.

Logo sentiu um ponto no meio da imensidão azul do lago.

Olhou naquela direção e se aproximou alguns passos beirando a margem.

Mapeou o lago com chakra pela sola dos pés e o que encontrou a fez esboçar um pequeno sorriso vitorioso, até perceber que encontrando o alvo, encontraria também uma longa batalha onde o resultado seria mais uma missão concluída com sucesso.

Um sucesso cruel.

Quanto de sangue ela teria em mãos até que pudesse manter Naruto, Sasuke e sua Vila Natal - incluindo sua família e amigos - seguros?

Seria capaz de lidar com o peso das vidas ceifadas por suas próprias mãos?

— O que foi, rosinha?

Trincou o maxilar para não xingar Hidan. "Rosinha", que irritante.

Apontou com a cabeça para o lago, sabendo que os dois observavam-na.

— Ele está lá. — disse entredentes, recuando dois passos.

A missão era deles. Eles que se virassem. Ela só tinha que se envolver no final para drenar a vital e um pouco do chakra.

— O que está fazendo? — Kakuzu perguntou com um tom sério.

Ela certamente iria estremecer diante da postura enfezada do homem sombrio, se não estivesse ocupada lidando com o bom senso, compaixão e benevolência que queriam assumir o controle de suas ações, levando-a para bem longe dali e de toda aquela loucura.

— Isso é problema de vocês. Assumo minha parte quando conterem ele.

— Eu não vou lidar com esse porra! — Hidan esbravejou, indignado — Minha fé não me permite lutar contra um adversário apenas para deixá-lo meio morto.

— "Meio morto"?

— Que pergunta é essa? — ainda mais indignado, explodiu: — Que porra você acha que viemos fazer aqui?! Se matarmos essa coisa, ele não terá utilidade nenhuma!

O quê?

Sua mente ficou em branco por alguns segundos que foi consumida pela confusão, só para então ser bombardeada por teorias:

Se matar tirava a utilidade do Jinchūriki, por que Tobi a deixou matar a Nibi?

A não ser que…

A boca entreabriu levemente em choque.

A missão de captura à Nibi foi um teste. A Akatsuki tinha conhecimento das pessoas que ela executou como mercenária e superficialmente sobre sua metodologia silenciosa, então… Tobi a autorizou matar a Nibi para comprovar que sua metodologia não drenaria o que era de interesse da organização: o chakra monstruoso que o Jinchūriki portava do Bijū, embora tenha drenado trinta por cento ao ativar o Kinjutsu.

Mas como Tobi chegaria àquela teoria? Seria ele capaz de medir a quantidade de chakra como ela?

Impossível. Era muito raro encontrar Ninjas com um controle minucioso como o dela.

Poderia ter algum poder sensorial ou ocular que mostrasse a quantidade de chakra restante no cadáver?

Levou uma mão à cabeça e deu as costas aos dois que a cobriam com perguntas e injúrias.

Engoliu a seco ao chegar à conclusão de que se a Akatsuki ainda não descobriu, não vão demorar para descobrir sobre energia vital e se isso ocorrer, ela e a Nação Shinobi estarão em perigo.

Desviou de algo pontiagudo recuando um passo e sacou a Kunai do coldre lateral da coxa com a mão direita para barrar o ataque frontal da mesma arma pontiaguda, percebendo só então se tratar do ataque do Hidan com sua foice tripla.

— Não me ignore enquanto falo com você, desgraçada!

Impulsionou a Kunai para fazê-lo recuar.

— Da próxima vez que me atacar, vai se arrepender antes mesmo de perceber. — bravejou entredentes, guardando a Kunai no coldre. Estava tão irritada que sequer percebeu o perigo que corria por ameaçar um Akatsuki; — Eu não vou fazer o trabalho de vocês. Se virem.

Kakuzu parecia tão irritado e impaciente quanto ela, visto que assumiu a missão de lidar com o Sanbi, caminhando sobre a água enquanto jogava o chapéu de palha para a beira do lago, sobre a terra, depois que ela apontou para onde o alvo se encontrava e isso evitou uma discussão desnecessária, porque ela se recusava a assumir aquele fardo sozinha.

Só que isso foi um grande erro.

O Akatsuki ganancioso era extremamente cruel e gradualmente se mostrou capaz de causar dano físico e moral sem nenhuma piedade, demorando-se propositalmente para conter o Sanbi. E para piorar tudo, sofreu poucos danos.

Depois de estudar seu modo de batalha para repassar à Konoha, ficando surpresa por conhecer um Ninja que dominava os cinco elementos, em certo momento, viu-se entre a cruz e a espada.

Se ela permitisse que aquilo continuasse, o Sanbi sofreria o máximo possível nas mãos do Kakuzu, mas se ela interferisse, seria aquela que ceifaria mais uma vida.

Apesar de que… no fim, o resultado seria o mesmo: a morte certa por suas mãos.

Sentiu em seu mapeamento a presença repentina de Tobi.

Olhou de esguelha naquela direção, sentindo-se inevitavelmente em alerta e - estranhamente - traída.

Sendo sincera consigo mesma, acreditou que Tobi a acolheu por… vontade própria e não para analisá-la como se ela fosse a próxima melhor arma da Akatsuki.

Torceu os lábios em desgosto e voltou a observar a luta entre Kakuzu e o enorme Sanbi.

Por que não poupá-lo? Poderia ao menos lhe dar uma morte sem dor.

Mordeu o lábio inferior para conter um grito de desespero. Fechou os olhos por segundos, lamentando o fim trágico de mais um sacríficio.

