Chegou o dia do show que marcaria o final do Grupo Three Lights, Serena sabia exatamente o que isso significava, o prenuncio de que brevemente, Seiya Kou não existiria mais nesse mundo, todos eles iriam embora. Não bastava ter se despedido de Darien naquele aeroporto, agora ela também teria que ver Seiya desaparecer. O que fazer com todos esses sentimentos? Darien voltaria? E se Darien voltasse, tudo ficaria normal novamente? Ela beijou Seiya sem nenhuma culpa, mesmo pedindo que ele entendesse que ela precisaria ter uma conversa com seu atual namorado, sumido, ela o beijou e gostou! Gostou tanto que sonhou com mais beijos e até mesmo com carícias ardentes, o que a deixou muito nervosa. Não era assim com Darien, o que estava acontecendo com ela agora? Quem era Serena Tsukino? O fato de Seiya ter que partir, deixava uma lacuna enorme, talvez ela nunca descobrisse e isso a atormentava de maneira feroz. Tão feroz, que ela estava prestes a esquecer tudo a sua volta e procurar Seiya antes que tudo fosse nada.

- "Alô!" - responde um Seiya um pouco sonolento, era começo do dia que prometia ser muito movimentado, o Show deles iniciaria naquela tarde, ele precisava se preparar.

- "Seiya! Sou eu, Serena!" (...) "Ehhh, acho que não deveria te ligar agora, você deve estar muito ocupado" - Fala envergonhada e baixinho.

- "Bombom!" - abre um sorriso – "Não diga isso" - em tom doce e pausado –"É maravilhoso escutar sua voz logo pela manhã." - termina em seu tom de flerte animado.

- "O que você diz!" - Serena muito corada.

- "Me diga querida, aconteceu alguma coisa?" Pergunta Seiya interessado.

- "Não ... não aconteceu nada, verdadeiramente" – pausa – "Eu só queria te ver" - Serena fala um pouco envergonhada por parecer sempre uma menininha tola.

Enquanto Serena falava, Seiya olhava um papel a sua frente, há um recado de Taiki, informando que eles saíram com a princesa e iriam direto para o local do Show, não retornariam ao apartamento, para que ele os encontrasse mais tarde. – "Eu também quero te ver" - Como se houvesse momentos que ele não quisesse – "Por que você não vem pra cá? Eles saíram, eu tenho algum tempo até que ir para o local do Show encontrá-los." - Falou despreocupadamente.

Serena escutou a proposta, mas a deixou um pouco nervosa. Seiya estava ali sozinho, será que era uma boa idéia? Ela ainda estava muito confusa. Lembrou do dia na casa de Mina. -Suspirou - Não é nenhum problema, ficamos sozinhos antes, tudo ficou bem. – "Sim, parece bom para mim, chegarei em uns 20min, tudo bem?" - Conclui Serena, tentando parecer firme e calma.

- "Claro Bombom, te aguardo!" - Seiya percebeu uma pequena hesitação, o que seria? Ela estava preocupada com algo? Será que aconteceu alguma coisa e ela não quis me contar por telefone? Enfim...era melhor esperar ela chegar.

- "Está bem, estou indo. Até já!" Havia palavras não ditas e que eram difíceis de serem pronunciadas. O que falar? Serena desejava tanto ser uma adolescente normal, vivendo uma paixão normal, mesmo cheia de dúvidas, mas repleta de emoções, mas, parece que nada era possível para ela, pois ela não era simplesmente Serena Tsukino, ela era Sailor Moon, a reencarnação da Princesa Serenity e a promessa da Neo-Queen Serenity. Isso tudo era uma droga terrível, vendo por esse prisma. Então ela desligou e engoliu suas possíveis palavras.

Serena não chegou em 20min, mas não demorou muito mais, Seiya aguardava ansiosamente, algo naquela ligação o deixou apreensivo. Seiya também era um protetor nato, e além de gostar muito da companhia de Serena, de contemplar sua Luz e seu Calor, ele também desejava a sua segurança. Após a campainha tocar, Seiya logo abriu a porta, com um sorriso e dando passagem para que Serena entrasse no apartamento. – "Ei Bombom, você chegou! Já tomou café da manhã?" - Falou animadamente.

- "Ahh, realmente não, tive que sair rápido pra não me atrasar ...mais." -Sabendo que já estava um pouco atrasada.

