FESTA DE NOIVADO
No requintado e farto coquetel, o rei oferece um brinde aos noivos. Ele caminha pela festa, sempre seguido por Turles e os noivos. Apresenta Bulma á todos os convidados importantes. Depois de exibi-la como um troféu, o rei os dispensa seguindo apenas com Turles enquanto conversam.
Nesse instante, um grupo de rapazes se aproxima deles. Um dos rapazes fala:
- E aí Vegeta! Cumprimenta Goku. – Uau! Exclama ele olhando para a princesa. – Não vai nos apresentar? Pergunta ao primo.
Goku é primo de Vegeta e seu rival nos quesitos poder de luta e batalhas. É o irmão mais novo de Raditz. Vegeta sempre faz questão de demonstrar que não gosta de Goku, que não parece se importar com o fato. Quando a missão é difícil, ambos são designados para resolver. Como treinam juntos desde pequenos já estão acostumados e lutarem juntos, o que não agrada o príncipe nem um pouco. Goku é um rapaz alegre e brincalhão, as vezes até meio bobo e ingênuo, mas nas batalhas, torna-se um adversário extremamente forte e habilidoso. Seu pai Bardock, é o regente de Trinity. Raditz irmão mais velho também é poderoso, porém sua força comparada a de Goku é menor. Raditz é bem mais sério e sisudo, não lembra em nada o irmão.
A muito contra gosto Vegeta apresenta-os a Bulma:
- Este idiota é Goku. Fala ele. Bulma se assusta com a apresentação.
- Muito prazer. Bulma estende a mão para cumprimentá-lo timidamente. Goku beija sua mão delicadamente e fala:
- O prazer é todo meu boneca. Diz galanteador. Bulma sorri.
- Estes são Nappa e Raditz que é irmão de Goku. Terminando assim as apresentações.
Nappa também é filho de um outro importante general do planeta Vegeta. Como estão sempre nas batalhas, é raro para o grupo um momento juntos e de descontração.
- Puxa Vegeta, você nunca nos contou sobre esta gata. Reclama Goku.
- Deve ser porque eu não queria que você me importunasse com tantas besteiras. Diz Vegeta rabugento.
- Você estava é com medo. Acusa Goku. - Medo que ela largasse você assim que me conhecesse. Nesse momento ele pisca para Bulma que sorri novamente.
Vegeta apenas balança a cabeça. Agora é a vez de Raditz:
- É surpreendente que o rei sele essa aliança com um noivado não acham? Pergunta aos demais.
Todos concordam. E olham para os noivos intrigados.
Bulma não sabe o que dizer. Até que ele fala:
- Não é da conta de vocês. Não é sua função questionar as decisões do rei. Responde o príncipe sem paciência.
- Não precisa se zangar Vegeta. Comenta Raditz.
- Então parem de me aborrecer com perguntas estúpidas. Reclama ele.
Bulma observava o comportamento dos rapazes e se divertia com eles. Cada um tinha uma característica muito visível. Era engraçado ver como Vegeta se comportava entre eles, que literalmente lhe provocavam o tempo todo.
- E então boneca? Pergunta Goku. – Quantos anos têm? Parece tão jovem? Todos parecem curiosos por isso também.
- Tenho dezessete. Responde ela.
Todos se assustam com a resposta. Vegeta quase engasga com a bebida quando ouve a idade dela.
- Dezessete? Pergunta Raditz atônito.
- Sim dezessete. Responde Bulma sem entender o espanto deles.
- Acho que agora você assustou até o seu noivo. Disse Nappa ao observar o comportamento de Vegeta, quando esse ouviu a idade da noiva.
- E que mal há em ter dezessete anos? Pergunta Bulma.
- Não há mal algum querida! Responde Goku que passando o braço por cima do ombro dela continua: - Ah! Meu saudosos dezessete anos. Suspira
– Como era boa aquela época. Relembra. – Eu ainda tinha tempo apara namorar as belezinhas pelo universo a fora, bem diferente de hoje em dia: lutas; lutas e lutas, nenhum tempo para diversão. Bulma ri.
Mai não sorri nem acha graça em nada. Notando isso Nappa pergunta:
- O que você tem Mai? Está tão séria? Diz ele preocupado.
- Essa é a cara dela Nappa. Fala Raditz. – Todos sabem que de tanto conviver com Vegeta, a Mai adquiriu seu mal humor constante.
