Olá tudo mundo! Hoje estavamos pensativa e resolvi mudar o título da minha história. Agora, acredito que o título deu uma ideia melhor do que pretendo fazer. Mamacrime25, desculpe ter citado seu nome errado na minha última publicação; espero que tenha lido o último capítulo e tenha gostado. Novo leitor, bem-vindo! Espero que aprecie minha versão de como Patrick e Angela viveram seu amor.

E vamos lá com o mais novo capítulo, mais curto do que os outros.

CAPÍTULO VI

Sem surpresas, Patrick e Angela transformam o trailer de Sam e Pete em seu pequeno ninho de amor; seus amigos ficaram muito felizes em proporcionar a eles aqueles momentos tão especiais. Sam e Pete sabiam o quanto os jovens amantes sofriam em suas famílias: Angela, fadada a casar com alguém para prosseguir com a tradição Ruskin e Patrick sendo usado como caixa eletrônica pelo pai. Tudo o que eles queriam é que os dois encontram a paz, nem que fosse por alguns minutos.

Patrick, sentia-se cada vez mais seguro do amor que se sentia por Angela, do quanto ele queria dar a ela uma vida diferente a que estava vivendo no Parque de Diversões. Por isso, discretamente, ele começou a juntar dinheiro para que fugissem juntos. Angela ficou radiante quando ele confidenciou a ela seus planos. Foi depois de uma tarde de muito amor e paixão no trailer de Sam e Pete. Ele disse a ela, enquanto fez carinho em seus cabelos, que estava planejando deixar essa vida e gostaria que ela fosse com ele. Angela abriu um largo sorriso e aos beijos, disse a ele que sim! Sim, sim! Ele sabia que ela de detestava aquela vida, mesmo assim, sentia-se inseguro de como ela reagiria quando ele propusesse a fuga. Então ela concordou e juntos, formularam seu plano.

Em primeiro lugar, teria que juntar algum dinheiro para ter como sobreviver longe da casa dos pais. Patrick comprometeu-se com isso, reservando dinheiro tanto que era possível. Para ter um pouco mais, ele aprimorou suas técnicas no pôquer e começou a ir às escondidas para jogos, longe do pai. Angela, por sua vez, ficou responsável por procurar uma cidade para onde poderiam ir. Discretamente, ela saía do parque pelo menos duas vezes por semana e ia até as cidades vizinhas, mas nenhuma agradou. Um dia, sentado pensativa na rodoviária, ela viu pessoas embarcando para Las Vegas e então ela decidiu. Vamos tentar a vida lá. Perguntou o preço das passagens ao balconista e o tempo de viagem.

Contente, mal podia esperar para contar a Patrick qual seria o destino deles. Angela ficou um tanto decepcionada quando ele franziu a testa à oferta dela:

'' - Mas Angela, Las Vegas?''

'' – Qual o problema?'' ela respondeu na defensiva.

'' – O que você acha que eu faria lá?''

'' – Bom, isto descobriremos quando chegarmos lá.'' Com um toque de dúvida no olhar, ela continuou: ''você quer desistir de fugirmos?"

'' – Não, não. Só acho que Las Vegas não terá opções de trabalho que não seja nos cassinos.''

Então ela entendeu.

'' – Você não precisa continuar com os truques que seu pai obriga você a fazer. É uma oportunidade de fazer algo diferente, não acha?"

'' – É, tem razão.'' Ele respondeu, apertando sua mão com carinho.

