Nota da Autora: Sim, senhoras e senhores, theMaven fez seu primeiro songfic :) Este é um one-shot Sess/Rin feito com a música do The Toadies, "Possum Kingdom." A letra está em itálico. Minha escolha do título vem tanto da letra quanto ao eufemismo francês para orgasmo – "le petit mort" ou "a pequena morte".


AVISO: Este fic é R por um motivo. Se você tem problemas com isso, ou não tem idade suficiente para ler a respeito de atos físicos de natureza sexual, por favor, não leia mais. Você foi avisado.


Nota da Tradutora: Comecei a traduzir esta história há alguns anos e a reencontrei agora. É outra fanfic da mesma autora de In A Different Light, e ela me autorizou (há muuuuito tempo) a fazer a tradução da songfic dela. Como quero voltar à carreira de ficwriter, decidi postar aqui. Eu havia mandado antes para algumas pessoas.

A história original tem cerca de 50 páginas, e eu vou postá-la aqui aos poucos. Então… boa leitura! Espero que gostem!


Do You Wanna Die?

Parte I

Autora: TheMaven

Tradução: Shampoo-chan

~Make up your mind~

O lorde demônio das Terras do Oeste havia se negado por tempo demais. Por cinco anos ele tentou dissipar o profundo desejo pela jovem atualmente sob seus cuidados, tentando sem sucesso trocar o desejo pelo corpo dela por sangue dos inimigos. E ele matou muitos em nome dela – olhos vermelhos, garras afiadas, caninos à mostra, rasgando o youkai desavisado em pedaços, destroçando a carne deles, derramando o sangue, manchando as garras no vermelho enquanto esmagava os frágeis ossos deles sob as botas de couro pretas, os patéticos gritos de dor das presas quebrando o silêncio da noite.

Sim. Apenas à noite – noites como esta – ele se sentia assim. Apenas à noite a natureza demoníaca surgia e dominava a mente racional, preenchendo o nariz canino com o sedutor cheiro da jovem aprendiz enquanto esta dormia calmamente diante do fogo, sem saber dos desejos sombrios que corriam nas veias do tutor dela.

No passado, ele queria mantê-la segura de predadores noturnos tais como ele. Para grande parte dos demônios, a jovem pareceria um deleite saboroso demais, um alvo tentador demais, uma coisa delicada e deliciosa demais para simplesmente ignorar. Entendendo os pensamentos e conhecendo as motivações deles, ele a mantinha por perto e nunca a deixava andar sozinha. Se ele não pudesse vigiá-la pessoalmente, ele entregava a tarefa a Ah-Un, que permitia que ela andasse com ele, ou a Jaken, cuja própria incompetência o fazia sentir-se muito importante. Ele a ensinou a lutar. Ele a ensinou a ler e a escrever. E ele se assegurou que ela entendesse os verdadeiros caminhos do mundo – mesmo se a verdade fosse brutal, desagradável ou... inquietante demais.

No coração – sim, ele tinha um – ele queria mantê-la segura e protegida na presença dele. Queria fazer com que ela sentisse que pudesse contar com ele, confiar nele, apoiar-se nele. Agora, ele a queria.

Queria sentir as mãos delicadas dela em si. Queria sentir aqueles lábios rosados e carnudos pressionados nos dele. Queria respirar o ar dela, sentir o gosto da língua, correr as mãos calejadas em cada ponta e vale da forma bem desenvolvida dela. Queria sentir o calor dela se contorcendo e se remexendo sob ele. Queria fazer com que ela sentir o que nenhum outro homem poderia.

E ele sabia que isso era exatamente o que ela queria.

Era… depravação, sabia disso. Mas não mais ligava para isso. Não ligava que ela fosse uma humana "inferior" e ele um lorde youkai. Não dava a mínima que a tivesse criado desde criança e que a viu passar por todos os estágios do desenvolvimento humano. Não dava a mínima que os outros pensassem que ele ficou fraco por ter uma esposa humana e tentassem tirar vantagens do assim chamado estado "enfraquecido" dele.

Nunca se sentiu tão forte ao ver-se através dos olhos dela.

E aqueles que tentassem feri-lo por meio dela encontrariam o mesmo destino que os tolos patéticos que tinham a infelicidade de cruzar o caminho dele quando ele tentava… clarear os pensamentos.