Bulma olha na direção de Mai que responde:
- Não é da conta de vocês! Fala raivosa.
- Só pode ser dor de cotovelo. Provoca Goku.
- O que você quer dizer com isso? Pergunta Mai possessa.
- O que todos sabemos querida. Fala ele passando o braço agora pelo pescoço dela. – Você deve estar se corroendo de ciúmes da princesa. Acusa. – Já que é apaixonada pelo Vegeta.
Bulma não esconde a surpresa com a revelação de Goku. "Agora tudo faz sentido". Pensa ela, ao lembrar-se do comportamento de Mai desde que se conheceram. Olha na direção de Vegeta, mas este não se mostra chocado nem irritado com o comentário.
- Do que esta falando idiota! Mai explode ante o comentário de Goku e o empurra de perto.
- Calma Mai. Pede Nappa.
- É este idiota! Acusa ela. – Só fala besteiras! O nervosismo de Mai era intenso.
- Eu só falo a verdade. Diz Goku. – E a verdade dói! Provoca ainda mais.
- Já chega Goku! Ordena Vegeta. – Meu pai não tolerará escândalos. Avisa ele.
Turles, que ao longe percebeu o descontrole da filha, chega junto ao grupo e dando uma desculpa retira Mai dali.
O rei avisa que se dará inicio um pequeno baile. Convidando a princesa para dançar, eles abrem o baile. Minutos depois, entrega-a á Vegeta que continua. "Próximos demais" pensa ela deixando-se estremecer. O cheiro dele parece invadir-lhe as narinas, ela fica com o rosto afoguedo. Fixa-se num ponto qualquer do ombro dele sem coragem para encará-lo. Ele pelo contrário encara-a fixamente. Por dentro sente seu corpo formigar, desejava-a tinha certeza. O baile é aberto aos demais convidados. Bulma dança com alguns convidados. Vegeta prefere se abster. Os três saiyajins não perdem tempo e tiram a princesa para dançar. Enquanto Bulma dança com Goku, Vegeta nota que ela se diverte muito com ele o que lhe provoca "ciúmes?". De repenete uma música lenta começa. Vegeta possessivo vai de encontro ao casal para assumir o lugar. Não deixaria o primo dançar com a noiva. Goku percebendo o ciúme dele não esconde o sorriso, que irrita o princípe.
- Ela vai deixá-lo de quatro. Comenta ele aos outros já longe do casal. – E não vai demorar muito! Ria divertido.
- Também acho. Concorda Raditz. - Nunca o vi ter ciúmes, nem olhar para nenhuma mulher assim. Ele parece um tanto quanto possessivo. Repara.
- E eu, acho melhor vocês não se meterem nisso. Adverte Nappa. - Se ele os ouvir vocês terão sérios problemas.
Terminando a dança, Vegeta se afasta. Pega mais uma taça de bebida e se escora em uma parede sozinho. Apenas observa a princesa de longe. Bulma finalmente termina suas obrigações. Ela leva a mão aos olhos que ficam embaçados. Começa a sentir-se tonta. Nesse momento Turles se aproxima dela:
- Tem algo errado princesa? Pergunta preocupado.
- Estou um pouco tonta. Confessa.
Mai aproxima-se também. Turles apoia a princesa pelo cotovelo e a faz sentar-se um pouco.
- Vou trazer água! Avisa ele.
- Oh, obrigada! Agradece Bulma. – Acredito que seja um mal estar passageiro.
- Você comeu algo? Pergunta ele.
- Ainda não. Fala ela.
- Deve ser isso. Constata. A cerimônia foi longa, assim como todas as formalidades. Vossa alteza deve estar exausta e faminta. Diz ele.
- É verdade. Confirma a princesa
– Mai! Turles chama a filha.
- O que é? Pergunta seca.
- Busque água e comida para a princesa. Pede ele.
- Eu não sou empregada. Responde a garota. - Se ela quiser comer ou beber, que vá buscar. A grosseria assusta a princesa e deixa o homem incrédulo.
Irritado com a atitude da filha, Turles pergunta:
- Que modos são esses? Fulminava Mai com os olhos.
- São os modos que essa princesa intrometida merece. Responde ela antes de virar as costas e sair, deixando Turles com cara de bobo.
- Não se preocupe princesa. Diz ele tentando disfarçar. - Eu mesmo pegarei a água e os canapés. Avisa.
