Título:Em Silêncio

Autora:Suisei Lady Dragon ou Black Kimera

Tradutora: Sitaelle

Betta:Dollua

Rate:R

Disclaimer:Os personagens pertencem a J. K. Rowling e a história a Black Kimera.

Shipper:Draco/Harry

Gênero: Romance/Aventura

Atenção: Slash, yaoi... blá... blá... (Se você não gosta, não leia! Mas não encha as patavinas)

Sumário: Harry derrotou Lord Voldemort, mas não a Tom Riddle, e quando Lucius ordena que Draco seqüestre o menino-que-sobreviveu, ambos acabam tendo em suas mãos mais do que podem controlar.

OBS: CONTEM CENA LEMON...


Capítulo 8


Draco estava parado no corredor encostado na parede de pedra. Passou a mão pelo cabelo loiro e finalmente olhou para o teto do corredor. Tentou se acalmar durante um longo tempo, até que num impulso se endireitou e foi para o próprio quarto. Ele tinha acabado de receber uma descarga mágica do Menino Dourado e teve a sensação mais estranha do mundo. Tinha sido pego desprevenido e o ato o fizera estremecer. Por um momento ouviu centenas de vozes em sua mente, falando de uma só vez.

Pare com isso. Não me toque. Desculpe. Vem. Eu tenho medo. Estou confuso. Não vá embora. Isso é estranho. Vem. É uma sensação estranha. Eu preciso...

Um sentimento absoluto e milhares mais em um só lugar e toque, seus dedos na nuca de Harry Potter.

Quando chegou ao banheiro se despiu e molhou o rosto para clarear os pensamentos. Depois de um banho quente, colocou o pijama de seda de aranhas negras que o pai havia lhe dado a alguns meses atrás e se meteu debaixo das cobertas. Observou as mãos calmamente até decidir apagar as luzes e tentar dormir. Nesta noite seus sonhos foram atormentados por uma face calma de cabelos escuros e olhos verdes, com estranhos feitiços e maldições dolorosas.

Ao amanhecer, Draco Malfoy se preparou como de costume para assistir às aulas, uma vez terminado o almoço e antes de começar a primeira aula se dirigiu imediatamente para o escritório de seu professor preferido, Severus Snape. O encontrou debruçado sobre a mesa, escrevendo com precisão em um pedaço de pergaminho novo, o rosto em perfeita concentração enquanto o cabelo negro perfeito, emoldurava seu rosto pálido.

"Professor Snape." O referido olhou para cima e viu o loiro sorrir de maneira imperceptível. Seus olhos negros brilharam um pouco e em seguida deu um sinal para o jovem sentar-se à mesa.

"Posso ajudá-lo, jovem Draco?" Ele falou em tom reservado para os membros de sua casa.

"Professor... Eu acho que a punição não é uma boa ideia. Não por mim, mas por Potter." Comentou rapidamente, nervoso.

"É... estranho, jovem Draco, que se preocupe com o bem estar do Sr. Potter. Há algo que ele tenha feito para que mude de ideia?" Snape sorriu levemente. Podia ver nos atribulados olhos prateados, a preocupação do jovem. Eles tinham algo mais e não era preocupação com o outro que o motivara, não. Ele conhecia bem a família Malfoy, não eram precisamente bons samaritanos. Os Malfoy eram regidos pelo poder, qualquer pessoa poderosa os atraía, mas tinham suas predileções. Para eles apenas o mais poderoso. Nos tempos de Lúcius, era Aquele-que-não-deve-ser-nomeado. Mas o que aconteceria agora que era comprovado que seus sonhos de poder haviam se desvanecido e que o jovem havia vencido a figura mais poderosa e era agora muito mais poderoso que o próprio Voldemort? Sim, Snape adivinhou o que mesmo Dumbledore se negava a ver uma e outra vez. Bem, não teria de esperar muito tempo, estava seguro que em algum momento saberia a resposta precisa para esta pergunta. "Há algo que o preocupa, jovem Draco?"

Draco engoliu em seco, seus dedos rosados se contraíram nervosamente. "Desejo saber quão poderoso é Potter." Direto ao ponto, seu aluno nunca havia sido tão direto, era instinto de serpente ir pela tangente.

"Você não disse?" O garoto balançou a cabeça negativamente. "Eu pensei que se gabaria do elo, quando tivesse chance."

