Capítulo 65 – Esse é o fim?
Those who are dead are not dead
They're just living in my head
And since I fell for that spell
I am living there as well, oh
Time is so short
And I'm sure
There must be something more
Música: 42 - Coldplay
"House, você precisa ir".
"Não, eu não preciso".
"Ele era o seu funcionário".
"E daí? Ele não pensou nisso quando deu um tiro na própria cabeça".
"House!". Cuddy chamou a atenção dele irritada. "Você não sabe pelo que ele estava passando, não julgue. Nem tudo gira em torno de você".
"Ah é? Eu passei por dores excruciantes por longos anos, como eu não sei?".
"As vezes dores emocionais são piores que dores físicas".
"E você acha que eu também não sei nada sobre dores emocionais?".
"As pessoas são diferentes. As pessoas lidam diferentemente com as coisas".
House não estava conseguindo lidar bem com a morte de Kutner. Ele passou o dia todo isolado depois de receber a notícia. Foi investigar por conta própria a razão do suicídio. Ele não se conformava por não haver percebido nenhum sinal de alerta. Cuddy estava preocupada com ele. House estava ausente, alheio a tudo e a todos, inclusive aos filhos.
"House, por favor, vamos ao funeral comigo".
"Por que é tão importante esse evento se ele já morreu?".
"É uma maneira de prestar homenagem a Kutner e solidariedade à família".
Ele riu. "Mais um evento de aparências...".
"Não é aparência, eu realmente quero prestar a minha homenagem a ele e a minha solidariedade a família".
"Eles o deixaram... Eles não prestaram atenção... Eles devem se sentir culpados, eu não vou atenuar a culpa deles".
"House! Você não tem ideia do que está falando. Eu sei que você está sofrendo, mas aí já é demais. Foi demais o que você fez para aquela família, em um momento de dor você apontou o dedo na cara deles".
"Por quê? Falar a verdade é demais?".
"E se fosse Ethan? Você gostaria de ouvir isso?".
"Se fosse Ethan seria nossa responsabilidade e eu não iria querer ninguém me dizendo o contrário para me confortar".
Cuddy arregalou os olhos, House estava pior do que ela podia imaginar.
"Porque você não marca uma consulta com a Dra. Layla".
"Kutner que tirou a própria vida e eu que tenho que ir a terapeuta?".
"Por favor! Por mim, pelas crianças!".
Ele bufou e saiu de casa sem responder.
Cuddy estava sozinha no funeral de Kutner. House não foi. Havia uma semana que ele não falava direito com ela, não conseguia se concentrar no trabalho ou nos cuidados dos filhos. Cuddy queria dar tempo para ele, mas ela estava muito preocupada.
"Ele não vem realmente?". Wilson perguntou.
"Não. Eu estou preocupada".
"Ele ficou muito abalado".
"Sim. E ele não está sabendo lidar com tudo e não quer ajuda. Ele está adotando a velha tendência de se fechar. Eu não consigo entrar, nem as crianças conseguem... Gwen está sentindo falta das brincadeiras com o pai. Rachel e Ethan ainda são pequenos, mas Gwen percebe".
"E você? Como você está com tudo isso?".
"Preocupada, eu te disse".
"Não... quero saber... você está preocupada com ele, mas... e como você está se sentindo?".
"Eu estou chocada, triste, com raiva e... preocupada. E irritada por estar preocupada".
House foi até o apartamento de Kutner, ele precisava descobrir a razão, pois ele não admitia não saber. Existia uma razão e ele precisava entender. Mas nada ajudou. O apartamento não era a resposta, as coisas não pareciam fazer sentido, nada fazia sentido. A dor era grande em seu peito, ele não sabia lidar com perdas, ele não conseguia entender a fragilidade da vida, as mudanças tempestivas e repentinas. Nada fazia sentido. E ele chorou. Sozinho entre fotos e memórias, ele chorou.
