N/A: é o penúltimo capítulo!


Finalmente

"Eu não acredito que vocês se beijaram!" Pansy deu um cutucão forte no ombro de Theodore. Estava incrédula. Talvez aos demais, a cena era mais inacreditável porque Ron Weasley segurava Pansy pelos ombros e a controlava sobre o assunto.

"E dai?" Ron se colocou entre a namorada e o sonserino.

Pansy desviou do ruivo e encarou Theo com julgamento.

"Eu falei que isso não terminaria bem." Blaise criticou também.

"Ginny me beijou." Theo se defendeu. "Eu fiquei tão surpreso quanto vocês."

"Me poupe!" Pansy finalmente se desvencilhou do namorado e se colocou em frente ao amigo. "Como se você não soubesse o que poderia acontecer! Você não me vê preferindo a sua companhia ou a de Blaise ou de qualquer outro desde que comecei a namorar com o Ron!"

Nott a encarou com ceticismo.

"Você vive trancada no quarto de Malfoy com a gente."

"O quê?" Ron ficou bravo, mas todos preferiram ignora-lo.

"É diferente!" Ela protestou. "Eu vivo trancada no quarto de vocês desde criança!"

"Oi?" Ron começou a atingir um tom incrível de púrpura.

"Tenha a santa paciência, Ronald! Eu vivo trancada no seu quarto com você e o Harry também! Não é grande coisa!" Hermione a defendeu e Pansy quase sentiu gratidão por ela. Então a colega se virou para Nott com julgamento e sua quase gratidão se tornou completa. "Mas você e Ginny são suspeitos, sim!" Ela acusou também.

"Sejamos racionais aqui!" Luna Lovegood, a pessoa mais irracional do grupo se sobrepôs. "Draco Malfoy já sabia disso! Não faz sentido a gente cobrar satisfações de Theodore." Mas ela o encarou também. "Ginevra, por outro lado, poderia nos dar sua versão dos fatos."

"Qual é o problema?" Ron tentou chamar a atenção de todos de novo. "Eles namoraram antes de Ginny ficar com Malfoy, não é segredo para ninguém." Silêncio constrangedor e Pansy evitou o olhar do seu namorado, assim como torceu para que todos evitassem também. "Qual é o problema de Nott e Ginny terem se beijado?"

"Ron," O menino que sobreviveu tentou. "Nott e Ginny são amigos." Esclareceu. "Apenas amigos."

"Eles namoraram." Ron relembrou.

"Eles nunca se beijaram." Harry continuou. "Até então."

"Ginny me falou que estava namorando com ele!"

"Olha, Weasley, nem todos os casais aqui já se beijaram antes." Zabini interveio com pragmatismo. "Veja Luna e eu, por exemplo. Nós nunca nos beijamos."

Todos reviraram os olhos e o ignoraram, inclusive Luna.

"Por que isso seria um problema para o Malfoy?" Ron continuou a sua saga por respostas. "Por quê?" Ele olhou ao redor e a expressão coletiva de culpa do grupo indicava algo que ele, finalmente, percebeu.

"Ginny e Draco estão juntos faz tempo." Pansy deu voz à sua conclusão.

"Há quanto tempo?" Ron intimou entre dentes e Pansy prendeu o ar.

"Muito tempo."

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"Draco Malfoy." O loiro respirou fundo. Sabia que o confronto era provável. Ele se virou para dar atenção à Daphne. Ela marchava em sua direção com cara de poucos amigos. Ela apontou a varinha para o seu rosto e estava brava. "Minha irmã não é sua capanga para atender suas ordens!"

"Não foi do jeito que você está pensando!" Daphne não gostou da sua resposta e lançou um feitiço que atingiu diretamente seu rosto. "Daphne!"

Draco gemeu alto enquanto segurava o próprio nariz. Ela o quebrou com um feitiço que ele nunca ouviu antes.

Sem ressentimento ou culpa, ela deu as costas e partiu.

Ótimo.

Ele provavelmente perdeu sua parceira de Poções e agora ele precisaria ir à Ala Hospitalar para consertar seu rosto impecável. De novo.

Temeu pelo dia que quebrariam seu perfeito nariz e seria irreparável.

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Ron ignorou a turma que o perseguia ao redor do Castelo. Malfoy não apareceu para as aulas da tarde como o covarde que era e ele tinha um acerto de contas para fazer.

Sabia que Ginny estava gostando do infeliz e depois do episódio da Floresta Proibida com os corvinais, ele decidiu ser compreensivo porque a forma que Malfoy agiu naquele dia o fez notar que ele se preocupava genuinamente com ela.

O próprio medo de que algo pudesse acontecer a ela também o influenciou e não pretendia criar atrito com a irmã por causa do namoro com o cretino. E não queria que algo tão pequeno os distanciassem quando algo maior e pior poderia ter distanciados os dois de forma irreversível.