"Ele não disse nada. Mas sei que é perigoso, ele perdeu o controle antes e está prestes a fazer novamente." O professor levantou uma sobrancelha, confuso.

"O que quer dizer que você está prestes a perdê-lo de novo?" Perguntou mal escondendo a ansiedade.

"Está... tenso. É como um feitiço ao ponto de estourar. Quero... tenho direito de saber se estou enfrentando alguém perigoso." Exigiu incerto.

"Sr. Potter certamente é muito mais poderoso do que era antes de enfrentar o Lorde das Trevas. Desde então, se tornou algo... instável. Aqui em Hogwarts temos tratado de controlá-lo, mas não tivemos muito êxito. A única razão visível é que o jovem Potter se encerrou em si mesmo desde o encontro nefasto."

"Em outras palavras... está transtornado." Draco acrescentou secamente.

"Eu gostaria de pensar que está apenas um pouco confuso. Apesar de não lhe ter muito carinho, tão pouco gostaria de me ver na obrigação de enfrentá-lo. Qualquer ajuda que possamos receber neste assunto, seria muito bem vinda, jovem Draco. Não só pelo decano da escola. O Ministério da Magia também está ciente de tudo o que acontece com o Sr. Potter. Não querem repetir o mesmo lamentável acontecimento de um mago poderoso se revoltar contra os de seu próprio sangue."

"Não, seria lamentável." O mais jovem disse cautelosamente, seus instintos sonserinos diziam que se proclamasse adepto às preferências de seu pai, não seria nada sensato no momento. Exceto quando seu pai lhe tinha confiado esta tarefa, não sabia se poderia de todo atendê-lo.

Não... Draco sabia que iria seguir as ordens do pai, como sempre fez, como todo bom puro-sangue Malfoy, com sua honra familiar. Mas, depois de testemunhar o que houve e vendo que suas suspeitas estavam sendo confirmadas pelo professor teve suas dúvidas. Raptar um Harry Potter poderoso, porém instável, contra sua vontade e tentar retê-lo, seria uma tarefa louca. Apesar de não haver opções, não uma convencional e que talvez desagradasse seu pai, mas um Malfoy faria tudo o que fosse necessário para obter seus objetivos. Embora o orgulho de Draco fosse muito maior que o de seu próprio pai, tinha a capacidade de compreender quando mostrá-lo e quando não.

"Então, eu posso confiar em você, Draco. Está disposto a cooperar neste campo?" Severus murmurou pensativamente para se fazer notar.

"Assim é, professor." O rosto do jovem tomou uma expressão solene e com um aceno de cabeça, saiu da presença do homem. Deixando seu rosto endurecido. Depois de tudo, a possibilidade de utilizar esse último recurso com o Menino de Ouro de Dumbledore de repente tinha se tornado quase um ato. Agora era só começar implementá-lo.


Harry se viu encurralado naquela noite em seu próprio quarto. Estava tão nervoso que não atinava a tirar a roupa para tomar banho, com os dedos visivelmente trêmulos e teve que respirar profundamente várias vezes antes de entrar na ducha do banheiro de mármore. O vapor quente fez bem aos pulmões e se recostou brevemente na parede, permitindo que a água escorresse por seu corpo. Por acaso seus amigos não entendiam quão difícil era permitir a abordagem do loiro? Seu medo não resultou simplesmente de que fora um Sonserino, mas, sim um Malfoy. Não, o que mais temia Harry Potter nesses momentos, era perder o controle e causar uma desgraça da qual seria completamente culpado. Depois, seria apenas esperar a ordem de prisão para Azkaban.

Seu estado de nervos o impedia de ver outra linha de tempo possível, onde seu corpo quereria aceitar o toque do jovem que por tanto tempo havia estado observando em silêncio sem ninguém saber.

Quando terminou e saiu do chuveiro, se fitou por breves segundos no espelho que estava sobre o lavabo. O reflexo lhe devolveu um sorriso malicioso como o de Malfoy quando havia comprado o óleo comestível. Rosnou irritado, havia lembrado mais uma vez do óleo maldito e a curiosidade o incomodou novamente. Ele se secou com mais força que o habitual, e amarrou uma toalha na cintura para logo depois colocar o roupão. Ao sair do banheiro a passos indecisos para observar que Malfoy e seu amigo Rony estavam debruçados sobre um tabuleiro de Xadrez Bruxo.

