***AVISO LEGAL***
Os personagens não pertencem a mim e sim a Naoko Takeuchi, parte do enredo é baseado no Anime e o restante é obra da minha imaginação.
Taiki foi para a Biblioteca do Castelo, ele precisava meditar em tudo, algo dizia que precisava estar alerta e precisava pensar em um plano para não deixar nada passar despercebido, ele sabia que a velha magia de Kinmoku poderia ajudar, ela sempre foi secretamente interessada por tudo que era relativo a velha religião, mas sabia que falar sobre isso, ou até mesmo procurar sobre isso poderia ser considerado um crime. Nunca entendeu bem, porque Kinmoku tinha essas leis, e talvez por ser tão proibido, era que Taiki sempre se esgueirou pelos corredores secretos da Biblioteca, onde apenas os portadores do Cristal de Fogo poderiam caminhar.
A Princesa Kakkyu tinha plena confiança em Sailor Star Maker, apesar de ela não ser a líder de suas Starlights, ela era o cérebro pensante e sua maior estrategista, preferia que ela tivesse tempo para a pesquisa e burocracias, ao invés dos campos de treinamento. E por isso Taiki tinha acesso, onde apenas Kakkyu poderia entrar.
Os reis de Tankei, pais da Princesa Kakkyu faleceram há 10 anos, foi difícil para ela crescer com tantas obrigações reais, sabia que o melhor para si era aceitar o matrimônio com o Príncipe Tarikih e fortalecer os laços dos dois reinos de Kinmoku, estabelecendo um Reinado Maior, que seria apoiado pelos reis do Leste e do Oeste. Taiki apenas não sabia se isso era a vontade do coração de sua princesa, antes da Terra, ela nem pensava sobre essas coisas, mas desde que conheceu as Sailors Solares, conviveu com aquelas adolescentes na Terra, alguma coisa mudou, e ela sentiu que talvez Kakkyu carregasse a mesma aflição que Serena deixou que eles soubessem.
Antes que seu devaneio o tirasse daquilo que veio buscar naqueles corredores, resolveu deixá-los para uma outra ocasião e se focar em achar mais informações sobre o Chorió Kitrina, um vilarejo próximo as montanhas que se estendiam ao sul do Reino Tankei, lá viviam cidadãos Kinmokianos que se diziam descendentes dos primeiros habitantes do planeta, e claro, o Velho Isaac era um deles. Ele habitava uma choupana ao pé da montanha Lerós, a mais alta das montanhas de todo Kinmoku.
As velhas lendas contavam que todo o planeta começou a nascer naquela região, através de Astéria e Loulaúdio, que nasceram à partir da criação cósmica, há milhares e milhares de anos, explosões romperam o grande vazio e fizeram surgir as galáxias, as estrelas, os planetas, sóis e luas.
Na lenda, a criação possuía uma consciência que deu origem a Themá, através do seu próprio desejo, mas como Themá era todas as possibilidades, ela não podia produzir vida, pois vida requer espaços vazios para se formar, então a consciência do Cosmos cortou Themá ao meio, e assim foi criado Prói e Nychta, que jamais poderiam se encontrar e em suas solidões, Prói criou para si Fos e Zoi, que se tornaram a fonte da criação e manutenção da vida; enquanto Nychta criou Chronos e Ypolóipo.
Diferente de Prói e Nychta que não eram livres para sair de onde existiam, suas criações podiam visitar os dois planos e foi então que Fos e Choronos geraram Astéria entre muitos outros herdeiros, assim como Zoi e Ypolóipo nasceram Fótia, Louloúdia e outros.
Assim, os filhos dos filhos de Prói e Nychta começaram a habitar planetas e deram origem a tudo que conhecemos, em Kinmoku, as lendas diziam que em Chorió Kitrina, Astéria encontrou Louloúdio e se amaram tanto que criaram a fauna, a flora do planeta, do sangue de Louloúdio, nasceram os Kinmokianos, e das lágrimas de Astéria, nasceram as Starlights.
Os habitantes daquele vilarejo criaram a velha religião, que foi reverenciada até a dinastia dos Tataravós de Kakkuy, o Rei Enoti e a Rainha Nanuk, que gerando 4 herdeiros, dando a cada um deles um pedaço do reino, dividindo-o em Leste, Oeste, Norte e Sul, separando o original Cristal do Fogo em 4 pedaços, fazendo-os portadores legítimos de toda a magia de Astéria e Loulaúdio, que antes de deixarem sua criação, depositou o Cristal de Fogo na montanha Lerós, sabendo que apenas um coração poderia acha-lo, e quando isso acontecesse, o primeiro reino de Kinmoku seria fundado.