Naquela tarde ele bebeu, bebeu mais do que se lembrava de ter feito nos últimos anos. Cuddy passou a tarde tentando contatá-lo sem sucesso, até que, no início da noite ela recebeu uma chamada e foi encontra-lo. O barman de um bar ligou pra ela, pois House havia desmaiado alcoolizado.
"Desculpe incomodá-la, mas eu encontrei o seu número nas coisas dele".
"Não é incomodo nenhum, eu agradeço por ter me ligado".
"Ei... O que você faz aqui?". House perguntou embriagado.
"Cale-se! Vamos pra casa".
"Eu não quero! Dê-me mais uma bebida".
"Não! Você vai pra casa agora!".
"Você é chata!".
"E você está bêbado".
"Você é chata!".
"E você está bêbado".
"E quem se importa com isso?".
"Eu me importo". Cuddy respondeu séria e irritada.
O barman a ajudou a coloca-lo no banco de trás do carro e ela foi pra casa. House dormiu no carro e, quando chegaram, Cuddy não tinha forças para carrega-lo para dentro de casa, então ela chamou Wilson que a ajudou. House foi depositado na cama com roupa e tudo e lá ficou.
"Você precisa de ajuda?".
"Não Wilson, você já me ajudou bastante".
"Você quer que eu fique?".
"Não, foi um dia difícil, você merece descansar".
"E as crianças?".
"As meninas estão com Julia e Ethan está com minha mãe. Ainda bem!".
"Sinto muito. Ele não está bem".
"Ninguém de nós está, Wilson. Mas ele tem sempre que agir assim...".
"Ele não estava agindo assim nos últimos anos".
"Mas está aí, a velha tendência...".
"Você pensa em fazer o que?".
"Eu ainda não sei, preciso descansar".
"Cuddy, você não pensa em largá-lo?".
"Não sei Wilson, eu preciso descansar".
Wilson estava preocupado com os amigos, mas deu o tempo que Cuddy precisava.
Algumas horas depois House acordou com uma enorme ressaca. A cabeça doía muito, e o estomago estava embrulhado. Ele logo entrou no banheiro e tomou uma ducha, colocou uma roupa mais confortável e limpa e foi procurar a esposa. Ele sabia que havia feito merda e que provavelmente Cuddy estaria muito irritada.
"Cuddy?".
Ela não respondeu.
"Cuddy?". Ele a encontrou na sala com o laptop no colo.
"Tem comida na geladeira". Ela disse sem olhar pra ele.
"Eu não estou com fome".
Cuddy não respondeu e ele se aproximou.
"Cuddy... Desculpe".
Ela riu sarcástica sem ainda olhá-lo.
"Eu sei que você está irritada...".
"Irritada?". Ela se virou para encará-lo com os olhos vermelhos de raiva. "Eu estou mais do que irritada. Você... Você continua sendo um egoísta. O mesmo egoísta de sempre. Como eu pude me enganar tanto?".
"Eu... eu...".
"Você acha que é o único que está sofrendo? Pois NÃO, você NÃO é o único. Quem mais largou a família, os filhos e foi se entorpecer? Quem mais faltou ao funeral e se isolou de todos ao invés de compartilhar a sua dor de forma equilibrada?".
"Eu não sou como os outros, você deveria saber disso".
"Sim, você tem razão. Eu deveria saber disso".
Ele respirou fundo. "Como estão as crianças?".
"Agora você se importa com os seus filhos? Com a sua família?".
"Eu sempre me importei, não fale que não, você sabe disso".
"Eu não sei de mais nada. Você tomou algum entorpecendo além do álcool?".
"Você está insinuando que eu me droguei?".
"Não sei... Diga-me você!".
Ele riu irritado. "Não, eu não me droguei".
Ela olhou desconfiada.
"Quer um exame de urina? Quer examinar minhas pupilas?".
"Eu pensei que te conhecia, House. Pensei que tínhamos uma vida estável. Mas não... Se você surtar na primeira dificuldade... Se você se isolar ao invés de compartilhar as coisas comigo...".