Quando abriu os olhos, tinha o Byakugō no In - Selo da Força de um a Centena - liberado, fazendo com que listras negras partissem do losango roxo por todo o seu corpo ativando a auto cura imediata em larga escala.

Essa foi a primeira melhoria que fez no Kinjutsu.

Teoricamente ficou no estado que ficou da última vez porque recebeu muitos danos simultâneos por um tempo antes de começar a se curar, então se já começasse a se curar logo no início do processo talvez conseguisse arcar com as consequências.

Deixou o chapéu de palha cair e abriu o manto negro com nuvens vermelhas, tirando-o apenas de um lado, expondo a metade esquerda de seu tronco. Ajoelhou-se fazendo os três selos necessários para ativação da técnica e afundou as duas mãos no solo úmido.

Essa foi a segunda melhoria que fez.

Como o corpo paralisava após estabelecer a conexão com o alvo, sofreu danos desnecessários no tempo que levou para conseguir ter contato com o solo com a mão direita - já que estava fora de cogitação danificar suas pernas - para poder se livrar do excesso de energia vital e chakra, então se poupará se estiver à postos - com as duas mãos no chão - e desde o começo administrar o expurgo do excesso.

Kinjutsu: Seimei no Sokuji Haisui - Técnica proibida: Drenagem Instantânea da Vida. — esbravejou, sem tirar os olhos do alvo conforme os traços negros da galhada de flores de Cerejeira do seu antebraço esquerdo ganhava vida e percorria rapidamente o chão e posteriormente as águas do lago em traços mais grossos na direção do Sanbi, envolvendo o gigantesco corpo que se assemelhava a uma tartaruga com casco de caranguejo e patas de camarão.

Engoliu a seco observando os traços negros o cobrir da cabeça às patas, criando uma grande Árvore de Cerejeira com seus galhos cheios de belas flores ao mesmo passo que a Besta rugiu levantando a cabeça e paralisou, assim como o corpo de Sakura.

A ligação foi estabelecida com sucesso.

Não havia mais escapatória para nenhum dos dois.

Kakuzu, estranhando a falta de reação do seu oponente, seguiu com os olhos os traços negros chegando até Sakura, que não desviou o olhar por nenhum instante de seu alvo, embora sua atenção estivesse inteiramente voltada ao próprio corpo, fluxos de chakra e energia vital e o mapeamento sensorial.

A drenagem de chakra e energia vital começou voraz, rapidamente sobrecarregando o corpo dela.

Tossiu expelindo sangue exatamente como na vez anterior, mas diferente de antes, agora administrava com um controle minucioso os trinta por cento do chakra recebido para um terceiro reservatório que criou para aquele tipo de ação - em vez de descartá-lo - e toda a energia vital recebida para o expurgo através de sua mão direita, deixando-o fluir para o solo.

As pálpebras pesadas queriam fechar, mas ela se obrigou a manter os olhos bem abertos, observando a Besta pouco a pouco perdendo sua forma conforme seu chakra e energia vital eram drenados simultaneamente.

Em torno de si grama e flores cresciam rapidamente.

O coração se descompassou, batendo com dificuldade contra o peito, e a respiração tornou-se pesada.

Tudo bem, ela contava com aquelas consequências.

Em certo momento, quando o oponente assumiu sua forma original em corpo humano, parou de extrair o chakra, para que a Akatsuki não desse falta, principalmente porque Kakuzu já o fez desperdiçar muito durante a batalha.

Fechou os olhos com força e tossiu sangue novamente, sentindo pontadas múltiplas pelo corpo em resposta aos órgãos sendo explodidos simultaneamente.

O Byakugō no In, até o momento, estava dando conta dos danos, no entanto era inevitável sofrer com o processo.

E naquele ciclo vicioso de destruição e regeneração do seu corpo, assistiu, mais uma vez, o corpo paralisado - agora em forma humana - do Sanbi cair no chão sem vida depois de drenar toda a sua energia vital.

Mais uma vez lamentou o resultado.

Mais uma vez não queria ter ceifado uma vida tão preciosa.

Mais uma vez não queria ser como aqueles membros da Akatsuki.

E mais uma vez não queria ser a desertora Haruno Sakura da Vila Oculta da Folha que se aliou a Akatsuki.

Abaixou a cabeça ainda de olhos fechados devido à sensação repentina de tontura.

Diferente da outra vez, manteve o Byakugō no In ativo, curando tudo o que precisava ser curado.

Foi sua terceira melhoria. Na ocasião anterior havia desativado o Selo e depois, percebendo que estava com muitos danos, reativou, perdendo assim minutos preciosos.

Nisso o selo do Kinjutsu voltava a sua forma original; traços negros recuaram, voltando a ser apenas galhadas de flor de Cerejeira no antebraço esquerdo.

Ofegante e tossindo sangue, endireitou-se tirando as mãos do chão, abrindo os olhos e fitando o corpo já pousado no ombro do Kakuzu como se fosse apenas um saco de batatas.

Um corpo de uma criança.

Foi inevitável arregalar os olhos e tê-los imediatamente banhados em lágrimas.

Ela ceifou uma vida que havia acabado de começar.

O quão cruel o mundo Shinobi era para substituir uma infância saudável por sangue, guerras e mortes?

O quão cruel ela era por tê-lo matado?

Desviou o olhar e se recusou a olhar naquela direção mais uma vez.