Se fixou em Malfoy e notou que o menino mordia os lábios rosados em concentração e algumas mechas do cabelo loiro caíam suavemente sobre sua testa em seu quarto fracamente iluminado. Estava vestindo uma camisa verde e calças em tom bege claro. Na cintura estava sua varinha, brilhante. Moveu uma das peças negras sobre o tabuleiro e viu o ruivo sorrir com malícia.

Neste momento a Rainha Branca de Ron destroçou o Rei Negro de Malfoy enquanto o ruivo anunciava o Xeque-Mate. Se dirigiu à cama antes que pudessem notar que estava parado observando-os. Talvez, se se concentrasse poderia dominar as sensações que a proximidade com o loiro promovia.

Quando seus amigos olharam para cima, ele já estava deitado na cama, sem roupão e apenas de toalha. Desta vez, ele estava deitado sobre as folhas, em vez de tê-las tirado. Seus dedos, por outro lado, haviam agarrado uma almofada de forma tal que os nódulos estavam brancos por causa da pressão. Malfoy teve de conter o desejo de revirar os olhos. Pela postura do jovem, sabia que o que estava por vir não seria nada fácil, ao mirar seu rei destroçado e o ruivo se levantando.

Sem esperar por ninguém, pegou uma das garrafas de óleo e abriu-a, o cheiro de cerejas selvagens encheram o lugar ao moldar as mãos pequenas. Esfregou-as vigorosamente e se sentou na beirada da cama, do lado escuro, sem uma palavra. Harry sentiu as mãos em sua costa imediatamente e fez um som de medo que não pôde reprimir, mas as mãos não foram removidas. Ele enterrou a cabeça no travesseiro e tentou esquecer que estava sendo massageado nas costas de maneira tão suave.

Ron, que havia se levantado de seu lugar, observou a cena com interesse e descrença. Ele pensou em se aproximar mas Hermione agarrou sua camisa antes que ele pudesse chegar até lá e o sacudiu, com isso se conteve e voltou a sentar em sua cadeira.

Harry por sua vez havia fechado os olhos com todas as suas forças enquanto Malfoy continuava repassando os movimentos que tinha aprendido. Depois de um tempo e para sua surpresa, descobriu que mesmo que os movimentos por vezes o tivessem molestado não era o mesmo que a primeira vez. Era como se o ritmo viesse muito mais rápido e sua tensão escorresse suavemente por sua costa. Lentamente, ele relaxou as mãos e em um último esforço para manter a calma tentou esquecer onde estava completamente.

As mãos do loiro deslizavam sobre seus ombros e costa, exercendo uma pressão suave e firme sobre seus músculos. Sentiu-se aliviado quando os dedos se concentraram em sua nuca, justo na parte posterior do crânio e continuaram por entre seus cabelos laconicamente molhados. Queria deixar escapar um gemido de prazer, mas se recordara da presença de seus amigos e não queria nem pensar no que poderia dizer ao loiro se o fizesse.

Depois de um tempo massageando o pescoço, Malfoy começou a massagear o meio das costas com movimentos longos que fizeram todo seu corpo mover-se suavemente.

Ron e Hermione viraram-se para falar em voz baixa, para não olhar na direção dos dois. Ron se acercou do ouvido da garota e lhe sussurrou algo que a fez enrijecer dos pés a cabeça, batendo-se com um golpe leve no peito.

Draco por outro lado, tentou se concentrar no que estava fazendo. Ron Weasley ter ganho a partida de xadrez não lhe descia pela garganta, então estava descarregando uma parte de sua 'coragem' nos movimentos rítmicos que tinha memorizado. Sem pensar muito começou a massagear parte da costa que não havia conseguido no primeiro dia, a suave curva que precedia a parte lombar. Sentiu o moreno tencionar-se levemente, mas não deu muita importância, pois segundos depois o sentiu relaxar novamente.

Logo que terminou as costas e decidiu mover os braços do moreno, o jovem tinha os braços debaixo do travesseiro onde estava sua cabeça. Com muito cuidado se inclinou e começou a trabalhar ambos os ombros enquanto os movia para acomodar na posição que necessitava. Harry levantou a cabeça, sonolento e por alguns momentos a deixou no ar, completamente tenso. Draco fez uma pausa longa o suficiente para sentir os braços soltos debaixo do travesseiro e mudou de posição para experimentá-los. Harry baixou a cabeça no travesseiro de maneira forte depois de um tempo e com um suspiro de alívio fechou os olhos novamente. Depois que o menino não fez nenhum movimento e que Draco sentiu que ele tinha adormecido, seus braços adquiriram uma consistência pesada. Por uma razão incompreensível os colocou na mesma posição de antes, debaixo do travesseiro.