- "Haha!" - uma risadinha simpática de Seiya – "Não se preocupe, você não está nada atrasada. Vamos tomar café!" - Levando Serena, apoiando sua mão sobre as costas da garota, encaminhou-a até a mesa onde já tinha alimentos, talheres, xicaras, pratos, pães, muffins, panquecas, manteiga, geleias e calda de morango, além de café e suco.

- "Uau! Não precisava se preocupar Seiya." - Serena com olhar brilhante e agradecido para Seiya.

- "Nada é demais para uma princesa!" - O normal galanteador Seiya complementa.

Serena se senta no lugar indicado, Seiya se senta na cadeira ao lado e começam comer em silêncio, o que Serena agradece, ela precisava de algum tempo para acalmar seu coração, ela sabia que Seiya faria perguntas que ela mesma não sabe responder.

Terminado o café, Seiya e Serena arrumam o local, lavam as louças em silêncio, o que torna o momento agradável, não há nada mais agradável que passar um tempo em silêncio com alguém sem desconforto. Eles faziam tudo num ritmo sincrônico, parecia até mesmo que viviam há anos esse tipo de ocasião - Poderia ser mais perfeito? Serena permitiu-se sonhar, com uma vida assim, com alguém que a fazia sentir bem e tranquila. Serena fantasiou com uma vida normal, junto com Seiya. Sem filhos por nascer, sem reinos para governar, sem inimigos para derrotar. E foi então que ela parou, com um pano de prato nas mãos, olhando para Seiya que estava de costas, ela suspirou profundamente, sua fantasia era tão agradável, ela desejou que tudo fosse real.

Por sua vez, Seiya tinha um tipo de pensamento parecido. Era tão bom estar ali, sem mesmo dizer nada, só aproveitando todo aquele calor que só Serena conseguia proporcionar, um calor que começou a apreciar com a convivência com aquela garota, e tornou tudo um pouco complicado, pois isso também o fez ser rebelde, não escutar seus irmãos, não priorizar sua missão, e enfrentar todas as advertências dos tutores de Serena, que mais de uma vez, deixou claro que não queriam que ele se aproximasse de sua princesa. - Seiya também suspirou, desejando que esse momento perdurasse.

Voltando as suas realidades, foi Seiya que quebrou o silêncio. – "Bombom, fiquei feliz que você veio, adorei tomar café aqui com você" – pausa –"Desculpe-me perguntar, mas parecia que havia algo quando ligou...aconteceu alguma coisa?"

Serena sorria e apagou o sorriso logo após a última questão levantada por Seiya, chegou o momento das perguntas. – "Eu também fiquei feliz Seiya e já te disse, não aconteceu nada. Eu queria te ver" - Protelou em dizer, mas acabou tirando de dentro de si – "É só algo dentro de mim, não sei como explicar, posso ficar aqui um pouco com você?" - Quase como uma súplica.

- "Claro!" - Seiya olhava atentamente para Serena, não quis pressionar, mas sabia que havia alguma coisa, ele leu isso em seus olhos e no tom se sua voz – "Venha, vamos para a sala." – Levou-a até o sofá da sala, que era muito confortável, onde Serena se aconchegou e Seiya ficou ao seu lado, segurando-a pelo ombro, deixando seus corpos colados lateralmente e permitindo que Serena se apoiasse nele. Após alguns instantes Seiya disse baixinho, mas com uma voz acolhedora, doce e suave: - "Você sabe que pode me dizer qualquer coisa, certo?"

Serena abraçou Seiya, ficando ainda mais próxima do garoto, procurando sua proteção e calor. – "Eu sei Seiya, mas não sei o que dizer. Só sinto isso dentro de mim e queria ficar um pouco aqui com você. Eu não estou escondendo nada, juro. Você acredita em mim?" - Serena levanta a cabeça para cruzar seus olhos com o de Seiya.

Seiya abraçou Serena com os dois braços, envolvendo-a, protegendo-a. – "Acredito! Acho que eu entendo um pouco, está acontecendo comigo. Talvez não tenha ligado, e pode parecer indiferente, mas não queria te causar problemas., você me contou tantas coisas e me fez um pedido, não queria cruzar essa linha e te deixar numa posição ruim, eu me importo muito contigo, você é muito importante pra mim, não quero que você se sinta pressionada a nada."