Internamente reprimia toda a dor, aflição e tristeza por ter descoberto que o Mizukage era nada mais nada menos do que uma criança e que tirou dele qualquer possibilidade de crescer e conhecer tudo o que a vida poderia lhe proporcionar se não tivesse cruzado o caminho dela.

Tobi virou-se para ela e podia apostar que ele a analisava e comparava seu estado com o da vez anterior, mas o ignorou totalmente.

Não podia se importar menos com o que ele achasse.

Ainda estava irracionalmente ressentida e não pretendia relevar aquele sentimento.

Era melhor assim., disse para si mesma. Quem sabe assim conseguiria frieza para que seu lado humano não cedesse à carência e não se apegasse à ele como se ele fosse o Naruto.

Passou o dorso da mão trêmula contra a boca para tirar o rastro do sangue que expeliu.

Estava à beira de um colapso mental por ter que administrar tantos sentimentos.

Levantou-se sentindo as pernas trêmulas e recolocou o lado esquerdo do manto negro, abotoando-o com calma, só para depois recolocar o chapéu de palha deixando os cabelos expostos caídos sobre os ombros e costas.

— Que espécie de técnica é essa?! — Hidan obteve seu olhar com o resmungo indignado — Como é que você desmaiou aquele porra sem nem tocá-lo?!

— Ele está morto. — Kakuzu, já com seu chapéu de palha, o corrigiu assim que os alcançou, certamente por ter ouvido os berros do outro. — O que veio fazer aqui, Tobi?

— Uwah! Vim buscar o Sanbi! — ele respondeu coçando a nuca — Era para o Zetsu-senpai vir, mas… — a máscara laranja com espirais se voltou para ela por um instante, antes de encarar o outro integrante — eu queria ver a Haru-chan em ação mais uma vez!

Queria me analisar, isso sim, Shannaro!, pensou, sem conseguir se impedir de revirar os olhos.

— E agora? O que é preciso ser feito? — perguntou a contragosto, cruzando os braços.

Ainda tinha alguns danos sérios, mas já não eram severos a ponto de precisar se curar, por isso desativou o Byakugō no In, fazendo com que as listras negras voltassem à sua forma original: o losango roxo no meio da testa.

Bom, analisando friamente a situação, por mais que ainda estivesse com alguns movimentos comprometidos, órgãos com danos e extremamente cansada, estava melhor do que da vez anterior. Se sempre que usar o Kinjutsu ficar daquele jeito, estará ótimo.

Ainda era capaz de lutar se fosse preciso e também de voltar para a caverna com as próprias pernas.

— Você volta com eles, Haru-chan! E eu vou levar o Sanbi! — Tobi respondeu e ela estreitou os olhos.

Desviou o olhar quando ele pegou o Sanbi e o jogou sobre os ombros, assim como Kakuzu havia feito. Em seguida o mascarado acenou descontraído e só então permitiu-se observá-lo e ver uma espiral em torno de si aparecer, engolindo sua imagem - e a do corpo desfalecido em seu ombro - até ele desaparecer completa e repentinamente.

O canto dos lábios dela ergueu-se num meio sorriso irônico.

Era a primeira vez que presenciava - sem estar desorientada - Tobi usar a técnica de teleporte ou de transportação, entretanto já fez uma observação: aparentemente a técnica mantinha um limite de pessoas que poderiam ser teleportadas ou transportadas e esse limite eram duas pessoas.

Se não tivesse essa limitação, não haveria motivos para Tobi não levá-los junto ou ao menos ela, já que poderia ser enviada para outra missão de captura de imediato.

Comprovaria aquela teoria assim que tivesse oportunidade.

Depois de ficarem apenas os três, seguiram em silêncio de volta para a caverna. Assim que atravessaram o mar e alcançaram o território do país do Fogo, Kakuzu anunciou sua determinação em executar um monge listado pelo Bing Book - Lista Negra Shinobi - que rendia uma recompensa de trinta milhões de ryō.

Pelo que entendeu, essa fixação dele por dinheiro se dava ao fato de que ele era uma espécie de tesoureiro da Organização, ao menos foi isso que Hidan disse no meio de um resmungo de insatisfação por ter que se desviar do caminho para "casa".

Ela não protestou, ainda que estivesse temerosa de ser reconhecida ou até de reencontrar algum ex-companheiro de Konoha.

Não demoraram muito para alcançar o Templo do Fogo, local onde o monge residia, e depois de uma breve discussão tanto ela quanto Hidan permaneceram do lado de fora aguardando Kakuzu fazer o que pretendia. Ela jamais faria parte de algo do gênero por livre e espontânea vontade.

Algum tempo depois, que registrou picos de chakra indicando batalhas ferozes, Hidan intercedeu "por Jashin" - segundo ele - e Sakura assistiu de longe e com um olhar analítico o estilo de batalha dos dois com o propósito de repassar tais informações à Konoha quando pudesse se comunicar, mesmo que parte de si lamentasse pelas mortes.

Foi quando sentiu um chakra fraco, assim como a energia vital, indicar que alguém tinha conseguido fugir daquele campo de batalha sangrento.

Ela poderia impedi-lo para acobertar os Akatsuki, mas queria mesmo era para-los, então o permitiu fugir, calculando que ele seguiria para Konoha, que era a aldeia Ninja mais próxima.

Se tudo desse certo, Tsunade enviaria Ninjas do Alto Escalão para executar Hidan e Kakuzu e ela se esconderia para não ser vista e inevitavelmente reconhecida.

Sim, era um bom plano.

E se tudo desse certo, seria sua primeira contribuição para com a Vila como uma espiã infiltrada.

Mas claro que não daria certo. Nada dava certo para ela quando era preciso.