Quando levantou da cama, escutou a jovem que estava com eles murmurar um feitiço que convertia a toalha que estava em volta da cintura do menino num pijama. Quando saiu do quarto, os jovens grifinórios desapareceram mais rápido que Draco poderia imaginar que podiam. Quando passou em frente ao retrato da Mulher Gorda, esta se acomodara novamente em seu lugar, observando-o com os olhos entrecerrados.

Seus passos o levaram languidamente pelos corredores de Hogwarts em direção às masmorras. O caminho passava em frente ao escritório do professor Severus Snape. Para sua surpresa a porta de madeira estava entreaberta. A curiosidade natural de sonserino e a preocupação que podia sentir pelo professor em questão o incitaram a abordar cautelosamente a porta. Ele ouviu atentamente e estava prestes a ir embora quando um tipo de grunhidos abafados surgiu, com isso fechou a porta atrás de si.

"Professor?" Chamou suavemente quando viu a figura do professor dobrada sobre a mesa, uma mão nas costas e a outra explorando o móvel.

"Quem se atreve...? Malfoy." A voz irada suavizou a distinguir o jovem de cabelos loiros. "O que se passa jovem Malfoy?" Ele ajeitou-se, independente do seu corpo.

"Eu..." Draco não sabia se fingia que nada estava errado ou se aproximava. Para os hematomas que mostravam no rosto e nas mãos pequenas, podia ver que o professor fora muito machucado e se perguntou o que poderia ter causado danos a seu professor de poções. Mas, depois de alguns minutos se lembrou. "Potter." Murmurou.

"Sim, Potter." O professor veementemente esfregou os ombros enquanto caminhava de volta para se sentar. Com a postura firme durante alguns segundos, tão tentado a rir, mas Draco sabia que ele era mais que isso.

"Professor, se desejar, posso..." Ele murmurou inseguro, sendo imediatamente interrompido pelo professor.

"Ajuda? Pensa que preciso da sua ajuda?" Os olhos negros brilharam furiosamente por alguns segundos, e logo depois se suavizaram. Esse controle férreo característico do professor, inclusive com a ira.

"Não, você não precisa de ajuda professor." Murmurou o jovem se aproximando. "Mas, pode ser um bom momento para demonstrar o que aprendi com o castigo." O sorriso do jovem, fez o professor arquear uma sobrancelha.

"Oh." Sussurrou o professor, mostrando um sorriso irônico e divertido. "Você acha que é um bom momento, Sr. Malfoy?" Estava prestes a continuar, mas Draco o interrompeu rodeando rapidamente a mesa em um sussurro de capa e colocou as mãos em seus ombros. O professor imediatamente ficou tenso e colocou a mão sobre sua varinha. A mão de Draco, com seus reflexos a seguiu e sujeitou sobre o pedaço de madeira, sendo efetivamente detido. Seu rosto baixou até ficar ao nível do de seu professor, pegando os lábios até que o homem deteve o movimento e respiração.

"Eu insisto... que é um bom momento... para mostrar, professor." Sussurrou de maneira sugestiva roçando os lábios sobre a orelha. Ao ver que o professor não o afastava, voltou a subir a mão e começou a desfazer o nó que prendia a capa pesada. Lentamente a deslizou por seus ombros e deixou Snape ficar com a camisa negra que estava por baixo, puxando-a com suavidade do cós da calça e desatou os laços que mantinham a frente presa. Seus movimentos foram calculados, cheios de graça e com toda a intenção de subjugar o espectador. Segundos depois, ele estava com as mãos sobre as costas de Severo Snape nu, macio como seda ao toque, a pele pálida mas em sua extensão marcada por hematomas. No entanto, foi diferente de Potter. A suavidade da pele falou sobre maturidade e abuso, enquanto a de Harry dizia juventude e elasticidade. Nenhum detalhe foi desprezado, ele era o professor mais admirado que já teve, a oportunidade que tinha agora seria provavelmente a único. Ele tirou uma das faixas de couro de seu pulso e amarrou cuidadosamente as mechas soltas.