Era possível não se apaixonar por Seiya? Serena, realmente, não conseguia pensar em como não. Ele era quase uma imagem da perfeição. Os sonhos de amor de Serena, no final das contas, poderiam ter encontrado abrigo naqueles contos de fadas, mas a convivência com Darien não era nada, perto desse afeto quente que Seiya proporcionava. - Ela era muito egoísta em desejar que tivesse ambos, na mesma pessoa? E se ela tivesse que ser bem verdadeira consigo mesma, cada vez mais, a mesma pessoa era Seiya e não Darien. Doía seu coração, como ela podia ter esquecido toda sua história com Darien, apenas com meses vivendo perto de Seiya? E no fim, estava ela ali, Darien sumiu, Seiya estava lá para ela. O mundo podia acabar com esse novo inimigo e Serena mandou tudo às favas. Ela aproximou seu rosto até chegar a milímetros de distância do de Seiya, fechou os olhos, abriu levemente os lábios, deixando seu convite para que Seiya fizesse sua parte.

Seiya olhou para Serena, hesitou por alguns segundos, usando todas as forças que eram possíveis, queria ter certeza que essa era a vontade de seu Bombom. – "Você tem certeza?" -Com uma voz rouca, quase falhando.

- "Ahan!" - Serena fez apenas um murmurinho e balançou a cabeça positivamente, abrindo os olhos para capturar o brilho dos olhos de Seiya e o fechou novamente.

Seiya não hesitou mais, acabou com a distância entre ambos e capturou os lábios de Serena em um beijo terno, doce, desejado. Ficaram ali, até que os pulmões exigiram oxigênio, mal se distanciaram, capturando o novo ar, apertaram seu abraço e voltaram a unir seus lábios em um beijo que foi mais intenso. Serena levantou seus braços para enlaçar o pescoço de Seiya e enredar seus dedos nos cabelos negros, comprido e sedosos, numa carícia que agradou profundamente o garoto que por sua vez, acariciou as costas de Serena, mantendo seus corpos unidos, subindo e descendo e parando uma das mãos levemente acima do início das nádegas de Serena, que produziu uma onda elétrica pelo corpo da menina. Mais uma vez, separaram-se para capturar mais ar, deixando o beijo com um som característico.

Abriram os olhos, percebendo o rubor em ambos. Não se separaram, ficaram ali, por alguns instantes, olhando um para o outro. Não queriam falar nada, palavras estragariam o momento. O coração de ambos saltava do peito.

O incomodo da falta de palavras, mais uma vez foi preenchido por um novo beijo, quase ardente, que desejava expressar um desejo proibido, um desejo novo, que mal entendiam, acompanhou carícias de Seiya nos braços e nas costas de Serena, que atingiram sua cintura e seus ombros, subiu pelo seu pescoço, atingiu sua orelha, circundou com a ponta dos dedos, causando um tremor no corpo de Serena, que ela nem sabia interpretar, mas era bom, era muito bom. Serena também acariciou a nuca de Seiya e desceu uma das mãos pelas costas de Seiya e pressionou ainda mais seus corpos, o que Seiya também adorou, causando uma eletricidade em seu corpo, despertando partes de si. Se era um sonho, eles não queriam acordar.

Como tudo que é bom, precisa acabar, aquele momento foi terminando. Eles foram se separando, Serena retomando a sua realidade e Seiya também, uma timidez tomando conta de Serena, que não se reconhecia. Os beijos de Darien eram doces, calmos. Os Beijos de Seiya eram fogo ardente. Ela sentia seu corpo como nunca o sentiu antes. - O que era isso? Optou por abaixar a cabeça, não sabia como olhar pra Seiya agora, compartilharam algo muito intenso e ela não sabia como sustentar isso. Seiya entendendo, um pouco, abraçou Serena novamente, mas de forma terna. –"Shhhh, Bombom, não há nada errado." - Tentando relaxar a garota.

Serena foi se acalmando com as palavras ternas e tranquilizantes de Seiya e se aconchegou no peito dele - Suspirou – "Seiya o que estamos fazendo? Eu quero muito, muito mesmo e ao mesmo tempo não quero. Estou com tanto medo." - Derramou lágrimas com as últimas palavras.

