NO PLANETA CRISTAL
O cruzador aterrissa. As portas da nave são abertas. Na plataforma generais, ministros, soldados, o professor e sua esposa aguardam a saída dos tripulantes.
Assim que se abrem as portas, Bulma sai correndo na direção da mãe que vem ao seu encontro. Todos respiram aliviados ao ver a princesa. Os sayajins deixam a nave.
- Mamãe! Diz ao abraçá-la. – Que saudades. Fala enquanto chora.
- Minha fadinha querida! A sra. Briefs segurava o rosto da filha nas mãos enquanto a enchia de beijos. Olhava-a dos pés a cabeça para ver se estava tudo em ordem.
Bulma ainda emocionada por estar em casa, cumprimenta o professor e todos os demais. Vegeta apenas observa. Assim que termina, ela se dá conta que não apresentou os outros. Voltando para o lado do príncipe ela comunica:
- Gostaria de apresentar-lhes o príncipe dos sayajins Vegeta. Fala apontando-o. Todos lhe fazem referência. O próprio príncipe apresenta o Dr. Maki, cientista que o acompanha e Toma.
A princesa apresenta Mya para a mãe. Diz que a conheceu no planeta Vegeta e que agora ela vai ser sua dama pessoal. Elas simpatizam assim que se conhecem.
Com todas as apresentações em dia, a sra. Briefs aproxima-se do príncipe sayajin e fala:
- Gostaria de lhe agradecer por salvar a minha menina. Diz emocionada.
- Não foi nada. Diz apenas. Estendendo a mão para também cumprimentar a sra. Briefs.
Eles seguem para o castelo. Cada um dos sayajins é encaminhado a um alojamento. Toma e o cientista seguem para o castelo com os príncipes. Lá, a sra. Briefs mostra os aposentos para eles. No caminho, Bulma discretamente informa Vegeta que vai dar a notícia. Ele pede para estar presente, mas Bulma diz que prefere estar sozinha e que assim que terminar a reunião ela lhe contará tudo. Meio a contra gosto ele concorda e avisa:
- Siga o combinado. Manda.
Bulma pede uma reunião de última hora. Diz que necessita fazer um comunicado. Enquanto o professor trata dos preparativos da reunião, ela vai para o quarto seguida da mãe.
- Que reunião é esta? Pergunta a sra. Briefs preocupada.
- Eu preciso fazer um comunicado muito importante. Tenta desconversar.
- E que comunicado é este? Por que está tão estranha desde que chegou? Ela enche a princesa de perguntas.
Nesse instante o professor entra e avisa que todos já chegaram. Bulma respira fundo e quando vai sair á mãe lhe impede:
- Você não sai daqui enquanto não me contar o que está acontecendo. Fala severa.
- Mãe por favor! Pede a princesa. – Não me faça perguntas agora. Depois eu lhe conto tudo. Diz ela. - Agora preciso fazer o comunicado. Insiste ela.
- Está bem! Concorda a sra. Briefs. – Mas depois quero muitas explicações mocinha. Avisa ela.
– Direi o que quiser. Fala ela. – Mas agora eu preciso de seu apoio. E por favor, não me questione na frente de ninguém. Pede mais uma vez. - Confie em mim. Diz antes de ir.
Todos os ministros estão presentes. O general Tenshin também foi chamado. O professor aguarda a princesa para dar início. Bulma chega e começa a reunião.
- Como vocês sabem, imprudentemente fui responder um pedido de ajuda vindo da Terra. Diz enquanto caminha pela sala. – Mas eu não contava que seria atacada por piratas. Lamenta. – De alguma forma, os sayajins que passavam perto, vindos de uma missão me salvaram, cuidaram de meus ferimentos e me hospedaram em seu planeta de maneira extremamente gentil e amável.
- Aonde pretende chegar princesa? Diz o professor. Ela pede que ele espere e reinicia a fala.
- Bom.. como eu disse antes, devo minha vida ao príncipe dos sayajins. Ela limpa a garganta. - Podendo conhecê-los mais de perto eu pude tomar uma importante decisão... Bulma respira fundo nessa hora. – Eu decidi fazer uma aliança com os sayajins. Disse finalmente.
Todos ficam surpresos. Há uma enxurrada de perguntas. A princesa pede que todos se acalmem. Assim que se faz silêncio, ela explica como seria esta aliança. Ao final da explicação o general Tenshin pergunta:
- E como teremos certeza de que eles cumprirão com os termos desta aliança? Os sayajins são conhecidos por serem impiedosos e escravizar outros planetas. Fala preocupado. - Também são conhecidos por sua hostilidade e falta de caráter. Consegue o apoio dos demais.
- Eu posso garantir que eles cumprirão os termos general. Fala Bulma. – Não se esqueçam que eles me salvaram, eu os vi bem de perto. Vi o tamanho de suas forças, mas também vi que são hospitaleiros e gentis. Ela tenta amenizar as desconfianças.
- E como pode ter tanta certeza que cumprirão o trato? Pergunta o professor.
- Bem ... diz ela. "Chegou á hora! Que Deus me ajude" pensa. – Tenho certeza que esta aliança será cumprida porque... porque eu me comprometi com o príncipe sayajin. Fala ela.
- Que tipo de compromisso? Pergunta o general.
- Matrimônio. Diz ela enquanto todos exclamam espantados.
- Matrimônio? Pergunta o professor assustado.
- Isso mesmo! Eu me apaixonei pelo príncipe saiyajin, estamos noivos e vamos nos casar! Diz de uma vez. Um burburinho se inicia na sala.
- Apaixonada e noiva!? Perguna o general incrédulo.
Todos a encaram esperando respostas. Bulma olha para o professor desesperada. Numa súplica muda que ele a apoie.
- Bem... diz ele limpando a garganta. – Todos fomos pegos de surpresa. Diz tentando acalmar-se. – Querida, por que não nos explica melhor essa história.
