Título: Em Silêncio

Autora: Suisei Lady Dragon.

Rate: R

Disclaimer: Os personagens pertencem a J. K. Rowling e a história a Suisei Lady Dragon

Shipper: Draco/Harry

Gênero: Romance/Aventura

Atenção: Slash, yaoi... blá... blá... (Se você não gosta, não leia!)

Sumário: Harry derrotou Lord Voldemort, mas não a Tom Riddle, e quando Lucius ordena que Draco seqüestre o menino-que-sobreviveu, ambos acabam tendo em suas mãos mais do que podem controlar.


Em Silêncio


Capítulo 14

Malfoy fez com que Harry se sentasse novamente sobre a cama, ambos com as pernas cruzadas, um de frente para o outro, mantendo um curto espaço entre seus corpos. "Bom, Potter, vamos começar novamente." O viu abrir a boca para se queixar e o silenciou com um gesto de mão. "Primeiro vamos esclarecer algumas coisas." Harry lhe deu uma olhadela duvidosa para finalmente se resignar. "Não sou um objeto frágil e indefeso. Se eu não pude me defender naquela noite na Torre de Astronomia foi porque o subestimei." Harry colocou um cotovelo em um de seus joelhos e descansou a cabeça sobre a mão, encarando-o como se dissesse sei, se você realmente acredita nisso, a qual o loiro correspondeu com um suspiro indignado. "Eu nem sequer sabia que você podia usar magia desse nível sem usar sua varinha. Não vi você sacar nada, simplesmente estava me olhando..." Harry o viu piscar várias vezes para logo entrecerrar os olhos.

"Qualquer feiticeiro pode utilizar magia sem varinha quando se trata de seus sentimentos. A magia se descontrola estando diretamente relacionada com a força do que pessoa está sentindo." Novamente o olhar frio se mostrou confuso. "Foi isso o que Snape me disse." Acrescentou encolhendo os ombros. "Posso fazer esse tipo de coisa desde quando era pequeno. Sou perigoso." Destacou sua opinião deixando claro para o sonserino que o que havia dito anteriormente tinha sua base lógica.

"Pare de dizer isso." O loiro grunhiu com frieza. "Ninguém nunca te disse que quanto mais você repete uma mentira mais você passa a acreditar nela?"

"É por isso que você sempre repete que os Malfoy são melhores que todo mundo?" Harry sorriu abertamente até que Draco se inclinou para frente e o agarrou pela nuca atraindo-o em sua direção.

"Nós somos os melhores. Nunca duvide disso. E eu vivo repetindo isso para que a verdade possa entrar na cabeça dura de alguns grifinórios." O soltou com ar de quem briga com uma criança pequena por sua insistente ignorância. "Admito que talvez eu não pudesse ter escapado de sua magia, mas eu pelo menos poderia ter resistido. Da forma que tudo aconteceu eu fiquei tão surpreso que atinei apenas a olhar para os meus pés. Isso é o que chamamos de ataque surpresa." Draco ergueu o queixo levemente e seus olhos acinzentados brilharam orgulhosos. "Uma tática de ataque excelente mesmo que falte um pouco de sutileza, você simplesmente ia me asfixiar. Nem sequer pensou que te associariam imediatamente com a minha morte."

"Eu não queria te matar. Estava fora de controle, porque ninguém entende isso?" gemeu desesperado, mas o sonserino fez pouco caso.

"Foi um ato inconsciente, mas o sentimento estava ali. Você tem que aprender que antes de se deixar levar pelos sentimentos é preciso elaborar um plano." A boca de Draco se contorceu em um sorriso auto-suficiente. "Agora, como eu dizia, você não pode me tratar como uma frágil mulherzinha trouxa. Se você fizer isso juro que irei decepá-lo antes mesmo que você possa se descontrolar." Harry não pode deixar de sorrir levemente diante da comparação, mas se pôs mais sério para que Draco não descobrisse sua descontração. O sonserino não podia sequer começar a imaginar o quanto Harry conhecia sobre sua pessoa. Todas essas palavras não eram mais do que uma tentativa de encobrir seu fracasso na Torre de Astronomia, mesmo que em meio a tudo isso ele tivesse mencionado algo que lhe interessara. Deve-se ter um plano antes de se deixar levar pelos sentimentos. Quem poderia ter dito essas palavras para Draco? Snape? Talvez. Na verdade elas resumiam grande parte do que o professor de semblante amargo vinha tentando lhe ensinar a mais de um ano. Mas era impossível ensinar um grifinório a pensar antes de agir, simplesmente essa não era a natureza de um leão.

