MoonWiccan: Hahaha eu fiquei emotiva com ela enfrentanto o parto sozinha, e justo no dia da cerimônia de Naruto, nada se iguala a essa conexão de amizade entre ambos. Itachi percebeu o quão pesado e voraz a relação de ambos foi desde o ínicio, mas continua em sua busca com obsessão. Eu adorei sua idéia, acho íncrivel a forma que construíram o relacionamento de Sakura e Sarada, suprindo uma a outra toda a falta causada por Sasuke. Mas não a introduzi nesse contexto, pois tenho isso em mente para outra história *spoiler* kkkkkkk nada vai lhe preparar para esse reencontro, prepare o coração. Atendendo ao pedido, trouxe mais um pouco de interação com Kisame! Espero que goste.
nahtmmz: Obrigada pelo carinho, continue acompanhando e se prepare para emoções haha.
Capítulo 45: Tempo
7 anos depois
Ela ficou ali parada, suas orbes de esmeralda varreram a vila á sua frente, tipicamente do interior, localizada no País das Montanhas, cercada de morros e de muito verde, com construções devidamente pintadas, um cenário de se admirar. Era á tarde e as pessoas circulavam, crianças brincavam na praça, alguns trabalhadores passavam por ali, uma charrete vinha em sentido contrário na rua.
Respirou fundo, gostando de tudo que via. Não era uma vila de shinobis, talvez fosse o que ela precisava, um lugar calmo e tranquilo, onde pudesse descansar e ter um pouco de paz. Uma parada, uma cessação temporária, até que pudesse seguir em frente novamente, como tinha sido durante esses longos anos. Mas estava ficando tempo demais ela presumiu, fazia algumas semanas, não poderia se dar ao luxo de acomodar-se.
Atravessou a rua com cautela, olhando tudo com atenção, descartando a possibilidade de estar sendo seguida. No caminho recebeu vários sorrisos de pessoas que passavam, como se dessem as boas vindas, ela não fitou ninguém detidamente, mas sorriu de volta, e quando determinou que a barra estava limpa, sinalizou com a mão, vendo o filho sair das sombras e correr em sua direção.
Depois que foi embora com um bebê nos braços, as coisas começaram a mudar, ela estava mantendo os pés no chão, conseguindo gerenciar sua vida, levando adiante. Ele era seu tudo, e toda sua energia era voltada para fazer o melhor com a situação na qual se mantinham. Sakura tomava todo o cuidado para não ser descoberta, e funcionou, até o momento.
— Mãe? Estamos quase lá? Itame perguntou com um olhar penetrante.
— Só precisamos percorrer todo aquele caminho. Sakura gesticulou, apontando para o monumento revestido em uma escadaria interminável.
Ele franziu o cenho com tamanha distância, por fim acenou com a cabeça sem questionar.
— Vejamos... Se me lembro, conheço um trajeto mais rápido. A rosada traçou o queixo em falso esquecimento.
Itame deu um sorriso com entusiasmo, aquilo foi o suficiente para derreter seu coração.
— Por aqui. Ela os conduziu pela floresta, em meio ao amontoado de árvores, aumentando a velocidade considerávelmente.
Itame aceitou o desafio não dito, disparando velozmente entre os galhos compridos, adorando a sensação do vento contra a pele, ele impulsionou mais chakra, avançando sem limites. Até que parou subitamente.
— Eu vejo o perigo! Ele declarou com firmeza.
— Onde? Sakura parou de supetão, as mãos próximas ao coldre de kunais em sua coxa.
— Embaixo, um javali, dos grandes. Ele mostrou com um gesto.
O animal enorme fez um ruído hostil, as narinas pareciam soltar fumaças.
Sakura relaxou, sentindo a frequência cardíaca diminuir, ela sorriu com uma espécie de orgulho, se aproximando e tocando os cabelos escuros com ternura. Ambos avançaram, de um lado para outro, empurrando a vegetação, sentindo o ar fresco, inalando o cheiro suave de terra. Tão logo se distanciavam, a rosada parou de repente, semicerrando os olhos.
— Espere, agora eu vejo o perigo! Sakura anunciou.
— Onde? Cade? Ele indagou surpreendido, olhos atentos ao redor.
— Um shinobi rival, bem a frente. Ela disse, o sorriso já surgindo em seus lábios. — Ah, ele é um dos pequenos, nem vai dar canseira.