No fim, no dia do incidente, quando Ron encontrou a irmã mais nova caída no chão e com machucados no rosto, foi Malfoy quem estava ao seu lado. Ela quis o seu amparo. Quando capturou seu olhar em meio ao alívio de achar Ginny bem, raiva pelos responsáveis e desespero pelo que poderia ter acontecido, Ron viu as próprias emoções refletidas nos olhos de Malfoy. Isso facilitou o processo de conformismo.

Mas ao saber que ele estava se enroscando com a sua irmã mais nova há meses... Meses!

Isso não ficaria barato para Malfoy. Não mesmo.

Quando finalmente o encontrou, ele estava saindo da Ala Hospitalar com mau humor.

Marchou até o infeliz e não hesitou em lançar seu punho fechado no meio do seu nariz empinado.

"Weasley!" Ele caiu no chão com a mão no rosto e sangue voou por todos os lados. "De novo!"

"Você tem se aproveitado de Ginny desde o começo do ano letivo!" Antes que pudesse continuar avançando e atacando. Sentiu várias mãos o puxando e o afastando de Malfoy.

"Que diferença faz quando começamos a ficar?" Ele resmungou por trás das mãos. "Você já deu a entender que estava tudo bem."

"E agora eu te digo que não está!" Ele urrou. "Minha irmã e minha namorada! Você só pode estar de brincadeira comigo, sua doninha albina!"

Malfoy pestanejou.

"Discussões com vocês, Weasleys, são sempre assim?" Sua reclamação soou como deboche. "Um looping!"

Malfoy se levantou de novo e abaixou a mão. Ignorou todo o sangue que escorria em seu rosto e uniforme.

"Se essa é sua forma de conquistar minha família, você está precisando de algumas dicas, Malfoy!" Cuspiu enquanto tentava se desvencilhar do monte de braços que o segurava.

"Weasley, está na hora de você e eu termos uma conversa de homem para homem." Malfoy declarou com impaciência. Ele olhou para os demais que os cercavam antes de voltar para dentro da enfermaria. "Venha ao meu escritório!" Convidou com sarcasmo.

Ron se desvencilhou dos braços que os seguravam e sacou a própria varinha.

"Ron!" Pansy tentou bloqueá-lo. Ele desviou da namorada e seguiu Malfoy para dentro da Ala. Tinha uma série de azarações preparadas especialmente para ele. Trancou a porta no caminho e impediu que os demais os seguissem também.

DgDgDgDgDg

"O Weasley e o Malfoy estão brigando nas estufas desde manhã!" Comentaram.

Ginny olhou ao redor e percebeu a entonação da fofoca que rolava solta pelos corredores.

"Ouvi dizer que foi no campo de quadribol e por causa da Weasley!"

"Eles estão duelando por causa de Zabini!" Tentaram corrigir. "Ron beijou Zabini e Malfoy está surtando porque está perdendo seus melhores amigos para ele."

"Estou apostando dez galões no bolão que o Weasley ganha essa briga. Draco me deu uma detenção semana passada porque pedi uma pena emprestada para sua namorada, você acredita?"

Ginny revirou os olhos e ignorou os comentários enquanto se dirigia para a sala dos monitores. Sinceramente, não sabia por onde começar, mas precisava encontrá-los. E já que Draco e Ron eram monitores, seria o primeiro local sensato a checar.

Ou ela pensou.

"Eles estão na Ala Hospitalar, Ginevra!" Luna chamou sua atenção surgindo do nada. "Vamos! Ninguém conseguiu tirá-los de lá ainda!"

"O que aconteceu, Luna?"

"Ronald descobriu quando você e Draco começaram a ficar!" Ginny arregalou os olhos enquanto corriam juntas para a Ala Hospitalar.

"Como?"

"Isso realmente importa? Você beijou Theodore, Ginevra." Ela paralisou com a constatação da amiga. "Me pergunto como seria beija-lo. Theodore é o mais doce dos nossos amigos."

Ginny balançou a cabeça. Não tinha tempo para isso.

"Não deixe Blaise te ouvir." Respondeu enquanto voltava a correr até a Ala Hospitalar.

Quando chegou ao andar, encontrou Madame Pomfrey atendendo alguns alunos enfermos no lado de fora da enfermaria e rapidamente visualizou seus amigos próximos da entrada lacrada.

Pansy parecia aflita e obviamente era a única.

Blaise parecia entediado, Hermione e Harry jogavam xadrez bruxo no chão do corredor e Theo lia uma edição antiga do Profeta Diário.

"Desde quando eles estão lá dentro?" Ofegou.

"Há algumas horas." Pansy esganiçou.

Ginny se aproximou da porta e bateu com firmeza.

"Ronald Weasley e Draco Malfoy! Abram essa porta imediatamente!"

Blaise soltou uma risada nasal.

"Ginny, querida, Snape e McGonagal já fizeram ameaças muito melhores para eles saírem." Debochou. "Não vejo como sua ameaça maternal possa ser mais eficaz."

