Notas importantes: Twilight pertence a Stephanie Mayer. E a história original pertence a Kit Tunstall.
CAPÍTULO 8
POV Bella
Dois dias depois, Bella acordou no que foi se tornando rapidamente o seu lugar habitual e favorito, embalada entre Edward e Emmett na enorme cama de Emmett. Um olhar para o relógio revelou que era apenas meio-dia, ou seja, seus amantes não acordariam ainda por uma hora ou duas. Saiu da cama e decidiu fazer o café, não se preocupando em acordá-los. Precisaria muito mais do que seu deslocamento e saída da cama para despertá-los do sono regenerativo que garantia sua imortalidade contínua.
Andando para pegar o roupão do gancho na porta de Emmett, uma onda de tontura pegou Bella. Com um toque triste dos dedos contra as feridas no pescoço, ela encontrou a explicação com bastante facilidade. Embora Emmett e Edward tivessem o cuidado de tomar apenas um pouco do seu sangue, beberam dela todas as vezes que fizeram amor. Parecia que era o que mais faziam, portanto não era de se admirar que ela estivesse se sentindo fraca.
Um pouco nauseada também. O estômago agitou-se quando vestiu o roupão e saiu do quarto, descendo de pés descalços. Distraidamente, ela esfregava-o, pensando que precisava de alimentos para substituir o sangue perdido rapidamente.
Assim eles poderiam drenar dela novamente. Com um suspiro, entrou na cozinha, indo direto para a máquina de café. Edward tinha reprogramado para começar a fazer o café, quando ela acordava, assim o café estava pronto e à espera dela. Pegando uma caneca do armário, Bella contemplou quão inútil era continuar o ciclo que tinha estabelecido. Ela nunca poderia satisfazer as suas necessidades de sangue em um relacionamento a longo prazo. Como um ser humano, ela enfraqueceria muito rapidamente, necessitando que procurassem outro lugar para seu sustento. A ideia a deixou fervendo com ciúme, mas era algo que teria que acontecer se ela estivesse realmente decidida a ficar, como tinha estado pensando em fazer em seus momentos privados nos últimos dois dias.
Ela poderia ficar com eles como um ser humano? Inevitavelmente, ela iria envelhecer e morrer. Afora o aspecto da vaidade de não querer tornar-se velha aos seus olhos, era impraticável a pensar que o tipo de relacionamento que Emmett e Edward queriam com ela pudesse ser mantido além de algumas décadas. Ela não podia imaginar ser objeto de desejo sexual, e a principal fonte de seu sustento, quando estivesse na casa dos sessenta anos ou mais. Apesar de trinta anos com eles soar como uma vida para ela, sabia que iria passar em um piscar de olhos para eles. Seria justo começar algo que não poderia terminar, metaforicamente? Ela poderia permanecer como sua companheira, mantendo a sua humanidade, sabendo que acabaria por ter de deixá-los, fosse pela morte ou sua própria escolha quando se tornasse um fardo?
Bella sorveu o café quente, estremecendo com a forma como ele queimou sua boca. Balançando a cabeça, vagou da cozinha para a sala, buscando escapar de seus pensamentos, mas não achando fácil.
Como ela poderia pensar em se tornar um vampiro, algo que havia sido ensinada a exterminar? Bella nunca tinha odiado os necros, mas não podia aprovar seus métodos de alimentação, tendo ou não a Agência transformado um grande número deles em assassinos. Era uma loucura pensar em transformar-se para que pudesse manter-se sempre com Emmett e Edward.
Não havia nenhuma garantia de para sempre, é claro. Com a Agência melhorando continuamente seus métodos de caça e denúncia, o mundo era um lugar inseguro para os necros. Transformando-se ou não, ela poderia perder os dois homens que rapidamente vieram a significar muito para ela.
No entanto, parecia desproporcional e tolo dar as costas para a oportunidade oferecida, de passar o que poderia concebivelmente ser a eternidade em seus braços só porque ela pode perdê-los de alguma maneira. Se apenas a ética guiasse sua indecisão, ela não teria problemas em fazer sua escolha. Bella sabia que se pudesse afastar qualquer indício de emoção de seu julgamento, ela viria em uma resposta rápida e simples: Deixá-los tão rapidamente quanto possível, manter sua humanidade, e tentar esquecer tudo o que tinha experimentado com eles.
