Título: Em Silêncio
Autora: Suisei Lady Dragon.
Rate: R
Disclaimer: Os personagens pertencem a J. K. Rowling e a história a Suisei Lady Dragon
Shipper: Draco/Harry
Gênero: Romance/Aventura
Atenção: Slash, yaoi... blá... blá... (Se você não gosta, não leia!)
Sumário: Harry derrotou Lord Voldemort, mas não a Tom Riddle, e quando Lucius ordena que Draco seqüestre o menino-que-sobreviveu, ambos acabam tendo em suas mãos mais do que podem controlar.
Em Silêncio
Capítulo 5
"Ron!"
"Não, Hermione, não pense nem por um momento que eu irei me oferecer como cobaia para este... este... sonserino.", as palavras saíram com tanto veneno que Hermione deu um passo para trás.
"Prefere que seja eu então?", disse fingindo indignação e pondo sua expressão mais convincente.
"Não! É só que... eu... mas... demônios sangrentos!", exclamou o ruivo indignado enquanto um Draco Malfoy jazia recostado em uma das pareces com a expressão de perfeito aborrecimento que cobria sem erro o muito que desfrutava da reação do Weasley. Além disso, quem diria que a Granger pudesse ser tão teimosa e traiçoeira como uma víbora? "Porque eu? Porque eu?", gemia o ruivo enquanto começava a tirar a capa e a camisa debaixo dela.
Uma costa branca salpicada de sardas rosadas apareceu à vista de todos os outros ocupantes da habitação, que se encontrava enfeitiçada contra qualquer ruído. Uns olhos prateados miraram o corpo do rapaz com desprezo, enquanto outros olhos cor de mel observavam-no com fascinação.
Havia uma mesa baixa no centro do lugar, colocada especificamente para o que os três estudantes planejavam e um pesado odor de cerejas permeava pelo ambiente.
"Mas só a camisa!", advertiu o jovem enquanto se deitava de boca para baixo na mesa a contragosto.
"O suficiente para começar!", murmurou a jovem ao mesmo tempo em que suspendia o livro em suas mãos. "Malfoy, o que é que você está esperando?", perguntou.
O loiro revirou os olhos e tirou a capa, ficando com apenas uma calça solta e uma camisa de mangas compridas.
"Primeiro deve-se iniciar um contato agradável.", leu a garota em um dos livros.
"Granger, você não é a única que consegue se recordar sobre o que leu!", grunhiu o loiro enquanto tomava um pouco de óleo nas mãos e o espalhava com suavidade.
A aludida levantou o queixo desafiante, mas Malfoy a ignorou. Logo após untar as mãos aproximou-se da onde jazia o ruivo e um pouco incomodo pôs as mãos sobre suas costas. No instante em que tocou Ron, este deu um salto sobre a mesa. Draco levantou as palmas de imediato enquanto o ruivo fervia de coragem.
"Agradável, Malfoy!", reclamou a jovem.
"Não tenho culpa se o Weasel não consegue ficar quieto!", exclamou o sonserino irritado.
"Ron, por favor!", o ruivo lhe devolveu uma mirada que claramente dizia que o que pretendia não era algo tão fácil quanto parecia. "Tente novamente, Malfoy!", e o loiro resmungou algo entre dentes, mas voltou a colocar as mãos sobre as costas, desta vez Ron apenas ficou tenso.
Com evidente incomodo pelo que fazia, o loiro começou a espalhar as mãos sobre a espalda que ao em vez de relaxar ficava cada vez mais tensa.
"Está cheia de nós.", murmurou irritado.
"Essa é a tensão!", comentou a jovem enquanto continuava lendo.
Draco repassou em sua mente os passos que havia estado estudando e tratou de repeti-los sobre a espalda do ruivo, mas quando passou os dedos sobre um ponto extremamente tenso o jovem deixou escapar um gemido angustiado.
"Dói!", queixou-se com os olhos apertados.
Draco rompeu o contato de imediato. Passou o torso da mão na testa para logo tentar mais uma vez. Repassando novamente todos os movimentos, ao passar pelo mesmo lugar o ruivo tornou a se queixar.
"Talvez eu não deva tocá-lo aqui!", murmurou. Havia sentido que debaixo da pele algo de consistência diferente estremecia cada vez que o tocava.
"Deixa eu ver!", a jovem se aproximou e Draco lhe indicou o lugar. Hermione pressionou com o polegar e se assustou quando Ron deixou escapar um robusto grito. "Sinto muito!", disse de imediato.
"Mione, prefiro que você continue lendo o livro!", gritou furioso o ruivo.
"Bem, bem. Por acaso o livro diz algo sobre isso?", perguntou Draco.
"Sim, deve ser uma lição recente.", murmurou Hermione levando um dos dedos aos lábios. "Poderia ser uma tensão causada pelo Quadribol?"
"Talvez!"
"Deixem de idiotices e terminem logo com isso!", exclamou o ruivo fazendo jus ao seu temperamento.
"Aich. Tente novamente, Malfoy!", sibilou Hermione irritada.
Draco voltou a untar as mãos com um pouco mais de óleo e com sumo cuidado começou os passos novamente, tocando no mesmo local e mais uma vez fazendo o ruivo se queixar.
"Demônios!", murmurou.
Não ia admiti-lo, mas não estava em suas intenções machucar o garoto Weasley. Sabia que o que tentavam era algo sério e provocar uma lesão não era a forma de conquistarem seus objetivos. "Talvez se eu soube como você sente!"