"As vezes eu preciso de um tempo sozinho".
"Eu entendo precisar de um tempo, mas não é isso o que você fez. Você se isolou de nós".
Ele ficou calado.
"Os seus filhos precisam de você, eles se espelham em você. Imagina se eles o vissem assim...".
House continuou calado.
"Gwen perguntou por você a semana toda, logo Rachel e Ethan também vão fazer o mesmo quando o pai deles sumir ou ficar desatento. Eu quero isso pra minha vida? Definitivamente não!".
"O que você quer dizer exatamente? Você está me chutando de sua vida?".
"Não. Mas eu irei eventualmente se isso se repetir".
"É uma ameaça?".
"É um aviso".
E ela levantou-se e foi para o quarto.
House ficou pensativo na sala, ele não podia perder a sua família. O que ele faria sem Cuddy e seus filhos? Ele sabia que seria o fundo do poço e não tinha certeza se ele sairia de lá algum dia. Nesse momento ele ligou para o consultório da Dra. Layla e agendou um horário para o próximo dia.
Algumas horas depois...
"Eu vou buscar as crianças". Cuddy informou House. Ele fazia o jantar, macarrão com queijo e uma salada especial, na tentativa de agradar a esposa.
"Eu vou com você, só me dê alguns minutos para eu finalizar aqui".
"Não precisa ir".
"Eu quero ir...".
"Eu não quero que você vá". Ela foi sincera.
"Tudo bem". House respondeu ainda chocado com a sinceridade da esposa.
"Julia me ajudará a coloca-los no carro". Cuddy explicou percebendo o semblante do marido.
Ele balançou a cabeça em sinal de entendimento e calou-se.
Cuddy percebeu que ele ficou ferido, mas e quanto a ela? Ele também a feriu muitas vezes na última semana.
Enquanto Cuddy estava fora ele entrou em estado de desespero. Ele estava perdendo a sua família. House respirou fundo, engoliu o choro e focou em terminar o jantar.
Já Cuddy não reprimiu os sentimentos, a caminho da casa de Julia ela chorou muito. Chorou por todo o sentimento acumulado, pelas frustrações da última semana, pelo medo de ter o seu sonho de família desmoronado. Não, ela não esperava que seu marido fosse perfeito, ela o conhecia, mas... Ela sentia que ele regrediu ao que era antes, antes de estarem juntos, antes de serem uma família. Ela não queria isso para si, mais importante: ela não queria isso para os seus filhos.
Quando chegaram House evitou ir ver os filhos enquanto ainda estavam no carro, para não desagradar Cuddy. Ele esperou pacientemente. Quando Gwen entrou ela correu pra ele.
"Papai!".
"Eu minha filha!". Ele a levantou nos braços. Sua perna doeu, mas ele aguentou firme.
"Macarrão?". A menina perguntou.
"Macarrão com queijo, a sua comida preferida". House disse e a menina abriu um largo sorriso.
Cuddy entrou com Rachel.
"Você pode buscar Ethan, por favor?". Ela perguntou.
"Claro!".
E ele foi o mais rápido possível, ele sentia muita falta dos filhos. Quando ele chegou no carro, Ethan já estava chorando.
"Ei garoto, o seu pai está aqui". O menino arregalou os olhos. House o tirou da cadeira de segurança e o levou pra dentro nos braços.
"Papai está aqui e não vai a lugar nenhum. Papai precisa deixar de fazer bobagens e de chatear a mamãe".
Quando ele entrou na cozinha Rachel também correu até ele.
"Ei Rack, como foi na casa da tia Julia?".
"Baaa buuu".
"Oh... Entendo... Imagino que tia Julia te irritou com aquela voz de hiena, eu não sei por que ela insiste em falar assim com os bebês, vocês são bebês e não idiotas".
Rachel passou a mão no rosto do pai e se arrepiou com a barba, ela e Gwen sempre faziam isso. Ethan parecia não se importar.