Não era tão simples, entretanto. Por mais que tentasse, não conseguia analisar a situação crítica sem prestar atenção aos seus sentimentos. Ela evitava rotular seu sentimento, mas sabia que não podiam ser ignorados. O que ela sentia era tão importante quanto o que ela devia sentir, e o que devia fazer. Para não mencionar, ela tinha que pensar como Emmett e Edward se sentiam. O amor deles por ela era verdadeiro. Ela não tinha dúvidas de que eles acreditavam que ela era sua alma gêmea. Não sendo cruel o suficiente para virar as costas para tudo, ela não conseguia encontrar uma solução fácil para seu dilema.
Bella sentou na poltrona da sala, pegando o controle remoto. A antena parabólica presa ao teto oferecia inúmeras opções, e começou a navegar preguiçosamente pelos canais, tentando limpar a mente.
Um comercial de um sistema de processamento de alimentos chamou sua atenção por alguns minutos, mas mudou o canal ao reconhecer que provavelmente nunca iria usá-lo - especialmente se sua dieta mudasse para líquidos, principalmente no futuro.
Um programa de notícias a fez estancar, com a boca aberta com o choque. Seu próprio rosto foi espirrado na tela em uma montagem de fotos como agente exibida por um longo tempo, antes da tela passar para o âncora. O apresentador de TV fez uma recontagem sucinta dos acontecimentos na mansão, listou os mortos, três agentes, sem menção do nome de Sam, e, em seguida, disse que o nome de Bella. Sua foto apareceu no canto da tela.
− Os agentes NCA estão tentando encontrar a agente Isabella Swan, desaparecida desde a invasão na mansão. Fontes de dentro da agência dizem que é mais provável que ela esteja morta, mas sua família se recusa a aceitar isso.
A caneca de café caiu da mão de Bella quando seus pais apareceram na tela, juntamente com uma nota na parte inferior, indicando que foi gravado anteriormente. Seu pai atarracado parecia ter encolhido em si mesmo, e a compleição robusta da mãe italiana estava pálida, com pesadas olheiras. Eles estavam pedindo informações sobre o paradeiro de Bella, ambos lutando contra as lágrimas.
Ver o pai chorando foi um choque para ela. Ele era um homem de gargalhadas e disposição jovial, não propenso à melancolia. Ela não conseguia se lembrar de vê-lo chorar desde o funeral do avô quando tinha catorze anos.
− Por favor, pedimos se alguém souber alguma coisa sobre a nossa filha entre em contato conosco.
Disse Renée Swan, olhando fixamente para a câmera, de tal forma que Bella sentiu como se a mãe estivesse na mesma sala.
− Ela não pode estar morta.
A tela voltou ao âncora, com o olhar devidamente sombrio. Bella perdeu seus comentários de encerramento quando Edward e Emmett entraram correndo na sala, ambos nus, com medo em suas expressões.
− O que há de errado?
Os olhos de Emmett oscilavam muito, ao redor da sala.
Bella sacudiu a cabeça, as lágrimas esmagando sua capacidade de falar.
− Nada.
− Então por que você tão magoada querida? Sua dor nos acordou do nosso sono.
Edward chegou mais perto, pisando cuidadosamente sobre os cacos de cerâmica e a mancha sobre o carpete. Assim que os ultrapassou, se ajoelhou ao lado de sua cadeira, tocando-lhe a mão, Emmett se juntou a eles em uma pose semelhante do outro lado.
− Meus pais... eles estavam na televisão pedindo informações sobre mim.
Horrorizada, Bella colocou o punho contra a boca, mordendo os dedos para segurar os soluços. Como ela podia ter sido tão descuidada, deixando-se varrer por uma onda de paixão e não ter pensado em ninguém além de si mesma?
− A Agência me considera morta, mas meus pais não acreditam. Pareciam tão destruídos.
− Tudo vai ficar bem.
Emmett disse, se acalmando.
− Eu tenho que vê-los.
Bella agarrou a mão de Edward, voltando-se para olhar para ele.
− Por favor, deixe-me vê-los.
− Você não é prisioneira.
Os olhos Edward pareciam aborrecidos quando balançou a cabeça para Emmett.
− Nós não vamos forçá-la a ficar.