Ela o encarou antes de dar as costas para a porta e se sentar com Theo no batente da janela.

"Draco descobriu." Contou algo que ele já sabia.

"E você descobriu quem está em maus lençóis? Você ou eu?" Ele não abaixou o jornal quando notou sua companhia.

"Ele já sabia." Continuou, ciente de que agora todos os seus amigos prestavam atenção nela. Tentou ignora-los. "Ele sempre soube."

"Então ainda sou eu." Ginny puxou o jornal de sua mão, estava irritada com a falta de atenção que ele lhe prestava.

"Draco acha que eu estou confusa!" Exclamou frustrada e ele revirou os olhos com os gestos bruscos.

"Bom, você está confusa?"

"Não!"

Theo estreitou o olhar para ela.

"Então você devia dizer isso a ele." Ele se levantou e alongou o pescoço e os braços. "Falo sério, Gin. Diga a ele." Repetiu antes de se afastar e tomar um assento próximo de Luna e Blaise.

Ginny continuou sentada sozinha por longos minutos. Balançou a cabeça e olhou ao redor. Seus amigos continuavam absortos nas próprias atividades.

Pansy se movimentou para se sentar ao seu lado.

Ela apenas ofereceu sua mão e Ginny gostou do carinho. Ficaram um longo tempo sentadas de mãos dadas.

"Eles estavam bravos?"

"A não ser que Ron saiba consertar um nariz, penso que Draco corre o risco de ter um rosto permanentemente assimétrico." A morena comentou. "Madame Promfrey foi enxotada de dentro logo que eles entraram e considerando que foi Ron quem o agrediu, acho pouco provável que ele faça o reparo."

"Ron quebrou o nariz de Draco?" Sussurrou se levantando. "Ora, isso é ridículo! Por que ninguém arrombou aquela porta ainda? Não podemos deixar os dois se matando lá dentro!"

"Ginny." Pansy não soltou sua mão. Ela se levantou e se aproximou dela. Inclinou-se um pouco para manter o rosto na mesma altura que o dela. "Você é uma amiga querida." Ginny sorriu instintivamente. "Mas trate o coração de Draco da mesma forma que você gostaria que eu tratasse o de Ron." Sibilou séria e por um momento ela se esqueceu que Pansy era quase uma irmã para Draco. "Isso é uma ameaça."

Pansy então sorriu e soltou sua mão. Ginny revirou os olhos e voltou a se aproximar da entrada da enfermaria.

Quando puxou a varinha e sinalizou que lançaria um feitiço, a porta se abriu.

Para surpresa de todos, Draco, com seu nariz torto e o rosto coberto por sangue ressecado, saiu cambaleando e alegre. Ron logo apareceu, no mesmo estado ou até mesmo pior.

Os dois estavam bêbados.

Blaise bufou exasperado.

"E a gente aqui, jogando xadrez bruxo e sóbrios." Resmungou alto enquanto lançava um olhar crítico para Hermione. Como se a culpa do pequeno detalhe fosse dela. Provavelmente era. "Devíamos ter bebido para passar o tempo, como sugeri."

Seu comentário aparentemente foi engraçado, pois Ron e Draco gargalharam alto e juntos. Ginny fez uma careta em desgosto.

"O que aconteceu?" Ela intimou com as mãos na cintura.

Ron foi o primeiro a alcançá-la.

"Ginny." Ele enrolou seu nome na própria língua enquanto cambaleava em sua direção. "Eu estava te procurando!" Ela ergueu as sobrancelhas. Seu irmão estava trancado há horas com Draco, isso era a última coisa que estava fazendo. Ele colocou uma mão protetoramente em seu ombro e tropeçou nos próprios pés. Merlin, Ron era enorme e pesado. Quando ele pararia de crescer?

Ela tentou capturar o olhar de Draco, mas foi com decepção que não o localizou. Madame Promfrey o empurrou rapidamente para dentro da enfermaria enquanto reclamava alto que ele estava aumentando a média de internações por causa daquele nariz.

Suspirou alto enquanto guiava Ron. Ele praticamente jogava todo seu peso nela. Sorriu agradecida para Harry quando se ofereceu para ajuda-la.

Esses meninos davam muito trabalho.

DgDgDgDgDg

Quando Ginny desceu para o café da manhã no dia seguinte, percebeu o quanto estava ansiosa.

Apesar de ter sido uma das primeiras a chegar no Salão Principal, mal tocou na própria refeição. Aguardava solitariamente a chegada de Draco. Depois do episódio de Ron no dia anterior, não teve oportunidade de checá-lo. Ron exigiu toda sua atenção.

Alunos entraram e saíram gradualmente.

Blaise e Theo desceram juntos e sinalizaram um cumprimento para ela quando tomaram um local na mesa da Sonserina. Fizeram suas refeições tranquilamente e saíram em seguida quando Luna chegou.

Draco não apareceu.