Algum tempo depois de aguardar Hidan fazer um ritual estranho em nome do Deus dele, seguiram para uma Estação de troca, onde Kakuzu entregaria o corpo do monge em troca dos ryō. Até aí não houve nada fora do planejado.

Só que enquanto esperavam Kakuzu fazer a transação, Sakura, que estava ao lado de Hidan do lado de fora do estabelecimento, sentiu picos de chakra e energia vital pelo mapeamento sensorial, aproximando-se cada vez mais. Não seria alarmante - visto que se tratava de uma estação de troca, então era certo que havia movimento -, se não fosse por ela reconhecer as quatro assinaturas de chakra.

Sempre foi muito boa em memorizar qualquer tipo de informação que lhe era disponibilizada: textos, imagens, cheiro e, sobretudo, assinatura de chakra.

Quando era mais nova, logo que iniciou-se como genin, tinha para si uma brincadeira: desafiava-se a reconhecer as pessoas pelo cheiro e chakra. Em sua mente criativa, juntava aquelas duas assinaturas da pessoa e memorizava ligando a algo que seria fácil de lembrar, exemplo: o Naruto tinha cheiro de lámen por comer constantemente tal refeição e seu chakra era agitado e inconstante, então o memorizava como um redemoinho; já Sasuke tinha cheiro de fumaça, às vezes de madeira queimada, às vezes de tecido queimado, provavelmente por causa dos constantes treinos com o Katon ou Chidori e seu chakra era sombrio, agressivo, mas constante. Ela o memorizava como uma tempestade; já Kakashi tinha cheiro de chá, suspeitava que era a bebida que tomava sempre que podia, e seu chakra era… relaxado e tranquilo, exatamente como a personalidade dele, então o memorizou como a sombra de uma árvore num dia de verão.

Dois dos chakra que se aproximavam a lembravam vagamente de sua juventude, da época em que se tornou chūnin, e esteve na presença deles algumas poucas vezes. Já os outros dois, esteve na presença deles com mais frequência, inclusive depois de mais adulta.

Engoliu a seco. O que eles faziam ali?

Fechou os olhos para ter maior imersão no mapeamento sensorial e não sabia se ficava mais preocupada ou aliviada por senti-los se separarem em duplas. Uma dupla continuou seguindo na direção deles, já a outra fez um contorno e seguiu para os fundos do estabelecimento.

— O que foi, rosinha?

Trincou o maxilar de raiva pelo apelido odiável e abriu os olhos para fuzilar Hidan de esguelha:

— Vou dar uma volta.

Anunciou e nem se deu ao trabalho de aguardar uma resposta. Naquele momento estava mais preocupada calculando todas as possibilidades do que poderia acontecer.

Usando o Shunshin no Jutsu - Técnica de Cintilação Corporal - se espreitou pela mata, suprimindo ainda mais e ocultando definitivamente com maestria seu chakra e ficou na exata metade do caminho entre as duas duplas, deixando para trás simbólicas pétalas de Cerejeira.

Uma das duplas era formada por Asuma e Shikamaru e seguiam na direção de Hidan.

A outra era formada por Hagane Kotetsu e Kamizuki Izumo, ambos foram examinadores do Exame Chūnin em sua formação e se não estava enganada, ainda eram nível Chūnin e seguiam para os fundos do estabelecimento, passando há poucos metros de si sem percebê-la.

Deduziu que Konoha os enviou em resposta ao ataque no Templo do Fogo, a questão era: como sabiam que estariam ali? Exatamente naquela Estação de troca?

Shikamaru, com a mente brilhante que tinha, decerto era o responsável por aquela conclusão, mas por que Asuma e Shikamaru levaram Ninjas de patente baixa para lá, sabendo que teriam de enfrentar dois membros da Akatsuki?

Dois, porque o monge que fugiu não a viu, logo não poderia contabilizá-la.

Olhou na direção que sentiu Asuma e Shikamaru cessarem a corrida após alcançar Hidan.

Mordeu o canto do lábio inferior incerta sobre o que fazer, mais uma vez dividida entre o querer e o dever.

Ela queria salvá-los, tirá-los de lá antes que se machucassem, porque quando cogitou Konoha enviar Ninjas para caçá-los, imaginou que Tsunade enviaria a ANBU, não Ninjas com quem convivia e nem Ninjas de baixa patente como os Chūnin.

Acontece que ela era uma Akatsuki e seu dever era executá-los junto de Hidan e Kakuzu, só que a ação implicaria em se expor e esse caminho era uma via de mão dupla; ela não podia ser vista por ninguém de sua Vila como uma Akatsuki sem antes enviar a Tsunade a confirmação de que conseguiu se infiltrar, porque se isso acontecesse, seria taxada de traidora e, mesmo como a autoridade máxima da Vila, Tsunade não poderia lhe defender ou proteger sua honra no final de toda aquela história se fosse preciso, já que não haveria prova alguma de sua inocência; e se demonstrasse a mínima hesitação que fosse de ser vista como uma Akatsuki por Ninjas da Vila que desertou, Hidan e Kakuzu poderiam repassar a informação ao Pain e ficariam desconfiados de sua posição.

Poderia aproveitar o momento para enviar a confirmação para Tsunade através do Shikamaru, mas haviam variáveis demais que lhe davam a quase certeza de que tudo daria errado e, sobretudo, tinha a absoluta certeza de que estava sendo vigiada. Mesmo que conseguisse manipular Shikamaru para se afastar, corria grande risco de Tobi ou o outro que brotava do chão sem mais nem menos aparecer de repente e ouvir um diálogo que não poderia ser ouvido.

