Capítulo 7
Boa Leitura!!!
— Estou tão contente por você! — Alice abraçou Bella com entusiasmo esfuziante entre o primeiro e o segundo pratos da refeição. — Quando voltar à universidade após o verão, você me verá menos ainda, e eu estava preocupada com que você se sentisse só. Isso parece egoísta?
— Claro que não. — assegurou-lhe Bella com seu melhor sorriso.
Morar longe de casa tornara a irmã independente e embora às vezes doesse um pouco ver Alice confiar demais no próprio julgamento, Bella orgulhava-se muito dela.
— A Bella precisa se divertir um pouco. — disse Alice zelosamente a Edward. — Ela abriu mão de tantas coisas por minha causa. Minha bolsa de estudos só cobre parte de minhas despesas, Bella paga todo o resto. É por isso que está sempre sem dinheiro. Quando descobri que minha educação custava tão caro, tentei persuadi-la a me tirar de lá.
— Você estava se saindo muito bem e é isso que interessa. — E, dirigindo-se a Edward: — Alice quer ser advogada internacional. Ela realmente é muito boa com idiomas.
Edward falou em francês com Alice, que respondeu com impecável tranquilidade. Ambos tinham essa confiante agudeza que Bella sempre invejara.
Após a refeição, Edward atendeu a uma chamada no celular enquanto Bella e a irmã ficavam alguns minutos a sós. Alice estava retornando à escola para estudar para as provas finais. Terminados os exames, voaria direto para a Espanha, onde passaria férias na casa de campo da família de uma amiga. Após despedir-se da irmã com um aceno, Bella embarcou na limusine com Edward.
— Ainda não separei as coisas. Por isso, tenho de voltar para meu apartamento.
Edward lançou-lhe um olhar severo.
— Não temos tempo.
Bella levantou o queixo.
— Você não tem, mas eu tenho. Me mande amanhã num voo econômico.
— Vou transferir nosso voo para hoje à noite.
— Não precisa. — disse Bella, ríspida. — Preciso de mais tempo para organizar as coisas. Prefiro viajar amanhã.
Edward observou a expressão rebelde dela.
— Não saio de Londres sem você.
— Não quero ir para a Suíça.
— Mentirosa. — Edwadd murmurou com aspereza.
Bella irritou-se.
— O que você quer dizer com isso?
Edward deslizou o dedo indicador ao longo da generosa curva do lábio inferior dela. A pele sensível de Bella entorpeceu-se e a respiração deteve-se na garganta.
— Mostre-me o quanto você odeia o que faço com você, bella mia. — sugeriu Edward num convite insinuante.
Embora tentasse lutar contra o impulso, Bella se viu inclinando-se para a frente. Ele a atraiu como o fogo a atraía quando ela estava enregelando-se. Suas narinas dilataram-se com o cheiro dele, tão familiar quanto desejado: cheiro de homem, mesclado com perfume caro, incrivelmente sexy. Seus seios cresceram dentro do sutiã; os mamilos, antes macios, eram agora duas pontas rígidas.
— Você não está se esforçando o suficiente. — censurou Edward.
— Me esforçando para quê?
Com a mente num branco total, a rouquidão invadiu sua voz no esforço para falar. Ele levantou a mão esguia e morena e, num gesto provocativo, passou a ponta do dedo na proeminência do mamilo intumescido delineado pelo tecido fino do top.
Quando ele tocou o bico sensível, Bella emitiu um suave som choroso. Seu coração batia feito um tambor. A cabeça tornou-se pesada demais para o pescoço e inclinou-se para trás. No meio de suas coxas esguias, a temperatura do desejo atingiu um pico agridoce de ânsia que queimava.
Com a ponta da língua, Edward deu uma pincelada na delicada greta na base da clavícula, onde um minúsculo impulso transformou-se em loucura.
Bella gemeu e avançou. Queria que ele a beijasse tão forte que ela lhe sentisse o gosto. Edward levantou a cabeça acobreada e ela olhou para ele. Emoldurado por impenetráveis pestanas negras, o duro brilho sexual de seu olhar brilhante equivalia a um choque elétrico.
— Faça... — suplicou ela.