Após algumas falações, ela conta sobre o noivado que aconteceu no planeta Vegeta e mostra o anel de noivado. Bulma tenta ficar o mais calma possível e tenta explicar com naturalidade a decisão:
- Sei que estão pensando que eu sou jovem demais. Diz ela. – Mas não se esqueçam, que o fato de eu ser jovem não me impede de me apaixonar e me casar. Nossa lei não proíbe matrimônio com outras raças. Relembra. - Eu sei que é uma importante decisão e que afetará todos os habitantes. Pensei muito antes. Mas como já lhes expliquei eu estou apaixonada, pretendo me casar e acredito que escolhi o melhor para mim e para a coroa. Afirma.
Os ministros discutem entre eles. O professor chama a atenção de todos mais uma vez e fala:
- Companheiros! Chama ele. – Sei que vocês estão surpresos com a notícia tanto quanto eu. Mas devemos lembrar que obedecemos a nossa princesa. Mesmo ainda muito jovem, ela sempre se mostrou sensata em suas atitudes e decisões. Lembra ele. – Devemos agradecer a consideração que a princesa teve por nós, afinal, ela nos chamou para contar a sua decisão. Sabemos também, que Bulma poderia simplesmente ter feito um comunicado qualquer informando o casamento. Fala tentando fazer todos refletirem. - Por isso majestade... Diz virando-se para a jovem princesa... Eu a felicito pelo casamento. Se a senhora acha que a aliança será boa para nosso planeta, então ela será. E principalmente, se vossa majestade está certa e feliz de sua decisão eu a abençoo. Diz fazendo reverência a Bulma. Os demais seguem o professor. Bulma agradece o apoio e minutos após retira-se.
A sra. Briefs a aguardava no quarto ansiosa. Bulma entra e mal encarando a mãe ela lhe conta tudo de uma vez.
- Como assim? A mulher estava atônita. Você vai me explicar tudinho com calma e detalhadamente. Diz olhando para a filha.
Bulma relata tudo o que aconteceu para a mãe. Chocada com tudo ela ouve atentamente. Depois, diz para a filha que esta deve se recusar, que não deve cair na chantagem dos sayajins. Bulma explica que não tem escolha. E que em caso de guerra eles não aguentariam nem dois dias contra os inimigos. Ela também relata o que viu no planeta e como chegou a esta conclusão. Contou que eles sabem passar pelo escudo de proteção e que tudo aconteceu porque tinha sido imprudente Era seu dever reparar a bagunça que tinha feito.
- Eu penso na segurança do meu planeta. Não me importo com o que me acontecer, desde que todos estejam bem. Fala ela com a cabeça no colo da mãe.
- Mas é um fardo muito grande. A sra. Briefs tenta convencê-la do contrário. – Não precisa carregá-lo sozinha. Se você contar a eles, sei que darão um jeito.
- Não! Eu não posso contar! Ela estava nervosa. – Prometa que não vai contar! Pede ela segurando as mãos da mulher. - Eu sou a princesa e futura rainha, meu dever é proteger o meu povo. Não importa o que me ocorra. Não nasci só para ser servida, mas nasci para servir o meu povo. Esta é a minha decisão e ponto final. Diz encarando a mãe.
- Querida, você não precisa. Ela ainda tenta argumentar.
- Vai rebelar-se contra mim? Pergunta séria.
- É claro que não. Responde a sra. Briefs. – Por mais que me custe admitir, você está certa. Não teríamos a menor chance, seria um massacre. Diz ela abraçando a filha. – Só não acho justo suportar tudo sozinha.
- Não estou sozinha. Tenho você, o professor. Fala sincera. - Mas se alguém tiver que sofrer... que seja eu. Diz ela voltando a deitar-se no colo da mãe.
- E quanto ao príncipe? Pergunta. Ele não me parece uma má pessoa.
- Ele é orgulhoso, arrogante. Diz ela – Ele também não está feliz por se casar. Comenta.
- E se ele é assim tão orgulhoso, por que não enfrenta o pai? Pergunta a mulher.
- Exatamente por ser pai dele e o rei dele! Ele deve obediência. Explica ela. – Mas isso, é o que menos me incomoda. Fala ela preocupada. – Eu acho que terei que viver a maior parte do tempo no planeta Vegeta. Responde com pesar.
A sra. Briefs lamenta a notícia. Não suporta ficar longe da filha.
- E como ele é com você? Como se comportou até agora? Pergunta a mãe percebendo o interesse dela por ele.
- Bem, ele é educado, porém distante. Eu diria mais uma incógnita. Fala ela vermelha. – Mesmo que eu quisesse ainda não consigo ter uma opinião formada sobre ele. Está sempre sério, parece que vive viajando, vive em guerra. Relata, os olhos brilhando.
- Eu acho que ele mexe muito com você. Diz a sra. Briefs preocupada observando a jovem.
Bulma fica indignada com o comentário da mãe. E fala sem parar que isso é um insulto a sua pessoa, que nunca ela estaria interessada numa pessoa tão desprezível, idiota, e imbecil, e... a sra. Briefs a interrompe e pergunta:
- Aconteceu algo entre vocês? Ela conhece muito bem a princesa.
- Nos beijamos! Diz e dando-se conta do que disse corrige. – Quer dizer ele me beijou. A sra. Briefs mal pode acreditar, a princesa conta para a mãe tudo o que aconteceu na viagem sem mencionar que dormiram na mesma cama.
São muitas as informações e a sra. Briefs está muito confusa " Vamos ser aliados de seres fortíssimos. Bulma vai casar. Ela deu seu primeiro beijo e acho que está apaixonada" Pensa preocupada. "Deus nos ajude" Bulma volta a deitar no colo dela para ganhar carinho.
Depois do descanso Bulma pede para o professor levar o príncipe para conhecer o que ele desejar. A sra. Briefs lhe informa que os ministros não estão satisfeitos com o casamento. Conta ainda, que eles notaram que ela não parece apaixonada pelo príncipe e vice-versa. E que vão esperar mais um pouco e dependendo dos resultados vão intervir. Bulma fica desesperada com a notícia.
