Notas importantes: Twilight pertence a Stephanie Mayer. E a história original pertence a Piper Sullivan.

Capítulo 2 - Bella

- Você quer que eu faça o quê?

Eu pisquei algumas vezes e enfiei alguns fios de cabelo ondulado grosso atrás da minha orelha, certa de que eu entendi mal ou Edward disse algo errado.

- Não me faça dizer de novo, Bella.

Ele implorou, passando uma mão por seu cabelo dourado que agora enrolava nas extremidades. Seus olhos verdes trancaram com os meus e silenciosamente me pediram para entender.

Sentei-me na cadeira do escritório, braços e pernas cruzadas de forma protetora, enquanto uma emoção repentina passava por mim. Edward queria que eu fingisse que estávamos loucamente apaixonados, o que não era difícil de fazer, desde que eu tinha estado apaixonada por ele desde os seis anos de idade, e que estávamos noivos, para se casar. Eu poderia admitir, que sentia uma decepção, de que tudo era para mostrar para os outros.

- Tudo bem.

Levantei as mãos.

- Não repita. Explique.

Ele soltou um longo suspiro e meus olhos se fixaram nos seus antebraços musculosos, bronzeados de seu tempo passado ao ar livre, uma rajada de cabelo cobre dourado cintilando ao sol.

- Harry acha que você é minha noiva e não o corrigi.

Ok.

- Por quê?

- Porque seu tom indicava que seria melhor se você fosse minha noiva, por ser apenas uma linda mulher solteira trabalhando para mim.

Bem, se essa não fosse a opção menos lisonjeira.

- Então, diga-lhe que estou noiva. De outra pessoa.

- Mas ele já pensa que somos noivos Bella.

Revirei os olhos e esperei. E esperei. E esperei.

- Por favor, me ajude Bella. Finja ser minha noiva, até eu ser membro oficial da PTBA. Eu farei qualquer coisa.

Ah, as possibilidades.

- Qualquer coisa?

Ele assentiu, mas congelou no meio caminho.

- O que você tem em mente?

Maldito, ele era lindo, mesmo quando ele estava sendo cético e pouco atraente.

- Edward Cullen você tem medo de que eu peça acesso irrestrito ao seu corpo?

Era uma fantasia minha, mas na minha fantasia, ele me queria.

- Bella.

Disse ele em aviso.

- O que você quer?

Eu queria Edward, mas como não era parte do acordo, então fui com o meu outro sonho.

- Terra. Você tem mais do que você precisa e não tenho nenhuma. Gostaria de ter algumas das suas terras, para abrir meu centro de terapia. Podemos elaborar um acordo para seus cavalos.

Ele ficou quieto por um longo tempo e fiquei parada, porque conhecia Edward toda a minha vida e o homem era teimoso como o inferno.

- Quanta terra estamos falando?

Suspirei.

- Eu não tenho uma quantidade específica, mas a terra que seu bisavô costumava usar para as cabras, deve ser suficiente.

- E se não for?

- Então você me dê a extremidade do outro lado Edward. Por que você está sendo tão difícil sobre isso?

- Estou sendo difícil? Eu apenas pedi algo a uma amiga e ela quer metade da minha fazenda em troca.

Eu respirei, como se ele tivesse me dado uma bofetada.

- Oh, somos amigos agora? É por isso que você quase não me falou cinco palavras desde que cheguei aqui Edward, há um mês?

Levantei uma mão, para parar o que ele estava prestes a dizer, que certamente tornaria mais fácil dizer-lhe que não. De jeito nenhum.

- Segure Edward. Vou pensar nisso, mas agora tenho que sair.

E voltar para o meu apartamento maldito acima do Double Barrel, o bar de meu melhor amigo.

- Você vai realmente pensar sobre isso?

Parei na porta, mas não me virei. Eu não podia me virar, porque não queria ver aqueles grandes olhos verdes desapontados, influenciar minha opinião.

- Eu já neguei a você alguma coisa Edward?

