Capítulo 1: Promessas Vazias

Nota do autor, setembro de 2021: Uau, já se passou mais de uma década desde que publiquei esta fic pela primeira vez. Muitos seguidores escreveram reviews (e eu li e reli cada uma delas) e tudo o que posso dizer é OBRIGADO! Tentei continuar esta história algumas vezes e lançar uma sequência, mas antes de continuar com o novo conteúdo, estou reescrevendo esta fic, pois há erros de digitação e outras coisas que quero ajustar antes de lançar a continuação. A história ESTÁ SENDO ATUALIZADA UHUL! Vou retirá-la e publicar capítulo por capítulo. Muito obrigado e espero ter o seu apoio enquanto aprimoro e continuo esta história. Comentários, como sempre, são muito apreciados! Mal posso esperar para ler as reviews de vocês! xXxLadyColdxXx

Exoneração de responsabilidade: Eu não sou dona de DragonBall Z nem tenho nada relacionado a ele, também não ganho nada com essa fic.

Capítulo 1:

Era mais um dia típico no Planeta Vegeta, os escravos servos acordavam antes mesmo do sol raiar, trabalhando sem parar até o sol se pôr, enquanto o Rei cuidava dos assuntos importantes do planeta. O planeta vermelho era o lar dos guerreiros mais fortes da galáxia e eles bem sabiam disso, sempre usando esse fato a seu favor. Todos que pisaram naquele planeta tinham sua própria missão, seu próprio papel a cumprir. Escravos, guerreiros, a família real, cada um deles tinha de realizar algo no final do dia. A vida não era fácil, isso poderia ser afirmado para todos os seres que pisaram no planeta vermelho.

Como sempre, o Rei Vegeta estaria vigilante e pronto para possíveis ataques de inimigos, enquanto seu filho - Príncipe Vegeta, que tinha cinco anos na época treinava duro, às vezes desmaiando de exaustão apenas para agradar seu pai que sempre afirmava 'Você será um Super Saiyajin, é seu dever e legado como meu filho. Eu me recuso a ter um herdeiro fraco.' Então Vegeta só pensava em alcançar esse objetivo, o objetivo de seu pai prometido a ele por meio de seu sangue nobre, mesmo que tivesse de sacrificar seus próprios desejos e anseios infantis à época. Desde tão tenra idade, ele tinha muitas expectativas e objetivos a alcançar. Ele era o filho primogênito do Rei Vegeta e como o único herdeiro do Planeta Vegeta, ele estava fadado a ser o saiyajin mais forte que já existiu. Ele estava fadado a superar seu pai e ser o lendário super saiyajin.

'Meu único desejo é me tornar um Super Saiyajin.'

O palácio real era uma enorme construção semelhante a um castelo, composto de vários andares e quartos. Suas paredes de pedra e sua bela decoração exalavam luxo em cada centímetro. A construção que parecia não ter fim continha muitos quartos, até salas de tortura para aqueles que ousassem ir contra qualquer uma das leis do Planeta Vegeta, então é claro que eles precisavam ter vários servos trabalhando para manter todo aquele lugar funcionando. Como uma raça de guerreiros, os Saiyajins passavam grande parte do tempo lutando...e também comendo. Comendo MUITO. Eles eram incrivelmente orgulhosos, eram uma raça que não desperdiçaria seus dias limpando, cozinhando ou organizando o local onde moravam. Até mesmo as mulheres saiyajins tinham outras tarefas e treinamentos a fazer e, portanto, praticamente não tinham tempo para bancar as donas de casa. Claro que eles não pagariam pelos serviços recebidos. Quando os saiyajins saqueavam ou invadiam outras galáxias ou países, muitas vezes eles traziam habitantes para servirem como servos. Os "alienígenas" de Vegeta-sei deviam ser explorados de várias maneiras, não apenas como servos, mas como isca, inteligência, cobaias para testes ou o que quer que os saiyajins achassem adequado. É por isso que os saiyajins iam para outros planetas para explorá-los e, em seguida, obter mão de obra tornando a população desses planetas seus escravos. Por que gastar tempo ou dinheiro se eles poderiam ter 'fracotes' fazendo esse trabalho para eles e ainda de graça?

Os escravos não tinham nenhum direito, exceto um quarto e restos para comer durante o dia. Eles não poderiam acasalar com saiyajins, muito menos ter seus filhos; escravos eram considerados pessoas sujas, piores que animais, embora a vida pudesse ser especialmente dura, alguns conseguiram escapar dessas leis mais severas, pelo menos por algum tempo, e uma dessas pessoas era Bulma, Bulma Briefs.

Os trabalhadores do castelo eram escolhidos a dedo, muitas vezes trazidos quando crianças, para que tivessem menos probabilidade de causar problemas. As mulheres muitas vezes limpavam e cozinhavam, enquanto os homens cuidavam da manutenção geral e quaisquer outras tarefas mais pesadas que fossem necessárias no dia a dia. As enormes paredes drapeadas e o lindo piso precisavam ser limpos a ponto de parecerem espelhos. Para que todo o palácio funcionasse tão bem quanto deveria, eram necessários dezenas de escravos.