- O que eu faço agora? Pergunta para a mãe.
- Vocês devem demonstrar maior intimidade. Ela diz. – Eu vou falar com Akira (professor) tentar convencê-lo também. E diante da expressão da filha ela completa. - Sem contar o que eu sei é claro! Diz para alívio da princesa.
- Faça isso, por favor. Ninguém pode descobrir! Avisa ela.
Horas depois Vegeta, Toma e o cientista retornam. Conheceram muitas defesas, armamentos, centros de guerra, tecnologia. Vegeta também estabeleceu contato com o pai e relatou o que viu.
Eles vão para os seus aposentos aguardarem o jantar. Mais tarde todos esperam a princesa. Ela chega e eles comem. O professor e o Dr. Maki parecem se entender muito bem. A sra. Briefs convida o general Tenshin para jantar com eles. Ele conversa com Toma.
Bulma come em silêncio por algum tempo. Vegeta também parece não ouvir a conversa dos outros. A sra. Briefs encara Bulma e faz um sinal para que a filha converse com o noivo. Bulma fala:
- O passeio foi como esperava... querido? Pergunta sem graça para um Vegeta que a encara desconfiado. Ele levanta uma de suas sobrancelhas. Estava surpreso com o querido. Mya também olhava para Bulma surpresa.
- Foi sim. Responde somente.
- Que bom! Fala ela enquanto segura a mão dele fazendo carinho. – Amanhã espero poder acompanhá-lo. Diz forçando um sorriso.
Vegeta apenas confirma com a cabeça. Não entende o jeito da princesa. "Ela está estranha demais" pensa ele.
Após o jantar todos se retiram e vão para os seus aposentos. Mya acompanha a princesa.
- O que deu em você lá na mesa? Pergunta espantada.
- Eu tenho que disfarçar na frente deles. Responde ela. – Todos estão desconfiados.
- Entendi. Diz Mya.
Nessa hora, a sra. Briefs entra no quarto para dar boa noite.
- Ainda estão acordadas? Diz ela.
- Já estávamos indo dormir. Fala Mya.
- Minha fadinha. Chama a mãe. – Você precisa melhorar no teatro. Aquele querido soou muito estranho. Avisa ela.
- Eu sei. Vou tentar melhorar. Confirma.
- Vai ser fácil. Diz Mya. – Já que você está caidinha por ele. Só depois ela se dá conta que falou na frente da sra. Briefs. Bulma a fulmina com os olhos.
- Foi só brincadeira. Tenta consertar. – Não fique chateada.
A sra. Briefs dá boa noite e sai do quarto.
- Você e sua boca grande. Acusa Bulma.
- Me desculpe. Diz Mya
- Preciso falar com Vegeta sobre as desconfianças dos ministros. Diz ela.
- Então vá ao quarto dele. Diz Mya.
- É isso aí. Concorda Bulma. – Vou esperar as luzes dos corredores serem apagadas e vou até lá. Diz ela.
Minutos depois as luzes dos corredores são apagadas. Bulma espera mais uns cinco minutos e vai ao quarto do príncipe. Ela mexe na maçaneta e verifica que esta está aberta. Ela entra devagar. Ao ouvir barulhos Vegeta se levanta e fica atrás da porta. Espera o invasor. Quando Bulma entra, ele a agarra e ela leva um susto e quase grita. Vegeta fecha a boca dela com a mão. Os dois se reconhecem.
- Por que fez isso? Pergunta baixinho, ainda estava assustada.
- Eu pensei ser algum invasor que quisesse me atacar. Responde. Ela pede que ele fale baixo.
- E quem iria tentar te atacar? Ela diz impaciente.
- Qualquer um.
- Só você mesmo para pensar nisso. Reclama ela.
- O que veio fazer aqui á essa hora? Era a vez dele perguntar, e notando os trajes dela continua. – E de camisola? Fala ele arqueando a sobrancelha malicioso. Só então a princesa repara que usa apenas a camisola.
- Eu precisava falar com você. Diz ignorando o comentário.
- E é assim tão importante que não pode esperar até amanhã? Pergunta.
- É. Responde. – Hoje, depois de anunciar nossos planos, minha mãe me contou que os ministros não se convenceram do nosso casamento. Diz ela.
- E o que eu tenho haver com isso? Pergunta irritado. – Você manda aqui, destitua-os dos cargos, mate-os, prenda-os por desobediência, sei lá. Diz.
- Mas é claro que eu não vou fazer nada disso! Responde irritada com as sugestões dele. – Eu não sou você. Acusa.
- Então o quer de mim? Eles ainda falavam baixo.
- Quero que você me ajude a fingir. Fala ela.
- Fingir o que? Pergunta curioso.
- Que estamos apaixonados! Avisa. – Eles alegam que não pareço uma noiva apaixonada.
- Exatamente, você e não eu! Diz ele. - Eu não tenho que fingir nada. Recusa-se.
- Por favor! Insiste ela. – Quer que tudo dê errado? Quer entrar em guerra? Pergunta.
- Eu não dou á mínima se entrarmos em guerra. Responde.
- Mas eu ligo! Reclama ela. - Por favor, me ajude. Pede mais uma vez.
- Por que estamos falando assim tão baixo?
- Para que ninguém nos ouça. Responde ela.
- E por que ninguém pode me ouvir? Eu sou o príncipe dos sayajins posso falar como desejar. Diz em voz alta.
Bulma fecha a boca dele para impedi-lo de acordar alguém. Faz uma careta pela atitude arrogante. – Imagine se a minha mãe percebe que eu vim ao seu quarto uma hora dessas. Sussurra, tentando fazê-lo colaborar.
- Você é que vai ter que dar explicações e não eu. Lembra ele. - Você é que veio atrás de mim só de camisola.
Faz-se silêncio, ela fica vermelha e ele torna a falar:
- O que eu ganho se te ajudar? Pergunta malicioso.
- Como assim o que você ganha? Pergunta irritada.