Nesses momentos não tinha consigo nenhum óleo que poderia utilizar, Granger havia levado o que havia usado com Potter. Em seu quarto, que era o mais próximo, estava a garrafa de óleo de mel. Uma garrafa inocente, sorriu calmamente ao perceber que não teria mais opções e que melhor uso poderia ter do que esse instante para seduzir seu professor preferido. Estendeu sua mão a frente deixando a outra sobre os ombros do professor. "Accio óleo." Em poucos segundos a garrafa entrou na sala após a permissão do professor de que a porta abrisse e fechasse novamente. O destampou e derramou um pouco na palma das mãos. O aroma agradável encheu o escritório imediatamente e Draco respirou fundo antes de colocar as mãos em seus ombros. Empurrou as costas suavemente até fazer com que o professor se curvasse na mesa e estendesse os braços.

Em princípio provocou vários grunhidos quando seus dedos acariciaram a pele sensível que havia recebido o mal trato dos feitiços do jovem grifinório, mas conforme o tempo passava os grunhidos se convertiam em suaves suspiros. Draco começou a descer pelas costas até estar seguro de que todos os músculos haviam recebido o mesmo tratamento, incluindo a nuca do professor. Suavemente afastou o corpo até que as costas estivessem novamente recostada na cadeira, jogando suavemente a cabeça com os cabelos escuros para trás. Colocando um pouco mais de óleo nas mãos, começou a massagear o peito com movimentos básicos que havia aprendido.

Snape parecia cochilar com os olhos suavemente fechados e suas pestanas negras dando-lhe um ar mais jovem. Sorriu agradavelmente, o cheiro de mel e especiarias estava causando sensações que ele não podia evitar enternecer. Prosseguiu até estar seguro que havia completado todos os movimentos e que o professor estava completamente relaxado. Foi então que arriscou o que parecia inevitável. Com toda a delicadeza e cuidado de que era capaz foi se acercando de seu rosto que parecia adormecido. Ao tê-lo perto, aspirou as suaves especiarias, uma sensação agradável e cálida despertando cada um de seus pontos nervosos, especialmente os de sua boca, ao sentir a outra tão próxima, intensificado pelo conhecimento do que estava prestes a fazer... Seduzir Severo Snape nem que por um momento. Alguns segundos antes de alcançar seu objetivo, as ônix se arregalaram em alarme ao sentir o calor do outro corpo se aproximando, mas Draco acabou por preencher a lacuna e deu um beijo quente nos lábios entreabertos de surpresa, esfregando o interior com sua língua.

"Draco..." Snape sussurrou para recuperar o fôlego. "Você não deve..." Silenciou-o com um beijo durante o qual se moveu sobre o homem, sem despregar os lábios.

"Por favor..." Draco sussurrou enquanto ele começou a descer pelo queixo para o colo, provocando doces tremores no corpo de Snape. "Por favor... Deixe-me..." Draco foi para onde o óleo cobriu o peito com agradável sabor de mel, misturado com Severo. Começou a atacar a pele adocicada, provocando um leve suspiro no professor. Ele sorriu pela pele que provou... Quando terminasse com ele, aqueles suspiros seriam gritos que formariam seu nome uma e outra vez em uma oração sensual de puro prazer. Com esses pensamentos em mente, começou a descer o caminho que levaria o suave Severo Snape ao êxtase.

Lambeu o peito prestando atenção especial aos mamilos endurecidos, provocando outros gemidos suaves e continuou descendo. Se assegurou de beijar toda a extensão de pele, sentindo como ela se tensionava e relaxava a cada toque. Ao chegar nas calças se deteve e olhou para cima. Severus havia deixado a cabeça cair e estava de olhos fechados. "Severus" O chamou e o homem entreabriu os olhos na sua direção. Draco sorriu e manteve o olhar enquanto abria o zíper da calça e tirava da cueca a quase ereção. Rompeu o olhar para passar a língua desde a base até a ponta do membro febril do professor, sugando varias vezes antes de tragar até a base com a boca.