Soltou um estalo com a língua e passou a mão no rosto impaciente.

A oscilação do chakra do Hidan e a aproximação do chakra do Kakuzu de onde o parceiro estava a deixou ainda mais tensa e temerosa.

Asuma e Shikamaru corriam grande risco.

E ela corria um risco maior se interferisse, tanto do lado de Konoha, quanto do lado da Akatsuki.

O que fazer?

Como resolver aquele impasse?

Não dava, não conseguia se importar com as consequências do que aconteceria consigo tendo em mente as consequências de Asuma e Shikamaru lidarem com Hidan e Kakuzu sozinhos.

Sem perceber saltou por entre os galhos na direção dos quatro, aflita e preocupada, mas antes que se expusesse, sentiu à leste há alguns bons quilômetros dali, vindo à toda, outra equipe a caminho que julgava forte devido aos seis chakra massivos que indicavam serem no mínimo nível Jōnin e mais dois nível Chūnin.

Suspirou aliviada e permitiu-se ser vista por Hidan e Kakuzu, por mais que estivesse à espreita de um galho coberto por folhas e ocultando seu chakra, apenas porque seria suspeito se ela sentisse a atividade do chakra deles e não comparecesse.

Acenou diante do olhar desconfiado deles de que daria a volta e utilizando o Shunshin no Jutsu - Técnica de Cintilação Corporal - desapareceu dali, indo de encontro à dupla de Chūnin.

No fim, conseguiu uma boa desculpa para ficar longe de Asuma e Shikamaru, com a garantia de que estavam seguros, devido à outra equipe que se aproximava cada vez mais, e sem levantar suspeitas com Hidan e Kakuzu, já que poderia alegar que viu a movimentação dos Ninjas da Folha e os espionou, percebendo que tinham conhecimento da presença deles, por isso decidiu contê-los.

Executá-los!, corrigiu-se mentalmente. Terá de dizer que sua pretensão era executá-los, embora vá apenas contê-los.

No meio do caminho, utilizou do Henge no Jutsu - Técnica de Transformação - para se esconder na identidade de uma mulher com cabelos curtos castanhos escuros - ocultados pelo chapéu de palha - olhos também castanhos escuros e um pouco mais alta, só por precaução.

Depois disso se obrigou a entrar no automático, pois se recusava a ter memórias lívidas do quanto estava indo contra sua convicção Ninja de jamais atacar um aliado, um verdadeiro aliado.

Foi a primeira a atacar para ter a atenção deles e para que Hidan e Kakuzu sentissem o pico de seu chakra, indicando de que ela estava mesmo lutando. No entanto, só o que fez foi socar o chão com potência desnecessária, desperdiçando chakra no processo apenas para parecer que fez um estrago maior do que realmente fez e depois somente se defendeu, causando o mínimo de dano possível neles.

Minutos depois, dois Jōnin do grupo recém-chegado interferiram na luta, quase tirando dela um suspiro aliviado e grato por agirem.

Um dos Jōnin a distraiu com um ataque de corvos invocados e, mesmo ciente de que o outro levava os Chūnin, não fez absolutamente nada para impedi-los, fingiu-se afetada e deixou que todos escapassem, já que a interferência dos Jōnin era apenas uma medida de resgate e recuo.

Avançou para cima do Jōnin que ficou para trás para ganhar tempo para os companheiros e antes que seu punho pudesse se chocar contra o rosto do homem, foi surpreendida por outro ataque aéreo dos corvos. Recuou com um salto e encenou frustração com um grunhido.

Por dentro, pensava sobre uma forma de continuar mantendo a luta sem machucá-lo até que mais reforços chegassem - e chegariam; sentia há alguns quilômetros dali outro grupo se aproximando e reconheceu dois chakra dos quatro presentes: Ino e, se não lhe falhava a memória, Chouji - e tivesse uma boa desculpa para recuar.

Foi quando recebeu o chamado de Pain, por uma espécie de telepatia, para convocá-los para o selamento do Sanbi. Em seguida recebeu instruções sobre o local em que se encontraria com Kakuzu e Hidan.

Deixou aquele campo de batalha aliviada e sem dizer uma palavra para não se comprometer, deixando para trás um oponente confuso.

Ao chegar no local instruído, surpreendeu-se por encontrar um Hidan mais irritado do que o normal, reclamando de ter ido embora sem concluir seu ritual, o que só podia significar que Asuma e Shikamaru saíram ilesos.

Pela primeira vez, ela aprendeu a se conectar com os outros membros holograficamente.

Kakuzu, apesar de sombrio e impaciente, foi muito claro em sua explicação de como completar a técnica e ela uma ótima aluna por não precisar de repetição na explicação.

Sentada no chão da cabana abandonada em posição de lótus, respirou fundo fechando os olhos e fazendo o selo Yagi - Cabra -, reunindo seu chakra para manipular-lo conforme o Gentōshin no Jutsu - Técnica do Corpo de Lanterna Mágica - exigia para estabelecer a conexão mental com os outros integrantes e fazer uma projeção astral.

Ela achou curioso aquele tipo de comunicação à distância, principalmente por não ser necessário um usuário do Clã Yamanaka para tal.

Atrás de si, de costas um para o outro, Hidan e Kakuzu estavam na mesma posição.

Quando todos estavam presentes na reunião holográfica, Pain explicou, provavelmente porque era sua primeira reunião de Selamento de um Jinchūriki, como funcionava o ritual e para o que servia.