"Essa é uma idéia magnífica. Tire a camisa!", exclamou a jovem com um brilho nos olhos.
"Mione!", gemeu o grifinório indignado.
"Não seja tonto, Ron!", respondeu a garota revirando os olhos ao que o ruivo respondeu levantando-se da mesa com preguiça.
Draco finalmente obedeceu, mas teve que ser ajudado pela bruxa para não manchar a roupa com o óleo que tinha nas mãos. Ron ficou a um lado e o loiro sonserino se recostou sobre a mesa. Hermione tomou um pouco de óleo e o espalhou para logo colocar as mãos sobre a espalda de Malfoy. Draco não pulou, mas não pode evitar ficar tenso, mesmo assim a jovem ignorou a reação por completo enquanto começava a repetir os passos que os livros indicavam.
A espalda por baixo dos seus dedos estava dura e levemente nodulosa, pelo que não tardou encontrar um ponto de consistência parecida ao que havia sido tocado no ruivo, tratando de terminar os movimentos passou pelo lugar com mais força que havia planejado. Um grito rouco escapou do sonserino enquanto se sujeitava a mesa com força. Mirou uns segundos o ruivo ao seu lado, os olhos muito abertos para logo levantar-se a toda pressa.
"Demonstração suficiente!", disse enquanto passava uma mão pelo lugar dolorido sentindo simpatia pelo ruivo. "Weasley, acomode-se na mesa!", ordenou impaciente.
O aludido fungou, mas obedeceu lentamente.
Draco voltou a dar uma mirada desconfiada a jovem para logo colocar um pouco de óleo nas mãos, desta vez o ruivo apenas ficou tenso em seu lugar. O loiro começou a repetir com cuidado os movimentos e na hora que chegou ao ponto problemático o tocou com muito mais cuidado e suavidade. Ron gemeu suavemente, mas não comentou nada, ao cabo de um tempo e várias outros gemidos o tom dos mesmos foram abaixando de intensidade. Draco sentiu que os músculos por debaixo de suas mãos começavam finalmente a relaxar e se surpreendeu ligeiramente.
"Recorde-se de trabalhar cada um dos grupos de músculos!", comentou Hermione descuidada enquanto se dedicava a ler o livro. Draco dirigiu-lhe um olhar escarninho ao qual a jovem não percebeu.
Lenta, muito lentamente, os músculos começaram a perder os nós e a consistência do ponto que mais problemas tinha causado começou a desvanecer, aflorando o músculo, até que finalmente ele pudesse repetir todos os passos sem problemas.
Com uns toques suaves começou a despregar as mãos da espalda do ruivo até que finalmente deixou de massagear por completo, roçando a ponta dos dedos na pele que simplesmente já não tocava mais.
"Umh... creio que esse foi um bom trabalho, certo Ron?", perguntou a garota. O silêncio foi à resposta e ela se aproximou do Weasley que ainda jazia sobre a mesa. "Ron?", agachou-se e pode comprovar que, efetivamente, o ruivo estava completamente adormecido. "Acredito que tenha funcionado!", murmurou surpreendida.
"Agora, como se supõe que pratiquemos o resto?"
"Está adormecido, não creio que vá se importar!", Mione disse despreocupada encolhendo os ombros e Draco continuou então a praticar com os braços do garoto e o rosto.
Essa noite, quando Draco Malfoy regressou a sua habitação, um estranho sorriso adornava seus lábios. Se Ron Weasley, inimigo número um, havia sucumbido sem grandes problemas, Harry Potter, que parecia um pouco mais tolerante não teria chance nenhuma e pela primeira vez ele compreendeu a verdadeira intenção do professor Snape ao indicar que a provocação e a tortura não eram os únicos métodos para se conseguir informações. Trocou-se o mais rápido que pode e quando retornou ao quarto apanhou um dos livros trouxas que havia estado estudando. Logo após comprovar a eficácia do que estava escrito sentiu curiosidade por ver que outras coisas mais poderia aprender.
Capítulo 6: Harry está um pouco desanimado, não encontra ninguém que lhe explique para que serve o óleo comestível. Draco começa a descobrir o nível mágico de Harry.
N/T: Bem, gostaria de agradecer as pessoas que comentaram:
EngelyMalfoy, Fabi-chan, Mark Evans, Black Kimura, Kazahaya e Debora Dumbledore.
E respondendo as perguntas. Sim, o seqüestro irá demorar um pouco porque há outras coisas que são necessárias desenvolver, Draco não pode simplesmente amarrar o Harry e arrastá-lo até a mansão, certo? Quanto à forma que ele irá seqüestrá-lo, bem, como Draco percebeu neste capítulo, existem outras técnicas de persuasão além daquelas que utilizam a provocação, a força e a tortura...
Quanto ao comentário da Fabi, moxa... não acho que o Harry esteja muito inocente, veja bem... toda a vida do garoto girou em torno de destruir Voldemort, fugir de Voldemort se proteger de Voldemort... Voldemort... Voldemort... não é de se espantar que ele não tenha tido tempo para descobrir as facetas do sexo, principalmente aquela que se refere a pequenas regalias de sex shop e massagens mais do que íntimas... hehehe! Compreende?
Bem, por hoje é só... semana que vem eu posto mais capítulos! Bjinhus e tanks!