Emmett tomou-lhe a mão, e ela se virou para olhar para ele, sabendo que ele seria o único a tentar impedi-la. Para sua surpresa, ele levou sua mão à boca para pressionar um beijo leve na palma.
− Ter você conosco tem me feito feliz, ma belle. Meu coração vai sentir saudades.
Bella fechou os olhos, não necessitando aperfeiçoar seus poderes mentais para sentir a angústia dos dois. Espelhavam a dela, mas que escolha tinha? Ela não podia virar as costas para sua família para abraçar ser um necro, mesmo por Emmett e Edward. Havia muitos obstáculos entre eles, e todos tinham que aceitar isso.
Incapaz de falar, ela apertou as mãos firmemente, trazendo-os para o peito e mantendo-os ali, esperando que pudesse manter Emmett e Edward em seu coração para o resto de sua vida. Isso teria que ser o suficiente para sustentá-la.
O frio da noite fez Bella aconchegar-se mais profundamente em sua jaqueta quando Edward e Emmett pararam em um estacionamento, sem qualquer atividade visível, a curta distância do restaurante e da casa de seus pais na Avenida Soscol, em Napa. Eles tinham levado cerca de uma hora para cobrir a distância da casa perto do Big Sur, e o frio parecia ter impregnado seus ossos.
Sem jeito, ela estava na frente deles, uma vez que a tinham liberado, perguntava-se como deveria lidar com a separação.
− Eu...
Ela deveria agradecê-los pelos orgasmos incríveis e inacreditáveis experiências? Não seria melhor deixá-lo leve, dizendo um adeus casual?
Antes que ela pudesse decidir, Emmett a puxou para seus braços, pressionando um apaixonado beijo em sua boca. Ele parecia estar tentando absorvê-la através do abraço, e ela apertou-se contra ele ansiosamente, devolvendo seus beijos com igual fervor.
Quando ele afastou-se dela, enviou-a suavemente a Edward, que encontrou sua boca com a mesma intensidade passional, tentando fingir que não sentia a umidade em seu rosto e as lágrimas não corriam de seus olhos também. Os lábios acariciaram no final, e prendeu-a para um segundo tempo, imóvel, antes da ruptura.
Com um grito de angústia, Bella limpou o rosto e afastou-se deles, enquanto começaram a caminhar na direção oposta. Seus pés a levaram infalivelmente ao virar da esquina, em First Street. Enquanto andava, dirigindo-se para a intersecção de Primeira e Soscol, ela se concentrou em recuperar o controle de suas emoções, não querendo perturbar os pais mais do que eles já estavam, e incapaz de lidar com a dor da separação de Emmett e Edward em seguida.
Quando chegou a Soscol, Bella percorreu os dois quarteirões para o Swan, ignorando a porta de bronze com o nome do elegante restaurante gravado, preferindo descer o beco para usar a porta de trás. Nada se mexia no beco, embora seu coração gritasse ao som de dois conjuntos de pegadas emergindo na escuridão, Emmett e Edward voltavam para ela, mesmo que isso fosse impossível.
A porta traseira que conduzia à cozinha estava aberta, e ela deslizou para dentro. Imediatamente, Bella sentiu-se um pouco melhor com os perfumes familiares caindo sobre si. Assado de porco, peixe e chocolate se misturavam em uma fragrância única sinônimo de sua infância e adolescência. Quando entrou profundamente na cozinha, viu a azáfama habitual com os chefs dançando em torno de si mesmo, desenvolvendo várias tarefas.
Sua irmã estava picando legumes, os olhos de Bella encheram-se de lágrimas novamente, não tendo nada a ver com as cebolas cortadas pela lâmina afiada de Alice. Antes que ela pudesse se aproximar da irmã, a porta foi aberta, e sua mãe veio correndo com um olhar de pânico no rosto, o que também era normal. Renée nunca acreditava que as coisas pudessem funcionar sem problemas na cozinha, a menos que ela estivesse lá para supervisionar pessoalmente.
Renée congelou quando Bella entrou na luz, empurrando para trás o capuz para revelar a sua face. Com uma torrente de italiano ela gritou:
− Charlie, venha à cozinha!
E correu para frente, recolhendo Bella em um abraço apertado.