- "Eu sei Bombom!" - falou em seu ouvido – "Acontece comigo, estou enlouquecendo, mas não consigo, não consigo parar, e nesse momento, não posso negar a imensa felicidade que me preenche e sinto culpa, sinto que estou traindo minha princesa." - Confessou Seiya.

- "Você e sua princesa?" - Arregalou os olhos, deixando o abraço e olhando pra Seiya.

- "Não, não entenda mal, não é assim! Mas fizemos votos para com ela, para com nosso planeta e bem, não consigo mais mentir, minhas prioridades estão mudando, minha mente me diz para me separar de você nesse exato momento e correr para ficar com eles e meu coração quer passar o resto da minha vida ao seu lado." - Abaixou a cabeça e colocou as mãos no rosto.

Serena suspirou aliviada e foi quando sentiu, ela acabou de ter uma pontada de ciúmes. – Senti ciúmes de Seiya com uma possível ligação dele e sua princesa. Será que era possível voltar desse ponto? Serena acabou de se dar conta que talvez não fosse mais possível. E então ela fez o que seu coração pediu, ela tirou as mãos do rosto de Seiya, levantou sua cabeça, olhou profundamente nos olhos do garoto: - "Meu coração é igual." - Sem pensar, sem pedir licença, colou seus lábios com os de Seiya, de maneira voraz, Serena descobria que dentro de si, morava uma mulher, não apenas uma menina. Uma mulher que desejava estar com sua estrela.

Seiya colocou sua mente de lado e cumpriu o desejo de seu coração, entregando-se aqueles lábios que o enlouqueciam. Era tudo novo, os impulsos daquele corpo também eram novos pra Seiya, ele só queria sentir, descobrir, se deixou levar. Suas mãos ganhavam vida própria e encontraram o calor da pele nua das costas de Serena, através do vão entre a blusa e a saia que ela usava. Percebendo que Serena não evitou, não tentou fugir daquele toque, ele continuou subindo e descendo, conhecendo o calor que produzia.

Serena gostou do toque de Seiya e queria sentir mais dele, então buscou sua pele também, indo até a bainha de sua blusa, subiu suas mãos por dentro dela e encontrou a pele da lateral do dorso de Seiya, acariciou, gostando do calor que isso produziu em sua mão.

Os beijos estavam ardentes, ambos respiravam com dificuldade, ofegantes. Tomando o oxigênio necessário para retornar a dança de seus lábios e línguas que exploravam a boca um do outro. Suas mãos navegavam por aquele terreno novo, delicioso ao toque. Era energizante. Em segundos todas as dúvidas e sensações pesadas que vivenciaram, com seus conflitos internos, suas missões, suas obrigações, suas lealdades, foram diluídas por carícias que migravam de doces, ternas para vorazes e necessitadas. Nenhum dos dois percebeu quando ficaram sem suas blusas.

Seiya com seu peito nu e Serena coberta pela delicada malha de seu sutiã rosa com bolinhas brancas, delicado e ingênuo. Seiya não pode deixar de olhar e achar adorável. Como aquela garota conseguia ser tão ingênua, pura e sensual ao mesmo tempo? Na sua vida de ídolo, percebeu a sensualidade mostrada por modelos, que acabaram conhecendo em sua carreira. Algumas muito ousadas, mas que nada representaram para nenhum deles, bonitas e sexy, sim, elas eram! Mas não tinham o calor de Serena, a luz que a envolvia e essa coisa única dela. Que reuniu dois mundos, o de uma menina e de uma mulher. Serena era também uma mulher desejável e até aquele momento, Seiya não tinha percebido isso. Suas emoções para a Princesa da Lua, eram quase angelicais, de uma nobreza, mas agora, eram também direcionadas aos instintos mais básicos e ele não se intimidou. Desceu seus beijos pelo pescoço, clavícula e encontrou o vale dos seios de Serena, que estavam cobertos pela peça pequena, que deixava a mostra uma pequena parte do volume de seus atributos. E Seiya beijou, contornando a linha da pequena roupa que a cobria.

Serena ficou nervosa, era tudo novo, era bom, irresistivelmente bom, mas ela não sabia o que fazer. Parava Seiya ou permitia? Ainda tinha o delicioso sentir de suas próprias mãos na pele de Seiya que encontrou seu abdômen, seu peitoral e seus ombros largos. Ela também estava se deliciando. Quem era ela? Mais uma vez, não reconhecia a si mesmo, ou pior, reconhecia. Reconhecia dos seus sonhos. Uau! Ela gostava disso!