Eu não esperei por uma resposta, apenas deixei a porta aberta e caminhei pelo salão familiar, ignorando a foto de Edward e meu irmão Jasper sem camisa e sorrindo no buraco da pesca, em nossa propriedade antiga.

- Olá sábia, espera!

Parei ao som da menina mais fofa do mundo inteiro e me virei com um sorriso.

- Nessie, como você está?

- Bem. Onde você estava?

A boca de Nessie fez uma adorável careta e suas tranças douradas pendiam em um ângulo inclinado. Olhos verdes cheios de preocupação e confusão.

- Eu tive que conversar com seu pai por um minuto. Você estava com saudades de mim?

Ela balançou a cabeça para cima e para baixo, as sobrancelhas baixando.

- Eu pensei que você tinha saído e não fosse voltar.

Meu coração caiu para a menina. Tinha muitas pessoas que a deixavam. Primeiro, sua mãe que a deixou por vontade própria, depois seu avô em um acidente de avião, apenas um ano depois. Esme Cullen, a matriarca da família estava se recuperando de um quadril quebrado, que resultou de um acidente de esqui. Abaixei-me, então ficamos olhos no olhos.

- Nós somos amigas Nessie. Se eu estivesse saindo, eu lhe diria.

- Promete? A vovó não disse que ela estava saindo.

Ela ergueu o dedo mindinho, uma promessa para garotas de sete anos de idade.

- Prometo.

Eu disse a ela e juntei nossos mindinhos.

- E sua avó está ferida, mas eu sei que ela voltará em breve.

- Quer brincar comigo?

Sua pergunta saiu do nada, a tristeza anterior já esquecida.

- Ah, eu adoraria amor, mas não posso hoje à noite. Você vê com o seu pai, se ele deixa você passar a noite comigo neste fim de semana? Podemos brincar e fazer coisas de meninas.

Grandes olhos verdes se arregalaram de emoção e depois de alegria.

-Você quer dizer isso?

- Claro. Amigas fazem festa do pijama, não?

- Sim!

Ela saltou em meus braços, se pendurando em meu pescoço, enquanto ela sussurrava.

- Obrigada, obrigada, obrigada.

- Não me agradeça ainda, você tem que perguntar ao seu pai primeiro.

Nessie riu e deu um passo atrás.

- Gianna está fazendo bolo de carne esta noite, então eu vou pedir que ele tenha a primeira fatia.

- Garota inteligente. Vejo você amanhã.

- Tchau, Bella!

Eu afastei-me da fazenda, pensando na família Cullen, especificamente se eu poderia fazer o que Edward queria que eu fizesse, sem que meu coração fosse destruído.

- Então, você quer que eu lhe diga por que isso é uma boa ideia ou você já sabe isso?

Eu sempre poderia contar com minha melhor amiga Alice para mantê lo real comigo. Parei no seu bar, bem, o único bar da cidade, o Double Barrel, para obter uma perspectiva sobre a proposta de Edward.

- Ei! O que isso deveria significar?

- Oh, vamos Bella. Nós duas sabemos que você não só quer fazer isso, mas você será bem feliz em fingir que vai se casar com Edward Cullen.

Minhas bochechas ficaram vermelhas e eu enterrei meu rosto na cerveja gelada diante de mim.

- É aí que você está errada, não quero fingir. Eu quero que seja real.

Ela me deu aquela expressão simpática, que eu odiava mais do que odiava qualquer coisa, mas ela era minha melhor amiga, então eu me abstive de jogar minha cerveja no rosto dela.

- Oh querida, eu sei que você quer, mas você não acha que é hora de seguir em frente?

Eu bati uma mão contra o bar, felizmente, não havia muitos clientes neste momento, para me ver fazendo uma birra.

- Você não acha que eu faria se eu pudesse Alice? Eu tentei maldição!

- Eu tive dois relacionamentos sérios na faculdade e nem produzi uma fração da emoção e paixão do beijo de Edward.