Decepcionada, levantou-se e percebeu que apesar de ter começado o dia cedo, já estava atrasada para a primeira aula do dia. Maravilha.

As aulas se arrastaram lentamente e tentou procurar por Draco no período apertado de intervalos, mas com horários de aulas diferentes ficava difícil. E ela não sabia exatamente qual era a grade de aula do último ano da Sonserina. Com isso, percebeu com afeto que ele sempre a acompanhava para as aulas e, no fim do dia, ele já a esperava na porta da sua última aula. Ele sabia toda a sua grade horária, ele estava sempre a acompanhando ou a esperando ou dava um jeito de aparecer entre uma aula ou outra apenas para dar um mero oi. Ele era Monitor Chefe e finalmente entendeu o que ele quis dizer quando comentou que conseguia conciliar estudos, quadribol, monitoria e ela. Com todas as responsabilidades que carregava, ele conseguia lidar com tudo e mais um pouco.

E ela mal conseguia chegar às aulas no horário.

Draco disse que ele não mudou, mas ele mudou. Talvez não quisesse admitir, mas mudou e muito. Draco poderia ter desistido da monitoria como Hermione, mas ele ficou e focou no cargo. Talvez pelas regalias que envolviam a posição, mas ele não desistiu. Ainda era o capitão do time da Sonserina. Estudava para o N.I.E.M.s. e tinha um bom desempenho acadêmico.

Claro que Draco era inteligente, ele não chegou ao cargo de Monitor sem mérito, mas comparando ao Draco do início do ano letivo, ele mudou completamente.

Ela se perguntou o que havia mudado.

Quando chegou ao fim do dia, finalmente notou sua cabeça platinada no Salão Principal conversando próximo da mesa dos professores com Dumbledore e McGonagal. Quando se movimentava via uma postura séria e percebia em seu rosto uma expressão diplomática estampada. Então descobriu o que havia mudado na vida dele.

Ela.

Sentou-se à mesa da Grifinória cegamente, enquanto o assistia como se não o visse há meses.

Seu nariz parecia perfeito e empinado como sempre foi e respirou aliviada. Ele tinha um nariz admirável. Contemplou o loiro à distância, enquanto ignorava o que a recém chegada Hermione tagarelava ao seu lado sobre o estado imprestável que Ron ficou o dia todo por causa da inesperada e misteriosa bebedeira na Ala Hospitalar. Ron se recusava a contar o que foi conversado entre eles e isso deixava todos curiosos.

Como se sentisse seu olhar queimando sua nuca, Draco se virou e a olhou. Ele pareceu levemente surpreso com a sua atenção e ela ficou um pouco encabulada pelo flagrante, mas não desviou o olhar. A última vez que conversaram não foi com carinho e o assunto não foi dos mais agradáveis. Lembrou-se da sua expressão quando ele disse que sabia sobre o beijo que ela deu em Theo. Sentiu o rosto esquentar ainda mais.

Antes que pudesse ao menos pensar em oferecer um sorriso ou uma piscadela, como às vezes ele fazia no percurso das refeições, ou até mesmo sugerir que eles fossem para fora do Salão para conversarem, algo explodiu e assustou a todos.

Ginny arregalou os olhos. O jantar era uma das refeições que todos compareciam, o que significava que o Salão estava em sua completa capacidade.

Mais uma explosão.

Mais uma. Mais uma. Mais uma. Mais uma. Mais uma.

Quando finalmente se deu por si, reparou que eram fogos de artifícios que explodiam no meio do salão e iluminavam o céu encantado do Salão Principal. Reparou os fogos que coloriam e explodiam magicamente o meio do Salão. Eram os fogos de artifícios dos gêmeos! Ginny procurou horrorizada pela única pessoa capaz de causar um show desses no meio do jantar. Localizou Blaise na mesa da Sonserina tão surpreso quanto os demais.

Ela voltou a olhar os fogos quando algumas velas que iluminavam o salão se apagaram num tempo perfeito. Fred e George estavam aprontando pela escola de novo? Não ficaria surpresa se estivessem. Ela procurou por Ron que se aproximou da mesa e assistia em pé o pequeno evento que iluminava o ambiente. Ele parecia entretido. Ginny começou a se desesperar quando percebeu que provavelmente sobraria para ela resolver a última confusão dos irmãos.

De repente os fogos começaram a tomar forma. Imagens de unicórnios, fênix, serpentes e dragões dançaram no céu encantado. As imagens mudaram em meio às explosões e formatos de elfos domésticos dançaram sob o olhar de todos por alguns instantes. Novas explosões. Uma banda sem forma começou a tocar uma música empolgada. Brilhante e colorida, todos os alunos começaram a vibrar contagiados pela animação que os fogos causavam. Ela se contagiou também.

Quando a banda inexistente finalmente sinalizava que a música estava para se encerrar, mais fogos coloridos coloriram o céu e começaram a formar uma frase.