- Não precisa se incomodar general. Fala ela
Nesse momento Vegeta se aproxima deles:
- O que está acontecendo? Pergunta curioso.
- A princesa não se sente bem. Avisa Turles.
- Não é nada de mais. Diz Bulma rapidamente.
- Você está pálida. Comenta o príncipe. – Tem certeza que esta bem? Pergunta ele franzindo o cenho, e percebendo que a cor dos lábios da princesa está sumindo.
- Tenho sim! Confirma ela sem confiança, e começa se levantar para mostrar à eles que está bem. Porém, assim que se coloca em pé uma escuridão toma conta de sua mente e ela desmaia sendo amparada pelo príncipe.
Todos ficam surpresos ao perceber o desmaio da princesa. O rei chega em seguida e pergunta o que houve:
- Ela desmaiou! Não está vendo? Pergunta Vegeta sem paciência enquanto pega a princesa no colo.
- É melhor levá-la daqui. Avisa o rei. Olhando para Turles fala: - O que está esperando? Vá chamar um médico! Ordena.
Vegeta leva Bulma para seu quarto enquanto aguardam o médico. Assim que o homem chega, constata que foi um desmaio simples. Provavelmente ocasionado por uma queda de pressão e pela falta de alimentação.
Tempo depois Bulma abre os olhos. Demora para voltar a enxergar normalmente. Assim que sua cabeça para de rodar ela observa o ambiente nada familiar. "Não me lembro de meu aposento ser assim" pensa. Assim que tenta se levantar, Mya a impede:
- Fique deitada majestade. Avisa ela.
- O que aconteceu comigo? Pergunta ela enquanto volta a se deitar.
- Você desmaiou. Explica Mya. – Teve uma queda de pressão. O médico a examinou e disse que precisa se alimentar e descansar.
- Que lugar é este? Pergunta mais uma vez apoiando-se no cotovelo.
Desta vez, uma voz grave responde:
- É o meu quarto. Apenas nesse momento Bulma percebe que ele estava no aposento. – Eu te trouxe para cá após o desmaio.
Nesse momento Mya avisa que vai trazer algo para a princesa comer.
- Sinto muito! Desculpa-se ela. – Obrigada mais uma vez! Agradece.- Parece que estou dando um pouco de trabalho para você. Comenta tentando quebrar o clima pesado, porém não obtém resposta dele.
Mya volta com uma sopa. Vegeta avisa que vai deixá-la se alimentar em paz. Assim que se retira Bulma estremece:
- Ele me assusta. Fala.
- O príncipe é assim mesmo. Comenta Mya. – Desde criança sempre pareceu estar de mal humor. Não se preocupe! Tenta acalmá-la.
- Eu só não entendo uma coisa: o que ele fazia aqui? Pergunta curiosa.
- Você desmaiou em seus braços. Explica. - Então ele te trouxe para cá e esteve aqui até agora. Comenta.
Bulma acha estranho e encolhe os ombros em sinal de que não entende. Assim que Bulma termina a sopa, Mya manda que ela descanse um pouco mais. Era tão incomodo estar naquele quarto, naquela cama. Sentia-se uma intrusa ou uma prisioneira? Não soube dizer. E aqueles lençóis que tinham o cheiro dele também não ajudavam em nada. Mais tarde ele retorna ao quarto e percebe que ela ainda está adormecida. Sentando-se decide esperar ali até que ela acorde. Se remexe desconfortável. A visão daquela bela mulher deitada em sua cama fez com que imagens eróticas dos dois juntos invadissem sua mente. Nesse instante, Sua virilha reage intensamente quase causando uma dor física. Como queria poder deitar-se ao lado dela e tomá-la para sí. Tentou chacoalhar a cabeça para afastar os pensamentos, não resistiu e resmungou alto, o que fez com que ela abrisse os olhos. Percebendo que não estava mais sozinha Bulma devagar senta-se na cama. Percebendo que era o princípe ela fica ruborizada. "Desde quando ele estava ali observando-a?" pensa.
Nesse momento Vegeta quebra o silêncio:
- Percebo que está bem melhor. Diz aproximando-se.