Bella aconchegou-se mais a ela enquanto o pai corria para a cozinha, deixando o aroma de seu perfume invadi-la. As lágrimas que estava tentando controlar desceram abundantes, molhando o avental branco de sua mãe.
− Minha querida, você está viva.
Com outro apertão, Renée permitiu a Charlie a oportunidade de abraçá-la. Bella fazendo o possível para conter as lágrimas, aceitou o abraço do pai, mas falhou miseravelmente.
Alice estava lá ao lado, abraçando-a com o mesmo entusiasmo de Renée, os olhos também se encheram de lágrimas. Bella deixou-se envolver pelas perguntas e a inundação de amor por ela ao mesmo tempo, gostando de estar com eles, permitindo que a presença deles aliviasse algumas das dores em seu coração.
Renée afastou Alice de lado, mais uma vez trazendo Bella próximo ao peito, desta vez para conduzi-la para a sala de descanso, seguidas por Charlie e Alice. Seu pai fechou a porta, e Bella arregalou os olhos quando ela percebeu a forma como ele tremia. Sua pele estava branca, normalmente avermelhada, e fios de prata novos brotavam no cabelo vermelho brilhante. Ela não protestou quando ele veio para a cadeira de sua mãe e empurrou-a para beijar seu rosto e abraçá-la novamente.
− Nós pensamos que você estava morta.
Disse Alice.
− Nunca.
Renée balançou a cabeça de forma tão abrupta que os fios de seu cabelo escuro, impiedosamente puxados para trás em um coque apertado, caíram livres para emoldurar o rosto.
− Nós nunca acreditamos nisso.
− Eu acreditei.
Disse Alice baixinho, claramente chateada.
− O que aconteceu com você, Bella? A Agência não nos dizia nada além de que você estava desaparecida.
− Eu fui levada por dois vampiros.
Conscientemente, Bella tocou a gola de sua blusa, esperando que ela escondesse as marcas de mordidas adornando-lhe a garganta.
− Eles não me machucaram.
Ela se apressou a acrescentar ao ver o rosto de Renée contorcer-se antes dela começar a soluçar.
− Os necros não machucaram você?
Charlie franziu a testa.
− Como pode ser isso?
Ela apertou as mãos no colo.
− É complicado, e não é uma coisa que eu quero explicar agora. Basta dizer que a Agência não tem sido totalmente honesta com o público, quer por falta de informação ou de forma deliberada.
Olhando para cima, viu seus pais trocando um olhar incômodo.
− O quê?
− Você acabou com aquele lugar horrível, onde trabalha, não querida?
Renée acariciou seus ombros.
– Prometa que vai se demitir. Eu não posso perdê-la novamente.
Com um gesto firme, ela disse:
− Eu vou me demitir amanhã. Eu aprendi algumas coisas... coisas que me incomodam... sobre a Agência, os vampiros, e eu. Eu não posso continuar.
A porta bateu contra a parede, interrompendo Bella, que levantou a cabeça em reação. O alívio a preencheu. Sam estava diante dela, parecendo completamente saudável. Percebeu em seguida que ele estava de uniforme, carregando uma metralhadora, e que a matinha apontada para ela. Três outros o seguiam, todos com o uniforme padrão, completamente armados.
O treinamento a fez olhar ao redor procurando a ameaça, até que percebeu que era ela.
− O que está acontecendo, Sam?
− Você tem que vir conosco, Swan.
Balançou a cabeça, olhando as armas que não desviavam dela.
− Por quê? Acabei de voltar. Quero passar mais tempo com minha família. Será que não podemos fazer isto amanhã?
− Negativo. Minhas ordens são para levá-la esta noite para interrogatório.
Renée colocou-se entre Bella e a arma de Sam.
− Deixar a minha filha sozinha. Ela não fez nada para ter vocês invadindo a nossa casa como a Gestapo.
Ele permaneceu imperturbável.
− Senhora, é a política padrão para avaliar se um agente foi contaminado por um necro. Sua filha pode ser um deles.
O suspiro de Bella se perdeu na réplica de sua mãe.
− Eu não me importo se for. Eu quase a perdi uma vez. Não vou deixar você tirá-la de mim novamente.
Charlie moveu-se para ficar ao lado da esposa, colocando o braço nos seus ombros.
− Você vai sair agora.