Nas lendas, depois que Astéria e Loulaúdio deixaram o planeta, não demorou para que os animais adoecessem e toda a flora murchava, o alimento começava a faltar e um homem muito humilde chamado Timí, que era pastor, ousou subir a montanha mais alta, a montanha Lerós, dizendo que viu em seus sonhos o coração vermelho que curaria Kinmoku.
Após cem dias e cem noites naquelas montanhas, todos começam a pensar que ele nunca mais voltaria, que já estava morto e pediram aos deuses para que eles tivessem clemencia de Kinmoku, que eles voltassem, pois eles não poderiam viver sozinhos, sem seus pais criadores.
No centésimo nono dia, após a saída de Timí, uma criança que passava ao pé da montanha Lerós, via uma luz tão forte, tão intensa, de um vermelho que aquecia seu coração e cegava seus olhos, então ela correu para o vilarejo e contou o que viu, todos começaram a se aglomerar perto da entrada da montanha e viram apenas algumas luzes que iam se apagando, mas de repente uma forte chuva descia pelos céus, era águas doces e sentiram que cada gota que caia, restaurava a vida de Kinmoku, as plantas começaram a crescer, os animais se animavam e começavam a se restabelecer, os coração dos Kinmokianos se encheram de amor e esperança e começaram a se abraçar em grandes multidões. Quando todos olharam, Timí descia ao pé da montanha e em suas mãos, um brilho vermelho era visto. Todos reverenciaram Timí e ele se tornou o primeiro governante de Kinmoku, casando-se logo depois com Enotita, a qual lhe deu muitos filhos e filhas, e desta linhagem, descenderam toda a realeza de Kinmoku.
A lenda conta que Enotita conheceu o próprio deus Loulaúdio, que a abençoou já muito idosa, para conceber um último filho, e este seria Isaac, mas é claro, ninguém acreditava nisso, pois se a origem dessas lendas estava certa, isso aconteceu há milhares anos, e Issac não deveria estar vivo, mas são lendas, tornaram-se como contos de fadas, para crianças. Eram bonitas histórias, mas Taiki tinha um volume em suas mãos que garantia que a velha magia, nunca morreria, enquanto o filho de Loulaúdio existisse, e Taiki sabia que a magia existia, ele sempre pode senti-la, as Starlights podiam sentir, mas elas não podiam falar nada sobre isso.
Houve um tempo em que todos buscavam as artes mágicas, havia templos e sacerdotes. Astéria e Loulaúdio eram reverenciados, festas celebravam todas essas histórias, até que o planeta sofreu danos de uma chuva de asteroides, 1/3 da população total morreu e tudo que eles tinham foi destruído. Os sacerdotes foram desacreditados, o povo viu-se completamente abandonado por seus deuses, quando pediram para que os governantes se reunissem para restabelecer o coração vermelho de Kinmoku, que era o Cristal de Fogo que foi repartido, um dos príncipes estava doente, a rainha precisava escolher em usar a magia para dar a vida ao seu filho ou permitir que o rei juntasse a magia dos outros três reinos, com o coração na mão, a rainha desistiu do seu filho e quando o cristal de fogo foi restabelecido ao grande coração vermelho de Kinmoku, uma grande explosão aconteceu, o planeta não pode se curar completamente, o príncipe morreu, a rainha adoeceu em seguida e todos começaram a desistir da magia, a desacreditar.
A desesperança não matou a alma dos Kinmokianos, mas o Conselho dos Anciões estabeleceu novas leis, além do poder dos Reinos, os Anciões agora seriam os conselheiros para tomadas de decisões e estava completamente proibida qualquer uso das artes mágicas dos sacerdotes, os templos foram derrubados e Kinmoku e o planeta só pode ser restabelecido completamente, com o serviço de cada homem e cada mulher do reino. Foram décadas para que isso acontecesse, e depois de muitas que tudo parecia estar melhorando, apesar da política Kinmokiana ter se tornado um jogo de poderes muito estressante, Galáxia apareceu, e o planeta estava destruído novamente, e se não fosse por Sailor Moon, provavelmente não teríamos nem mesmo como usar os Cristais que dariam a força inicial para a reconstrução de Kinmoku, já que eles sabiam, que o que contava a lenda de Timí, era isso, apenas uma lenda, aquele tipo de magia, não existia.