E então foi agraciada por informações preciosas que seriam de grande utilidade para Konoha e países aliados:

A captura dos Jinchūriki servia para extrair do seu Bijū o chakra gigantesco no intuito de gerar uma arma de destruição em massa capaz de destruir um país inteiro com um único golpe, a fim de estabelecer uma falsa paz por controle; a Akatsuki pretendia causar guerras entre as Grandes Nações Ninjas e vender poderio militar, destruindo o sistema de Vilas Ninjas e forçando os países a depender da Akatsuki, e com isso, o terceiro e último objetivo, controlar o mundo.

Fūinjutsu: Genryū Kyūfūjin - Técnica de Selamento: Nove Dragões de Espectro dos Selos Consumidores - era a técnica utilizada durante o ritual. Inicialmente era invocado o assustador Gedō Mazō - Estátua Demoníaca do Caminho Exterior - onde era armazenado todo o chakra extraído do Jinchūriki.

Desta vez, a extração levou menos tempo do que o anterior e isso causou certa comoção logo que terminaram o ritual.

— Como foi feita a captura desse Jinchūriki?

Foi o que Pain perguntou em tom sombrio e claramente insatisfeito, que a fez estremecer levemente e engatar a respiração como se tivesse feito algo errado, sendo que, como estava ciente do que a Akatsuki precisava, até parou de drenar o chakra desnecessariamente dessa última vez.

— Pergunte ao Kakuzu e à rosinha. Dessa vez eu fiquei de fora. — Hidan respondeu com descaso e ela revirou os olhos, mesmo ciente de que seria transmitido pela conexão mental.

— Da forma que sempre fizemos. — sem se abalar, Kakuzu respondeu e depois acrescentou: — Antes mesmo de eu deixá-lo inconsciente ela interferiu. Então se alguma coisa deu errada, foi na parte dela.

Sakura franziu o cenho diante do tom acusatório.

Aquela era alguma brincadeira, por acaso?

Ela facilitou a vida dele interferindo antes do que deveria - era para poupar o Sanbi, mas ninguém precisava saber -, no mínimo, deveria receber agradecimentos e não acusações.

— Eu fiz exatamente o que me foi ordenado. — defendeu-se confiante e entredentes — A culpa não foi minha se você o fez desperdiçar chakra com a luta sádica que o submeteu.

Hidan assobiou, debochado, e Tobi fez a primeira piada da reunião também debochando de Kakuzu, mas antes que ele pudesse xingá-la ou seja lá o que pretendia dizer, Pain interrompeu-os, voltando a seriedade exigida:

— Sakura. — estremeceu de novo diante do tom sombrio, principalmente sob seu nome — Sua metodologia foi alterada da captura anterior para essa?

— Não. — e não era mentira, embora tenha alterado sim, porque as alterações que fez não mudavam em relação a drenagem e sim as consequências que precisava arcar. Para não levantar suspeitas desnecessárias, avaliou com cautela: — Mas é como eu disse: Kakuzu o desgastou com uma longa luta e eu interferi antes justamente porque aquilo estava se arrastando demais e o Jinchūriki, que estava em sua forma de Besta, tinha gasto chakra demais. Minha metodologia drena parte do chakra, isso é uma consequência da técnica, mas o problema nesse caso foi o desperdício durante a luta contra o Kakuzu, que em vez de ser objetivo, estendeu o quanto pôde a luta. Com a Nibi não permiti que isso acontecesse.

Ela não queria expor o quão analítica era capaz de ser, assim como não queria expor sobre o funcionamento de sua técnica, mas não era como se tivesse alguma escolha.

Se aquilo foi um teste de lealdade, ela passou, justamente por não medir palavras e não omitir informações que certamente Tobi já deveria ter passado ao Pain.

Naquele instante, percebeu o quão manipulador o alto escalão da Akatsuki poderia ser e não, não cairia naqueles jogos, ou melhor, cairia, mas cairia com gosto, fingindo que não estava entendendo o que estava acontecendo até quando for preciso.

E vai esperar pacientemente por uma oportunidade de ser ela a fazer um jogo com eles.

Um momento silencioso se passou enquanto sentia que estava sendo julgada, isso a deixou tensa, mas manteve o semblante sério e confiante e se concentrou nas certezas que guardava para si para manter a mente calma, já que estavam em uma conexão mental.

— Foi uma conclusão perspicaz. — por fim, ele disse — Na próxima captura, você agirá sozinha, mesmo que vá com sua dupla.

Fez uma leve careta diante da informação. A última coisa que precisava era ter que lidar com Uchiha Itachi.

— Está bem. — concordou a contragosto.

A reunião seguiu sob relatórios das missões que todas as duplas, inclusive a sua que era oficial, cumpriu simultaneamente, só para depois ser encerrada deixando para cada dupla outra missão, menos para ela que, segundo Pain, não precisaria acompanhar Itachi na missão dele, pois era algo simples.

Ela foi orientada a voltar para a caverna e aguardar por novas ordens. Provavelmente seria outra missão de captura e não mercenária como os outros.

Ao desfazer a técnica de conexão mental, suspirou cansada. Era preciso certa quantidade de chakra para mantê-la, mas o cansaço dela não se dava à isso. Se dava a ser analisada, julgada e testada o tempo inteiro, seja com atos ou com palavras. Não havia um segundo de paz, porque se relaxasse… não queria nem pensar no que implicava cometer esse erro.

