Certo, eu demorei muito a atualizar isso, mas eu estava apenas em um momento de leitora.
Ler fanfictions me ajuda a concentrar no que eu preciso e me dá tempo para relaxar um pouco.

Atualmente estou passando por uma crise nervosa que está causando problemas alérgicos irritantes e isso faz parte dessa coisa de (eu preciso cuidar de mim)
Mas agora, mesmo com os problemas ainda aqui, achei a inspiração que precisava para esse cap.

Então, divirtam-se.

Beijos.


Aviso:

Este capítulo contém cenas de sexo, se não gosta de ler isso sugiro que pule este.
Boa Leitura a todos.


Cap V - Divino e Profano

Nenhum dos dois soube precisar quando passaram da mesa para o sofá, ambos portando suas taças cheias daquele vinho de ameixa. Seguiram rindo de uma história que Bill havia contado e lentamente o tom da conversa se modificou, estava mais íntimo, assim como ambos muito próximos. A voz quase sussurrada de Adama causava arrepios suaves na nuca de Laura, afirmando o que ela já sabia. Estava terrivelmente atraída por esse homem. Conforme a taça ia se esvaziando eles trocavam beijos e suaves carícias entre uma conversa sobre o que cada um gostava.

Essa parte de se conhecer lentamente era adorável, mas conforme a noite ia se aprofundando os beijos se tornavam mais intensos, cheios de uma necessidade que falava sobre suas intenções. Era sedutor, erótico. E o modo que o corpo maior pressionava o seu contra o sofá, a mão que serpenteava sob a blusa, tocando seu abdômen em progressão a lateral de um seio, isso era totalmente bem vindo porque a própria Laura tinha ambas as mãos sob a camisa dele, suas unhas raspando suavemente a pele sensível das costas provocava alguns dos gemidos mais instigantes que ela já ouviu.

A boca dela prendeu os lábios de Adama entre os dentes e ambos se encararam. Mesmo um tanto embaçado devido a proximidade e a falta de seus óculos Laura ainda pode ver o quanto era desejada. Gentilmente ela o empurrou, ambos ficando sentados novamente. Ela quase riu da expressão que ele fez, como se estivesse sendo repreendido enquanto ela colocava os óculos e ficava de pé. Sem dar tempo de ele conseguir formar palavras, Laura pegou a mão dele na sua e sorriu o puxando gentilmente. Nenhuma palavra cabia no momento, apenas a troca de olhares era suficiente, dizendo tudo o que cada um queria dizer.

Juntos, de mãos dadas eles caminharam, Laura sempre a frente indicando o lugar, seus passos descalços ecoando no silêncio da noite. Com um toque suave no interruptor, pouco antes de pisar no primeiro degrau da escada a luz se apagou trazendo um beijo faminto, eles tinham fome um do outro, Tropeçando alguns passos conforme subiam. A meio caminho de subir para o segundo andar a exploração de corpos se tornou mais intensa, peças de roupa se perdendo conforme as bocas alcançavam um pouco mais de pele. Uma mordida suave arrancou um gemido de Laura que obrigou Adama a refazê-la exatamente no mesmo lugar, no pescoço, um pouco abaixo da orelha.

Ele a olhou e mesmo na penumbra pode ver como o rosto dela estava mais corado, ambos estavam sem camisa, os peitos arfavam e a pele dela ainda estava arrepiada no local da mordida. Lentamente os olhos azuis foram descendo do rosto bonito para onde a mão dele tocava. O polegar se movendo preguiçosamente sobre um mamilo, indo e vindo, ora formando um círculo completo. Ele sentia que Laura estava evitando novos gemidos da mesma forma que ele percebeu que ela ocasionalmente tentava conter seus risos.

- Deixe vir, eu preciso ouvir você.

Ela ainda lutou um pouco, pura teimosia, mas Bill continuou, seus dedos pressionando levemente quando ela virou o rosto tentando fugir do olhar dele, foi apenas quando a língua dele a tocou que o gemido veio e o som disso fez o sangue do Major ferver. Era como ter fogo líquido correndo nas veias. Ele pressionou os dentes logo ao lado do mamilo movendo sua atenção para o seguinte.

Dizer que Laura se derreteu era um excelente eufemismo para a ocasião, porque era exatamente como se sentia ali. Ela sequer tentou continuar a levá-lo para a cama, suas pernas estavam fracas e ela nem conseguia mais controlar qualquer reação. Naquele momento havia se entregado totalmente a atenção de Bill Adama. Feliz e satisfeita que ele pudesse a manter de pé enquanto continuava essa deliciosa exploração de sua língua. Ela teria ficado ali, teria transado nos degraus da escada se Bill não a tivesse ajudado a subir mais alguns. Com passos lentos e ainda sendo colocada contra cada parede onde Adana explorava seu corpo com língua e dentes. Em algum momento eles entraram no quarto e a maciez de seus lençóis trouxe um pouco de coerência a Laura, não fazia seu estilo deitar e deixar acontecer, ela queria dar a Bill sensações similares às que estava sentindo.

