Capítulo 25 – De volta à manjedoura
Os dias passaram voando e Cuddy completou 22 semanas de gestação. House esteve muito animado pois agora os bebês já reconheciam sons externos, então ele passou a tocar música para seus filhos. Quando não era ao piano, ele colocava seu ipod para os filhos ouvirem. Cuddy achava muito fofo e ficava encantada com a interação do pai e seus filhos.
Rachel também falava com seus irmãos orientada pelos pais, ela dava conselhos, contava histórias. Um dia Cuddy estava lendo um livro para ela e a menina pediu para a mãe falar mais alto para que seus irmãos pudessem ouvir.
As pernas de Cuddy deram um leve indício de inchaço, então ela começou a fazer exercícios próprios para a drenagem e House passou a massageá-la com cremes que evitavam a retenção de líquido. Além disso ela passou a beber tanta água que mal saia do banheiro.
"Mamãe, Tommy e Bella estão dormindo?", Rachel perguntou.
"Parece que sim, bebê". Cuddy respondeu.
Nisso House entrou na sala falando alto e os bebês começaram a se agitar, eles já conheciam a voz de seu pai.
"O seu pai acabou de acordar seus irmãos", Cuddy falou sorrindo.
"Eles me amam!", House respondeu enquanto se sentava no meio de mãe e filha no sofá.
"Deixa eu ver", a menina pediu e colocou a mão sobre a barriga de Cuddy sentindo a movimentação de seus irmãos.
"Eles são muito fortes", a menina disse impressionada fazendo Cuddy rir.
"Eles puxaram o velho deles. Serão lindos, fortes e talentosos". House respondeu enquanto mudava de canal na televisão.
Cuddy riu e beijou a cabeça de sua filha e o lábio de seu marido, essa era a sua família.
Wilson começou as sessões de laser para a remoção da tatuagem, mas a área estava sensível e ele precisava sentar-se em cima de acentos almofadados. House divertia-se muito com esse fato. Wilson e Kelly se viram mais duas vezes, nessas ocasiões Wilson foi até Nova Iorque para encontrá-la. Jantaram juntos e foram ao teatro, mas nada aconteceu além disso. Um tópico interessante durante um dos jantares:
"Stacy como está?", Wilson abordou o assunto.
"Inconformada com o destino feliz de Greg... House", Kelly respondeu.
"Ela queria que ele estivesse infeliz? Ela pensou que ele a esperaria para sempre?" Wilson falou indignado.
"Ela... acho que ela não imaginava isso e está sendo um choque para ela. Lisa também, ela não aceita bem o fato dos dois estarem juntos".
"Mas Cuddy e House se conhecem há muito mais tempo do que ela conhece House".
"Sim, mas acho que ela não viu isso chegando...".
"Claro que não. Ela foi embora". Wilson estava irritado.
"Vamos deixar isso de lado porque você está se irritando e nem é assunto nosso", ela falou.
"Desculpe por isso mas, é meu amigo...".
"Entendo".
Chase não teve oportunidades de encontrar Ann e achou que tudo estava por isso mesmo. Treze aceitou voltar ao time a partir do próximo ano. Masters iria para Costa Rica durante as festas de Natal.
Cuddy não contratou nem Dr. Santos e tão pouco Dra. Pattinson. Ela ficou com a Dra. Clemens para substituí-la. Ela era mais velha que os dois primeiros e muito experiente. House ficou satisfeito por ver Dr. Santos longe de sua esposa.
Stacy não incomodou mais House.
Cuddy pensou sobre a proposta de seu marido sobre a consultoria em diagnósticos e conseguiu aprovação do conselho para um acordo com hospitais interessados, logo surgiram quatro hospitais com propostas e estavam em negociação.
Cuddy confessou a House que também estava pensando em não voltar totalmente para o hospital após o nascimento dos gêmeos, ela gostaria de coordenar a distância, dar autonomia para Dra. Pattinson caso ela se saísse bem durante sua ausência. Claro que isso dependeria de aprovação do conselho.
Era antevéspera de Natal e o casal tinha um voo para pegar até a casa de Blythe em Wisconsin. Como Cuddy programou tudo eles tiveram uma viagem tranquila. No avião Rachel dormiu a maior parte do tempo e o casal pode conversar.
"Você já teve alguma experiência lésbica?", House perguntou.
"De onde isso vem?", Cuddy falou surpresa.