Levantou-se colocando o chapéu de palha, ouvindo Hidan caçoar de Kakuzu, ainda pelo que ela disse na reunião. Isso a fez cessar os passos e levantar levemente a aba do chapéu apenas para encará-los sobre o ombro:

— Da próxima vez que quiser culpar alguém por seus erros, procure alguém submisso ou despreparado, assim você não será exposto desnecessariamente.

Nenhum dos dois ousou dizer nada, mas não sabia dizer se era por choque, já que ela, uma novata entre os Akatsuki, debochou do perigoso renegado sombrio, ou por raiva, por ter sido confrontado tão abertamente.

De qualquer forma, não ficou para descobrir. Utilizou o Shunshin no Jutsu - Técnica de Cintilação Corporal - e desapareceu dali deixando pétalas de Cerejeira para trás.

Mesmo viajando sozinha, percorreu o caminho em velocidade Ninja, para não correr o risco de ser surpreendida por ninguém, principalmente por um ex-companheiro de batalha, afinal ainda estava no território de sua Vila natal.

Por sorte deu tudo certo, depois de dois dias e meio de viagem chegou nos arredores da caverna e se surpreendeu por sentir uma presença conhecida, mas que não reconheceu de prontidão. Depois de muito avaliar a situação, chegou à conclusão de que se tratava de Konan. Só havia ela que esteve presente, mas que não pôde memorizar sua assinatura de chakra e energia vital por não ter pensado nisso na época.

Respirou fundo e tirou aquele maldito chapéu de palha que só servia para atrapalhar, levando-o consigo conforme adentrava as instalações.

Ao chegar em seu quarto, encontrou a mulher com semblante estoico e cabelos curtos roxo pastel, a esperando sentada confortavelmente em sua cama.

Sentiu a sobrancelha direita arquear por ela não dizer nada, apenas observá-la conforme deixava o chapéu de palha sobre um móvel onde guardava algumas armas e abria os primeiros botões do manto para sentir algum alívio diante de tanto calor resultante da corrida ininterrupta.

— Haruno Sakura. — Konan se levantou calmamente, encarando-a sem nenhuma expressão facial — Temos uma missão a cumprir.

Quando deixou a caverna, imaginou que seria outra missão de captura, mas a hipótese mostrou-se errada assim que pisaram numa pequena aldeia de Amegakure - Vila Oculta da Chuva - completamente destruída. Aparentemente se tratava de uma aldeia civil e mesmo assim havia rastros de ataques Ninja por todo o local e o mais chocante era ver pessoas feridas gravemente para todos os lugares que se olhava.

— Minha missão é exterminar os que ousaram atacar essa aldeia… — Konan disse em tom sombrio, fazendo Sakura engolir a seco quando virou-se em sua direção para encará-la — e a sua é garantir que todos sobrevivam.

Assentiu, vendo que algumas pessoas já até faleceram, mesmo que recentemente, já que sentia alguma energia vital restante nos corpos.

Apesar de lamentar pelo ocorrido, não perdeu tempo para agir. Não por ordem da Akatsuki, mas por ser seu dever como uma Médica-Nin.

Ativou o Byakugō no In - Selo da Força de Uma Centena - e direcionou o uso de chakra para o terceiro reservatório que possuía, para que o chakra que drenou do Sanbi fosse consumido em vez do reservatório secundário. Precisava liberar um grande poder para que a invocação pudesse trabalhar com toda a sua capacidade.

Fez um corte no polegar direito com os dentes e os selos necessários para a invocação que a auxiliará na cura de todas aquelas pessoas.

Espalmou a mão direita no chão:

Kuchiyose no Jutsu - Técnica de Invocação!

Uma grande lesma na cor branca com três listras verticais azuis correndo pelas suas laterais e cabeça apareceu em meio a uma nuvem de fumaça sob seus pés.

Seus tentáculos ópticos de sua cabeça e sensoriais da boca se moviam conforme ela se situava.

Sakura-chan! Você finalmente conseguiu completar o Selo da Força de uma Centena! Tsunade-Sama ficará tão orgulhosa!

— Katsuyu-sama, não temos tempo para cumprimentos. Preciso que você se divida e cure todos os aldeões feridos. Vou disponibilizar todo o chakra que puder, então, por favor, não hesite.

— Sim!

Katsuyu se dividiu em minúsculas lesmas, deixando uma de tamanho médio ainda sob os pés de Sakura, e se dirigiu a todos os feridos enquanto sua invocadora administrava a extensa rede de cura à distância.

Elas foram tão eficazes que pouco tempo depois a calmaria chegou àquele campo de batalha, trazendo alívio aos aldeões.

Quando terminou de curar todos os feridos, Sakura abriu os olhos e decidiu testar uma teoria:

— Katsuyu-sama, — chamou a lesma que estava abaixo de si, que em resposta ao chamado moveu seus tentáculos ópticos da cabeça e sensoriais da boca — Vou disponibilizar uma energia diferente por nossa conexão, por favor, me avise se não conseguir lidar.

— Que tipo de energia?

Apesar da lesma ter perguntado, não respondeu, fez melhor: mostrou. Tinha quase certeza de que era de conhecimento da invocação, já que era especialista em energia Yin Yang.

Fez os selos necessários para a ativação da técnica:

Natsu no Ki: Tamashī no Saibaisuru - Árvore de Verão: Plantação das Almas.

Espalmou a mão direita sobre a cabeça da lesma e o selo negro em seu antebraço direito ganhou vida, esticando ramificações dos galhos de flor de Cerejeira até cobrir totalmente a lesma sob seus pés. Não demorou a preencher a invocação com a vida enquanto sentia-a pouco a pouco deixá-la.

