E foi diferente. Era o beijo mais profundo que já havíamos trocado até então.

A língua dele pediu passagem e eu me abri pra ele. Senti todo o meu corpo arrepiar com o contato. Meu corpo implorava por mais. Deixei a minha cadeira e levantei levemente o vestido, liberando as minhas pernas para me sentar no colo dele. Uma perna de cada lado, nossos corpos reclamando de qualquer distância. Uma de suas mãos foi para os meus quadris enquanto a outra segurava minha nuca. Minhas duas mãos se enrolaram nos cabelos dele e eu passei a ditar o ritmo do beijo. Quando mordi o seu lábio inferior ele soltou um daqueles grunhidos sexys.

As mãos dele foram então para debaixo do meu vestido. Passaram pelas minhas pernas até chegarem a parte de trás dos meus quadris. Abandonei os lábios dele e comecei a beijar seu pescoço, que eu já sabia ser um ponto fraco. O resultado foi ele segurar meus quadris com força e me puxar de encontro a ele. Eu gemi. Levantei os olhos pra ele e vi que ele me queria tanto quanto eu o queria.

Uma das mãos abandonou os meus quadris e foi até o meu rosto. Um carinho. Tão leve e tão diferente da firmeza de como ele me reivindicava um momento antes. Aqueles olhos me encararam tão profundamente, como se memorizassem cada detalhe do meu rosto.

- O que você tá fazendo comigo, Marlene?

Uma confissão. E por um momento eu me perdi naqueles olhos azuis acinzentados. Porque simplesmente sabia que ele não estava falando só sobre as sensações físicas. Eu não queria sentir medo, então não parei pra pensar no significado daquilo. Ainda que não houvesse nada no mundo forte o suficiente para me fazer interromper aquele momento.

Me movimentei contra ele e ambos gememos com o contato. Voltamos a nós beijar. E em meio a suspiros ele se levantou comigo no colo. Caminhou alguns passos e senti quando ele me colocou sobre a bancada do bar.

As mãos que já estavam nos meus quadris começaram a puxar a minha calcinha. Quando ele se livrou do pedaço de pano, ergueu a saia do meu vestido e enterrou o rosto sem cerimônia no meio das minhas pernas.

Minhas pernas caíam sobre os ombros dele e no primeiro toque da sua língua me senti completamente entregue. Mergulhei em mil sensações enquanto o sentia chupar, lamber e me acariciar naquele ponto tão íntimo.

Sirius me segurava firme no lugar, mas meu corpo não sabia ficar parado. Eu estava chegando ao fim da linha, rápido demais. Minhas mãos se fecharam nas bordas da bancada e um gemido alto irrompeu dos meus lábios quando o prazer explodiu dentro de mim.

Mas não estava pronta pra terminar. Ainda não.

Na minha urgência, me levantei e uni meus lábios aos dele, sentindo o meu próprio gosto na sua boca. Ele me puxou de cima do balcão e assim que meus pés tocaram o chão eu me ocupei em tirar o seu cinto e a calça do caminho. Então me ajoelhei a sua frente para retribuir.

Meus olhos não deixaram os dele quando o coloquei na minha boca. Ele gemia, e suas mãos se fecharam com força nos meus cabelos. Por Deus, ele estava tão entregue quanto eu. Seus olhos faiscaram quando encontraram os meus. A expressão arrasadora assistindo cada movimento que eu fazia. O aperto nos meus cabelos se tornou mais urgente, assim como os sons, aqueles sons maravilhosos que ele fazia. Então todo o corpo dele se enrijeceu quando ele se derramou na minha boca.

Ele me puxou de volta, me imprensou contra a parede, me beijando com vontade. O desejo parecia uma descarga elétrica nas minhas veias. Nos separamos e eu vi o mesmo desejo refletido em cada centímetro dele. A promessa de que estávamos apenas começando.

- Vem. - Ele ofereceu uma mão, me levando escada acima. – Eu preciso de uma cama para o que quero fazer com você agora.

Rapidamente entramos no apartamento dele, com aquela luz ridiculamente sexy, e ele me puxou pra ele com vontade. Me beijava enquanto abaixava o meu vestido. Depois me carregou para o quarto.

Me colocou com cuidado na cama e tirou o restante da roupa pra se juntar a mim.

Ele depositava vários beijos pelo meu corpo enquanto se encaminhava para o meu rosto. Novamente, ele me olhou com aquela mesma intensidade.

- Você é linda.

E novamente eu me perdi nos olhos dele. E senti um assomo de afeição começar a se espalhar pelo meu peito e o pavor ameaçou me dominar. Eu não queria mais ficar sob o domínio daquele olhar.

Então inverti nossas posições e me coloquei em cima dele. Me posicionei e o senti deslizando para dentro de mim. Devagar. Prestei atenção em cada som. Cada expressão que ele carregava. Sempre transparecendo tudo o que sentia.

Comecei a me movimentar. De forma devagar, porém intensa. Ele gemia, segurando meus quadris, se movimentando contra mim também. Não nos separamos em nenhum momento, era como se dançássemos, juntos.

Uma das mãos dele deixou o meu quadril pra ir até meu rosto, tirando o cabelo que o encobria. Quando gemi, seu dedo foi de encontro a minha boca, que eu recebi com vontade, lambendo e chupando, sem tirar os olhos dele. Aquilo levou Sirius ao limite. E a expressão que ele fez também me levou.

Comecei a me movimentar mais rápido por todo o seu comprimento e ele gemia, jogando a cabeça para trás. Estávamos perto. Muito perto. Então ele ergueu o tronco, me abraçando. Uma mão apertando a minha bunda e a outra me segurando firmemente pela cintura. Nossos sons se misturaram e então gozamos juntos.

Ficamos ainda naquela posição enquanto recuperávamos a respiração e as ondas de prazer se dissipavam.

Quando abri os olhos ele ainda me olhava daquela forma. E a cada momento percebei que aquela era a forma com que ele passaria a me olhar. Tinha tesão, como sempre teve, mas agora também tinha admiração, afeição.

Senti o medo começar a se alastrar, mas antes que ele me tomasse eu agi.

Levei uma das mãos ao seu rosto e fiz um carinho. Ele fechou os olhos, se recostando na minha palma. Talvez, como eu, Sirius também tenha sentido falta daquele toque ao crescer. Tomei o rosto dele com as duas mãos e o beijei. Não foi um beijo lascivo. Foi doce, suave e cheio de afeto.

Sem deixar de me beijar, ele me deitou ao seu lado. Houveram carícias, algumas conversas. Em outro momento as carícias evoluíram para algo muito mais intenso. Até que dormimos nos braços um do outro. Exaustos.

E juntos.