A frase finalmente tomou foco, colorido e iluminado, no céu encantado dizia apenas:

GRANGER,

ACEITA DIVIDIR A MONITORIA DE NOVO?

Ginny arregalou os olhos e procurou imediatamente por Draco na mesa dos professores.

Ele parecia assisti-la faz tempo, porque quando seus olhares se cruzaram, ele apenas arqueou uma sobrancelha para ela. Houve um momento, um rápido e único momento, que o tempo simplesmente parou. A realização do que havia acabado de acontecer dominou todas as células do seu corpo e simplesmente a fez gargalhar alto e deliciada.

A última coisa que viu, antes das explosões continuarem e finalizarem o espetáculo que Draco havia causado e perdê-lo totalmente de vista no mar agitado de alunos que vibravam com a bagunça, foi sua piscada para ela.

Ela se levantou contagiada pela energia dos colegas e das próprias emoções. Assistiu com alegria quando Ron, Harry e alguns colegas de classe puxavam Hermione do assento e a erguiam em seus ombros, como se ela fosse a líder da Grifinória. Provavelmente era. Draco não favorecia à Casa deles como Monitor Chefe e todos sabiam disso.

Ginny gargalhou e tentou fugir da algazarra em meio aos empurrões e gritos. Professores tentavam controlar os alunos e o clima tipicamente calmo do jantar dificilmente seria retomado.

Quando se viu travada em meio aos lufa-lufas, sentiu uma mão se fechar com firmeza e familiaridade em seu antebraço direito. Sorriu e se deixou ser salva sem hesitação.

"Draco!" Ele a arrastou com determinação para fora do Salão.

"Vem comigo!" Ele ordenou com autoridade, mas um sorriso dançava em seus lábios e alegrava sua feição. Soltou seu braço e ofereceu sua mão. "Preciso fugir de Snape!"

Ginny gargalhou de novo e, num ato de total impulsividade, aceitou sua mão e o puxou para perto com uma força que ela não sabia que tinha. Capturou Draco pelo pescoço e afundou seus lábios nos dele. Ele pareceu surpreso pelo gesto e provavelmente não esperava que ela o beijasse naquele momento. Rapidamente cedeu e retribuiu o beijo com a mesma vivacidade. Ela sentiu o coração esquentar em seu peito com familiaridade. Era o mesmo calor que sentia toda vez que estava feliz nos braços dele.

"Falei sério, Gin." Draco ofegou enquanto mordiscava seu lábio inferior. "Snape não está contente."

Ginny sorriu e permitiu ser conduzida por sua enorme mão entrelaçada na dela, sem prestar muita atenção no caminho que percorriam.

Pela primeira vez em meses, de uma forma curiosa, sentiu que estava tudo bem.

DgDgDgDgDg

Quando Draco acordou naquela manhã, sentiu um peso incomum em seu peito. Abriu um olho preguiçoso e viu uma familiar cabeça vermelha espalhar seus fios sobre si.

Fechou o olho novamente e passou uma mão preguiçosa por sua cintura para aproveitar mais alguns segundos do seu calor e do seu confortável peso sobre ele. O ano letivo estava quase acabando e ele teria um dia atarefado pela frente.

Desde o episódio dos fogos de artifícios, Ginny tem dormido com ele. Eles se viciaram nessa rotina proibida.

Lembrava-se como se fosse ontem das risadas que compartilharam enquanto se escondiam no dormitório e ignoravam as batidas violentas de Snape em sua porta.

Mas o fato de Ginny e ele estarem num bom momento do namoro era um alívio.

Namoro.

Ginny e ele estavam juntos. Sem dramas, sem problemas e sem intervenções.

Depois da conversa que teve com o Weasley na Ala Hospitalar, não sofreu mais atentados de raiva de um típico irmão mais velho. Tem a ver com o tratado de paz que firmaram naquele dia. Ginny sempre o intimava para saber do que falaram, mas ele jurou não contar. Pelo menos não por enquanto. Isso a frustrava um pouco, mas ele achava a sua curiosidade engraçada.

Ela suspirou alto no próprio sono e percebeu que sentiria falta de ver a expressão pacífica que sustentava quando dormia.

Desde que Granger voltou a dividir a liderança da monitoria, sobrou mais tempo livre para ele. O ano letivo estava quase no fim, em breve se graduaria e os preciosos momentos que tinha com Ginny na escola acabaria de vez. Ele queria aproveitar cada momento com ela.

"Bonjour, mon chéri!" Murmurou contra os seus cabelos sem evitar o sorriso antecipado que teimava escapar em seus lábios.

"Hmmmmmm." Ela resmungou com uma mão perigosa em seu abdômen. "Injusto."

"O que é injusto?" Exalou o cheiro do perfume dos seus cabelos de novo. Precisava treinar sua memória sensorial para ter seu perfume sempre fresco na memória.

"Francês!" Suspirou. "Sono. Geleia. Pena. Prova." Ela continuou resmungando incoerências sonolentas que o fez rir.