- Oh sim! Fala ela ainda sem graça. – Me sinto bem melhor. Tenta levantar-se, ele então lhe segura as mãos para ajudá-la. E sem medir sua força, ao puxá-la para ficar em pé, faz com que seus corpos se choquem. O contato arrancou um gemido de ambos. " Macia" pensou ele. "Tão macia" repetiu enquanto era confrontado com a fragilidade do corpo dela em relação ao seu. "Uma parede de tijolos" pensou ela. Era como se tivesse batido de frente com uma parede de tijolos. O peito forte e duro causou uma reação imediata nos seios macios, que reagiram de maneira quase dolorosa. Ela não conteve mais um gemido. Ele também parecia surpreso. Desculpando-se e com relutância, ele a solta e se afasta:
- Posso ver que cor de sua face e lábios voltaram. Comenta rouco. – Assim que possível meu pai virá vê-la.
Bulma apenas confirma com a cabeça ainda desconfortável com o contato. Preocupada pergunta:
- Sabe quando viajaremos para o meu planeta? Tinha medo de ouvir a resposta.
- Não sei! Responde. – O rei decidirá.
- Eu já me sinto bem melhor. Diz apavorada.- Não aguento mais ficar longe de casa. Fala desanimada, os olhos enchendo-se de água.
Vegeta fecha a cara. "Não acredito que ela vai chorar!" Pensa impaciente. "Ótimo! "Reclama. "Vou me casar com uma criança mimada que não fica longe da mamãe" Suspira.
O silêncio se faz e Mya entra no recinto. Tentando disfarçar o mal estar, Bulma pede que ela busque uma roupa, pois gostaria de tirar o vestido. A garota acena com a cabeça e sai. Assim que Mya se vai, Bulma apreensiva fala:
- Gostaria de fazer-lhe um pedido. O príncipe se vira curioso para ouvir melhor.
- Pedido? Pergunta.
- Eu me agradei de uma serviçal de seu palácio. Explica se virando de costas. Esfrega as mãos mostrando o nervosismo. Respirando fundo, ela o encara novamente e tenta falar de maneira natural: – E como ela não é uma sayajin... . Gostaria de saber se posso tê-la como minha dama pessoal? Pede finalmente. - No meu planeta é comum termos damas pessoais para nos acompanhar. Explica.
- Dama pessoal? Pergunta Vegeta.
- Exatamente. Responde sem convicção. – Eu apeguei-me muito a ela. Explica. – Gosto de sua companhia e como ela já trabalha aqui não precisarei trazer minhas damas nem separá-las do seu planeta de origem. Espera ansiosa a resposta dele.
Vegeta observa a princesa antes de responder. Ela tinha aparência de uma mulher, mais sua meiguice e certas atitudes lembravam que ela era apenas uma menina. Durante a comunicação ao seu planeta, Vegeta percebera a forma como a princesa de relacionava com os seus súditos. Não era de se admirar que tinha feito amizade com Mya.
- Por acaso você está falando da Mya? Ele queria uma confirmação.
- Sim! Tímida responde. – Há algum impedimento? Pergunta apreensiva.
- Não nenhum. Responde ele cruzando os braços. Faz um pouco de suspense antes de responder. Gostava de vê-la tímida e cheia de expectativas, era divertido. – Tudo bem! Diz finalmente.
Bulma leva um susto, pois já não esperava resposta:
- Tudo bem? Pergunta de volta sem acreditar.
- Sim! Confirma ele. - Você pode tê-la como sua dama pessoal. Responde ele.
A princesa mal acredita em suas palavras. Sua feição era de pura alegria e sem conter a euforia, e para espanto dele, o abraça-o inesperadamente de gratidão.
- Muito obrigada! Fala alegre. E só então se dá conta do que fez. Estremece assim que o percebe em seus braços. Tentando parecer natural e não morta de vergonha ela continua – Estou muito feliz!? Diz sem convicção, querendo que o chão se abra para ela se esconder.
Vegeta fica surpreso com a atitude dela. Não corresponde ao abraço. Seus músculos enrijecem novamente ao toque dela. Recomeça a sentir seu cheiro suave. Devagar ela se afasta um pouco para poder timidamente olhar em seus olhos. Ainda sem deixar de abraçá-lo eles se encaram. Suas respirações se misturando. Ela completamente envergonhada e ele consumido em desejo. Queria beijar aqueles lábios. "Seriam doces como a dona deles" pensou.
- Eu sinto muito. Desculpa-se baixinho e sem convicção.
- Tudo bem! Fala rouco.- Entendo seu entusiasmo. Diz desejando tocá-la.
Ela vai soltando-o devagar e se afasta. - Eu acho que exagerei. Lamenta.