Tendo decidido para onde ir, o como ir era o próximo passo. Como só poderiam viajar de ônibus para não chamar muito a atenção, pensaram em como fazer as longas horas dentro do veículo ficarem mais agradáveis. Outro ponto era como sairiam do Parque sem levantar suspeitas. Tinham que planejar tudo cuidadosamente, pois se mesmo Martin Ruskin sonhasse o que estava fazendo, ele mataria Patrick e mandaria Angela para algum lugar afastado. Martin contava com Angela e um casamento arranjado para continuar com os negócios da família; apesar de seus pais foram os precursores do metal em parques, com o passar dos anos, como atrações já não atraíam um grande público e os lucros da família Ruskin caía a cada ano. Ele não podia contar com Daniel, irmão de Angela; desde cedo tinha percebido que o garoto não levava nenhum jeito para os negócios e que preferia a companhia de golpistas para ganhar dinheiro; então, o que restou era casar sua única e adorada filha com alguém de família abastada do meio artístico, que tinha interesse em continuar com o trabalho de manutenção de brinquedos. Talvez modernizar até as técnicas e os brinquedos, para atrair novamente o público.

Apesar de Patrick e Angela tentarem ser discretos em seu relacionamento, Martin tinha pleno conhecimento do que estava acontecendo entre eles. Contudo, isso não o perturbava; afinal, sua filha era jovem e tinha o direito de namorar enquanto ele não encontrava o rapaz certo para casar-se com ela. Além de fazer mais, que perigo aquele garoto Jane poderia trazer a sua menina? Os comentários que corriam no circuito era que os Jane há muito tinha perdido sua ''magia'' de enganar as pessoas e que o patriarca, Alex, estava afundando tanto ele quanto o filho em dívidas de jogos e bebidas. Martin imaginava que logo os dois seriam presos, que Angela choraria por um tempo, mas breve passaria esse amor juvenil. Como um homem criado uma rigidez disciplinar, que tinha se casado por conveniência, acreditava que amor era um bobagem de filmes, os que sua esposa adorava assistir. Não, ele estava convencido de que quando chegasse a hora, sua Angela assumiria a responsabilidade de manter o legado da família. Por isso, tolerava Patrick e Ângela rondando pelo parque de mãos dadas e roubando um beijo aqui e ali.

Daniel, por sua vez, estava cada vez mais desconfiado que este relacionamento de sua irmã não iria acabar bem. Parte disto era o ciúme que ele sentia de Patrick com sua irmãzinha, contudo, o sentimento de que eles tramando algo o incomodava profundamente. Ele percebeu que Angela tinha mudado; ela estava mais sorridente, com um olhar mais travesso e um ar de esperança. Muitas vezes ele a flagrou olhando para o nada, sentada nas escadas do trailer; também ela não reclamava nem ficava emburrada de acompanhar o pai e ele no conserto dos brinquedos. Na verdade, ultimamente ele percebeu que ela ia de boa-vontade com a intenção deliberada de agradar o pai e assim ser mais fácil dela escapulir dia ou outro para ficar com Patrick. Por mais que ele perguntasse a ela, Angela desconversava alegando que não tinha nada de diferente e que ela estava simplesmente contente em estar naquele parque.

Alex Jane também notou uma mudança significativa em Patrick: agora nas apresentações ele caprichava mais e personificava um vidente de um modo tão convincente que até ele chega a acreditar que o garoto era mesmo um médium. E nos jogos em que Patrick o acompanhava, reparou que ele prestava mais atenção às cartas e às reações dos outros jogadores. Ele ficava profundamente concentrado e raramente perdia uma jogada. E a despeito de Patrick achar que não, Alex via quando ele saia sorrateiramente do trailer deles à noite em determinados dias da semana e voltava horas depois com um ar de satisfeito. Algo estava acontecendo, mas Alex não conseguia saber o que era. Como ele passou grande parte de sua vida focado em descobrir meios de ganhar dinheiro com o talento do filho, não teve tempo de formar vínculo com outros adultos para que as ajudassem o monitorar Patrick. Repentinamente, Alex deu-se conta que criou o filho ''solto demais'' e agora estava pagando o preço, pois descobriu que o menino se tornou um homem e ele não viu.

Enquanto isso, Patrick e Angela concretizaram seus planos e decidiram que dali a duas semanas, iriam fugir e construir suas vidas juntas, longe de suas famílias.