— Não. Não faço sexo no banco traseiro de limusines. — Edward afastou-se dela com um acentuado ar de escárnio.
Suas bochechas avermelharam-se como beterrabas na fervura. Suas mãos arredondaram-se na forma de punhos ferozes. Ela queria dar-lhe um soco. Queria dizer-lhe coisas rudes, mas conseguiu conter a explosão reveladora. Estava mortificada com a própria vulnerabilidade. Como fora tão fraca?
Mostre-me quanto você odeia o que faço com você! Se ela continuasse a oferecer-se a ele de bandeja, Edward logo adivinharia que ela estava completamente apaixonada por ele. E, na opinião de Bella, nada seria pior que isso; nada mais humilhante. Assim, já que podia escolher, concluiu que seria preferível que ele a considerasse uma ardilosa caçadora de ouro.
A limusine deteve-se em frente ao salão de cabeleireiro para Bella desembarcar. Pouco antes da hora de fechar, depois de examinar os livros contábeis com Jéssica, que ficaria gerenciando o salão, Bella subiu a seu apartamento para terminar de fazer as malas.
Às sete horas a campainha soou. Embora ela supusesse ser Edward, sua visita era Ben, o engenheiro com quem saíra algumas vezes no ano anterior e que havia se tornado um amigo.
— Adorei o cabelo! — Ben riu e agitou as brilhantes pontas negras que contrastavam tanto com o cabelo ruivo. — Bastante gótico.
— Gostou? — Bella deu um largo sorriso de aprovação ao lembrar que Edward aparentemente nem notara e, na verdade, isso pouco importava porque os reflexos pretos desapareceriam na primeira lavagem.
— Gostaria de sair hoje à noite?
A figura magra, morena e carrancuda de Edward percorreu o patamar a passos largos.
— Isabella tem outros planos.
— Você é o secretário social dela... ou algo do gênero? — disparou Ben.
— Marido. — respondeu Edward com voz fria e arrastada.
Quando Ben, enrubescido, desceu a escadaria com estrépito, Bella soube que ele nunca pisaria de novo em sua soleira e lançou a Edward um furioso olhar de reprovação.
— Não precisava fazer isso.
Da privilegiada posição de comando, Edward deferiu-lhe um forte olhar de desaprovação.
— Você estava flertando.
— Não estava flertando... mesmo que estivesse, o que você tem a ver com isso?
— Você estava esperando esse homem hoje. E por isso que só queria viajar amanhã. — Edward acusou-a com voz áspera num tom velado.
Bella jogou a cabeça para trás, num gesto de impaciência, na descida para o primeiro lance de escadas. Ele, porém, a estava fazendo sentir-se como Helena de Tróia, o que a fez enrubescer.
— Sou mesmo uma mulher leviana. Você vai ter que me vigiar dia e noite na Suíça. Tem certeza de que vale a pena?
— Tenha cuidado. Se eu pegar você flertando com outro homem não vou ficar contente.
Sua boca secou e, embora surpresa com a veemência dele, uma excitação sombria e perigosa lambia seu corpo esguio.
— Eu estava só brincando.
— Não teve graça nenhuma. — replicou Edward de maneira sombria.
A bordo da aeronave, Bella percorreu o corredor da luxuosa cabine e sentou-se o mais longe possível dele. Virou a cabeça para o outro lado e se enrascou no confortável assento. O choro não era de seu estilo, mas de repente ela sentiu-se capaz de verter um rio de lágrimas.
Na manhã seguinte, Bella dormiu até tarde. Quando levantou, sentia-se ávida para enfrentar Edward com todos os argumentos que não tinha podido utilizar durante o almoço com Alice.
No café da manhã, Umberto informou que Edward já saíra há muito tempo para o Banco Cullen. Sua lembrança de como chegara à cama na noite anterior eram tênues e embaraçosas.
Após dormir por todo o voo, percorreu o aeroporto aos tropeços, como uma sonâmbula, foi colocada na limusine e permitiu que Edward a carregasse para a cama quando por fim chegaram à residência. Nunca antes sentira um cansaço tão esmagador e foi um alívio perceber de novo a centelha de suas energias restauradas.