"Gin, minhas fontes me disseram que o seu irmão está usando o antigo quarto de Granger para fazer indecências com Pansy." Não evitou o desgosto na voz. Ela resmungou mais um pouco e compartilhava da sua indignação. Era uma informação que ele preferia não saber. "E eu pretendo terminar o ano sem mais passagens pela enfermaria." Resmungou para si mesmo enquanto tocava o próprio nariz por reflexo. O Weasley não ficaria feliz se cruzasse com a irmã mais nova saindo de seu dormitório essa hora da manhã, independente do tratado de paz.

"Apostei no bolão mais um soco até a formatura." Ela murmurou.

"O quê?" Isso o despertou completamente.

"Eu mesma posso quebrar seu nariz, se ninguém se voluntariar."

"Ginny!" Ele a afastou indignado.

A ruiva sorriu enquanto esfregava os olhos e se sentava preguiçosamente. Ela vestia um pijama de flanela que mesclavam cores amarelo, laranja e rosa e que não a favorecia em nada, mas era a única peça que ela dizia ser confiável vestir para dormir com ele. O pijama era grosso e largo, cobria seu colo, seus braços, suas pernas e seus pés. Enfim, era horrível.

"Bom, não é como se ele tivesse motivo real para brigar com você." Tentou domar os próprios cabelos que espetavam para todos os lados. Ele achava adorável.

"Eu aceitaria um soco no nariz com o maior prazer se fosse por um motivo real." Resmungou num murmúrio, mas pelo olhar reprovador que ela lhe ofereceu, teve certeza que foi escutado.

Desde que ela começou a dormir com ele, foi só o que fizeram. Dormiam juntos.

A primeira vez que caíram no sono juntos foi pela empolgação de se reconectarem após o incidente com os fogos de artifícios. Conversaram, beijaram e sorriram até tarde. Acordaram no dia seguinte com a ruiva constrangida, mesmo não sendo a primeira vez que isso acontecia. Ela justificou explicando que quando adormeceu bêbada na cama dele não contava, porque a culpa era do álcool.

Consequentemente, a segunda vez foi após uma nova noite de bebedeira com Blaise e Luna. Ela acordou menos constrangida e mais desconfiada de que ele a embebedou só para dormirem juntos. Ela estava certa.

A terceira vez foi quando Draco a arrastou para seu dormitório após a vitória da partida da Sonserina contra a Corvinal.

Ela assistiu a partida na torcida da Sonserina, vestindo uma de suas camisas de treino com seu nome gravado nas costas e um enorme sorriso estampado nos lábios. Ela vibrou com todos os seus colegas quando ele pegou o pomo de ouro. O clima realmente esquentou entre os dois naquela noite e foi a primeira vez que ele achou que algo a mais poderia acontecer entre eles. Mas não aconteceu. Ginny se afastou abruptamente e disse que deveriam conversar. Ela contou que não estava preparada e que se achava nova para dar o próximo passo, começou a balbuciar incoerências sobre perder a boa relação que tinham e perder totalmente sua atenção depois que fizessem sexo. Draco replicou exasperado que não assumiu um namoro publicamente apenas para entrar debaixo de sua saia e dispensá-la em seguida. Inclusive enumerou todos os socos no rosto que tomou em nome da sua inocência. Ela obviamente não gostou da sua resposta e a conversa pacífica que pretendia ter sobre isso terminou numa discussão por causa da má interpretação de suas palavras. Quando não haviam mais argumentos de ambos os lados, ele finalmente cedeu e pediu para ela ficar e dormir com ele, apenas dormir. Ela aceitou mesmo receosa e disse que seria a última vez. Ele protestou e acabaram fazendo uma aposta sobre isso.

Havia uma última partida de quadribol a ser disputada naquele ano entre a Sonserina e a Grifinória. Era a final da Copa de Casas.

Se a partida se encerrasse com Draco pegando o pomo, ele não insistiria mais para dormirem juntos.

Se a partida se encerrasse com Potter pegando o pomo, Ginny dormiria com ele até o fim do ano letivo.

Ela gargalhou e disse que não fazia o menor sentido. Ainda mais com as centenas de provocações acirradas que ele e Potter trocavam pelos corredores desde que as Casas rivais foram classificadas para a final. O bolão estava pegando fogo e Draco declarava em alto e bom tom para todos os colegas que seria a vitória mais fácil da temporada. Era o último ano deles, nunca mais disputariam o campeonato e queria levar a vitória para casa.

Ginny achou a proposta ridícula e protestou por algo mais prático como uma corrida de vassouras. Ele não concordou, claro, e isso desencadeou uma nova rodada de discussões. No fim, ela cedeu pelo cansaço e topou. Talvez fosse mesmo ridículo, mas a sua expressão quando a partida da final acabou foi impagável. Claro que ela esperava ganhar a partida e o final do campeonato, já que ela era integrante do time da Grifinória.