- Sim. Confirma ele. - Só não exagere com o rei ou com algum outro saiyajin. Adverte ele. Ela se assusta com o comentário. E ele continua: - Nós saiyajins não somos seres espontâneos nem acostumados à demonstrações de afeto, principalmente em público. Explica. - Não gostaria de ver minha futura esposa sendo espontânea com mais ninguém além de mim. As palavras pareceram pular de sua boca. E ambos se surpreenderam com o comentário. Ele não esperava declarar seus ciúmes e possesividade assim tão francamente. Ela estava atônita, era a primeira vez que ele a declarava como futura esposa. Pedindo licença ele sai do aposento. Antes de fechar a porta ele avisa:
- Meu pai logo virá. Aí podemos saber se viajaremos. Comunica de costas para ela. – Diga a Mya para arrumar as coisas dela.
- Obrigado mais uma vez. Agradece Bulma num sussurro .
Bulma estava sentada na cama quando Mya retornou com as roupas. Assim que entra, percebe a princesa corada e com olhar perdido, era como se não á tivesse visto entrar:
- Tudo bem? Pergunta Mya espantada colocando a roupa ao lado dela.
- Hã? Pergunta Bulma. Só agora ela nota a presença de Mya.
- Eu perguntei se está tudo bem? Refaz a pergunta.
- Não. Responde a princesa.- Eu acabei de fazer uma idiotice. Diz ela sobre o ocorrido.
- Como assim? Pergunta Mya.
Suspirando fundo, Bulma relata : - Eu perguntei ao príncipe Vegeta se eu poderia te- lá como minha dama pessoal. Explica.
- E então? Mya insiste ainda não compreendendo.
- E então, que quando ele disse que eu poderia levá-la, eu fiquei tão feliz que sem refletir direito praticamente o agarrei e lhe deu um abraço apertado de contentamento. Fala ela de uma vez só escondendo o rosto com as mãos.
Sem se conter, Mya dá uma gargalhada. Estava feliz por tornar-se dama pessoal da princesa, mas estava divertida com a situação.
- Não ria. Reclama Bulma encabulada.
- E o que ele fez? Pergunta ainda rindo.
- Como assim o que ele fez? Pergunta Bulma.
- Como reagiu?
- Não reagiu. Explica. - Ficou parado, provavelmente estava aterrorizado com minha atitude, e me pediu para não ser espontânea daquele jeito nem com o rei nem com qualquer outro saiyajin além dele. Disse ela indignada levantando-se. - Imagine só!. Nem casou e já me dá ordens machistas. Reclama ela.
Mya parecia surpresa. - Ele lhe disse isso? Ela quer ter certeza de que ouviu direito.
- Sim. Reclama a princesa. - Consegue acreditar? Nem casou e quer que mude meu comportamento. Continuava indignada. - Pare de rir! Não é engraçado! Reclama brava.
- É claro que é! Confirma a outra.- Eu adoraria ver a cara dele. Diz. – O príncipe nunca demonstra afeto, nunca se deixaria abraçar. Eu me lembro que nem mesmo a rainha Sarah conseguia dar-lhe algum tipo de carinho, e quando conseguia ele sempre reclamava e fugia dela. Explica
- Se ele não aceitava carinho da própria mãe. Quem dera de uma noiva que lhe arrumaram de última hora. Depois destas palavras Mya ri ainda mais da situação. – Nunca mais vou ter coragem de olhá-lo. Reclama.
- Bem, mas acho melhor você seguir a orientação dele. Adverte Mya já mais séria. – O príncipe é machista e muito possessivo com as coisas dele.
- Mas eu não sou uma "coisa" dele. Responde a princesa indignada.
- Mas será "sua" esposa. Relembra Mya dando ênfase no sua. - Bem... o príncipe pode as vezes ser um tanto quanto intolerante e muito severo. Adverte ela. - Os que não lhe obedecem não costumam se dar bem.
Bulma estremece. Será ele violento? Pensa temerosa. E em voz alta pergunta:
- Violento? Acha que seria capaz de ser violento com a própria esposa? Estava horrorizada.
- Oh não, não! Esclarece ela para sossego de Bulma. - Mas intolerante à erros e insubordinação, isso ele é. Jamais o vi ser violento com nenhuma mulher. Esclarece ela.
- Não vejo a hora de retornar para casa. Fala a princesa. - Isso parece um pesadelo. Reclama. E mudando de assunto: - Trouxe as roupas?