Ela havia pensado que estava faminta, mas quando chegou o café da manhã que havia pedido seu apetite desapareceu de maneira misteriosa. Após empurrar a bandeja para longe, mordiscou uma rosquinha e saboreou um tentador chocolate quente, substancioso e satisfatório.
Convicta de que uma visita ao santuário dos santuários, o Banco Cullen, exigia uma roupa especial, ela sentiu alívio ao descobrir no quarto de vestir as roupas de alta-costura que Edward comprara para ela.
O Banco Cullen em Genebra tinha um tamanho intimidador e linhas muito contemporâneas. Sua tensão nervosa começou a aumentar. A informação de que ela era a esposa de Edward criou na recepção um rebuliço envolvendo um discreto interesse.
Um jovem num vistoso terno escoltou-a até o andar da presidência, levando-a pelas portas duplas que davam num grande escritório. Edward descansava com um ar imponente, apoiado na borda de uma lustrosa mesa de madeira clara. Trajando terno azul com camisa cinza e bela gravata de seda, ele parecia simplesmente espetacular.
— Diga-me. — perguntou ele com delicadeza. — Hoje não é aniversário de ninguém. A que devo essa interrupção? Qual é a ocasião especial?
— Eu só queria falar com você.
— Então deveria ter saído da cama mais cedo. — esclareceu Edward secamente. — Estamos no meio de meu dia de trabalho e não estou disponível para visitas pessoais.
— Isso é bom, pois se trata de uma visita de negócios. — informou-lhe Bella na esperança de atrair a atenção dele.
Edward levantou-se e estendeu-lhe a mão esguia e morena.
— Venha cá, quero lhe mostrar uma coisa.
— Para onde você está me levando?
Era um banheiro. Situando-se atrás dela, Edward colocou-a em frente ao espelho da pia, de modo que ela pudesse ver o reflexo de ambos. Os olhos pardos dela focalizaram o rosto esguio e moreno dele. Com o pulso acelerado e o coração disparando, ela respirou fundo.
— O que você está vendo? — indagou Edward enquanto pegava com a ponta dos dedos o leve casaco sobre os ombros esticados dela e o retirava lentamente.
Bella parecia hipnotizada.
— Nós?
Como para chamar a atenção para eles, Edward baixou as estreitas alças de contas de seu vestido, o que deixou desnudos os esguios ombros dela. Então, os longos dedos dele subiram da cintura dela por sobre as costelas para se deterem logo abaixo dos luxuriantes seios ressaltados pelo tecido aderente. Bella parou de respirar.
— É assim que uma mulher se veste para um compromisso de negócios, cara? — indagou Edward de maneira insinuante.
— Sei que o vestido é um pouco esporte demais, mas eu adoro ele, então vesti um casaco para que parecesse mais discreto. — disse-lhe Bella sem fôlego.
— Não era isso que eu queria dizer. Só para deixar registrado, basta colocar um vestido como esse num corpo como o seu para que o resultado não possa ser descrito, nem com todo o esforço de imaginação, como... discreto.
Bella inclinou-se em direção a ele com um largo sorriso.
— Você gosta dele?
— Não era isso que você queria?
— Não pensei nisso, mas você provavelmente tem razão.
— Essa cena é adequada para o quarto de dormir, mas não dentro do meu banco.
— Vim aqui ter uma conversa séria. — respondeu Bella com aspereza e, após abaixar-se para pegar o casaco, entrou no escritório. — E pretendo ter essa conversa. Sinto muito se você não consegue manter a mente nos negócios só porque uma mulher veste uma roupa atraente.
Com um tom sombrio encobrindo as orgulhosas maçãs do rosto, Edward lançou-lhe um olhar cortante.
— Ponha-me à prova...
— Quase quatro anos atrás assinei um contrato para me tornar sua esposa. Em troca, aceitei uma certa soma em dinheiro. Devolvi dois terços daquela quantia quando descobri que não precisaria dela e...
Edward elevou a mão, silenciando-a.
— Espere! Você devolveu parte do dinheiro daquele acordo? Como?
— Eu o depositei de novo na conta que você abriu e enviei uma carta por meio de seu advogado, o Emmett...
— Rapaz de grande previsão. — atalhou Edward com mordaz sarcasmo. — Graças a suas artimanhas, quebrei o nariz dele semana passada.