Cuddy permaneceu séria e distante.
"Vamos jantar? Tem macarrão com queijo e uma salada especial". House anunciou o cardápio.
"Eba!". Gwen disse.
"Eu estou sem fome, vou amamentar Ethan". Cuddy disse enquanto pegava o menino e saia da sala. House estava frustrado, mas ele merecia isso. Esse tratamento frio de sua esposa.
"Vamos comer meninas?".
Ele serviu Gwen e a ajudava com os talheres, a menina queria ser independente e comer sozinha, mas ainda era impossível. House se desdobrava entre alimentar Rachel e ajudar Gwen.
Depois de algum tempo Cuddy voltou.
"Ethan dormiu, ele está bastante cansado".
"E quem não estaria? Ele passou o dia com Arlene". House tentou fazer uma piada, mas Cuddy não reagiu.
"Eu vou dormir também". Cuddy anunciou.
"Espere... eu fiz uma salada...".
"Eu não quero, obrigada!". Ela disse e se dirigiu para o quarto, mas antes pediu um favor para o marido. "Ah, você pode colocar as meninas na cama?".
"Sim, claro que sim".
"Não esqueça de escovar os dentes delas".
"Ok".
E ela foi dormir.
Alguns minutos depois House estava colocando as filhas para dormir. Rachel primeiro, a menina dormia rápido. Gwen depois, ela demorava mais a pegar no sono.
"Histólia".
"Você quer ouvir uma história? Deixe-me pensar...".
House contou uma velha história que havia ouvido de sua avó, a menina gostou muito da história e demorou a dormir, pois prestava atenção a cada detalhe, mas por fim foi vencida pelo cansaço.
Então House não sabia se ia para o quarto, se ficava na sala. O que seria o ideal?
Ele resolveu ficar na sala. Pegou uma coberta rosa no quarto De Gwen e se aconchegou no sofá.
Duas horas depois Cuddy foi procura-lo e o encontrou dormindo ali. Ela o cutucou e ele acordou assustado.
"Você deveria ir pra cama".
"Eu não queria incomodá-la ou irritá-la ainda mais".
"É a sua cama. Pelo menos... ainda é".
Ele engoliu seco. "Você precisava ficar sozinha e... você merece a cama toda pra você essa noite".
"Se somos um casal não vamos resolver as coisas assim". Ela o informou.
"O que você quer dizer?".
"Meus pais faziam isso. Brigavam e no dia seguinte eu encontrava meu pai no sofá da sala. Isso me preocupava, eu sempre esperei pelo pior. Nossos filhos não precisam saber de nossos problemas. Vamos para a cama!".
Ele se dirigiu para o quarto.
"Só não toque em mim essa noite". Cuddy disse e ele arregalou os olhos. Ele nunca havia visto Cuddy tão sincera como hoje. Isso doía em seu coração, mas ele precisava ser paciente.
"Tudo bem".
House deitou-se encolhido no seu lado da cama e Cuddy no dela. Não se falaram, só dormiram.
No dia seguinte Cuddy saiu mais cedo para ir ao hospital e House ficou. Ele ajudou Marina com o café da manhã das crianças. Agora Marina levava sua sobrinha Isabel para ajudá-la, já que ela cuidava de três crianças.
Depois ele se dirigiu para o consultório da Dra. Layla antes de ir para o hospital.
"Olá Gregory, eu senti falta de nossas conversas".
"Você diz isso para todos?".
"Pode acreditar que não". Ela respondeu bem humorada.
"Eu preciso de ajuda...". House contou todos os eventos da última semana.
"Você acha que sua esposa está certa? Ou que ela está exagerando na reação dela?".
"Ela possivelmente está certa. Nenhuma mulher teria paciência comigo, quanto mais uma mulher como ela...".
"O que tem uma mulher como ela?".
"Cuddy é uma mulher que merece um homem que dê a ela o que ela espera".