"Draco" Ele sussurrou rouco, regado de necessidade e as mãos de Severus seguraram com mais força a poltrona que estava sentado e seu quadril respondeu ao ataque com um movimento involuntário. Aquela boca rosada estava fazendo estragos ao seu autocontrole. Onde raios ele havia aprendido aquilo? Gemeu suavemente quando sentiu a garganta do menino se contraindo contra o seu membro e seus pensamentos começaram a perder o sentido, apenas queria fundir-se com aquela ardente umidade. Por um breve momento o jovem se afastou e pegou a borda de suas calças, pedindo para que se levantasse, obedeceu e ambas as peças de roupa caíram por suas pernas. Agora estava completamente nu na frente do herdeiro dos Malfoy. O jovem inclinou sua cabeça novamente e começou a lamber a pele de seus testículos com suaves mordidas e dando beijos rápidos nos seus músculos. A doce tortura continuou ate que sua respiração se tornou sufocada e sua necessidade voltava imperiosa. "Draco" Exigiu com a voz rouca.

O loiro não o deixou esperar e tomou o membro excitado com a boca. O ritmo que começou foi violento, se sequer avisá-lo e Severus arqueou por completo saindo do assento. Draco o colocou na cadeira com toda a força que era possível, tratando de controlar o sorriso de satisfação, não era de perder o controle da situação. Depois de tudo, não podia subestimar o professor de poções. Sentiu uma mão passando pelos seus cabelos, mas não para força-lo. "Draco... Draco..." O loiro pode sentir que o membro pulsava com suavidade, deslizou seus dedos entre a base e os testículos pressionando com força, mas sem machuca-lo. Severus gemeu enquanto deixava sua cabeça cair pra traz, gemidos desesperados, ansiosos para completar um prazer que estava negando, mas Draco não podia deixar acabar tão rápido. Continuou torturando daquela forma sem dar descanso, até que sua mandíbula começou a dor pelo esforço. Retirou a boca um pouco e acariciou com seus lábios a cabeça do membro que agora estava com uma ereção palpitante de um vermelho intenso e contrastava com a veia que corria por todo o membro.

"Severus" O homem pareceu voltar a seus sentidos, mas com muito esforço e abriu os olhos ônix para se fixar na visão de ter o jovem Malfoy satisfazendo-o daquela forma. Ao sentir que tinha toda a sua atenção Draco deu pequenas lambidas na cabeça do membro que estava saindo a secreção esbranquiçada. Snape grunhiu suavemente. "Severus..." Os olhos cinzas o miraram com intensidade e malícia. "Quero que você venha... agora" E o loiro tomou a ereção e tragou até a base de uma vez só, soltando os dedos sugando com força uma... duas... A reação de se ver comandado fez com que Severus ficasse tenso de imediato, um gemido longo e rouca foi o único sinal do seu orgasmo enquanto seu corpo se arqueava novamente e perdia todo o senso de tempo.

Quando recuperou o fôlego Draco havia retirado toda a evidencia de prazer da sua pele, tirou os cabelos loiros do rosto e colocou o corpo jovem sobre o seu quadril e uniu suas bocas com avidez. "um jovem tão aplicado merece uma recompensa" Murmurou e em poucos momentos seus dedos espertos abriram a calça do jovem e deslizaram por dentro das suas roupas. "Severus" A excitação de Draco era tanta que as poucas mas firmes caricias o fez gritar de prazer enquanto afastava com desespero os ombros do homem.

Ficaram um sobre o outro ate que a respiração de ambos recuperou a serenidade. Com um ultimo beijo, Draco se levantou com graça inata. Tão Malfoy, pensou Severus.

"Não está nada mal para um professor de poções" Sorriu enquanto desfrutava do prazer de olhar a forma desnuda e saciada do seu professor favorito.

"Isso é o que ganho por satisfazer os caprichos de um garoto malcriado" O professor murmurou enquanto acariciava o peito com lentidão.

"Malcriado... sexy... perfeito... Malfoy" Severus se levantou e começou a se vestir. Ao ver que os movimentos do seu professor haviam recuperado a graça habitual não pode deixar de recordar que estava frente ao chefe da casa da serpente, inclusive seu pai estaria de acordo se o visse agora.

"Vá dormir, Malfoy" Grunhiu, ainda sem poder ocultar um grande sorriso. "Ou perderá os pontos que ganhou"

"Desmancha-prazeres" Sussurrou enquanto terminava de arrumar as roupas.


Obrigado por ler... Desculpem o transtorno com esse capítulo, não sei porque o site retirou ele do ar! Espero que gostem e até o proximo..