"Agora que somos casados posso perguntar o que quiser, regras suas", ele respondeu afiado.
"Não".
"Não, não teve experiência lésbica ou não, não vai responder?", House perguntou confuso.
"Não, não tive experiência homossexual".
"Nunca? Nem na faculdade? Nenhum beijo?", House questionou desconfiado.
"Eu...", Cuddy começou
"Sabia!", ele falou. "Detalhes".
"House, fala baixo. Eu estava bêbada em uma festa na faculdade depois que você partiu e me deixou, e... dizem, porque não me lembro bem, que eu beijei uma colega". Cuddy falou corando.
"Uh... isso é quente. Tentar me substituir com uma mulher é sempre quente". House falou malicioso.
"Cale a boca e não se anime aqui no avião", ela falou rindo.
"Vamos! Conte-me mais detalhes". House implorou.
"Não lembro bem. Foi só um beijo e nem foi um beijo muito profundo. Não senti nada demais", ela falou.
"Claro, você estava apaixonada por mim. Podemos tentar novamente", House sugeriu divertido.
"Eu ainda estou apaixonada por você", ela falou dando um beijo leve na bochecha dele.
"Isso foi romântico, mas foge do ponto. Podemos tentar outra vez?".
"House, sinto decepcioná-lo, mas eu gosto de homens". Ela falou sorrindo.
"Homens vírgula, você gosta DO HOMEM", House falou apontando para si mesmo fazendo Cuddy rir.
"E você?", ela perguntou.
"Sim". House respondeu.
Cuddy arregalou os olhos. "Você já teve experiências homossexuais?".
"Não. Disse que sim, já tive experiência com mulheres".
Cuddy deu um tapa no braço dele. "Fala sério. Você já teve experiência com outros homens? Não sei se quero saber isso, mas... responda!".
"Por que você pergunta se não quer saber? E não... Nunca molhei o biscoito em outro biscoito".
"Nunca... nenhum beijo? Nem na faculdade?", ela perguntou.
"Essa fala é minha. E não, nunca, nem bêbado, nem drogado, nem com Wilson".
"Machista!", ela falou rindo.
"Eu gosto demais de mulher!", ele falou para ela olhar feio.
"De uma mulher: você!". House concluiu e Cuddy riu balançando a cabeça.
"E onde está sua única experiência lésbica atualmente? Talvez pudéssemos convidá-la para jantar algum dia?", House perguntou.
"Nos seus sonhos", Cuddy falou rindo.
"Pode ter certeza!".
Quando o voo aterrissou eles pegaram um táxi para a casa de Blythe. Chegando Cuddy ficou impressionada, a casa era enorme para uma mulher viver sozinha. O bairro era muito tranquilo e arborizado, ideal para as crianças brincarem livres e em segurança.
"Que bom vê-los!", Blythe correu feliz para eles.
"Como está grande essa barriga, como você está linda". Ela falou para Cuddy. "Você também princesa, está muito bonita, uma mocinha", dessa vez ela falou para Rachel enquanto a abraçava.
"Obrigada vovó".
O coração de Blythe parava quando ouvia essa palavra, ela pensou que nunca seria chamada assim.
"E eu? Estou lindo também?", House perguntou brincalhão e um pouco enciumado.
"Você é lindo desde que te vi pela primeira vez". Ela falou dando um grande abraço em seu filho.
Rachel ficou encantada com a grande árvore natalina na sala de estar de sua avó. Blythe hospedou House e Cuddy em um quarto amplo próximo ao dela e Rachel ficaria em um quarto menor poucos metros à frente. Ela fez questão de decorar o quarto da menina com temas infantis. "Mandei decorar para você querida", Blythe falou gentil.
Depois Blythe apresentou a casa, então eles foram jantar. "Minha mãe é ótima cozinheira". House informou. De fato, a comida era deliciosa e farta. Haviam vários quitutes alemães que Cuddy nunca tinha provado. Blythe sabia que sua nora era vegetariana então fez um cardápio apropriado.
Depois do delicioso jantar, Blythe mostrou o álbum de fotos de House. "Não mãe", ele contestou.
"Ah sim, quero ver", Cuddy falou animada.
"Eu também quero ver papai bebê", Rachel disse.
"Ele era lindo!", sua mãe falou.
"Eu SOU lindo!", House corrigiu e sua mulher o puxou para um beijo breve.