No meio do jogo, ela parou de pontuar para o seu próprio time quando percebeu que ele não estava nem fingindo que procurava o pomo. Ela não pensou que ele arriscaria o próprio título por uma aposta medíocre. Para sua surpresa, nem ele.

Quando Potter capturou o pomo, seu time não comemorou com o restante da torcida a vitória do próprio time. Pareceram preocupados com a expressão de choque da ruiva. Acharam que algo aconteceu a ela no meio do jogo. Ginny jogou a vassoura no chão quando finalmente pousou no meio do gramado e desapareceu no vestiário do time.

Ginny apareceu meia noite na porta do seu dormitório com um travesseiro debaixo do braço e com cara de poucos amigos. Ela marchou até o banheiro e se trancou lá por uma hora. Quando saiu estava corada e vestia o desfavorável pijama de flanela. Marchou até a cama, colocou seu travesseiro no meio como se fosse um muro que os dividiria com segurança e se deitou de costas para ele.

Draco riu naquela noite, mas respeitou seu espaço e vestiu seu pijama mais grosso antes de se deitar do outro lado da cama. Quando acordaram no dia seguinte, ela estava enrolada em seus braços e o travesseiro de proteção esquecido no chão.

Desde então, dormir é tudo que eles têm feito naquela cama. Às vezes, ele tentava dormir sem camiseta, mas ela o repreendia e o obrigava a vestir a parte de cima do pijama. Ele sempre a obedecia, porque não queria afastá-la.

Claro que Draco ficava ansioso para tornar o relacionamento mais íntimo. Afinal, ele era um adolescente com hormônios à flor da pele e era uma experiência que ele já teve antes. Muitas vezes ficava frustrado quando seus beijos esquentavam e eles não iam adiante com as carícias.

Mas o que ele sentia por Ginny era especial e não queria perder sua confiança insistindo em algo que ela não estava preparada.

E ela era cruel e criativa com as suas azarações. Não queria deformar seu rosto e estragar as fotos da formaturas por causa disso.

Ela tinha dezesseis anos, compreendia a sua insegurança, afinal.

"É brincadeira, claro." Declarou por fim, quando a puxou para perto novamente e a beijou nos lábios.

"Bom dia, Draco." Ela suspirou antes de abrir os olhos e sorrir. Seu sorriso logo morreu. "Tenho meu exame de Poções hoje."

"Você estudou comigo e eu sou o melhor tutor desse Castelo, você se sairá bem." Ela revirou os olhos para o seu comentário pouco modesto. "E você é a namorada do aluno preferido do Professor de Poções, você não vai tirar menos que um aceitável na matéria." Draco sorriu com presunção. "Os agradecimentos devem ser retribuídos em beijos, Weasley." Tentou puxá-la para perto de novo. "Preferencialmente agora."

"Draco!" Ela riu alto enquanto tentava se desvencilhar de seus braços. Ela se levantou e foi atrás de sua mochila antes de ir ao banheiro. "Eu vou sentir falta disso no ano que vem." Comentou da porta com um sorriso quase triste no rosto. Ela desapareceu para começar sua rotina matinal e Draco se deitou novamente. Há alguns dias ela começou com os comentários melancólicos.

"Eu também."

Quando começou o ano letivo não imaginou que fosse ter tantas surpresas. Definitivamente, não imaginou que fosse se apaixonar. Muito menos por Ginny Weasley.

A vida era uma caixa de surpresas.

DgDgDgDgDg

"Bom dia, Ginevra!" Luna ajeitou a varinha atrás da orelha enquanto se apoiava no batente da porta do antigo dormitório de Hermione. Tentava calçar os próprios sapatos sem perder o equilíbrio. Assistiu com curiosidade quando a melhor amiga abafou um grito de susto enquanto levava a mão para o peito e tentava recompor a postura. "Você e Draco são tão silenciosos." Suspirou sonhadora.

"Como?" Ela pareceu indignada enquanto balançava a cabeça e focava sua atenção. "O que você estava fazendo no quarto de Hermione?" Questionou desconfiada.

"Hermione prefere dormir na Torre da Grifinória. Me disse que a relação com Draco na Monitoria só funciona se conviver menos tempo que o necessário com ele." Comentou avoada.

"Pois diga a ela que o sentimento é recíproco." Draco respondeu ofendido quando surgiu logo atrás da ruiva.

Luna ignorou o comentário enquanto recebia um beijo no topo da cabeça de Blaise. Suspirou quando se afastou e o viu fechando a própria camisa com a gravata pendurada no pescoço.

"O que vocês estavam fazendo no dormitório de Hermione a essas horas?" Luna voltou a encarar Ginevra novamente. Bom dia, fogo Weasley.