Rin era dele – somente dele – sempre e para todo a eternidade.

Agora que ele tomou a decisão dele, estava na desconhecida posição de esperar pela outra pessoa fazer a escolha dela. Ele mandara Jaken ir buscá-la.

~Decide to walk with me~

"Não fique aí sentada, garota estúpida. Faça alguma coisa!"

Rin fez uma carranca ao pequeno sapo do outro lado do acampamento. Ah-Un a ajudou a afastar as sombras feitas pelas copas das árvores. O sol estava começando a se levantar quando Jaken e o lorde dela haviam saído por motivos desconhecidos, mas já era noite e a floresta estava cheia de sons.

Sabendo o verdadeiro significado da palavra "estúpida", ela não gostou da palavra usada para descrevê-la. Árvores eram estúpidas. Rochas eram estúpidas. O chão era estúpido. Mas eles não tinham como dar voz da maneira que todos gostariam que fosse. Ela já não era estúpida há muitos anos. De fato, todo mundo no grupo concordaria que ela tem sido bastante comunicativa desde a ressurreição dela pelas mãos de Sesshoumaru, e nunca hesitou em falar a opinião dela, em qualquer ocasião. Embora, no começo, ela descrevesse o comportamento dela como… tagarela, grata por ouvir a própria voz, ao longo dos anos, ela tornou-se mais reservada, ainda que uma adulta que falasse sem rodeios.

E ainda assim, naquele momento, admitia que era uma estúpida. As palavras… faltavam a ela.

"O que você disse?"

O sapo bufou, a pele verde e escamosa parecendo ainda pior sob a luz da fogueira, os olhos amarelos revirando. "Lorde Sesshoumaru ordenou que você o encontrasse hoje à noite. Se quiser ir até ele, então vá. Se não, então vou retornar e dizer a ele sobre a sua decisão."

"Que decisão?"

"De não ir encontrá-lo, menina que dá nos nervos."

"Por que ele pediria para me ver se eu não tenho que ir?"

O sapo falou lentamente, pronunciando a sílaba de cada palavra. "Ele. Está. Dan-do. A. Você. Uma. Escolha."

Rin franziu a testa. "Não fale comigo como se eu fosse idiota."

"Então pare de agir como se fosse. Está perdendo tempo. Quer ir ou não? A paciência do nosso lorde pode ser infinita, mas a deste Jaken não é. Nós viajamos o dia inteiro, e este Jaken gostaria de ter algo para comer e dormir um pouco antes de partirmos de novo pela manhã."

As sobrancelhas dela, normalmente suaves, se uniram em concentração. "Sobre o que ele quer conversar comigo?"

"Como se eu soubesse! Este Jaken simplesmente faz o que ele manda." Ele balançou o Bastão de Duas Cabeças na frente dela, evitando as chamas do acampamento. "Agora, mulher, qual é a sua escolha?"

Mulher. Ele a chamou de mulher. Momentos antes, ele a chamou de "garota estúpida", e agora ele se dirigia a ela como mulher.

Será que foi meramente um acidente, um deslize? Ou foi algo mais?

Ela era inexperiente em… certas áreas. Mas já haviam dito o que frequentemente acontecia entre um homem e uma mulher longe de olhos observantes depois que o sol se punha. Ela vira imagens e lera pergaminhos. E, como fútil fantasia que era, sonhara fazendo essas mesmas coisas com o lorde dela. O lorde, embora um youkai, era decididamente um homem… ou macho, como era o caso. E Jaken havia acabado de declarar – e ela sentia falta disso há bastante tempo – que ela era uma mulher. E... o sol havia definitivamente se posto, a lua cheia pendendo alto no céu estrelado.

Isso queria dizer que o lorde queria...

"Deixe de ser tão teimosa. Escolha!"

Rin engoliu em seco. Ele não poderia. Nunca. Ele odiava humanos, desaprovava a completa existência deles.

Mas ela era mulher. E o lorde um homem. E homens tinham necessidade… assim como as mulheres, em menor grau.

Se ela entendera corretamente, os youkais machos estavam sempre preparados para tais atividades, e youkais fêmeas tinham apenas "interesse" nisso uma vez por ano, enquanto que as mulheres humanas... Bem, falando por si, a mente dela era um pouco mais cheia.

Fim da parte 1