O bebê Gregory House tinha cabelos loiros e grandes olhos azuis. Cuddy ficou encantada imaginando que traços seus filhos herdariam do pai.
"Olha essa foto do papai pelado, olha a torneirinha dele", Rachel falou rindo e tampando os olhos.
Cuddy e Blythe riram muito e House comentou: "Se antes era uma torneirinha, agora é uma mangueira de incêndio".
"House!", Cuddy chamou a atenção dele.
"Você deveria ficar orgulhosa, pois é tudo seu". Ele falou e Cuddy corou na frente de sua sogra e abaixou a cabeça.
"Não liga Lisa, meu filho fala bobagens quando está envergonhado. Quando era pequeno ele se escondia, depois da adolescência começou a agir assim. Lembro uma vez quando ele era pequeno e se apaixonou pela professora. Me fez comprar chocolates e uma rosa para ela, quando a entregou alguns coleguinhas de classe viram e começaram a tirar sarro de Greg, ele se escondeu no banheiro e ficou o dia todo. Eu fui buscá-lo no final do dia e ninguém sabia onde ele estava. Todos os funcionários foram procurar, ele estava dormindo dentro de uma cabine do banheiro masculino".
House colocou a mão no rosto e Cuddy o abraçou. "Tão fofo, quantos anos ele tinha?", sua esposa perguntou.
"Sete anos, e tão sensível e apaixonado". Blythe respondeu.
"Tudo bem mãe, é só o primeiro dia, não me faça querer voltar para casa".
"Claro que não querido, desculpe se o envergonhei, sempre achei essa história tão linda", ela falou passando a mão no braço de seu filho que estava sendo abraçado por Cuddy. Ambos sentados no sofá.
À noite Cuddy deixou Rachel no quarto dela e foi para seu quarto com House.
"Você era tão fofo, ver suas fotos, ouvir histórias suas me deixou tão excitada". Cuddy falou maliciosa.
"Você é o que? Pedófila?", House perguntou confuso.
"Não seu bobo. Eu gosto de ouvir falar sobre o jovem Greg House e o homem másculo, inteligente e gostoso que ele se tornou", ela falou sedutora.
"Mas minha mãe está no quarto ao lado", House ponderou.
"E você não gostaria de sentir-se o adolescente Greg com a namorada proibida escondido de seus pais?", ela insinuou começando a tocá-lo.
"Se eu tivesse uma namorada gostosa assim quando era adolescente, teria me poupado muito calo na mão", House falou começando a beijá-la.
"Uh, me excitou pensar no adolescente Greg se masturbando no quarto com seus pais ao lado", ela falou retribuindo os beijos dele.
"Quem acha que você é uma mulher honrada e séria não sabe de nada", House falou agora apertando os seios dela.
"Vamos assistir a nossa sex tape?", Cuddy propôs para a surpresa de House.
"Sério?"
"Você não quer?", ela provocou.
"Claro que sim, não é isso. É que... Você me surpreende as vezes".
"Isso não é bom?".
"Ótimo", House falou deitando Cuddy na cama e subindo em cima dela.
Cuddy se desvencilhou e pegou o laptop na mala e colocou sobre a cama junto deles. Deu play no vídeo e começaram a assistir. A medida que o vídeo avançava as roupas deles saiam.
"Isso é melhor do que qualquer pornô". House disse apalpando a bunda de Cuddy e muito duro.
"Claro, somos lindos e gostosos", Cuddy respondeu esfregando a bunda no pênis duro de House.
"Devíamos dar aulas. Olha como meu pau é grande e sua bunda é gostosa", House sussurrava no ouvido de Cuddy.
Logo eles esqueceram o laptop e começaram a coisa real. Cuddy chupava o pênis de House como uma louca e ele gemia sem lembrar que sua mãe estava no quarto ao lado. Depois foi a vez de House fazê-la gritar de prazer dedilhando seu clitóris e lambendo sua vagina. Então House subiu sobre ela e a penetrou. Os gemidos aumentavam assim como a vibração da cama contra a parede do quarto de Blythe.
"Oh meu Deus, Greg adolescente, como você é grande", Cuddy entrou na personagem.
"Lisa madura sente só o Greg adolescente bem fundo em você". Ele falou aumentando ainda mais o ritmo.
Após gemidos altos, o orgasmo chegou pra eles em uma nuvem densa de prazer que os deixou prostrados por minutos.
"Oh meu Deus, sua mãe!", Cuddy lembrou-se de onde estava.
