Harry estava voando vagarosamente em sua Nimbus 2000. Ele sentira falta de voar apenas por voar. Até do Quadribol ele sentira falta. Essa tarde ele passou conversando e jogando com Angie, Oliver, Alícia, Katie, Adrian Pucey, Terence Higgs, Marcus Flint, Cho e Viktor.

Angelina, Oliver, Alicia, Katie e Cho estavam o atualizando tanto do quadribol em Hogwarts quanto de suas carreiras, até algumas memórias surgiam e eles riam a vontade.

Adrian, Terence e Marcus não tinham muito o que falar e até estavam receosos em trocar muitas palavras com Harry, afinal, eles não esqueceram tudo o que vieram em Hogwarts estando em casas opostas e inimigas. Todos sabiam que deviam deixar no passado de lado e recomeçar, e foi o que fizeram de início, mas não era tão fácil conversar sem citar um momento passado.

Viktor estava contando como era jogar profissionalmente, como era lidar com fãs, cartas amorosas e garotas e garotos que ainda pensavam ter uma chance com ele, cartas e lordes tentando convencê-lo de um contrato de casamento... Harry sinceramente sentia pesar por Viktor. Parece que o público era cego pelo amor que ele sentia por Adrian e Harry disse exatamente isso.

- Eles querem apenas dinheiro e fama, então é claro que são cegos quando lhes convém. – O búlgaro bufou desdenhosamente, mas logo enrubesceu com as próximas palavras. – E eu pensei que meu querido Adrian fosse o mesmo.

- Tive que tirar sua cabeça da bunda. Não sei como pude me apaixonar por um ogro. – Adrian surgiu na conversa mas Harry podia ver o sorriso que queria brotar em seus lábios ao falar doa amado.

- E você está reclamando, Pucey. Eu até hoje me pergunto por que me apaixonei por um Troll. Ao menos Krum parece ser menos bruto e te leva para jantares românticos. – Terence revirou os olhos, mas piscou para o namorado.

- Posso parecer um Troll, mas você nunca reclamou disso na cama. – Flint deu um pequeno rosnado para o namorado junto a um sorriso malicioso.

- Chega, não preciso ouvir nada disso. – Harry fez uma careta de desgosto ao perceber as imagens se formando em sua mente. – Aliás, cadê Montague? Ele parece ser o único capaz de colocar vocês dois na linha.

- Ele disse que estaria Cassius, que provavelmente poderá ser encontrado com Abbott.

- Obrigado, Pucey.

- Me chame de Adrian, Potter, afinal, você nos deixou passar um tempo na Itália sem ter que gastar muitos galeões.

- Então me chame de Harry. E não tem porquê dizer isso, vocês já estão me dando algo em troca.

Harry não deixou os meninos perguntarem o que era, ele voou disparadamente à procura de qualquer outra pessoa que não fossem sem vergonha como sua atual companhia.

Guardando sua vassoura, Harry procurou por Neville, eles mal tinham conversado desde a chegada de seu antigo companheiro de dormitório.

Passando pela biblioteca, ele encontrou Neville, junto à Hannah, Susan, Warrington, Finch-Fletchley, Davis, Bulstrode e finalmente, Montague. Parecia que hoje os grupinhos tinham sido já formados.

- Sobre o que conversam?

- Olá Harry. Pensei que estive voando, estamos conversando sobre o que esperamos fazer do futuro.

- Eu estava, até que aqueles ogros saíssem de controle. – Harry enrugou o nariz e a testa quando a imagem reapareceu em sua mente. – Que nojo. – Ele estremeceu. – Bem, vocês têm o quê em mente?

- Eu não posso deixa-los dez minutos sozinhos que já aterrorizam quem está por perto. Sinto muito por eles, Potter.

- Harry, por favor. Eu já deveria estar acostumado, dividi um dormitório com três, Neville era o a minha tábua de salvação. – Neville sorriu com as falas do amigo, realmente, Seamus, Dean e Ron já não tinham mais salvação. Os Creevey e Hermione deviam receber uma medalha por isso. E pelo visto, até Graham merecia.

- Isso é verdade. – Neville zumbiu baixo. – Eu estava falando que desejo ser aprendiz da professora Sprout. E Hannah aqui pretende montar seu próprio negócio, um boticário.

- Vocês realmente se completam. – Harry sorriu para os amigos. – E você, Bulstrode? Cho disse que ela mesma quer seguir uma carreira no quadribol.

- Todos aqui já me chamam de Milli, pode ser o mesmo para você. Eu quero entrar me tornar uma auror. Eu gosto de viver no limite e de algo perigoso. Mesmo em carreiras diferentes, Cho e eu gostamos das mesmas coisas.

- Já cogitei em me tornar um auror, mas agora que tenho meus filhos para cuidar, já não parece ser o certo. Acho que sou o pai de família que fica em casa com os filhos, sabe? Quero ser aquele que educa os filhos e está cem por cento presente. – Harry sorriu envergonhado.

- Não tem porquê sentir vergonha, Harry. É legal ter um pensamento assim. Você não é o único a desejar isso, Oliver pensa da mesma forma. Até eu e Susan procuramos por um emprego que nos permita sempre estar livre para as crianças que desejamos. – Cassius foi sincero.

- Fico feliz por não me sentir sozinho nesse barco. Já ouvi muitos dizendo que esse é um papel exclusivo para mulheres e portadores. Acho esse pensamento ridículo, mas infelizmente nem todos tem a mente aberta.

- Eu te entendo, é um saco ouvir essas baboseiras. Mas podemos ignorar e seguir com nossas escolhas.

- E você, Justin, sabe o que quer fazer?

- Quero ser um escritor. Os eventos de Hogwarts já foram o suficiente para a minha cota de perigo.

- Eu devo concordar com você. – Harry riu e continuou a conversa.

Harry pensou que seria estranho conviver num castelo com tantas pessoas que ele não tivera tanto contato em Hogwarts, mas foi totalmente o contrário. Parecia que ele estava novamente na escola, onde ele considerou numa primeira casa.

Finalmente a luta entre as casas tiveram fim e ele poderia esperar que a próxima geração só tivesse paz e cooperação.

Muito ainda tinha de ser resolvido, mas logo eles chegariam lá.

Conversar com eu tio-avô estava em sua mente, eles nunca teriam um relacionamento familiar próximo, mas ele podia esperar uma boa convivência e enfim um fechamento para aquela era que causara tata dor.

- Harry, eu estava pensando porque você usou o plural se tem apenas Celine. – Justin ramificou para uma conversa apenas dele e de Harry.

- Eu estava incluindo Jane e Alec, eles são filhos dos meus companheiros, e como você já deve saber, o vinculo nos conecta.

- Ah, sim. Fiquei me perguntando quando você teve tempo para ter mais filho. – Justin riu. – Espera... Isso quer dizer que você é companheiro dos Reis Volturi? É sabido publicamente que os dois são os filhotes "reais".

- Isso mesmo. Sãos os famosos filhotes reais por serem parte da realeza. Celine agora incluída.

- Você realmente não faz nada pela metade. – disse surpreso.

- Lógico que não. Qual seria a graça? – Harry deixou a surpresa do antigo lufano passar, antes de retomar. – E por falar nos meus filhotes mais velhos, onde eles estão? Você os viu hoje?

- Eu os vi conversando com os Creevey. – Respondeu

- Preciso trocar umas palavras com eles. – Comentou. - Até mais tarde, pessoal. Já estou indo. – Se despediu dos demais e saiu à procura de Jane. Ele queria conversar a sós com a vampira.