Com os olhos esbugalhados, Bella o encarou consternada.
— O que você fez... quebrou o nariz dele? Mas por quê?
— Ele teve a infelicidade de sugerir que minha esposa poderia não ser tudo aquilo que eu pensava que fosse... antes de eu recuperar a memória.
Bella ficou rosa claro de humilhação.
— Oh... eu estava falando sobre aquele dinheiro.
Edward olhou-a indiferente.
— Eu não sabia que você havia devolvido qualquer parte daquele pagamento.
Bella cruzou os braços rispidamente.
— Bem, o fato é que devolvi. Resolvi não comprar uma propriedade, uma vez que se alugasse daria no mesmo. Só fiquei com o necessário para alugar o apartamento e montar o salão na loja embaixo. Equipar o salão era bastante caro. Você pensou que meu negócio não daria muito certo, mas ele paga meu aluguel e as contas, de modo que nunca tive do que me queixar.
— Você pode me dizer para onde essa conversa está nos levando?
— Quando Alice terminar os estudos, poderei vender o salão e reembolsar o que você me pagou. Assim estaremos quites e você pode me deixar ir.
— Você realmente vestiu sua roupa mais sensual para vir me fazer essa oferta?
Enfurecida pela resposta impertinente que deixava claro que ele nem mesmo levaria a oferta em consideração, Bella respirou fundo.
— No que me diz respeito, o dinheiro não importa. Nunca importou. Seguramente você percebeu isso agora, não é? — murmurou Edward com suavidade.
— Suponho que você ache que tenho uma dívida com você. Creio que seus princípios sejam implacáveis.
— Você está se saindo muito bem em termos de compreensão. — Edward ridicularizou com satisfação.
— Mas não encontro uma boa razão para você me forçar a estar aqui...
Edward lançou-lhe um sorriso sarcástico.
— Mas eu tenho mais que uma boa razão. A emoção do poder. Estou tendo a satisfação bem real de fazer você fazer o que quero que você faça.
— Isto é repugnante... você deveria se envergonhar! — Bella estava enfurecida por ele admitir isso sem hesitação.
Os olhos atordoantes dele estreitaram-se atentamente.
— Mas você não experimentou uma satisfação semelhante quando se aproveitou de minha amnésia para me aquietar com uma falsa segurança?
— Não sou como você... E também não levei vantagem nenhuma! — Bella lançou-se contra ele, ferida pela sugestão desagradável. — Eu só estava tentando mantê-lo calmo e feliz.
A bonita boca de Edward se contraiu enquanto ele se divertia.
— Permeraviglia... você certamente pôs um sorriso em meu rosto lá no quarto. Quanto a forçá-la a ficar aqui, não será hora de enfrentar os fatos?
— Que fatos?
— Que você não teve que ser exatamente arrastada para meu covil aos chutes e gritos. Você também me quer.
— Não o bastante para permitir que você pense que pode me usar. — Bella declarou calorosamente.
Edward fez seu dedo indicador deslizar lentamente entre os seios dela até chegar ao umbigo.
— O que seria suficiente?
Onde ele acariciou, o corpo dela se tornou excitantemente vivo e estimulado. Era como se cada célula de sua pele se iluminasse. Ela travou os dentes e tremeu.
— Sexo não é o bastante para mim.
— Eu poderia fazer com que fosse. — disse Edward com voz rouca.
— Eu me valorizo mais do que isso.
— Mas não se valorizava assim há quatro anos. Se eu estalasse os dedos você viria correndo.
Ser forçada a aceitar que ele sabia exatamente como ela se sentira na época e ainda assim tê-la abandonado era doloroso demais.
— Seu sacana... — vociferou. — Você também tinha atração por mim, mas não fez nada a respeito.
— Eu tinha juízo.
— Era esnobe demais. — rebateu Bella com olhos feridos e irados. — Aposto que se eu fosse uma debutantezinha mimada você teria me visto de outra maneira.
— Não sou esnobe. Tenho expectativas em determinados campos e não peço desculpas por elas.