— Ah é? Vai ver só. Ele revidou com a percepção, se animando, a sensação de rebeldia bulindo em seu interior.
Seus olhos ônix se tornaram profundos no momento em que se lançou sobre ela, o punho minúsculo fazendo contato com a palma aberta em um estalo. Ele girou o corpo, investindo em um chute poderoso, que causou uma comoção no ar a sua volta. Sakura bloqueou com os braços, repelindo-o para longe em sequência com uma onda de chakra que emanou de seu punho.
O puf ressou no momento que dois clones surgiram, atacando simultaneamente, a rosada se moveu com maestria, conectando um golpe na horizontal que eliminou o primeiro, e uma palma aberta no peito do segundo, que desapareceu em uma nuvem de fumaça. Ela afiou o olhar a sua volta, se dando conta de que o verdadeiro não estava em lugar nenhum.
Itame se esgueirou no alto de uma árvore próxima, soltou o ar ao se agarrar no tronco, espiou sua mãe de costas, e engoliu a risada, não querendo denunciar sua posição. Ele a vigiou, manejando um par de kunais entre os dedos, arremessando com ferocidade.
Seus olhos se arregalaram ao vê-la desviar em um único movimento, sem sequer olhar para trás.
Sem deixar rastros, a rosada apareceu diante dele em um flash. Ele virou-se rapidamente e seus olhos se encontraram, notou a mão delicada cada vez mais próxima, e viu naquelas orbes de jade sua derrota. Não. Ele não perderia.
Fogo dançou em seus olhos e no último minuto ele aparou o golpe, desviando a rota, lascando a árvore com a colisão. Sakura o olhou surpresa, impressionada, mal tendo tempo de registrar a informação ao desviar de uma série de ataques instatâneos.
Itame a enfrentou de frente, jogando soco após soco, tornando mais difícil a medida que tomava as rédeas da luta. Sakura começou a recuar, o que imediatamente reforçou a ousadia dele, que se atirou para trás irrompendo uma kunai com um olhar feroz.
A rosada piscou, vendo a ferramenta afiada cortar fios rosas próximos a sua face, o coração disparando com o olhar no rosto de seu filho. tão semelhante a ele... Era como se visse sua imagem gravada nas impressões de Itame, e aquilo a desconcertou.
Sakura gemeu quando sentiu um aperto de ferro ao redor do corpo, afastou os pensamentos, notando que fora imobilizada por um fio de aço.
Ele tinha um sorriso de vitória que erguia o canto dos lábios, a sobrancelha erguida em desafio. Quando um som oco repercutiu, revelando um tronco de madeira.
"Substituição." Ele concluiu em alerta.
Mas já era tarde, Sakura estava a frente dele, o braço esticado a centímetros de distância. Aquilo o pegou desprevinido, mas então a coragem retornou e ele se preparou pro ataque. Foi quando sentiu o toque caloroso em sua testa, trazendo o familiar formigamento em seu estômago.
— Continuamos na próxima. Sakura disse carinhosamente.
Itame acenou em concordância, adorando o gesto afetuoso.
— Curandeira-sama! Uma voz estridente se nivelou.
Era a pequena Hana, mensageira da ilustre anciã da vila, tinha os cabelos ruivos e os olhos cor de mel, seus pés miúdos moviam-se apressados.
— Por aqui, rápido. Ela os conduziu, após o cercado natural de árvores havia um corredor de folhas, revelando uma residência rústica.
Rapidamente removeram os calçados e prosseguiram até os aposentos.
Sakura se ajoelhou tocando a testa da idosa delicadamente, seus olhos se tornaram sérios, preocupados, puxou o lençol que a cobria, expondo a pele com feridas em alguns pontos.
— Desde quando está assim? Sakura se concentrou, ativando seu ninjutsu médico com habilidade.
— Ontem estava melhor, e hoje ao amanhecer... Piorou, não sabia o que fazer, não podia deixá-la sozinha. A criança respondeu apertando os dedos, lágrimas brilhando em seus olhos.
Seja o que for estava evoluindo rapidamente, esparramando-se pelo corpo, Sakura franziu o cenho fazendo uma anotação mental de tudo. Envenenamento? Não. Dado o tempo, o estágio estaria avançando o suficiente para levar á óbito. Ela virou a cabeça para o lado, olhando fixamente para o filho.