Conforme descia beijos, dos ombros de Laura, passando entre os seios e seguindo em direção ao umbigo, Adama sentiu e um movimento ágil Laura inverter as posições o colocando de costas para a cama. E ele amou aquele sorriso vitorioso que ela exibiu, ainda mais a forma como ela o olhou, o desejo naqueles belos olhos verdes. O jeito que os cabelos ruivos caiam em seus ombros, a forma esguia de seu corpo lentamente se inclinando para reivindicar a boca em um beijo cheio de promessas. Laura estava o torturando e ele sabia que ela mal havia começado a exploração que pretendia. Quando ela se afastou e seus dedos começaram a traçar os músculos de seu peito, ela parou em uma cicatriz em seu ombro e então o olhou.

- Nada muito interessante, acidente de carro. - ele viu algo cruzar nos olhos dela e a expressão de Laura mudou por alguns segundos.

A mão de Bill se moveu carinhosamente no braço dela quando a viu fechar os olhos.

- Tudo bem Laura, não foi nada demais, eu estou aqui.

Sem conhecer a história por trás daquela mulher ele interpretou da maneira que podia, então sentiu os lábios dela sobre a cicatriz e o padrão de beijos leves se espalhou. Ela ainda mantinha os olhos fechados respirando lentamente como se quisesse controlar as emoções, então os olhos se abriram e ela sorriu.

- Que bom que você está aqui.

Bill nunca percebeu a entonação daquela frase pois naquele momento ele fechou os olhos e gemeu com a forma que ela se moveu sobre sua ereção ainda contida pelas camadas de roupas. Logo a intensidade voltou e os beijos se tornaram mordidas que ela espalhava pelo corpo dele, fortes suficientes para deixar marcas. E conforme a boca dela descia, as mãos ágeis de Laura se moveram a abrir o fecho e o libertar para ser agora envolvido por uma mão macia e quente.

Adama mal teve tempo de se recuperar antes de descobrir o quão sedosos eram os lábios dela. A atenção que ele recebeu foi agoniante, uma tortura bem vinda que o fazia se contorcer e gemer enquanto se controlava para não acabar com tudo muito cedo.

Eles ficaram ali, explorando um ao outro, testando o paladar, olfato, tato e todos os outros. Um banquete para os sentidos. Quando um achava que estava prestes a ceder invertia a atenção e quando toda a brincadeira sensorial se tornou muito eles se conectaram. A forma como os corpos se encaixaram deveria ser profana. Nada divino era tão maravilhoso quanto a sensação de Laura o montando completamente. Olhando a forma que ela se movia, por um momento Bill imaginou Artemis, livre, selvagem com seus cabelos pairando ao redor. E ele era apenas um mortal profanando o corpo sagrado de uma Deusa.

Ainda na cama, Adama movia seus dedos nas costas de Laura, aprendendo a textura da pele dela, cada curva. Observando a forma como a respiração ia se acalmando.

- O que você está fazendo?

Bill sorriu, os lábios dela fazendo cócegas em seu peito conforme se movia, o hálito quente o fazendo arrepiar.

- Aprendendo como você é. Não quero perder isso… - sorriu ao sentir a boca dela pressionando um beijo em seu externo.

A abraçou, puxando para descansar sobre seu peito, uma mão continuou a se mover por toda extensão das costas dela quando a outra acariciava os fartos cabelos. Parecia muito certo, como se toda a vida ele tivesse apenas vagando sem rumo até chegar neste momento onde tudo fazia sentido. Lentamente ela foi relaxando até pegar no sono, logo sendo seguida por Bill. O último pensamento coerente que passou por sua cabeça foi que em outra ocasião ele nunca teria dado aquele salto. Ele teria terminado e se despedido como em outras breves ocasiões. Mas Laura o deixava à vontade, ela o fazia se sentir em casa, querido.

Despertar com braços ao redor de sua cintura a fez sorrir e se lembrar da intensa noite de amor. Laura se sentia um pouco piegas porque as vezes ela simplesmente não conseguia dizer sexo, preferindo a expressão mais doce e suave. E ela se sentia à vontade pensando assim porque era assim que Bill a tratava. Com carinho e cuidado. Ela porém teve a consciência de deixar a palavra amor ilustrando apenas o ato sexual que compartilharam e não ao sentimento de fato. Isso tudo era muito novo para dar títulos. Lentamente virou nos braços dele e foi beijando cada porção de pele que encontrou, em algumas ainda havia marcas de mordidas que ela imaginava que ainda ficariam ali por alguns dias.