"Agora é tarde". Ele não conseguia falar muito.
"Que vergonha", Cuddy falou puxando a coberta.
"Somos casados, isso está de acordo com a lei divina. Relaxe!", House falou abraçando Cuddy e a puxando para mais perto.
No dia seguinte o casal tomou um banho cedo e desceu para o café da manhã. Rachel ainda dormia. Cuddy estava envergonhada mas precisava enfrentar as consequências de sua loucura sexual.
"Bom dia filho, bom dia Lisa!", Blythe falou colocando as últimas coisas na mesa farta da cozinha.
"Nossa que mesa linda, quanta comida", Cuddy falou.
"Aproveite, esse biscoito aqui que mamãe faz é maravilhoso", House falou colocando dois na boca de uma vez.
"Tenha modos Greg", sua mãe falou como se ele fosse uma criança.
Cuddy riu imaginando Greg criança com sua mãe.
Comeram, conversaram, riram, ao final Blythe informou que alguns parentes e amigos viriam para o jantar de véspera de Natal e que alguns ficariam hospedados até o dia seguinte para o almoço natalino. Depois ela saiu para adiantar algumas outras coisas.
"Comam bem, vocês precisam de muita comida para compensar toda a energia que gastaram ontem a noite", ela falou sorrindo e se retirando.
Cuddy corou e olhou para House que riu divertido.
House levou Cuddy e Rachel para passear em um rio próximo da residência de sua mãe.
"Papai, nesse rio tem peixe?".
"Tem sim filha", House falou e Cuddy olhou para ele sorrindo. Era a primeira vez que Cuddy ouvia House chamar Rachel diretamente de filha.
"Podemos pegar um?", a menina perguntou.
"Sim, mas temos que ter vara de pescar com anzol e uma isca".
"O que é uma isca?".
"É uma minhoca, bichinho ou qualquer coisa que o peixe olhe e ache que é comida, quando ele vai morder o anzol pega ele".
"Que dó do peixinho, não quero machucar o peixinho", Rachel falou e Cuddy beijou a filha.
"Ah não. Outra vegetariana". House resmungou fazendo Cuddy rir alto.
House, Cuddy e Rachel passearam de mãos dadas ao redor do rio, sorriram, conversaram, brincaram e voltaram para casa próximo do horário do almoço. Foram tomar um banho e se aprontarem para deliciarem-se com os quitutes de Blythe. A tarde todos passaram conversando e rindo, beberam um vinho, exceto Cuddy e se aprontaram para receber a família House. Ele odiava esses eventos, mas com Cuddy e Rachel perto, ele não se importava tanto.
Pouco depois chegaram: Saymon, irmão de Blythe e a esposa Madelyn. O primo de House, Aaron e a esposa Jennifer com seu filho Kevin e a namorada Hilary. Além de amigos de Blythe. House não via essas pessoas há séculos.
Cuddy notou que nenhum deles se parecia com House, seu marido deve ter puxado a família de seu pai biológico, ela pensou.
"Ei Gregory você parece bem. Você é mais alto do que eu me lembrava", Saymon falou cumprimentando o sobrinho enquanto era apresentado para Cuddy. "Parabéns Greg, você tem uma linda esposa".
"Obrigada", Cuddy falou sorrindo.
"Oh meu Deus, Blythe me falou que você terá gêmeos, meus parabéns. Que benção!", Madelyn muito educada disse.
"Ei vovó, vamos comer ou o que? Vim aqui esperando comida", Kevin falou para receber uma cotovelada de sua namorada. "Ai, essa manhã você estava toda carinhosa e agora isso?", Kevin continuou para envergonhar sua namorada.
Definitivamente algumas características de House vieram dessa família, Cuddy pensou sorrindo.
"Ei cara. Como está?", Kevin cumprimentou House. "Você não tinha uma perna ruim?". Kevin era nada discreto.
"Raika, seja bem vinda querida!", Blythe falou feliz.
Raika? Cuddy nunca se esqueceria desse nome, jamais! A prima de House que foi sua primeira mulher. A primeira vez de House foi com ela aos 16 anos. Cuddy virou a cabeça rapidamente para ver uma mulher da idade de House, uma morena muito bonita com grandes olhos verdes. Em seguida olhou para House.
"O que foi? Porque você está com essa cara de quem engoliu um boi?", House perguntou.
"Raika", ela respondeu.