De uma quantidade mínima, quase imperceptível, começou a aumentar gradualmente a transferência de energia vital, até Katsuyu perceber sobre o que falou.

— Sakura-chan… isso é...

— Sim. — cortou-a. Se Katsuyu sabia do que se tratava, não era preciso explicar. Até porque Konan, mesmo sentindo-a bem longe de onde estavam, presa numa batalha feroz, não podia ter conhecimento sobre aquela energia — Agora vamos devolver àqueles que já não estão mais entre nós o que perderam.

— Sim, Sakura-chan!

Fechou os olhos para melhorar a concentração e começou a doar a própria vida, apenas para ressuscitar os que a perderam.

Era arriscado tentar utilizar aquela técnica repentinamente, mas não havia outra escolha e certamente não teria oportunidade melhor de tirá-la da teoria.

Um bom tempo depois, trincou o maxilar e abriu os olhos:

— Volte a apenas curá-los com chakra, Katsuyu-sama!

Ordenou quando ressuscitou menos da metade dos que estavam mortos, por estar quase esgotada de energia vital. Deveria lhe restar algumas horas ainda, mas logo a energia perdida será renovada naturalmente.

— Sim, Sakura-chan!

Ao fundo, as pessoas, agradecidas, ovacionaram-nas até que, em conjunto, terminassem de curar todos os aldeões, incluindo os ressuscitados.

Ela poderia se sentir feliz por ter salvo aquelas pessoas, mas só conseguia se sentir insuficiente por não ter salvo a todos.

E ainda havia um detalhe importante a considerar: mesmo os que ressuscitaram não tinham energia vital suficiente para viver por mais do que uma semana. Deu apenas o suficiente para cada um para que pudesse ressuscitar mais pessoas.

Terá que voltar ali para completar a doação e devolver uma quantidade boa de vida para aquelas pessoas, senão de nada adiantará tê-los trazido dos mortos.

Até quando seria inútil?

Relevando a impotência, observou ao redor.

Quando Katsuyu terminou de se reagrupar com suas divisões, discretamente entregou-a um pergaminho secreto autoincendiário com a instrução de entregar somente à Tsunade e logo desfez a invocação para que a lesma cumprisse seu último pedido antes de voltar para Shikkotsurin - Floresta Shikkotsu.

Por sorte, adicionava novas informações diariamente naquele pergaminho, já se preparando para qualquer oportunidade que tivesse de enviá-lo à Hokage.

Tendo concluído sua função ali, apressou-se - dentro do possível, já que sua vitalidade estava extremamente baixa e isso a deixava com limitações severas - para se juntar à Konan, chegando a tempo de vê-la finalizar uma Batalha com um poderoso grupo Ninja que não reconheceu.

Ver a Akatsuki no céu, com suas fascinantes asas brancas, dar o golpe fatal no oponente movendo apenas uma mão, a deixou maravilhada na mesma medida que apavorada.

Konan parecia um anjo...

Um anjo da morte.

Era sem dúvidas a técnica mais bela e mortal que conheceu.

Até o momento, pelo menos.

Os membros da Akatsuki, Ninjas Rank-S, sem dúvidas eram poderosos, perigosos e interessantes.

E, mais interessante ainda, era que nem todas as ações da Organização eram genocidas ou mercenárias, ao menos foi o que ela concluiu depois de ver com os próprios olhos Konan defender aquela aldeia e ordená-la a salvar aquele povo.

[...]

NOTAS FINAIS:

A caráter de curiosidade: o Sanbi foi originalmente capturado por Deidara e Tobi, mas devido ao meu cronograma, antecipei a captura deles no capítulo anterior (feito por Tobi e Sakura) e fiz Hidan e Kakuzu capturá-lo nesse capítulo aqui, já que eles perderam a vez na captura da Nibi. Ainda vou bagunçar mais algumas capturas para encaixar no meu enredo, mas espero que isso não seja muito relevante para vocês.

Outra coisa, a primeira frase da Katsuyu em itálico é inteiramente pega do anime, pois é uma referência no fandom. Dedico os créditos por ela ao autor da obra original e aos responsáveis pela legenda.

Escrevi esse capítulo inteiro ouvindo a música para lá de dramática, que se encaixou perfeitamente no enredo e nessa Sakura sofrida, Hurts Like Hell da Fleurie. Acho interessante ouvirem para elevar a experiência de vocês, é uma música muito bonita e sofrência garantida kkkkkk

As Técnicas Proibidas: Seimei no Sokuji Haisui - Drenagem Instantânea da Vida e Natsu no Ki: Tamashī no Saibaisuru - Árvore de Verão: Plantação das Almas, são criações minhas, assim como as quatro técnicas dos capítulos anteriores, ou seja, não admito o uso dessas técnicas sem minha autorização.

Já a rede de cura através da Katsuyu é canon, Sakura utiliza essa técnica na Quarta Guerra Ninja.

Ahhh logo mais Itachi dará as caras nessa fanfic! Só vem, amorzinho! kkkkkkk

Até a próxima!*

Obs.: Caso queiram ter prévias de capítulo, spoiler e interagir comigo além daqui, me sigam no Twitter por SenpaiNani, Instagram por NaniSenpaiNK e Facebook por Haruno Sah ou Nani Senpai!

Obs.²: Depois de Sakura ressuscitar algumas pessoas, curar todas que precisavam, ainda tem a capacidade de se julgar inútil. Alguém abraça essa garota e diz que ela é fodíssima de poderosa, por favor? kkkkkk