"O mesmo que você e Draco." A loira respondeu com simplicidade enquanto atendia a gravata de Blaise. "Hermione não gosta de dormir aqui e-"

"Querida," Blaise a cortou com gentileza. Beijou a mão que estava na gravata antes de sorrir com malícia por cima de seu ombro para o casal de amigos. "Ginevra está confusa, porque nós não estávamos fazendo o mesmo que ela e Draco." Comentou com malícia. Abaixou o olhar para ela novamente com um sorriso gentil. "Você e eu fizemos bem mais ontem à noite do que eles fizeram o ano todo juntos."

"Oi?" Ginevra atingiu um tom púrpura e parecia chocada. Luna piscou para ela. Uma, duas, três vezes. Ginevra bateu a cabeça? Ela parecia tão confusa quanto os sereianos do lago negro. Suspirou. Elas deveriam dar um último mergulho no lago antes das aulas acabarem. "O que vocês fizeram ontem à noite?" Ela queria avançar em Blaise, mas Draco a travou.

"Bem mais que você e Draco, querida." Blaise repetiu com um sorriso travesso e malicioso.

"Expliquem-se!" Ela demandou.

"Ginny." Quem pareceu indignado agora era Draco. "Você sabe exatamente o que eles fizeram ontem à noite." Ele tentou soar racional.

"Vocês fizeram sexo-" Sussurrou a palavra. "-no quarto de Hermione?" Acusou incrédula. Ninguém se impressionou.

"Bom, Granger obviamente não usava a cama para isso." Blaise respondeu com certeza.

"E Ronald e Pansy revezam o uso do dormitório com a gente." Luna continuou. "Mas não conte à ninguém, não queremos alternar com mais casais." Ela sussurrou como se mais pessoas pudessem ouvir.

"Blaise!" Ginny tentou avançar novamente nele, mas Draco a segurou pela cintura.

"Por que você está surpresa?" O loiro estava perdendo a paciência. "Todos sabem que eles estão transando nos quatro cantos desse Castelo desde que voltamos do recesso de Natal."

"Desde o Natal?" A ruiva engasgou na própria saliva.

"Tenho que pegar minha pena da sorte antes da prova." Luna sorriu para todos como se a melhor amiga não estivesse prestes a explodir no meio do salão. Ela afastou a mão da gravata de Blaise sem terminar o nó. "Até breve, Ginevra." Saltitou para a saída com leveza. Todos a assistiram partir com indignação.

"E aquela sua reclamação contínua sobre você e Luna nunca se beijarem?" Ginny o acusou com as mãos na cintura. Blaise passou as mãos pelos cabelos, exasperado.

"Exatamente." Ele retrucou. "Não me entenda a mal, Luna é uma aventureira nata e no começo isso era excitante." Ele declarou com pragmatismo. "Mas pelo visto eu tenho um lado sensível nesse coração de gelo." Blaise tocou teatralmente o próprio peito. "Eu sinto falta da intimidade de um beijo."

"Você está me dizendo que vocês fazem sexo-" Sussurrou a última palavra enquanto atingia um tom vermelho nas bochechas. "desde o Natal sem nunca se beijarem."

Blaise pestanejou e a avaliou com curiosidade.

"Achei que você sabia disso, Ginny." Disse lentamente enquanto trocava um olhar confuso com Draco. "Todos sabem." Ele repetiu.

"Todos sabem." Ginny repetiu ainda indignada. Procurou o olhar de Draco por suporte. Ele não parecia impressionado, mas confirmou com a cabeça.

"Agora você entende o meu problema? Blaise suspirou frustrado.

Ela arregalou os olhos.

Definitivamente não entendia.

Luna conseguia surpreendê-la todos os dias.


22/04/2021 - N/A: VOCÊS SENTIRAM FALTA DO DRACO FALANDO FRANCÊS QUE EU SEI! ;)

Sabe o que eu nunca perguntei? Como vocês imaginam Draco? Engraçado, porque na minha cabeça eu não tenho a imagem do Tom Felton. Acho que se eu tivesse que apontar alguém que se pareça com ele, às vezes eu imagino o Jamie Campbell Bower (Grindelwald jovem), mas bem platinado. Às vezes.

Agora a pergunta que não quer calar: Draco terminará o ano com o nariz intacto? Tomara! :)

Esse é um dos meus capítulos favoritos (eu falo isso de todos, né)! Essas cenas: Draco pedindo para Hermione ser monitora chefe com ele novamente para impressionar Ginny; Ginny descobrindo (assim como todos nós) que Blaise e Luna fazem sexo pelo castelo (tem uma pequena referência sobre Blaise e Luna dormindo na cama de Draco num dos capítulos antigos, quem tiver paciência para ler de novo vai achar!); o acerto de contas entre Draco e Ron; e Ginny beijando Theo - matutaram na minha cabeça perturbada desde o começo da fic! Foi uma jornada chegar aqui!

Estamos chegando na reta final!

O último capítulo será publicado amanhã, no aniversário de 14 anos da história! (não é motivo para orgulho, eu sei, mas seria um jeito legal de encerrar o ciclo).

To be continued...