— Você nasceu em berço de ouro. Toda a vida teve do bom e do melhor, mas quando olhou para mim sentiu a mesma atração que eu senti... Sei que sentiu! — enfatizou Bella numa mistura de acusação furiosa e ferida. — Porque você mesmo admitiu isso para mim quando estava com amnésia.
— Eu me afastei porque você não iria conseguir lidar comigo. Era jovem demais.
— Você se afastou porque seu cérebro funciona como um congelador...
— É essa sua definição de senso comum? — disse Edward com lentidão e brandura.
— ...E porque eu não me ajustava à imagem certa.
— Você ainda não se ajusta... e, contudo, está aqui. — Com a voz lenta e afiada, Edward estendeu suas mãos controladoras à curva bem-formada dos quadris dela e puxou-a para si.
— Você pensa que me beijando vai me deixar menos furiosa? — disparou Bella de maneira tempestuosa.
Ele a beijou mesmo assim, comprimindo com força os lábios macios contra os seus, demorando-se para conquistar uma reação maior dela. De maneira provocativa, percorreu com sua boca toda a curva do lábio inferior dela, fazendo-a tremer, enquanto inclinava-se para a frente de modo abrupto para manter as mãos dela sobre seus ombros de músculos rígidos.
Em seguida, apertou-a mais contra si e invadiu-lhe com a língua o macio interior da boca, onde passou a fazer incursões firmes que fizeram o sangue ruflar como um tambor num ritmo insano pelas veias dela.
— Não posso esperar até as sete da noite. — rugiu Edward com intensidade, parando para uma mordiscada no lóbulo da pequena orelha feminina antes de enterrar a boca carnal na concavidade do pescoço dela.
— Oh... — murmurou ela antes de encontrar a tentadora boca masculina dele novamente a seu alcance.
Edward abriu o zíper traseiro do vestido dela, fazendo com que o ar fresco lhe varresse a espinha. Ela lutou para recuperar a respiração enquanto o tecido rendilhado escorregava-lhe pelos quadris para formar uma piscina a seus pés.
— Não... você não pode fazer isso! — Bella ofegou em estado de choque.
— Tarde demais... — disse Edward com intensidade.
Bella levantou as mãos com rapidez num esforço genuíno para cobrir-se. Ela estava em pânico.
— Estamos num banco... A qualquer minuto alguém pode entrar por aquela porta!
— Ela está trancada... Estamos seguros.
Com determinação, Edward abaixou as mãos dela. Inclinou para trás a bonita cabeça acobreada para apreciar melhor a visão das curvas exuberantes, embelezadas ainda mais por um sutiã e calcinha graciosos.
— Mas você não vai...
Quando Bella começou a abaixar-se para alcançar o vestido, Edward ergueu-a e a colocou sobre a mesa, soltando o fecho do sutiã dela.
— Edward!
— Irresistível... — Edward inspecionou a perfeição rósea dos bicos dos seios e soltou um gemido alto.
Quando os olhos dela se encontraram com os chamejantes olhos de brilho dourado dele, a fome bruta que ela viu fez com que estremecesse. O desejo sem limites demonstrado por Edward fez acender-se um fogo dentro dela. Ele podia até não amá-la, mas sua paixão era muito real.
— Inferno! Você está em meu sangue como uma febre.
Ele levou as mãos à inchação madura dos seios dela, fazendo-a emitir um gemido baixo. Ele alisou com firmeza os mamilos em forma de pérolas, provocando uma resposta ofegante e desamparada.
Um calor líquido começou a juntar-se no vértice das coxas dela. Ele deixou a boca experiente vagar à vontade pela carne sensível dela. Os quadris de Bella fizeram um inquieto movimento para cima e todo o pensamento dela parou. Ele afundou as mãos por baixo dela para trazê-la mais perto.
— Eu quero você. — murmurou ela, arrebatada numa respiração frenética, o corpo tomado por uma necessidade apaixonada.
— Não tanto quanto eu quero você, bella mia. — respondeu Edward com voz áspera enquanto, com mais pressa que cuidado, arrancava a última peça de roupa dela. — Você me ensinou que duas semanas podem parecer duas vidas.
Ao separar-lhe as coxas, ele pôs a descoberto o desejo ansioso, úmido e quente da mais secreta das carnes dela. Quando ele explorou a região lisa, úmida e quente, arrancou dela um soluçante som de frustração.