Mas Taiki achava que sim, que aquela magia existia, e que havia algo naquela história que faltava, para que todos os eventos pudessem ser entendidos. Ele viu o poder que apenas o pedaço do Cristal de Fogo que Kakkyu possui era capaz de fazer. Mas sabia que Kakkyu só ousou usá-lo na Terra, porque estava muito longe dos anciões, ela sabia que isso era proibido, esta era outra parte da história que precisava morrer com as lembranças da sua vida naquele planeta.
Bem, era sobre o velho Isaac que Taiki procurava, ele tinha algumas anotações, e tudo que conseguiu obter sobre aquela figura muito estranha, realmente um cidadão peculiar, era possível sentir sua semente estelar, ele não era um cidadão comum, e Galáxia foi especialmente atraída por ele, Taiki achou muito estranho, pois era como se ele apenas desse para ela, não tentou lutar, não se após, e em suas memórias, Sailor Star Fighter gritava para que ele fugisse e ele apenas acenou para ela, como se querendo tranquilizá-la, aquelas memórias eram intrigantes.
Nas investigações de Taiki, a velha magia permitia que eles pudessem viajar através dos sonhos, por qualquer lugar, desde que houvesse um guia para levá-lo até onde se desejava chegar. Era preciso saber para onde se queria ir e conhecer o sonhador. E era este tipo de magia que talvez eles precisassem para se comunicar com Seiya e Yaten, e por isso Taiki tomou uma decisão, ele não podia deixar tudo para a última hora, ele precisava falar com Isaac agora. Fechou seu caderno de anotações, trancou aquela sala, saiu da Biblioteca e fez sua transformação, como Starlight era mais fácil chegar em qualquer local.
Quando chegou aos jardins leste do Palácio do Reino Tankei, as flores amarelas cor de sol, mostravam que ainda existiam, mas nada nem semelhante a paisagem linda que aquele jardim tinha antes de Galáxia, Taiki suspirou pesadamente, seria tão bom se simplesmente eles pudessem começar a restauração do reino, mas ele sabia que não seria assim, algo dentro de si gritava que isso ainda demoraria e ele tremeu, um pensamento o fez temer por Kakkyu, mas tentou se concentrar em chegar as montanhas e assim o fez. Em forma de estrela, viajou pelo reino até o pé da montanha Lerós. Lendas ou não, a energia daquele lugar era insuperável, podia sentir todo seu corpo estremecer.
Avistou a choupana de Isaac e colocou-se a andar até ela, ao que foi surpreendido com a figura do velho saindo e dirigindo a palavra para ela: - "Você demorou!" – Resmungou o Velho Isaac.
Sailor Star Maker estava muito confusa. – Ele sabia que eu estava vindo? – Pensou consigo, mas apenas disse: "E-e..eu estou?" – Perguntou engasgando-se com as palavras.
- "Sim, você está! E foi um tempo precioso. Venha, entre!" – Continuou resmungando o velho, fazendo gesto para que Sailor Maker o seguisse.
- "Bem, a Princesa kakkyu não sabe que eu estou aqui, masss" – não queria expor a Princesa, mas não tinha muito o que inventar, ele precisava contar a verdade. – "Algumas de nós estão no planeta Terra e queríamos ter certeza de que podemos contactá-los." – Disse por fim.
- "Eu sei, é aquela que estava aqui quando Galáxia tomou minha semente estelar." – O velho sorriu – "Eu sabia que ela tinha um destino diferente do que aparentava." - Concluiu Isaac
Star Maker olhava um pouco assustada. – O que ele sabia sobre Seiya? – Mas apenas respondeu: - "Sim, ela e Sailor Star Healer." – Subindo uma sobrancelha.
- "Podemos falar com elas, mas é provável que você a encontre muito antes do que você imagina." – E piscou para Maker.
- O que esse velho estava dizendo? Eles voltariam para a Terra, Seiya e Yaten estavam voltando para Kinmoku? - Agora mais do que nunca ele queria saber o que estava acontecendo.
- "As coisas não estão muito boas para vocês, aquilo que atacou Kinmoku não foi destruído, não pode ser destruído, mas está se organizando para ficar forte novamente. Eu conheci sua natureza, quando era apenas minha semente, eu sei um pouco dos seus planos, vocês devem tomar cuidado com aquilo que guardam em seus corações." – Disse olhando seriamente para Sailor Star Maker.
- "Mas como podemos resolver isso? Seiya estava com alguns receios sobre uma de nós, Sailor Star Prayer, você pode saber se ele estava certo?" – Perguntou angustiada.
- "Traga ela até aqui, e eu saberei." – Respondeu o Velho Isaac.