- Acha que vai ficar por ai de mãos dadas comigo, me chamando de meu amor e que eu não vou cobrar? Avisa ele.
Bulma não acredita no que ouve. Analisa-o mais um pouco e diz:
– Tá bom! Rende-se ela. – Eu lhe dou a minha eterna gratidão. Responde.
- Hahahaha. Ri ele enquanto ela mais uma vez pede que ele fale baixo. - Sua gratidão não é nada. Comenta baixinho.
- Então o que você quer? Pergunta impaciente.
- Por agora... um beijo já basta. Diz agarrando-a e beijando-a. Bulma não esperava e demora para corresponder o beijo. Ele a pressiona e ela se rende. As sensações do beijo anterior retornam com força maior. Era como um fogo a consumi-la por inteiro. Sente que vai desabar sobre as pernas e por isso, precisa se apoiar no peito dele. Vegeta usa apenas a calça do pijama. A pele parece queimar por debaixo de suas mãos. Gostaria de percorer aquele dorso, cada cicatriz. Devagar ele vai levando-a para a parede. Lá, lhe beija oras a boca e oras o pescoço. Ela arrepia-se inteira. Ele desce uma das alças da camisola e começa a beijar-lhe o ombro nu. Ela geme, nunca tinha tido uma experiência daquelas. Sente o seu corpo incendiar. Quer pedir que ele pare, mas não tem forças. Quando ele começa a baixar a outra alça da camisola dela, a porta do quarto é aberta bruscamente e as luzes se acendem. Eles se afastam rapidamente com o susto. A sra. Briefs acaba de entrar:
- Posso saber o que está acontecendo? Pergunta furiosa olhando os dois.
- Ma... mamãe! Bulma está surpresa. – O que faz aqui?
- Eu é que lhe pergunto: o que você faz aqui mocinha? Olha a filha descabelada, bochechas afogueadas. E soltando fogo pelas ventas: - Isso não são horas para namorar. E ainda vestida desse jeito? Ela estava muito zangada.
- Eu só vim conversar e... não terminou de falar.
- Isso não são horas para conversar. Repete esbravejando ela e pegando a princesa pela orelha diz: - Já para o quarto! Ordena.
Bulma vai sem questionar completamente envergonhada. A sra. Briefs se volta para Vegeta e diz:
- Escute aqui meu jovem. Fala enquanto ele fica perplexo. – Não é porque vocês são noivos, que podem ficar por ai se beijando na calada da noite. Ele não sabe o que dizer. – Eu não vou permitir noite de núpcias antecipada. Avisa ela. – Você como mais velho e experiente, deveria dar o exemplo.
Vegeta não consegue ter reação e diante do silêncio ela termina dizendo:
- Tenha uma boa noite! Sai do quarto batendo a porta.
Passados alguns segundos ele diz:
- Mas só me faltava essa agora! Fala com raiva.
Bulma vai para o quarto e espera a mãe que lhe enche de sermões, ela ainda tenta se explicar, mas desiste. A sra. Briefs se retira e avisa que vai estar de olho. Na cama a princesa não consegue dormir. Além de sentir vergonha pelo que a mãe lhe fez passar, ainda relembra os beijos trocados com o príncipe.
Na manhã seguinte ela se arruma. A sra. Briefs não aparece para ajuda-la, ainda estava zangada. Apenas Mya vai ao quarto da princesa. Elas conversam e Bulma lhe conta o que aconteceu depois que ela saiu. Mya como sempre ri da situação de Bulma. E confirma suas suspeitas:
- Eu sabia que você está se apaixonando! Diz triunfante.
- Eu não estou nada. A princesa tenta negar. – Estou... talvez... um pouco surpresa. Afinal, nunca tinha beijado ninguém. Confessa.
- Nunca tinha beijado? Pergunta surpresa.
- Nunca. Responde na maior naturalidade.
- Eu dei meu primeiro beijo aos 12 anos. Fala Mya.
- 12? A princesa se espanta e pensando melhor completa: – Vindo de você, não é tanta surpresa assim.
- Confesso que foi horrível. Mas o primeiro é sempre assim. Explica. "Não comigo" pensa Bulma relembrando as sensações provocadas por aquele beijo.
- Bom mesmo é beijar um homem de verdade. Os olhos dela brilham. - Assim como quando beijo Toma. Comenta para a surpresa da princesa.
- Você e Toma estão namorando? Pergunta.
- Sim, quer dizer acho que sim. Responde incerta.
- E essa agora. Diz Bulma coçando a cabeça.
– Bem, relacionamentos entre saiyajins e outras raças são proibidos. Então não tenho certeza. Mas sei que eu gosto muito dele. Confessa ruborizada.
Bulma abraça Mya que pergunta:
- Então? Como é beijar o príncipe? Pergunta curiosa. - O que sentiu?
- É muito bom. Confessa envergonhada escondendo o rosto com as mãos. - Senti muitas coisas. Responde a princesa enquanto descreve: - Senti um imenso calor invadir o meu corpo, meu coração parecia que iria saltar do peito. Senti vergonha, timidez... prazer. Fala ela. – Confesso que isso mexeu muito comigo. Eu sempre sonhei, que um belo príncipe me beijaria. Ele seria lindo; corajoso e forte; nós nos apaixonaríamos e viveríamos felizes para sempre. Fantasia.
- Bem... você beijou um príncipe! Diz Mya enquanto faz uma análise dos fatos: - E ele é bonito, forte e muito corajoso como no seus sonhos. Continua ela. - Parece apaixonado por você. Bulma faz uma careta ante o comentário
- Vocês vão se casar, e quanto ao felizes para sempre, isso é só fantasia. Termina a análise. - Puxa, tudo certinho! Diz feliz.
Bulma ri da análise dela. As duas saem do quarto. A princesa avisa que vai esperar Vegeta na porta do quarto dele, para que eles sigam juntos ao café. Mya segue andando, quer ver como anda o humor da sra. Briefs.