— Itame, preciso que pegue uma erva medicinal com o pecíolo vermelho. Sakura pediu, dando um olhar tranquilizador em seguida para a garota confusa ao seu lado. — Vai ajudar com a febre.
— Hai. Ele assentiu, retirando-se com velocidade, perdendo-se entre a vegetação.
Tomando aquilo como um teste, correu ainda mais rápido, acompanhando a valeta formada por águas cristalinas, ele sorriu querendo concluir com êxito sua tarefa, fazendo o sinal de mão com euforia incontida.
— Bunshin no Jutsu. Sua voz verberou.
Ele se dispersou, procurando em cada canto, cada arbusto. Foi quando ao se afastar, ouviu um emaranhado de vozes, se aproximou com cautela, encobrindo sua presença.
— Não há vigilância, podemos nos infiltrar facilmente. A voz masculina concluiu.
— Sem pressa. O outro respondeu.
— O que vão fazer? A voz suave questionou trêmula, claramente feminina. Não tinha a menor intenção de participar do esquema de roubo, optando ficar apenas de guarda.
— Saquear até a última pedra sobre o chão dessa vila. O homem disse friamente, erguendo uma adaga afiada.
Itame franziu as sobrancelhas apertando os punhos, essas pessoas... Planejavam atacar o vilarejo. Uma queimação estranha se apossou de si, ardendo em seu interior, sabia que nunca havia ferido outra pessoa em combate, mas estava disposto a fazer o que for preciso.
Todos se encontravam encapuzados, só era possível os distinguir pela voz, o homem paralisou por um momento, como se estivesse enraizado no lugar. Só para desaparecer diante de seus olhos.
Itame se espantou quando o viu se descolar a sua frente em um borrão, com um gesto rápido e sem vacilar, afundou a adaga em seu abdômen sem tirar os olhos gelados de si.
Mas tomou um susto, ao ver o que detectou como um espião desaparecer em uma nuvem de fumaça, um veia pulsou em sua testa.
— Fomos notados! Ele gritou raivoso, então virou-se para o homem mais jovem, guardando a adaga na cintura. — Precisamos achá-lo antes que dê com a língua nos dentes.
O rapaz acenou incerto, dando um olhar a companheira hesitante. Mal reparando que sumiram dentre várias árvores.
Itame estacou quando sentiu o ocorrido em seu clone, o coração disparou em fúria e agitação, a erva medicinal em suas mão o fazendo tomar uma decisão díficil. No fundo de sua mente, uma voz insidiosa ordenava que retornasse até o lar da anciã e relatasse tudo que viu, mas eles estavam perto demais, os civis corriam perigo. Seus olhos se apertaram no momento em que decidiu, partindo em direção oposta ao corredor de folhas.
Itame só teve tempo de se esquivar, jogando o corpo para o lado, que girou no ar diante da shuriken frénetica que raspou em sua lateral, cortando o fino tecido de sua blusa na região das costelas, deixando uma sensação de ardencia na pele.
A figura encapuzada soltou uma gargalhada maléfica, as mãos indo as costas em busca de sua arma. Itame pousou em posição de combate, o cenho franzido, a postura corporal impecável.
— Mas... ele é só uma criança. A voz feminina hesitou, olhos firmes na criança a sua frente. Usava uma blusa cinza de gola, bermuda preta e sandália shinobi comum, tinha olhos penetrantes, seguros, como se não temesse a nada.
— Se vacilar, seu fim será o mesmo. O homem declarou, vendo o medo no rosto dela e sorrindo satisfeito.
O homem reagiu, aquilo o incomodava, o olhar no rosto do piralho, impertubável, como se fossem meros amadores. Rangendo os dentes, ele urrou enraivecido.
Kōton no Jutsu
A arma semelhante a uma foice se transformou em aço, ele a sacudiu no ar, causando uma corrente de força que balançou tudo ao redor. Com um sorriso odioso, ele saltou, desejando parti-lo em pedaços.
— Eu vou fazer isso de forma lenta e dolorosa. Cuspiu presunçoso.
Itame o olhou sem expressão, pronto para o impacto, as mãos seguras com papel bomba. Quando algo interrompeu sua visão, uma grande camada de rosa cintilante, flutuando suavemente, ele pôde vê-la de costas para si, como um verdadeiro escudo, sua forma o cobrindo por inteiro, reluzindo como um ser de luz. Ele abriu a boca atordoado, se desesperando ao imagina-la recebendo o golpe.