Mas Seiya percebeu um conflito em sua garota, e ele queria tudo, menos deixá-la desconfortável. Então ele delicadamente, deixou beijinhos mais doces e foi parando, acomodou-se no pescoço de Serena, respirou algumas vezes, tentando voltar a seu ritmo normal. – "Eu não quero te deixar desconfortável, perdoe-me, acho que me descontrolei." - Em um sussurro Seiya falou ao pé do ouvido de Serena.

Sua fala a deixou ainda mais excitada, mas foi parando seus movimentos e foi retomando o ritmo de sua respiração. – "Você não fez nada Seiya ruim. É" - hesitou envergonhada – "Eu não sei o que fazer, isso é novo pra mim." -falou tão baixinho, que talvez fosse para que ele não a escutasse mesmo, era seu medo de sempre, ser no final apenas uma criança.

Seiya sorriu, ela era adorável, nunca conheceu ninguém assim em toda sua vida. - Como algo assim podia fazer ele ficar ainda mais apaixonado por essa menina? Ela preenchia, com seu jeito de ser, toda sua alma, então ele a abraçou. – "Serena, minha doce Bombom, eu não sei como você faz isso." - Deixou uma frase, que poderia ter qualquer sentido, tinha medo de dizer que a amava, que sim, ele já amava com uma intensidade que era impossível de esconder, mas era melhor evitar as palavras, ele tinha medo, um medo terrível de assustar a Princesa da Lua.

Serena permitiu-se ficar naquele abraço, ela sentiu suas palavras, ela também sentia por dentro. Seiya estava nela, e isso traria consequências, mas não se importou. Já estava feito! Não tinha mais como voltar atrás, e por um segundo, ela permitiu não se sentir culpada, não era como se ela tivesse planejado tudo, apenas aconteceu. Darien foi embora, por sua escolha, Seiya chegou devido a ação do inimigo, ele não veio atrás dela, ele só queria encontrar sua princesa, reconstruir seu planeta, eles colidiram, sem nenhum aviso prévio. Aconteceu! Ela não ia tentar se explicar para si mesma. Só gostou do momento.

Seiya sentiu Serena relaxar, isso trouxe muita paz para si mesmo. Tudo que ele não desejava era deixá-la desconfortável com sua presença. E chegou a mesma conclusão de que Serena, não era sua culpa. Ele não planejou nada. Eles apenas colidiram.

Ele se separou devagar, sorriu para sua Bombom e começou a procurar a roupa que tinha desaparecido de seus corpos. Encontrando a blusa de sua garota, pegou e vestiu Serena, delicadamente, aproveitando para deslizar as pontas dos dedos sobre sua pele, deixando um tremor no corpo de Serena que observava, sem falar nada, só olhando para os olhos de Seiya.

Serena pegou a blusa de Seiya e imitou a ação dele, vestindo-o, deixando também uma carícia leve em seu corpo, produzida pelas pontas de seus dedos. – "Não me arrependo de nada Seiya." - falou com firmeza.

- "Nem eu Bombom!" - Beijou a testa da garota – "Há um show a ser feito, eu queria ficar aqui, você sabe?" - uma pausa – "mas preciso ir." -desapontado com suas obrigações.

Ela retribuiu o sorriso, pegou as mãos de Seiya e trouxe aos lábios beijando os nós de seus dedos. – "Eu sei! E está tudo bem, obrigada por ter me recebido." - Levantou-se e começou a se direcionar para a porta.

Seiya acompanhou Serena, em silêncio, na porta, mais uma vez muitas palavras rondavam ambos, mas não era prudente dizer qualquer coisa. Seiya deu um beijo leve e doce nos lábios de Serena, que fechou os olhos rapidamente, sorriu para o garoto e começou a andar para os elevadores.

Seiya observou a menina entrar em um dos elevadores e sumir de sua visão. Ele suspirou, colocou a mão no peito e fechou a porta, era hora de colocar a mente no lugar e se preparar para encontrar seus irmãos. Um último pensamento - Como vou viver sem ela? Seu coração se apertou e ele apenas continuou a fazer o que precisava fazer.

continua...

Próximo Capítulo: A Batalha