Minutos depois Vegeta sai do quarto. Ao se deparar com ele, a princesa fica corada de vergonha. Ele passa por ela sem dizer nada, era como se não a tivesse visto. Ela reclama:
- Você quer me esperar? Pergunta brava pelo gelo, enquanto o segue.
- Não. Responde.
- E posso saber por quê? Pergunta.
- Por que não pergunta para a mulher que você chama de mãe? Ele responde com outra pergunta.
Bulma se da conta de que provavelmente a sra. Briefs também deu sermões nele.
- E por causa disso vai me ignorar e não vai seguir com o plano? Ela estava mais irritada.
- É isso mesmo! Confirma. – Não tenho paciência para criadas intrometidas. Diz carrancudo.
- Ela é minha segunda mãe e não é intrometida. Responde aos insultos dele que continua ignorando-a. - Ontem á noite você prometeu que me ajudaria. Cobra ela. – Ou será que não tem palavra? Acusa.
Vegeta para ao ouvir essas palavras, ela esbarra nele. Ele volta-se para encará-la:
- Eu sei muito bem o que prometi. A expressão dele era séria e a voz soava muito zangada – Minha palavra é uma só. A princesa tinha os olhos arregalados pela mudança dele. – Só não acordei de bom humor. Explica.
– É melhor você se acostumar, já que vamos nos casar. Avisa.
- Desc... desculpe! Pede ela. Sem responder ele oferece o braço para que caminhem juntos. Ela receosa aceita e eles seguem pelo corredor.
Enquanto caminha por um dos corredores, Vegeta já mais calmo nota pela primeira vez retratos da família.
- Então este é o famoso rei Tapion? Comenta curioso.
- É sim. Responde ela com orgulho.
- E quem é esta? Pergunta parando em frente ao retrato de uma linda mulher.
- Era a minha mãe. Diz com tristeza e segura o cordão que usa, abrindo-o vê a foto do casal. Vegeta observa sem dizer nada, já tinha reparado que a princesa não tira o cordão.
Caminham mais um pouco quando ela aponta:
– E esta sou eu quando era pequena. Mostra um retrato seu vestida de fada. Isso atrai a curiosidade dele.
- De onde vem seu poder de fada? Pergunta.
- Da minha mãe. Ela era de um planeta chamado Zefir. O planeta foi atacado por bárbaros. Conta. - Meu avó tentou salvá-la e a colocou em uma nave de fuga. Os bárbaros a perseguiram e atacaram a nave que explodiu. De alguma forma minha mãe sobreviveu. Explica. - Meu pai voltava para nosso planeta quando encontrou minha mãe desacordada. Percebeu que ela estava muito ferida. Cuidou dela, trouxe para Cristal, eles se apaixonaram, casaram e eu nasci. Termina. – Dizem que era uma fada poderosa. Eu como sua filha pareço ter herdado seus poderes, embora não saiba usá-los nem dominá-los. Lamenta.
- Então não controla sua transformação? Pergunta frustrado.
- Não. Responde. - Esperava mais de mim? Ele nada responde, ela continua: - Não existe no planeta alguém com poderes além de mim.
- Só achei que dominava seus poderes. Explica.
- Quem sabe um dia. Suspira.
Nesse instante, a sra. Briefs aparece no corredor:
- Então vocês estão aí? Diz ela. – A mesa já está a postos! Apressa-os.
Eles seguem sem dizer mais nada. Todos tomam café. O "casal" mostra um pouco mais de intimidade. Após, eles saem para que o príncipe conheça o restante. Bulma apresenta muitas pessoas á Vegeta. Também fala com grande conhecimento sobre cada área.
- Você conhece muito, do que é feito aqui! Comenta ele enquanto ouve o máximo de informações possíveis.
- É natural. Eu sou a princesa. Fala.
- Exatamente por isso eu comentei. Diz ele. – Você é a "princesa". Atenua o fato dela ser mulher.
- Isso não me diminui em relação á nenhum homem daqui ou á nenhum príncipe. Responde firme. Ele se diverte com a resposta dela.
Retornam ao palácio ainda na parte da manhã. A sra. Briefs avisa que organiza o noivado. Fala que será tudo discreto e com poucas pessoas. O povo já comenta o noivado, eles esperam informações pelos jornais, inclusive daquele que fala dos assuntos que correm pelo palácio.
- Um jornal que comenta o que acontece com a realeza? Pergunta surpreso.
- Sim! Afirma ela. – O povo sempre soube dos acontecimentos reais. Explica.
- Você governa muito abertamente. Comenta.
- Talvez vocês governem de um jeito autoritário demais. Diz.
- Você conhece seu povo, eu conheço o meu. Fala ele. - Sayajins tem fortes tendências a questionar ordens. Eles não gostam de ser submissos. O respeito vem pelo poder. Por isso minha família governa.
Eles caminham mais um pouco a sós e ela fala:
- Vou mandar providenciar um traje para você usar no noivado. Comenta.
- Não é necessário. Ele recusa. – Eu já trouxe um traje. Não gosto dessas roupas que os homens utilizam aqui.
- São roupas normais, e não uniformes de luta. Ela defende.
- Prefiro meu uniforme de gala. Além disso, ele mostra que sou um sayajin. E continuando: - Tire seu anel de noivado.
- Por que? Pergunta.
- Faça o que eu digo. Diz pegando o anel de volta. – Pegue minha aliança também. Ele começa a tirá-la do dedo.
- E quanto á data do casamento? Meu pai já me questionou. Avisa.
- Bem, no seu planeta vocês podem decidir. Fala ela. - Eu vou verificar a data mais apropriada para a cerimônia daqui. Não podemos esquecer que você vai ser coroado rei e eu rainha de Cristal no dia. Avisa. – Assim que souber eu lhe falo.
Eles seguem para seus aposentos. Na porta do quarto dele, ela torna a falar:
- Tem mais uma coisa. Diz encabulada.
- O que é agora? Pergunta meio impaciente.
- Você deve me... beijar após o noivado. Ela fica vermelha. – Para que todos acreditem que nos amamos.