"Já tivemos essa conversa antes. Algumas vezes, não?".
House respirou fundo.
"Você é o homem que ela quer, isso já não ficou claro?".
"Mas eu continuo sendo um idiota. Sempre serei um idiota".
"Talvez se você agir diferente na próxima crise... Ao invés de se fechar vir conversar comigo quando perceber que você está começando a seguir o caminho habitual do isolamento. Ao invés de afogar as suas dores na bebida... Ou até mesmo falar com ela, Cuddy já mostrou inúmeras vezes q eu está lá para você. Ela não espera que você seja perfeito, ela só espera que você a inclua em sua vida".
"Eu faço isso. Eu já fiz isso muito mais do que imaginava ser possível".
"Mas ainda tem reserva sobre alguns assuntos".
"Eu não posso ter a minha intimidade?".
"Claro que sim. E deve! Mas não é isso o que estamos lidando aqui. Estamos falando da sua tendência de se excluir e se fechar nos momentos de crise. Imagine como é frustrante para a sua parceira. Imagine como ela poderia te ajudar se você a incluísse. Imagine quando os seus filhos crescerem, como eles irão encarar isso?".
"Eu não quero perder a minha família...". House falou com a voz baixa.
"Cuddy não irá te largar por isso, ela só está ferida".
"Ela está seca, distante".
"Dê tempo a ela".
"Eu não quero prejudicar os meus filhos".
"Gregory, veja... Você cometeu um equívoco, equívocos servem para nos abrir os olhos e nos possibilitar correções".
"As vezes uma chance é tudo o que se tem na vida...".
"Não é o seu caso".
"Será?".
"Não, eu tenho certeza disso".
"Como você tem certeza de que Cuddy me perdoará? Eu nunca a vi desse jeito".
"Porque ela te ama, vocês têm uma linda família juntos e vocês não estão juntos desde ontem...".
Ele respirou fundo.
"Greg, você não é John. Cuddy não é Blythe".
"Então... Blythe ficaria. Cuddy não...".
"Blythe ficaria de corpo presente. Cuddy ficará de coração e mente. Blythe não teria discutido com John. Cuddy discutiu com você. O dialogo leva sempre ao entendimento, a falta de dialogo leva ao afastamento".
Ele ficou pensativo.
"Se Cuddy não quisesse mais ficar com você, ela não teria perdido tempo discutido com você".
"Faz sentido. E o que eu faço agora para resolver as coisas?".
"Dê tempo ao tempo e aprenda com a última experiência".
Ele balançou a cabeça sinalizando compreensão. "E se eu não puder aprender. E se isso for quem eu sou?".
"Você já provou que pode, mais de cem vezes nos últimos anos".
"Você faz cem coisas certas, mas quando faz uma errada é o suficiente".
"Cuddy também não é John".
Ele ficou em silêncio.
"Você quer falar sobre a morte do seu funcionário?".
"E o que temos pra falar?".
"Muita coisa... Você se sente responsável porque ele era o seu funcionário e você nunca percebeu nada...".
"Não. Eu não tenho como perceber tudo...".
"Correto. Mas você sente-se assim mesmo sabendo disso".
"Eu sou um idiota". Ele concordou.
"É mais comum do que você pensa esse tipo de sentimento em quem conviveu com alguém que cometeu suicídio".
"Mas parece que só eu estou me sentindo assim...".
"Cada um tem um jeito de demonstrar os sentimentos. No mais, você não tem responsabilidade. Não é como se ele pedisse ajuda e você sonegasse, ninguém percebeu e você não lê mentes".
"Eu estava distraído".
"Com a sua família. Três filhos... Sua prioridade é lá, no seu lar. Você estava certo".
House deixou o consultório de Dra. Layla mais aliviado e ao mesmo tempo confuso. Mas algo ficou claro, ele faria de tudo para não perder a sua família. Ele respeitaria o tempo de sua esposa, mesmo que isso fosse difícil, muito difícil.
Continua...