- Como ela traria Star Prayer até o velho? Ela não poderia simplesmente dizer o que iriam fazer, a visita aquele vilarejo já era muito arriscado, se soubessem o que ela pretendia, podiam ser até condenados pelo conselho, era a Lei de Kinmoku. – "Eu farei o meu melhor." – Respondeu Maker
- "Eu sei, você sempre faz, e se arriscará. E eu não sei se poderemos fazer algo antes que a escuridão faça sua jogada." – Suspirou pesadamente – "Nem mesmo a magia antiga as vezes pode parar os corações dos homens." - Respondeu Isaac, em tom preocupado
Maker percebeu que as coisas talvez fossem piores do que ele imagina, e ficou preocupado, mas então o Velho Isaac encostou em sua testa e sussurrou - "Vá até onde seu coração poderá se acalmar."
Taiki estava na escola Juban, com a aparência que usou na Terra. Entrava em sua sala de aula, que parecia vazia, de repente avistou Amy Mizuno sentada em uma das cadeiras, ela parecia abatida, triste e ferida, então ele se aproximou e tocou em sua mão, chamando a sua atenção para ele.
Amy olhou para Taiki surpresa e olhou em volta. – O que ela estava fazendo na escola? Ela teria conseguido sair daquele lugar? – "Taiki o que você está fazendo aqui? Como eu vim parar aqui?" – Ela estava muito nervosa e agitada.
Calma Amy, eu realmente não sei por que vim aqui. – Pensou nas palavras do velho Isaac:
"Vá até onde seu coração poderá se acalmar."
– Por que ele foi até Amy? – Deixando seus pensamentos apenas respondeu: - "Amy, eu estou em Kinmoku, estou me comunicando com você, provavelmente através da magia antiga, e eu realmente não sei por que estamos na escola, e como você chegou aqui." – Disse honestamente.
- "Taiki, eu preciso de ajuda, se isso é uma espécie de sonho, eu não estou segura, aconteceu algo horrível. Você precisa avisar Seiya e Serena" – Amy gritava.
- Calma Amy, por favor, tente me explicar. – Tentava entender a menina.
- "É sobre Rei, Setsuna e eu, fomos capturadas, e estão e o inimigo está se passando por nós. Eles estão em perigo." – Falava desesperada.
Taiki congelou. – Isso era possível? Rei? Ele esteve com a sacerdotisa, Amy não havia retornado de viagem e sobre Setsuna? – Nem Rei e nem Setsuna foram se despedir, isso era alguma coisa? – mas no meio de todos seus pensamentos, apenas encontrou uma pergunta – "E Star Prayer? Você sabe algo sobre ela?" – Com medo de que houvesse algo sobre ela.
- "Eu não conheço Star Prayer, mas Setsuna disse algo, que ela poderia estar infectada, não sabemos como tudo está funcionando, mas parece que isso está ligado aos desejos do seu coração." – Respondeu um pouco ofegante – "Taiki, você precisa nos ajudar." – Falou com os olhos cheio de lágrimas, como se implorasse.
- "Eu vou, eu vou te ajudar Amy, confie em mim." – E a ligação foi rompida, tudo sumiu, Amy, a escola Juban e de repente estava apenas o Velho Isaac em sua frente.
- "Nós precisamos voltar para a Terra." – Falor Sailor Maker
- "Era como eu dizia, você os veria antes do que imaginava." – Olhou profundamente nos olhos violentas de Sailor Star Maker – Leve ela com você, e peça aos nossos pais criadores para que ela não tenha feito nada ainda." – Disse em tom solene.
- Você fala sobre Star Prayer? – Pergunta Maker
- "Sim, você deve levá-la, e isso trará problemas, mas se a deixar aqui, você pode sacrificar a princesa, é sua a decisão." - Isaac diz deixando Maker em uma situação muito complicada.
- "Mas as coisas parecem péssimas ali, como eu posso levar mais um problema?" – Solicitava Maker em desespero.
- "Vocês são jovens e entendo que muito ainda não aprenderam, mas isso é consequências das ações das pessoas, e cada qual deve resolver as negligências que cometeram com seus corações e os corações de seus amigos." – respondeu sinceramente o velho Isaac.
Maker não entendeu nada, mas sabia que tudo isso estava tomando tempo precioso, Amy pediu ajuda e ela precisava voltar para a Terra o mais rápido possível, e mais do que isso, ela precisava de uma estratégia, então ela se despediu do velho Isaac e estava se retirando quando escutou apenas. – "Quando a hora chegar, não hesite, traga ela aqui, só aqui ela ficará segura."
- "Ela?" – Perguntou Maker
- "Você reconhecerá o momento." – Respondeu com um pequeno sorriso o velho Isaac.
Continua...
Próximo Capítulo: Terra, lá vamos nós!