"O que?", ele não havia entendido então Cuddy apontou e o semblante de House mudou de confuso para mais confuso.
"Gregory?", Raika falou se aproximando dele e com um forte sotaque alemão.
"Raika", ele respondeu.
"Quanto tempo, você está... bem. Muito bem!". Ela falou e ele evitou responder a altura considerando sua esposa a tiracolo.
"Essa é minha esposa, Lisa Cuddy-House", ele apresentou.
"Muito prazer", Raika começou. "Vejo que em breve a família aumentará".
"O prazer é meu. Sim, gêmeos", Cuddy respondeu fuzilando Raika com os olhos.
"Meus parabéns!" Ela abraçou House e ficou perto demais para o gosto de Cuddy. Depois cumprimentou Cuddy de forma mais comedida.
"Soube que você é um médico mundialmente famoso, acompanhei algumas das matérias sobre você e artigos que você escreveu", ela disse mais educada do que Cuddy acharia normal.
"Sim, nós somos médicos. Ela é reitora de medicina", House disse apontando para Cuddy.
"Uau, duas mentes brilhantes juntas", Raika falou gentil, mas aos olhos de Cuddy ela foi sarcástica.
"Eu me divorciei já faz alguns anos, tenho um filho de 18 anos que está na faculdade de direito", ela falou antes que alguém perguntasse.
"Vamos lá pegar a garrafa?", Cuddy falou para House o puxando para longe. O fato é que não havia nenhuma garrafa para ser pega.
Ela o arrastou até a sala de estar.
"Eu não quero você perto dela", Cuddy começou.
"Mas foi ela quem chegou perto de mim".
"Pare de se fazer de sonso, como você se sentiria se Jordan chegasse perto de mim e me olhasse e abraçasse como ela fez com você?", Cuddy falou irritada.
"Então o nome do atleta bombado é Jordan?".
Cuddy não respondeu e continuou olhando séria para ele.
"Cuddy ninguém sabe que fizemos sexo, ninguém sabe que tivemos qualquer coisa. Se soubessem seriamos punidos, fizemos tudo escondido e assim continuará. Isso foi há muito tempo, ela teve uma vida depois disso, eu segui a minha vida, tudo aquilo foi bom na época, mas ficou pra trás. E se você não reparou, você é muito mais gostosa que ela".
"Eu não quero vocês dois perto", ela avisou novamente.
"Ok", ele não tinha outra opção senão concordar.
Voltaram para a festa e Cuddy tentou parecer relaxada. Rachel estava brincando muito feliz e elétrica com a filha de uma vizinha de Blythe.
Jantaram e Cuddy notou Raika olhando para House com insistência. Ela fez questão de pegar a mão do marido, acariciar seu braço e sua barba, dar pequenos beijos nele de tempos em tempo, para mostrar que o homem estava muito bem acompanhado.
Após o jantar Blythe insistiu para House tocar piano e assim ele fez, tocou blues, jazz e alguns dançaram animadamente. Cuddy dançou com Rachel, Blythe com seu irmão, Kevin com a namorada. Mas Raika ficou encarando House e Cuddy percebeu tudo.
"Lembro-me de quando você tocava assim", Raika disse se aproximando de House.
"Eu tenho que ir ao banheiro", House saiu em disparada antes que Cuddy o visse conversando com ela. Depois de voltar, ele não saiu de perto de Cuddy evitando a aproximação de Raika.
Ao término do jantar apenas poucos ficaram hospedados na casa, os demais voltaram para suas origens. House estava exausto e foi se deitar enquanto Cuddy ficou com Blythe a auxiliando na limpeza da cozinha.
"Fique tranquila Lisa o que eles tiveram foi algo adolescente, mesmo que possa ter ficado alguma lembrança feliz em Raika, sei que House hoje em dia só tem olhos para você", Blythe começou.
"Você sabe?", Cuddy perguntou surpresa.
"E você acha que um adolescente consegue esconder da mãe que está apaixonado e tendo alguma diversão com a prima?", Blythe falou rindo.
"Ele pensa que você nunca soube".
"Ele pensa que eu não sei muita coisa", Blythe falou. "Ele não queria sair de perto da prima, eu via a maneira que eles se olhavam e a quantidade de preservativos que apareceu nas coisas de meu filho de uma hora pra outra".
Cuddy estava chocada com a perspicácia de sua sogra.