Um nó alojou-se na garganta de Bella. Com um ar de precisão, Sam retirou a pistola do coldre, apontando a mira laser no peito de seu pai. O desastre estava a segundos de distância.
− Me desculpe, senhor, mas eu tenho que cumprir ordens.
− Saia!
Decisivamente, ela levantou, fingindo que os joelhos não tremiam.
− Tudo bem, papai. Não se preocupe.
Ela andou até ele para beijar seu rosto.
− Isso não vai demorar muito.
Se voltando para a mãe, pousou um beijo no seu rosto também.
− Assim que eu for interrogada, e percebem que não sou um vampiro, volto aqui, ou vou encontrá-los em casa.
Com uma confiança que não sentia, Bella caminhou até Sam, ajeitou os ombros, e sorriu.
− Vamos?
Ele tinha guardado a pistola e agora segurava as algemas de prata do seu colete. Bella não sabia se devia estar zangada ou apavorada com as medidas extremas do homem que a tinha treinado, um homem que considerava um amigo, prendeu seus pulsos na frente antes de guiá-la até a porta. Ela supôs que deveria ficar grata por ele não tê-los atrás, nas costas, que seria muito mais desconfortável, mas podia sentir muito pouca gratidão ante todas as facetas do tratamento ultrajante.
Eles acompanharam-na ao outro lado da rua, desdenhando o sinal de passagem que estava fechado, parando o tráfego com pouca consideração. Um helicóptero elegante esperava no estacionamento de uma loja fechada durante a noite, com dois agentes mantendo a mira laser apontada todo o tempo. Ela era um grande risco de segurança? Que jeito de tratar um refém que havia sido libertado. Cada vez mais, ela achava mais fácil acreditar nas interpretações sinistras de Emmett sobre as manobras que o NCA patrocinou.
Ao chegar no helicóptero, eles não perderam tempo para entrar. Dois agentes a ergueram para o interior, não permitindo que Bella ajudasse de qualquer forma. Uma vez na cabine, o agente do sexo feminino apontou-lhe uma cadeira solitária aparafusada no chão. Era no centro da aeronave, tornando mais fácil para eles vigiá-la a cada movimento. Não que ela pudesse fazer muito com as mãos atadas e grampos de prata contornando a cintura, mal tendo espaço suficiente para respirar, muito menos se contorcer.
Os agentes entraram no helicóptero, tomando seus lugares nos bancos, em cada lado do helicóptero. Somente Sam se aproximou dela, sua expressão revelando uma pitada de sofrimento sob a fachada de gelo.
− Você está ferida, Swan?
− Não, Sam.
O uso de seu primeiro nome foi deliberado, tentando lembrar-lhe que ela era mais do que um prisioneiro. Ele tinha sido o seu mentor por dois anos, seu parceiro em sua primeira missão, e um bom amigo. Bella percebeu que ia precisar de aliados, e ele era o único que podia ser receptivo a vê-la como algo diferente de um perigo.
Ele balançou a cabeça, seu rosto não demonstrando nada.
− Estou surpreso que você ainda esteja viva. Dois mestres a pegaram, uma agente nova.
Os olhos escuros se estreitaram.
− Parecia impossível que você tivesse sobrevivido.
Seu estômago contorceu-se com a desconfiança no seu olhar, e desistiu de tentar lembrá-lo que era sua amiga.
− Eles permitiram que você vivesse. Por que não eu?
Com um som baixo na garganta, ele levantou-se quando os motores do helicóptero foram ligados, preparando-se para achar um lugar no banco.
− Eu espero, por sua causa, que a NCA decida fazer o mesmo.
Suas palavras justificaram o seu medo. Este não iria ser um interrogatório de rotina, ou até mesmo uma bateria de testes para provar que ela ainda era humana. Havia alguma coisa acontecendo, e ela iria enfrentá-la sozinha. Seu coração clamou por Edward e Emmett quando o helicóptero subiu para levá-los para a NCA mais próxima, em San Francisco.
Eita, tadinha da Bella!
O que será que a NCA vai fazer com ela?
Será que o Edward e o Emmett vão salvá-la?
Bom saberemos nos próximos capítulos.
Ah, aviso! Estamos entrando na reta final.
Beijinhos! Fui!
Att. Izzy Duchannes