- Eu sei que é patético e acredite em mim, eu gostaria de poder mudar Alice. Mas eu não posso.

Alice suspirou e empurrou o cabelo vermelho exuberante de seus ombros, antes de tomar um longo gole do seu copo.

- Então você tem que fazer isso.

- Eu tenho?

Eu não esperava que ela falasse isso, desde que ela estava atrás de mim há anos, para acabar com minha obsessão com Edward.

Ela assentiu.

- Você tem. Mesmo que seja falso, use esse tempo com sabedoria. Seduza-o, faça-o ver o quão bom vocês poderiam ser juntos. Faça o que for preciso. E quando isso estiver acabado...

- Estará acabado.

Terminei por ela, ignorando a tristeza em meu coração vazio.

- Ou ele perceberá que ele tem sido um grande idiota todo esse tempo e você conseguirá o seu final feliz.

Ela sorriu e acenou suavemente as sobrancelhas.

Sim, era bom isso. Exceto que nós dois sabíamos que havia uma melhor chance de fazer um boneco de neve na Main Street, em julho.

- Então eu não deveria continuar pedindo para usar sua terra, para o meu negócio de terapia de eqüina?

Alice terminou sua cerveja e tirou a espuma da boca.

- Se você acha que não vai incomodá-la vê-lo todos os dias. Especialmente quando ele continuar lá, fazendo o que faz.

- Isso ajuda muito, obrigado.

Eu passei anos observando ele namorar mulheres que não eram como eu. Elas eram altas, magras e, mais importante, eram loiras. Não tinham altura média com cabelos castanhos e olhos azuis como eu. Eu não tinha lábios carnudos e meus seios taça C, não estavam impressionando ninguém.

- Bem, acho que preciso encontrar um pouco de terra e ver sobre obter um empréstimo.

- Quanto você precisa?

Eu balancei minha cabeça.

- Não Alice. Eu amo você e eu sou grata pela oferta, mas não posso tirar esse tipo de dinheiro de você. Se o meu negócio falhar, você me odiará.

- Humm... obrigada por pensar tão bem sobre mim.

- Oh, vamos, você sabe que não é isso. Esse dinheiro é para o seu futuro. Você pagou um preço alto por isso.

Ela encolheu os ombros, como se não se importasse, mas sabia que sim. Seus pais e seu irmão mais novo morreram em um acidente de barco, quando ela tinha quatorze anos e sem família para levá-la, ela veio e ficou com a gente até a formatura. Papai não podia cuidar de duas fazendas, por isso tinha a vendido e guardou uma parte do dinheiro para ela.

- Eu sei, mas seus pais nunca tocaram esse dinheiro e eles deveriam ter.

- Você era minha família muito antes disso e você sabe disso. Todos nós adorávamos ter você lá e eu sei de fato, que eles queriam ter certeza de que você pudesse fazer o que quisesse com sua vida, com esse dinheiro.

-Tudo bem, eu assino um empréstimo para você, porque você vai precisar disso.

- Eu posso pedir a Jasper para fazer isso.

Alice ergueu os olhos.

- Querida, ele tem menos garantias do que você, a menos que você conte suas armas e seu corpo.

Caramba, ela estava certa. Ser um guarda florestal nos últimos seis anos e do exército uma década antes, significava que ele não tinha nenhuma casa, nenhum carro. Nenhuma garantia, exatamente como Alice disse.

- Vou pensar sobre isso, ok?

- Você sabe onde me encontrar.

- Eu vou falar com você amanhã.

Eu disse a ela e terminei minha segunda cerveja da noite.

- Eu tenho um monte de sono para pagar esta noite.

Eu sabia que eu ajudaria Edward, porque eu estava impotente onde ele estava em causa, mas eu não sabia se eu tinha em mim, para fazer o que Alice sugerira. Ele não me notou em todo esse tempo, o que tornaria essa vez diferente?

Postei e saí correndo.

Beijinhos.

Att. Izzy Duchannes