"E também percebo como vocês se olham, como vocês se tocam, como meu filho mudou depois que vocês ficaram juntos. Você não tem nada a temer. Meu filho sempre foi muito correto". Blythe falou.
"Eu sei, é que... atualmente tenho tido desafios. De repente parece que meu marido se tornou o homem mais interessante do mundo", Cuddy falou envergonhada.
"Isso acontece com um homem quando se casa, os olhos alheios se arregalam".
"Stacy apareceu também", Cuddy confessou.
"Stacy... Essa aí é a última mulher que meu filho quer ver. Eles ficaram juntos por anos, mas eu nunca o vi feliz com ela como o vejo com você. Ele nunca olhou para ela como ele te olha".
"Mas... ele quis uma época atrás quando ela voltou com o marido. Eles... ficaram juntos". Cuddy assumiu com dor no coração.
"E quem está com ele hoje? Ela? Fazer sexo qualquer um faz, mas ficar poucos ficam. Você ficou por ele, ele ficou por você, isso é maior que tudo". Blythe falou apertando o ombro de Cuddy. "E tem mais, com o que ouvi ontem à noite meu filho está bastante satisfeito também em outro departamento", Blythe falou piscando para Cuddy e a fazendo corar.
No dia seguinte pela manhã House acordou animado.
"Vamos Cuddy, preciso de você!", ele falou acariciando sua esposa.
"Não. Sua mãe já nos ouviu fazendo sexo o suficiente por uma vida".
"Mas ela já levantou, está na cozinha agora", ele falou.
"Mesmo assim".
"Cuddy você acha que minha mãe pensa que Tommy e Bella foram parar ai como? Você acha que ela pensa que foi porque você comeu um repolho mágico? Ela sabe que fazemos sexo".
Cuddy olhou pra ele com desdém. "Saber é uma coisa, ouvir é outra".
"Vamos tomar banho juntos, com o chuveiro ligado fica mais difícil qualquer pessoa nos ouvir", ele propôs e Cuddy aceitou, afinal, ela estava excitada também. Malditos hormônios da gravidez!
Depois do sexo eles desceram para o café com a família.
"Ei, bom dia aos pombinhos", Kevin falou.
Cuddy e House olharam um para o outro, como eles ouviram algo? Foi então que eles se tocaram que os dois estavam com o cabelo molhado. Eles nem haviam pensado nisso.
"Bom dia!", os dois responderam disfarçando.
"Ouvi dizer que você terá um menino e uma menina", Madelyn falou. "Isso é uma benção".
"É sim, estamos muito felizes". Cuddy falou.
De repente Rachel desceu correndo.
"Mamãe... Papai... Olha o que ganhei da vovó". Ela mostrou um colar com um pingente antigo, relíquia familiar e uma girafa de pelúcia.
"Ó meu Deus, Rachel. Que lindo!", Cuddy disse. "Obrigada Blythe".
"Imagina, isso era para meu primeiro neto, como Rachel é minha primeira neta, é dela. Para os demais tenho presentes também". Blythe deu um jogo de banho lindo para cada um dos bebês, e também dois macacões, em ambos estavam os dizeres: Muito prazer! Me chame de House Jr.
"Que fofo!", Cuddy riu mostrando para seu marido que balançou a cabeça.
"Você terá que trabalhar muito pra manter a família hein", falou Saymon rindo.
"É a vingança de John", Kevin falou sarcástico e House olhou feio para ele. As mulheres sentiram o clima esquentar e retiraram seus respectivos companheiros da mesa com alguma desculpa, no caso de Cuddy, ela pediu para House as levarem ao centro da cidade.
Foram Cuddy, Rachel e House passear e conhecer o centro da pequena cidade. Estava muito frio, mas havia uma árvore de natal e a menina ficou encantada. Cuddy fez lindas fotos da filha e do marido. Como era natal as lojas estavam fechadas, mas eles aproveitaram a caminhada e a bela paisagem.
Raika e alguns convidados chegaram para o almoço natalino, havia muita comida, Blythe cozinhou algumas coisas, mas a maior parte foi encomendada, pois não haveria tempo para o preparo. De qualquer forma a comida estava deliciosa.
Cuddy havia trazido um presente para Blythe e a entregou: um porta retrato com uma foto da família deles, Blythe se emocionou. Além disso Cuddy também presenteou a sogra com um lindo blazer. House, por sua vez, entregou para a mãe uma caneca que tinha os dizeres: Vovó de gêmeos é vovó em dobro. Ela chorou.