- Hmm… Eu posso me acostumar a ser acordado assim.

- Seu amigo não lhe oferece a mesma cortesia?

- Saul é do tipo mal humorado pela manhã, ele nunca me acordaria com beijos.

Isso fez Laura rir e perder o momento em que ele virou a prendendo sob seu corpo.

- E eu definitivamente prefiro sua boca… hm sim, as coisas que ela faz…

- BILL! - deu um leve golpe nas costas dele ao oferecer o pescoço para uma exploração rápida dos lábios dele.

Havia um pouco de barba que tornava tudo levemente diferente da noite passada, era interessante a forma como isso a deixava excitada considerando que ela nunca foi uma mulher que sentia atração por homens barbados.

Aproveitando o início do fim de semana, eles passaram boa parte da manhã na cama, até o estômago de Laura começar a reclamar comida. Bill estava prestes a rodear um seio com sua língua quando novamente o estômago roncou alto.

- Okay, uma mulher quer o que uma mulher quer. Eu faço o café da manhã, o que acha de ovos mexidos?

- Parece perfeito.

Ela continuou deitada na cama, observando ele recuperar algumas de suas roupas e as colocar antes um olho impossivelmente azul e descer em direção a cozinha. Então ela abriu um largo sorriso e se virou na cama afundando o rosto e respirando o aroma do perfume masculino. Poucos minutos depois ela estava lá em baixo, um robe de seda cobrindo o corpo precariamente, bom, claro que ela deixou o decote um pouco mais pronunciado apenas para testar uma teoria. Ela beijou o meio das costas dele e espiou o que estava sendo preparado.

- Isso parece delicioso.

E lá estava, o olhar faminto dele sobre sua pele. Ela gostava disso em Bill, ele a olhava com um desejo e doçura único. Prestes a se inclinar para um beijo a campainha tocou e ela se afastou, uma sobrancelha erguida em curiosidade.

Não esperava por ninguém naquela manhã, mas ela suspeitava que talvez sua boa amiga estivesse um pouco curiosa e tivesse tido a ideia de uma visita, infelizmente ela teria que dispensar Christie pois ela ainda tinha planos para Adama.

- Se você veio… - ela parou ao abrir a porta e ver quem estava ali. Laura fechou o robe junto com sua expressão. - O que faz aqui?

Adar sorria abertamente, aquele sorriso de dentes perfeitos que ele gostava de exibir a todos, alguns diziam que isso fazia parte de seu charme. Talvez sim.

- Mandei várias mensagens a convidando para o café da manhã, sem obter uma resposta eu vim pessoalmente.

- Você deveria aprender a interpretar melhor o silêncio. Eu não tenho tempo para seus jogos Adar, por favor vá embora.

Sons na cozinha interromperam a eloquência do nobre político. Ele a olhou, novamente deixando os olhos percorrer o corpo de Laura e então ele estreitou os olhos de uma forma ameaçadora.

- Você tem companhia?

- Eu não me preocuparia com isso se fosse você. Agora com licença e tenha um bom dia.

A mão dele segurou a porta então Adar se aproximou muito do rosto de Laura, sua voz um sussurro.

- Esse… seja lá quem for, não tem a menor chance. E se você acha que eu vou desistir do que quero por causa de um contratempo em sua cama, deveria saber melhor Laura. Eu não desisto, Nunca.

Adar deu as costas e saiu, sua voz era perigosa e a linguagem corporal dizia que ele estava claramente irritado, mas Laura nunca teve medo desse homem, ele ia aprender que não se dava para vencer todas. Fechando a porta ela deixou Richard Adar para trás, isso não era importante, não fazia parte de sua vida e ela definitivamente não pensava em aceitar as propostas dele. Porque agora ela sabia, não era apenas o convite para a campanha, havia um convite implícito para sua cama.

Com as costas na parede Laura respirou fundo, então o cheiro do café da manhã a fez sorrir.

- Você está tentando me ganhar pelo estômago? - perguntou ao voltar para a cozinha onde a bancada estava com dois pratos de ovos mexidos com bacon. Bill servia suas canecas com café fresco e ela suspirou. - Certo Adama, você tem minha atenção.

- Oh sério? Achei que já a tivesse ganhado depois de tudo.

- Eu sou uma mulher indecisa.

Isso era muito mais saudável do que o que ela teve com Adar antes, do que ele oferecia a ela agora. Laura não queria ser um acessório de luxo, ela queria ser uma mulher, no sentido total da palavra e Bill Adama a fazia se sentir assim.