- Você está inventando isso para que eu a beije. Provoca.
- É mentira. Defende-se. – Faço isso para que todos acreditem no noivado. Por isso devemos trocar um beijo.
- Eu não vou fazer isso na frente de todo mundo. Recusasse. - Nós sayajins não gostamos de demonstrações de afeto, principalmente em público.
- Mas aqui no meu planeta é muito comum. Ela tenta explicar o ato. - E depois, você será o único sayajin presente. Ela pensa um pouco e fala: - Quer dizer Toma e o Dr. Maki também. Lembra. – E aí? Vai colaborar? Volta a perguntar.
- Já que quer tanto me beijar. Diz aproximando-se dela. – Não vou deixar que fique só na vontade. Fala bem perto e beija-lhe intensamente. Soltando-a, ele entra no quarto sem dizer mais nada e ela fica louca de raiva.
Bulma arruma-se no quarto. Ela veste um vestido azul de corte reto, frente única e um decote bem baixo na parte de trás. Deixando as costas toda a mostra. O tecido possui um brilho bonito. Ela usa como acessório apenas seu cordão com pingente de coração. Ela deixa os cabelos soltos e usa brincos longos. Perfuma-se, coloca sandálias delicadas.
A sra. Briefs entra e comenta:
- Como você está linda! Fala ela olhando a princesa de perto.
- Obrigada. Diz sem jeito.
- Está se tornando uma linda mulher. Diz emocionada. – Gostaria que nunca tivesse crescido.
Bulma abraça a mãe:
- Não vai chorar, que eu choro junto. Fala ela para que a mãe não comece.
- Não vou chorar. Avisa. – Está pronta? É hora de ir.
- Ele já chegou? Pergunta referindo-se a Vegeta.
- Já. Fala meio a contra gosto.
A princesa respira fundo, e segue para a cerimônia. Os dois sozinhos aguardam serem anunciados. Ele comenta:
- Você está muito bonita. Diz ao pé do ouvido dela e ela sorri. Com a mão, ele percorre devagar o decote de suas costas. Ela estremece e ele sente.
Tem início o noivado. Após as formalidades é hora da troca de alianças. Vegeta dá para ela um anel com a forma de uma fada. Ela recoloca a aliança antiga no dedo dele. No final eles trocam um rápido selinho. A cerimônia termina e todos vão para o salão de festas.
- Por que uma fada? Pergunta olhando o bonito anel.
- Pensei que gostasse de fadas. Responde.
- Eu amo fadas. Diz. – É que eu achei muito delicado de sua parte, me dar um anel com formato de fada. Continua emocionada pelo gesto. Os olhos dela brilham pelo príncipe. Ele percebendo retira-se do seu lado e anda pelo salão enquanto conversa com alguns convidados. Bulma o segue com os olhos e não percebe que Toma a observa. Aproximando-se dela ele fala:
- O príncipe Vegeta é uma pessoa muito curiosa. Fala para puxar conversa.
- Na verdade... corrige ela ... ele é intrigante. Quando acho que decifrei algo sobre ele, ele se mostra indecifrável. Comenta.
- Mesmo assim alteza. Diz com cuidado. – Eu acho que deveria ir mais devagar.
- E por que me diz isso? Pergunta curiosa.
- Porque... ele faz uma pausa ... se me permite...
- Pode falar Toma, não precisa temer. Quero ouvir o que tem a dizer a respeito dele. Autoriza a princesa.
- Percebi que está apaixonando-se. E gostaria de lhe dizer que deve ter cuidado... que deveria ir mais devagar quanto seus sentimentos.
Bulma fica vermelha com o comentário de Toma, "era assim tão evidente que estava apaixonada?" pensa desanimada, Toma percebendo o constrangimento dela ainda diz:
- Eu não queria que ficasse constrangida. Desculpa-se. – É que cresci com Vegeta e sei como ele é e do que é capaz. Nunca se apaixonou ou teve relacionamento sério com alguém. Ele limpa a garganta. – O que estou querendo dizer, é que eu o vi ter uma dúzia namoradas e não ser fiel há nenhuma. Explica. - Não quero que pense que exagero ou sou intrometido. Diz por fim.
- Por que está me contando isso? Pergunta atordoada com os comentários dele.
- Porque acho a senhora uma boa pessoa e não quero que sofra. Você cuida muito bem da minha Mya, e ela me pediu para lhe advertir. Conclui.
- Obrigada pelo aviso. Diz ainda atordoada.
Depois dos comentários de Toma, Bulma fica pensativa. Quando questionada por suas atitudes ela diz apenas estar cansada. Assim que a interminável cerimônia acaba, ela vai para o quarto. Despede-se de todos inclusive do professor e da sra. Briefs. Foi um longo dia. Todos vão para seus aposentos. Lá ela tira a roupa irritada. Mya que observa a cena pergunta:
- Imagino que Toma falou com você. Diz.
- Sim. Responde frustrada.
- Imaginei. Ontem quando estávamos namorando, conversamos sobre seu noivado. Foi quando ele me contou algumas coisas sobre o príncipe. Explica. Ouvindo tudo aquilo eu disse que tinha de avisá-la. Toma perguntou-me por quê? E eu respondi que você estava gostando dele. Achamos melhor prevenir você. Termina ela.
- Obrigada. Diz sem certeza.
- Parece que ficou muito abalada. Analisa Mya.
- Bom... realmente não sei muito sobre ele. – Gostaria de descobrir mais coisas. Diz.
- E como vai fazer para tirar suas dúvidas? Pergunta Mya.
– Não sei. Responde.
- Por que não vai falar com ele? Mya dá a ideia.
- Ele jamais me dirá nada se quiser realmente brincar comigo. Fala triste.
- Pode ser. Concorda. - Mas pode ser também que ele responda. Vegeta é uma pessoa imprevisível. Mya comenta.
- Eu sei. Fala ela. – Melhor irmos dormir. Conclui.