"Tenho algo para vocês também Greg e Lisa".
Para seu filho ela deu um violão que encontrou no porão de sua casa, esse foi seu primeiro violão, ele o tocou em muitos momentos difíceis de sua adolescência. Blythe mandou recuperarem o instrumento, ele estava novo, reluzente. House ficou sem palavras. "Uau... obrigada mãe!". Ele saiu vidrado com o instrumento em mãos.
"Acho que você acertou!", Cuddy falou sorrindo.
"E pra você Lisa, tenho isso", estendeu uma caixa de joias. Cuddy abriu e tinha um anel lindíssimo, antigo e aparentemente muito valioso. Com uma pedra semelhante a um rubi.
"Blythe não posso aceitar isso".
"Claro que você pode e vai. Ganhei de minha mãe antes de me casar, isso está na família há tempos e agora você é família, a filha que não tive. É seu!".
"Oh meu Deus. Muito obrigada. É lindo!", ela falou abraçando Blythe.
Enquanto isso na sala de estar...
"Ei, você está fugindo de mim", Raika pegou House desprevenido.
"Eu? Não. Eu estou... ocupado".
"Sua esposa sabe, não sabe?", ela falou.
"Que nós costumávamos fazer sexo quando éramos adolescentes. Sim".
"Sabia". Ela falou.
"Mas isso foi há muito tempo", House cortou o assunto.
"Mas você foi meu primeiro, inesquecível", ela falou mordendo os lábios.
"Sim, foi bom na época", ele falou.
"Foi muito bom! Apesar de sermos inexperientes, foi um dos melhores sexos que já tive", ela falou com um sorriso malicioso.
"Sinto muito?", ele falou confuso.
"Por quê?"
"Porque você não teve muito sexo melhor, eu... eu era um menino".
"Pois é. Imagino agora". Ela falou o encarando.
"Agora estou casado e muito feliz em todos os sentidos, inclusive sexualmente". Ele falou querendo deixar claro esse fato.
"Isso está bem claro, infelizmente". Raika falou.
Nesse momento Cuddy que vinha da cozinha viu seu marido com a prima e se aproximou.
"Fique tranquila Lisa, seu marido já deixou bem claro que você é melhor sexo que eu. No mais, ele é casado e respeito isso.", Raika falou e saiu sorrindo.
Cuddy olhou para House, "o que foi isso?".
"Eu tive que deixar claro que você é muito mais gostosa, melhor na cama e que te amo desesperadamente".
Cuddy sorriu e o beijou.
À noite as visitas foram embora e só ficaram os quatro, seria assim pelos próximos dias, Wilson se juntaria a eles para o Réveillon. Cuddy ficou aliviada quando soube que Raika estava voltando para a Europa.
Naquela noite House tocou músicas natalinas e Rachel e Blythe cantavam felizes e desafinadas. Cuddy sorria divertida e imaginava o que sua mãe judia falaria caso ouvisse sua filha cantando e dançando músicas de natal. No meio disso seus filhos começaram a agitar-se como se estivessem dançando e celebrando junto com a família.
Quando estavam no quarto House se aproximou de sua esposa.
"Tenho uma coisa para você", ele falou.
"House eu não comprei nada...".
"Eu também não", ele disse estendo a mão e dando para ela uma caixinha.
Ela abriu ansiosa e lá dentro tinha uma ametista. Não era nenhuma pedra preciosa, mas Cuddy achou muito bonita.
"Que linda!".
Depois House entregou para ela uma carta escrita à mão por uma criança.
Namorada,
Essa pedra representa meu amor. Sempre que olhar lembre-se de mim.
Gregory
Cuddy olhou para ele sem entender.
"Quando eu tinha 11 anos entreguei isso para uma menina por quem tinha uma queda na escola, isso foi no dia dos namorados. Ela disse que isso era uma porcaria e me devolveu a pedra e a carta. Encontrei essas coisas hoje no baú de minhas relíquias que fica no sótão protegido por minha mãe. Prometi a mim mesmo naquele dia que a mulher da minha vida iria gostar dessa pedra e que ela seria a pessoa que levaria meu coração".
Cuddy olhou pra ele com lágrimas nos olhos. "Eu amei tudo, a pedra, a carta, assim como amo você. É um dos melhores presentes que já ganhei.".
Ele sorriu e a beijou suavemente antes de se perderem um no outro.
Continua...