Bulma era uma jovem garota que veio do planeta Terra, junto com sua amiga Chichi, ambas tinham quase a mesma, idade essa muito similar à idade do próprio Príncipe Vegeta; às vezes Bulma escapava e tentava fazer Vegeta brincar com ela, algo que ela nunca obteve real sucesso. Como as duas meninas foram trazidas para o planeta vermelho ainda crianças, elas não sabiam nada de como suas vidas poderiam ter sido no seu país de origem. Terráqueos jovens e bonitos eram um achado raro naqueles tempos, por isso eram excelentes cozinheiros e criados.

Como uma jovem garota, logo após ser trazida para o planeta vermelho, Bulma sempre estava na barra da saia de Nana, uma mulher mais velha que trabalhava como babá das crianças mais novas, sendo responsável inclusive por "adestrar" os novos escravos trazidos até que eles pudessem começar a trabalhar no castelo. As crianças custavam mais do que os escravos mais velhos, mas também forneciam melhores resultados no longo prazo. Como Vegeta mal havia saído de suas fraldas de saiyajin, ele também deveria ser alimentado e informado sobre as novidades do castelo. Nana também devia cuidar de suas roupas rasgadas e enquanto ele fosse criança, até ajudar a rainha a trocar suas fraldas sujas.

Bulma e Chichi eram escravas comuns, aquelas que ficavam na cozinha para cozinhar, ou na lavanderia para lavar as roupas do saiyajins, ou qualquer trabalho que fosse necessário no castelo. As duas garotas terráqueas foram praticamente as últimas a serem trazidas ao planeta vermelho como crianças. O castelo tinha escravos suficientes por toda a parte, assim eles não precisavam se preocupar em conseguir mais. Os escravos também podem ser um incômodo, especialmente os mais velhos.

Bulma que tinha uma queda por Vegeta sempre se oferecia para tentar ajudar Nana em relação aos afazeres relacionados a ele, se ela tivesse de dizer algo a ele, ela iria pular e correr para o quarto dele para que ela pudesse contar as novidades, sempre na barra da saia de Nana, e não importava o que acontecesse, ela nunca esqueceria o relacionamento outrora excelente que tivera com ele quando ambos ainda eram crianças bem pequenas; ela nunca se esqueceria de Chichi e de si mesma assistindo o pequeno Goku (que era um guarda saiyajin de classe mais baixa) treinar com Vegeta; ela sempre torcia por eles e depois de sua pequena batalha de treinamento tentar fazer Vegeta brincar com eles como crianças normais faziam, mas em vão, já que Vegeta tinha orgulho demais para fazer 'coisas estúpidas' com eles, como ele costumava dizer, naqueles tempos.

As meninas só podiam ter acesso a tais contatos com o jovem príncipe se Nana lhes ensinasse a cultura e os modos dos saiyajins. Eles imaginaram que era apenas a infância que as crianças normais deveriam ter e que elas eram iguais àquelas crianças estranhas com rabo. Mal sabiam elas que a vida não seria nada como uma brincadeira de criança para elas.

À medida que cresceram, romperam a outrora boa relação e acesso ao príncipe criança. Os escravos obviamente não deviam se misturar com os saiyajins superiores ou mesmo com forasteiros, então agora apenas Goku poderia treinar com o Príncipe Vegeta, e quanto mais Bulma tentasse ficar perto dele, mais frio ele se tornava em relação a ela. Como uma jovem de 12 anos, ela ainda estava entendendo como seria a vida para ela e Chichi. Foi um grande choque quando ela finalmente percebeu que não poderia mais brincar como todas as outras crianças. Seu lugar era na cozinha, nos aposentos dos empregados e não nos quartos reais junto a Nana, ela não tinha mais nada de novo a aprender sobre o castelo, era hora de começar a cumprir suas funções de escrava. Os dias mais livres e leves eram coisa do passado, ela deveria começar a trabalhar agora que tinha 12 anos.

O rei Vegeta não permitiria que seu filho, o Príncipe Vegeta se aproximasse de escravos e, com o passar do tempo, o próprio Vegeta se tornara cada vez mais orgulhoso, exatamente como seu pai queria que ele fosse. Nem mesmo a própria Nana podia acreditar no tipo de criança em que o pequeno Vegeta estava se tornando. O seu aniversário estava se aproximando rapidamente e logo seria enviado para treinar com os guerreiros mais fortes disponíveis na galáxia. Ele estava crescendo muito rápido e sua estrutura já musculosa o fazia parecer em nada com uma criança comum. Nana também estava se distanciando cada vez mais dele, pois ele não precisava mais da ajuda maternal dela. Ele estava se tornando apenas mais um deles.