- Eu não vou dormir agora. Mya responde.
- Vai fazer o que? Pergunta curiosa.
- Vou me encontrar com Toma.
- Agora?
- Claro. Nós só podemos nos encontrar á noite.
- E por que? Pergunta sem pensar.
- Porque Toma é um sayajin e não pode se relacionar com mulheres de outros lugares lembra?
- É verdade. Concorda a princesa.
Mya começa a se arrumar. Bulma apenas observa. Segundos depois:
- Você o ama? Ela pergunta a Mya.
- Não sei. Responde sem certeza. – Ás vezes acho que o amo mais do que tudo, e ás vezes eu acho que não. Diz confusa. – É muito difícil se relacionar com ele.
- Por que?
- Porque eu já disse, ele é um sayajin. O rei Vegeta não aceita relacionamentos assim como o nosso. Por isso, nós sempre nos encontramos á noite ou escondidos. É muito arriscado.
- É verdade. Confirma. – Lamento por vocês. Toma parece diferente dos outros saiyajins.
- E é. Concorda ela. – Ele é bondoso, carinhoso, não vive apenas para lutar ou ela força. Infelizmente ele não pode revelar seus reais sentimentos.
Bulma ainda observa Mya que se perfuma. Ela coloca uma gota da fragrância entre os seios e Bulma a questiona:
- Por que fez isso?
- Porque quando me beijar ali, ele vai sentir o cheiro.
A princesa não acredita que ela disse aquilo.
- Você deixa que ele lhe beije ali? Estava vermelha.
- Ele já beijou tudo o que você possa imaginar. Diz ela rindo.
- Então vocês já dormiram juntos? Ela estava cada vez mais atônita com os comentários de Mya.
- Claro que sim. Responde ela naturalmente.
Bulma estava surpresa com a naturalidade dela.
- Deseje-me sorte. Pede Mya abrindo a porta devagar. Ela nota que os corredores ainda estão cheios de serviçais. – Essa não, tem muita gente ainda. Reclama fechando a porta. – E agora como vou sair?
- Eles devem estar colocando as coisas em ordem. Fala a princesa. – Acho que vão demorar muito ainda até colocar tudo no lugar.
Mya anda de um lado ao outro do quarto. Não para de pensar em como vai sair. De repente ela olha a janela que dá para a sacada.
- Vou descer por ali. Avisa abrindo as cortinas.
- Você ficou maluca? Pergunta. – Como vai pular de um lugar tão alto?
Elas vão para fora do quarto. Mya analisa um pouco a altura e decide:
- Vou descer me apoiando nessas grades. Não é tão alto. Diz saindo para fora da sacada.
De longe Vegeta observa a movimentação das duas. Ele estava na sacada de seu quarto que fica próximo ao da princesa. Sentado no parapeito da sacada ele fica intrigado ao vê-las.
- Cuidado Mya. Pede Bulma ajudando-a a se segurar.
- Ainda bem que não é tão alto. Agradece ela. Com alguma dificuldade Mya consegue chegar ao chão. Ela faz sinal de positivo para Bulma e lhe manda um beijo. Nesse momento Vegeta sai flutuando de seu quarto e vem em direção á ela que estava de costas.
- Tenha uma linda noite. Deseja ela para Mya. Ela ainda fica observando Mya se afastar pelo jardim. Mais ao longe ela se encontra com Toma que a abraça.
Bulma observa a cena deles mais um pouco. Quando eles somem pelo jardim, ela fica observando a lua. Esfrega os braços e resolve entrar. Ao virar-se dá de cara com o príncipe sayajin escorado na sacada e leva um susto.
- Que susto. Ela fala. – O que faz aqui? Pergunta surpresa. – Como entrou?
- Eu vim voando de minha sacada. Responde ele analisando-a dos pés a cabeça. Ela vestia apenas um baby doll curto. Nessa hora a princesa recorda que seus quartos são próximos. – Vi você ajudando Mya a pular. Por que ela desceu por ai? Ele estava curioso.
- Mya estava indo encontrar Thomaz e a sala ainda tinha muita gente. Ela se deu conta que contou o segredo deles.
Vegeta não fica surpreso com a revelação:
- Toma está se arriscando com Mya. Ele estava zangado. – Aquele idiota sabe que não é permitido.
Bulma fica apavorada.
- Por favor Vegeta. Pede ela. – Não faça nada contra eles. Eu te imploro. Ela estava desesperada. - Eles se amam! Não é justa essa lei! Reclama. - Você nunca esteve apaixonado? Pergunta ela.
Ele dá uma gargalhada e responde: - É claro que não. Eu não ligo para essas besteiras.
Ela fica surpresa com a resposta dele. - O amor não é uma besteira. – É o sentimento mais puro e bonito que existe.
- Talvez para você. Ele agora tinha os braços cruzados. – Para mim, o amor enfraquece. Desdenha.
- Eu duvido que pense assim. Desafia ela. – Você deve amar alguém. Fala curiosa.
- Ninguém além de mim mesmo. Responde arrogante
- E quanto ao seu pai? Você não o ama? Ou sua mãe? Ela insiste.
- Minha mãe morreu quando eu era criança. E meu pai é apenas uma barreira para o trono.
- Que horror! Exclama ela. Ficam em silêncio e ela completa: – Duvido que pense assim. No fundo você gosta dele. Ele apenas sorri.
- É melhor se acostumar com o meu jeito, para não se surpreender depois.
- Pois saiba que nunca vou aceitar esse seu "jeito". Responde. Ela fica novamente calada por uns instantes. Ele apenas a observa. Ela então lembrasse das palavras de Toma a respeito do príncipe. Abre a boca para perguntar mas desiste. Vegeta vai embora.