— KAASAN. Itame soltou um grito gutural, algo terrível subindo por sua espinha.
O baque ecoou no vazio, estilhaçando algo que soou como um trincado. Sakura aparou o golpe, sua mão revestida de chakra apertou a lâmina afiada com fervor, rachando toda a extensão do objeto. O coração bombeou fortemente, sentiu-se alucinada, enlouquecida, a vida de Itame corria perigo, e ouvir seu grito de terror juntou-se a tudo que sentia, o ódio toldando-a por inteiro, transformando-a em uma fera de verdade.
Com sua força sobre-humana, levada pelo puro desejo de vingança, ela o puxou com toda sua força, dando um arranque, mergulhando a ponta afiada na figura encapuzada, que atravessou por seu corpo, gotejando incessantemente.
— Isso não acabará rápido. Sakura apronfundou a lâmina, rasgando os orgãos, abrindo a carne. — Será lento. Ela cravou mais, o uivo de dor enchendo seus ouvidos. — E doloroso. Finalizou, olhando-o dentro dos olhos como uma leoa, puxou para cima, rasgando-o por inteiro.
Ela soltou, vendo-o cair no chão, já morto. Seu olhar seguiu para cima, onde duas figuras encapuzadas pareciam atônitas. Como se sentissem a aura ruim dentro dela, ambos fugiram, sem olhar para trás.
Itame a olhava impressionado, ele não teve tempo de questionar quando foi envolvido em um abraço esmagador, fazendo-o perder o ar.
— Filho, você está bem? Machucou? Ela o inspecionou por inteiro, levantando os braços pequenos e erguendo a blusa, encontrando um pequeno corte.
A culpa veio forte e Sakura conteve o pranto, pois estava sujeitando seu filho a isso, deslocando-se durante todos esses anos, privando-o de um lar de verdade, de amizades duradouras, apenas fugindo, seguindo em fente. Lágrimas inundaram seus olhos quando sua mão brilhou e se posicionou acima do corte, sabia que era hora de dar um basta, de deixar de se expor aos riscos.
— Precisamos ir, vamos voltar para minha terra natal. Sakura disse afastando os fios escuros da testa dele, vendo os olhos escuros se iluminarem.
A rosada se agachou, indicando que subisse em suas costas, o que ele fez de bom grado, aninhando em sua mãe. Sakura suspirou, dando um último olhar na figura caída, sem remorços, e partiu.
Frustração nem começava a descrever como tinha sido sua vida nos últimos sete anos. Estava cansado, mas também determinado, nunca iria desistir até encontrá-la novamente. Era isso o que precisava, não havia outra maneira, nenhuma outra opção. Ela era sua e sempre seria. Perdê-la nunca seria aceitável para si.
Respirando fundo, começou seu treinamento diário com Kisame, isso era algo que nunca deixava de fazer. Sempre o mantinha em forma, sempre descontava sua frustração, eles lutavam e lutavam, até os músculos doerem, dor, um lembrete de que estava vivo.
Aquele dia Kisame parecia mais humorado do que o habitual, não se segurando em quesito de poder, e deixando as trapaças de lado, isso o fez pensar...
— Há algo que não sei? Itachi o observou com olhos plácidos.
Kisame sorriu, cheio de malícia, esquivando de um chute duplo.
— Acho que é melhor você se sentar. Kisame zombou.
Itachi cruzou os braços, estudando-o com seu sharingan.
— O que está te fazendo parecer tão arrogante? O Uchiha indagou.
— Talvez tenha uma novidade. Ele olhou com um sorriso cheio de dentes.
Itachi ficou parado por alguns segundos, sabia que ele não iria entregar a verdade assim tão facilmente. Seus tomoes se uniram, o mangekyou sharingan vibrou em toda sua glória.
Kisame gargalhou se apoiando em Samehada, levantando o braço esquerdo em um falso "eu me rendo".
— Você me deve por isso. Eu a localizei. Ele despejou, o olhar divertido.
Itachi sentiu o coração bater contra as costelas, mal podendo acreditar no que ouviu, finalmente tinham descoberto algo. Tentou acalmar o sentimentos fortes e dominantes, ele a teria, e não havia escapatória.