- Estão aqui. Avisa a moça.
Bulma começa a se trocar. Assim que está pronta olha-se e reclama:
- Odeio essas roupas. Diz ainda mirando-se no espelho. – Como será que essas mulheres conseguem usar isto? Pergunta. - Parece mais um uniforme .
- E são. Responde Mya.
- São? Bulma estava surpresa. – Não há outro tipo de vestimenta? Estava curiosa.
- Só os uniformes de luta. Responde. – A maioria das mulheres do palácio e do planeta também são soldados. Só utilizam uniformes. Com exceção é claro da rainha Sarah que utilizava roupas muito femininas.
- Gostaria de tê-la conhecido. Comenta Bulma. – Ou de ver algum retrato dela. Não vi nenhum pelo palácio. Relembra
- O rei mandou que todos fossem retirados após sua morte. Explica Mya.
- Deve ter sido difícil para eles. Reflete Bulma.
- Isso eu já não sei. Fala Mya.- Como eu lhe disse os sayajins não demonstram seus sentimentos. Muitos dizem que eles não tem nenhum.
- E você, o que acha disso? Pergunta Bulma.
- Não sei! Fala pensativa. – Algumas vezes, isso faz bastante sentido quando você convive com eles. E outras vezes não. São uma raça muito curiosa.
Bulma fica pensando no que Mya lhe disse. Estava ajeitando os cabelos quando uma batida na porta chama a atenção de ambas. Mya vai até a porta para abri-la, era Toma. Ele pede que a princesa se apresente na sala do trono pois o rei deseja lhe falar. Mya dá o recado para Bulma:
- O rei quer lhe falar! Diz ela.
- Espero que seja sobre a viagem. Diz esperançosa.
A princesa dirige-se a sala do trono. Lá reencontra Vegeta. Fingindo ignorar sua presença ela pergunta ao rei:
- Aqui estou majestade. Diz.
- Como se sente minha cara? Pergunta o rei.
- Muito melhor. Obrigada.
- Acha que pode enfrentar a viagem para seu planeta? Pergunta ele sério.
- Oh sim! Responde interessada pela pergunta. – Estou muito melhor e com muitas saudades de casa. Completa.
- Sendo assim... diz o rei. – Toma continue os preparativos para a viagem dos príncipes.
- Sim majestade. Diz o rapaz antes de retirar-se.
- Acredito que partirão dentro de duas horas. Completa o rei. – Talvez seja melhor que volte para seus aposentos e descanse um pouco mais antes da partida. Ele recomenda.
- Sim alteza. Fala Bulma antes de virar para se retirar. Quando o rei chama-a novamente.
- Espere! Diz ele. A princesa volta-se para o rei. – Meu filho me contou que tem interesse em uma de nossas serviçais. É verdade?
- Sim senhor. Responde Bulma e receosa fala: - Algum problema? O príncipe garantiu que eu poderia tê-la como dama.
O rei fica surpreso com a princesa.
- Se ele disse está dito. Afirma ele. – Mas eu gostaria de saber o por que? Pergunta curioso.
- Eu me agradei muito dela majestade. Diz Bulma aliviada. - É uma boa pessoa. Assim não preciso trazer ninguém do meu próprio planeta... limpa a garganta... após o casamento. Conclui.
- Tudo bem então. Diz o rei. – Pode se retirar agora.
A princesa deixa a sala do trono seguida pelo príncipe. Eles caminham lado a lado calados. Ela sem querer para na porta do quarto dele e quando vai abrir a porta, suas mãos se esbarram. Ele a olha curioso e ela se assusta. Só então, ela se dá conta que seu aposento é mais a frente e que iria entrar no dele novamente. Desculpando-se continua em direção ao aposento em que esteve hospedada. Ele a observa até que ela entre no quarto correto. Assim que ele entra no próprio aposento, sente o cheiro. Era doce, suave, porém marcante. Parecia ter impregnado até nas paredes. Olhando sobre a cama encontra o vestido que ela tinha usado, o "vestido de sua mãe". Pega-o, na intenção de mandar entregar, porém, ao segurá-lo sente o perfume ainda mais intenso. Levando-o ao nariz absorve toda fragrância dela como se a absorvesse também. Irritado, atira a peça no sofá e senta-se na cama. Deitando de costas, xinga mentalmente, o cheiro dela está lá também. Duas horas depois e tudo pronto, os príncipes partem para o planeta Cristal.