Depois de entrar Bulma senta-se em uma poltrona e reflete sobre os últimos acontecimentos que vem vivendo. Como sua vida havia mudado desde aquele pedido de socorro na Terra. Não conseguia parar de se perguntar sobre o futuro do planeta Cristal ou de seu próprio futuro. Tinha pela frente um rei obcecado pelo poder. Se conseguisse se livrar dele ainda tinha o príncipe. O homem mais orgulhoso e arrogante que ela já viu. Totalmente imprevisível. Sua cabeça doía ao pensar no compromisso que faria com ele. "Como me livrar desse casamento?" Pensa desanimada. "Será que esta vai ser minha vida? Será este meu destino? Enquanto viver estarei presa a alguém que mal conheço?" Uma tristeza recai sobre ela. Seria uma longa noite.
Era manhã quando Mya entra no quarto. Ela surpresa se depara com Bulma sentada em uma poltrona.
- Já acordada? Pergunta.
- Eu não dormi. Responde ela e Mya nota-lhe as olheiras.
- O que houve? Estava preocupada, a princesa parecia ter chorado muito.
- Não aconteceu nada. Tenta mentir.
- É claro que aconteceu! Diz a outra. – E pela sua aparência, você chorou a noite toda.
Bulma suspira e olha Mya enquanto fala:
- Eu pensei no que vem acontecendo. No meu casamento.
Mya se compadece da amiga.
- Imagino como isso é difícil para você. Diz consolando.
Tentando mudar de assunto, a princesa pergunta:
- Como foi a sua noite?
- Foi maravilhosa. Não é a toa que eu cheguei só agora. Estou quebrada, não dormi nadinha. Diz maliciosa. – Toma tem muito fôlego. Revela. Isso faz Bulma dar um leve sorriso.
- Você é doida! Comenta.
- Sou apaixonada isso sim! E olhando no relógio ela fala: - Melhor a gente tomar um banho para melhorar nossas caras. Mais um pouco e a sra. Briefs vai entrar aqui e se ela nos olhar vai desconfiar. Bulma concorda com a cabeça e elas vão para o banho.
Minutos depois estão se arrumando. Quando estão quase prontas ouvem uma batida no quarto. Bulma abre a porta e para sua surpresa era Toma.
- Bom dia princesa. Cumprimenta o rapaz. Bulma abre mais a porta para que ele entre no quarto. Mya ainda se arrumando dá um sorriso para ele pelo espelho, ele retribui. Lembrando-se do que veio fazer ali ele diz: - Desculpe por vir a essa hora, mas o príncipe deseja sua presença na sala urgente.
Bulma fica surpresa com o recado:
- Sabe o que ele quer? Pergunta intrigada.
- Não me disse alteza, mas pede pressa. Está muito impaciente.
Bulma avisa que já vai. Antes que Toma saia Mya o puxa e lhe da um beijinho de bom dia. O rapaz insiste que tem de ir mais ela não para, ele fica constrangido com a presença da princesa. Bulma puxa Mya para que Toma possa ir. Elas riem.
Instantes depois Bulma se encontra com Vegeta que andava de um lado para o outro.
- Já estou aqui. Diz ela fazendo-o perceber sua presença.
- Ótimo! Meu pai deseja nos falar. Avisa saindo a expressão dele era fria.
Ela o segue e pergunta:
- O que ele quer uma hora dessas da manhã?
- Se falar com ele vai saber. Responde grosseiramente. Bulma o segue o restante do caminho em silêncio.
Chegando a sala de comunicação, a princesa vê a figura do rei Vegeta já na tela. Ele parecia zangado. Vegeta abre a comunicação:
- Estamos aqui. Avisa.
- Mande que a princesa se aproxime. Ordena ele. Ouvindo isso Bulma se põe ao lado do príncipe. Vendo-os juntos ele pergunta: - Já marcaram a data do casamento?
- Ainda não majestade. Fala Bulma.
- E por que não? Pergunta carrancudo.
- Preciso estabelecer uma data que seja conveniente. Explica. O rei Vegeta explode de raiva.
- Data apropriada? Berra ele. – E dirigindo-se para Vegeta ele pergunta: - O que você está fazendo aí que não estabeleceu uma data? O príncipe também explode de raiva:
- Eu dei o prazo: dois meses. Fala zangado. - A coroação tem seus ritos. Relembra. – Portanto, não me cobre nada. Estou cansado de obedecer feito um cordeiro. Estou farto de ficar à toa nesse planeta. Há dias não saio para nenhuma missão.
Muito a contra gosto o rei o ouve. Bulma fica assustada com o tratamento de pai e filho.
- Bem... diz o rei parecendo mais calmo. Estamos com uma missão no planeta Areia e precisamos de você. Fala ele. O rei avisa Bulma que mais naves com saiyajins, aterrissarão no planeta Cristal. Eles cuidarão para que todo o acordo seja colocado em prática. Pede que ela organize o casamento no prazo. E que na ante véspera ele chegará. Ela concorda com tudo. A transmissão é cortada.
Os príncipes voltam aos seus quartos. A princesa informa a mãe e o professor. Eles correm com os preparativos. O dia segue sem mais delongas. Ao final do dia quando tomam café da tarde, Vegeta e Bulma são informados que uma nave sayajin aterrissou no planeta.
- Toma, arrume seus pertences. Ordena o príncipe. – Você vai comigo. Avisa para desespero de Mya. O rapaz sai para providenciar tudo. O príncipe termina o café e vai para o quarto arrumar suas coisas. Uma hora depois ele está na plataforma pronto para embarcar. Para sua surpresa a princesa aparece para se despedir.
- Você não precisava estar aqui. Ele fala encarando-a.
- Queria me despedir. Revela. - Fiz mal? Pergunta baixando os olhos.
- Não. Claro que não. Responde suavemente erguendo o queixo dela. Ela se estica e o beija nos lábios. Ele fica surpreso, mas acaba lhe dando um beijo de verdade. Os sayiajins que viam a cena estavam surpresos.
- Tome cuidado. Pede ela.
- Não se preocupe. Estarei de volta assim que possível. Responde virando-se para partir. Mal havia saído e não via a hora de retornar para ela. "Só posso estar doente" pensa desanimado com tal sentimento. Eles seguem para o planeta Areia.