Em seguida, ela arqueou o corpo num frenesi de impaciência desamparada. Posicionando a com suas mãos fortes, Edward mergulhou nela num movimento poderoso. A excitação era intolerável. Bella foi atravessada por uma onda de prazer. Foi se todo o controle. Ele a estava conduzindo aos limites de um maravilhoso cume de sensação. Quando atingiu um clímax selvagem de intensidade despedaçadora, ele sufocou lhe os gritos com o manto quente de sua boca. Consumado o ato, ela se sentia esgotada. Ao sair de cima dela, Edward a fitou com atordoados olhos verdes.
— Não consigo acreditar que acabamos de fazer isso... Não posso crer que você está nua em cima da minha mesa de trabalho.
Bastou este lembrete para Bella recordar-se de onde estava. Ela saltou da mesa como um gato escaldado. Sua vontade era de rastejar para baixo do móvel e esconder-se. Lutando com a falta de coordenação, ela se esforçava para vestir o sutiã e a calcinha. Ao redor dela o silêncio parecia ferver.
— Você está banida do meu escritório. — disse Edward de maneira arrastada e fria.
— Desculpe... diga isso outra vez. — ela gaguejou debilmente, empenhada como estava em vestir-se com as mãos frenéticas.
— Acho que você encenou uma peça deliberada de poder. Veio aqui vestida para matar com um objetivo. — Edward condenou-a com afrontosa frieza.
— Desde o instante em que cruzei aquela porta, você só teve um pensamento em mente. Não ouse me culpar... Obrigada. — murmurou ela com ar ausente quando ele, notando as torções acrobáticas dela, virou-a e se encarregou do zíper. — Quem fechou a porta? Quem me ignorou quando tentei lembrar onde estávamos? Quem me disse que duas semanas sem sexo equivalem a duas vidas?
— Isabella...
— E no mesmo segundo em que você tem o que quer, começa a agir como se eu tivesse me lançado para você. — ela retorquiu febrilmente e, enquanto gritava, dirigiu-se para a porta. — Quem me colocou sobre aquela mesa com intenções luxuriosas? Pode acreditar, nem um bando de cavalos selvagens me forçaria a voltar a esse banco!
Num gesto impetuoso, Edward pegou o casaco dela e lhe estendeu.
— Você tem marcas de batom em sua camisa. — ela disse com satisfação.
Os brilhantes olhos dele capturaram os dela com determinação.
— Podemos fazer isso de novo em breve?
Bella o encarou com mortificada descrença.
— Depois de você me acusar de ter causado tudo?
— Gostaria de agendá-la para uma nova visita, mia cara.
— Continue sonhando! — Bella arremessou contra ele.
— Sou um connoisseur — Edward murmurou com suavidade. — E sexo bom assim é raro.
Empalidecendo, Bella ocultou os olhos e baixou a cabeça. Ele era tão impassível. Com apenas um punhado de palavras poderia virtualmente transtorná-la.
— Isso jamais acontecerá de novo. — jurou Bella, ao correr em direção à porta movida por uma necessidade cega de fugir da cena de sua queda.
— Não nas próximas vinte e quatro horas, pelo menos. — admitiu Edward com delicada precisão. — Parto hoje à noite para Zurique. Nós nos vemos amanhã à noite.
Bella pensou em vários contra-ataques do tipo "não tenha pressa", antes de concluir que qualquer resposta seria fraca depois do jeito como se comportara em relação a ele.
Num silêncio envergonhado, ela deixou o escritório. Um grupo de executivos com expressões perplexas esperava lá fora. Convencida de que o que fizera estava de alguma forma escrito no rubor róseo de sua face, Bella caminhou rápido rumo ao elevador. Ele tinha dito que estava proibida de voltar ao escritório dele. Proibida como se ela possuísse uma atração tão grande que só o completo banimento de sua presença podia mantê-lo numa linha rigorosa de conduta sexual.
Ela jogou a cabeça para trás. Um balanço muito leve assaltou seus quadris, enquanto um sorriso insolente de soberba aflorava na linha compacta dos lábios comprimidos.
Comentemmm!!! Bjimmm!!!