O sol ainda nem havia nascido, e os escravos já estavam trabalhando nas tarefas no castelo, Bulma foi requisitada no quarto de Vegeta para pegar alguns macacões sujos e colocar os limpos em seu guarda-roupa. Aquela era uma das últimas visitas que deveria realizar à ala real do castelo, afinal seu posto de cozinheira já a aguardava. Ela bateu na porta e, sem resposta, bateu novamente, ainda sem obter qualquer resposta, então decidiu entrar no quarto dele, mesmo sem sua permissão. Ela tinha 12 anos e, portanto, nem todos os limites dos escravos ainda haviam sido bem estabelecidos em sua mente de garotinha sonhadora. Fazer com que ela aprendesse como deveria se comportar em relação à realeza era importante para servi-los melhor no futuro.

"Vegeta?", Ela simplesmente não o chamava de príncipe ou qualquer outro título real, afinal ela ainda se lembrava de vê-lo treinar com Goku e outros saiyajins enquanto crescia, pensando serem mais ou menos iguais. Eles nunca foram amigos, por assim dizer, mas sua mente infantil não conseguia compreender todas as regras daquele mundo em que ela estava crescendo para servir.

Como ela não ouviu nenhuma resposta vinda do outro lado da porta, ela foi realizar suas tarefas já que ele parecia estar tomando banho. Ela então pegou algumas de suas roupas sujas, que por sinal estavam espalhadas por toda parte, em seguida, colocou alguns novos macacões em cima de suas gavetas, seguidos por algumas novas toalhas fofas em tom azul royal, nem mesmo prestando atenção ao fato de que o barulho de água corrente havia se findado.

Ela estava cantarolando para si mesma enquanto arrumava suas gavetas até que, de repente, sentiu uma presença ao lado dela. Ela rapidamente se virou e ergueu os olhos notando um Vegeta de 12 anos completamente nu, furioso, observando cada movimento seu. Como os escravos não podiam manter contato visual com os saiyajins, muito menos com seu príncipe, a menos que quisessem levar um tapa forte no rosto, Bulma então decidiu olhar para baixo - não foi uma escolha sábia, pois seus olhos estavam exatamente na frente de uma parte masculina que não era o que ela esperava ver agora como uma pré-adolescente. Bulma então, para não corar mais, decidiu quebrar as regras que Nana e todos os outros tantas vezes inseriram em seu jovem cérebro e olhou diretamente para as orbes de ônix do príncipe (não que tenha sido a primeira vez que ela fizesse isso, já que ela era uma garota cabeça quente desde o dia em que pisou em Vegeta-sei e pensou que aquelas leis eram apenas um monte de besteiras ... ah, como era bom ser uma criança).

"O que você está fazendo aqui, garota?", Ele a olhou friamente.

"Eu só ia guardar essas coisas e pegar sua roupa suja para poder ...", ela começou a gaguejar um pouco, ficando cada vez mais constrangida.

"Chega!", Vegeta ordenou. Embora tivesse apenas 13 anos, ele já conhecia o seu lugar no mundo.

Bulma então fez uma reverência rápida e saiu direto do quarto, apenas para corar ainda mais ao se lembrar do que viu. Afinal, sua primeira e única paixão estava longe, muito longe de terminar. Embora ela estivesse tão longe de casa, ela ainda era uma pré-adolescente, não importa onde ela estava ou o que ela deveria estar fazendo.

Desde que Bulma era uma garotinha, ela sonhava acordada com Vegeta e sobre ser uma princesa. Era o Príncipe Vegeta isso, o Rei Vegeta aquilo, ela sempre se perguntava como seria ser parte da própria realeza. As belas paredes esculpidas, as luxuosas janelas com cortinas e os quartos incríveis a fizeram sonhar acordada enquanto uma simples criada. Quando ela ainda conseguia fazer com que ele mantivesse uma conversa decente e ainda pudesse convencê-lo a jogar algum jogo infantil com ela (qualquer coisa além de treinar era uma coisa infantil para o pequeno Vegeta), ela só sentia aquele sentimento crescer cada vez mais. Ela não conseguia nem se lembrar da última vez que eles fizeram algo que as crianças comuns faziam. Provavelmente fazia anos e anos desde a última vez que estiveram na presença um do outro sem a arrogância dele vir à tona.

Um dia, há muitos anos, eles estavam deitados na grama olhando para o céu vermelho de Vegeta-sei em um raro momento em que Vegeta não estaria treinando nem reclamando de qualquer coisa aleatória. Bulma, por outro lado, sempre foi ela mesma sensível como uma garotinha sonhadora, que estendeu a mão e tocou a mão de Vegeta. Para sua surpresa, ele não recuou. Eles tinham talvez o quê, 6-7 anos de idade. Bulma ainda não sabia como seria sua vida.

"Vegeta.", Bulma disse suavemente.

"O quê?", Ele cuspiu de volta.

"Prometa que um dia, quando crescermos, você vai me fazer sua princesa.", Ela pediu inocentemente.

"Hmph", foi sua única resposta.

Daquele dia em diante Bulma simplesmente não conseguia mais esquecer aquela promessa de amor eterno. Mal sabia ela que a pequena promessa nem deveria ser cumprida, e jamais poderia acontecer. Aquilo havia sido uma promessa afinal?