Talvez fosse por isso que cada vez que perdia o controle Tom acabava se aproveitando da situação. Sabia que a condenada serpente simplesmente vivia esperando o momento em que seus sentimentos tornassem possíveis suas ações. Tom não podia controlar Harry quando queria, isso era algo ao qual Harry agradecia, simplesmente a parte de Tom que ocupava seu interior não era suficientemente forte para dominar a parte que representava Harry Potter.

Mas se Tom não era suficientemente forte para tomar o controle de Harry porque podia fazê-lo quando suas emoções fluíam descontroladas?

"Potter?" a voz irritada do sonserino o arrancou de seus pensamentos.

"Uh?"

"É falta de educação não prestar atenção ao seu interlocutor." Sibilou o loiro.

"Sinto muito." Desculpou-se.

"Bem. Eu estava te perguntando se existe alguma razão para que você não possa me tocar além da idéia de que você possa me matar ou alguma estupidez do gênero."

"Eh... pois... acho que não." Murmurou tímido.

"Bem, uma outra pergunta e podemos continuar. Você sente desejo de me matar agora, de me machucar ou algo assim?"

"Não." O moreno disse secamente sem encará-lo nos olhos, mas o loiro o obrigou a fazer contato visual.

"Você tem certeza disso?"

"Sim."

"Então... podemos começar."


Draco estava largado em uma das poltronas do Salão Comunal da Sonserina. Crabbe e Goyle estavam sentados próximos a ele, Pansy, por alguma razão que o loiro desconhecia estava sentada sobre as pernas de Gregory. Era como ver uma pequenina e delicada fada sentada sobre um urso de pelúcia. Draco sacudiu a cabeça diante da imagem e rezou para que a garota não estivesse tentando fazer o que ele pensava que ela estava tentando. A loira ao ver o olhar que ele lhe dirigia, sorriu docemente, mesmo que a curvatura de seus lábios possuísse uma premeditada malícia. Por Merlin, sim, ela estava pensando em fazer o que ele havia pensado que ela faria. Levou ambas as mãos ao rosto tentando borrar a imagem de sua mente.

Quando finalmente se dignou a se endireitar passeou sua vista pela sala e observou Zabini enquanto este falava com duas garotas da sonserina do sexto ano, que não aparentavam ter vergonha de se aproximar dele para acariciar seus cabelos negros.

Havia se passado três semanas desde a noite em que Draco havia buscado abertamente o menino-que-sobreviveu com a firme intenção de seduzir sua confiança e o que viesse junto. Mas na verdade Draco começava a se sentir frustrado. Potter confiava em sua pessoa, mas essa confiança se baseava no poder que sentia ter sobre ele, como se Draco não soubesse disso. O maldito permitira sua aproximação por acreditar que sua magia o protegeria de qualquer treta que o sonserino pudesse tentar contra ele.

Já levava várias semanas nessa tentativa de tornar essa fraca confiança em algo maior, mas não havia conseguido nada e isso o irritava soberbamente. Por outro lado havia descoberto que o moreno não se incomodava nenhum pouco em ser encurralado por Draco nos cantos do castelo, sendo roubados de si seu fôlego, postura e dignidade. Ah... mas isso também lhe causava problemas, Potter não lhe permitia passar de alguns beijos apaixonados e várias carícias, incluindo a proximidade completa de seus corpos. Maldita timidez virginal que o jovem grifinório possuía.

Os risos da loira o atraíram de volta para o Salão Comunal. Gregory havia passado seus braços ao redor da cintura de Pansy.

Draco os observou de forma ausente. Enquanto Gregory se colava a Pansy, Vincent se dedicava a observá-la com a mesma intensidade que seu companheiro. Draco não havia notado antes mas Crabbe e Goyle haviam mudado bastante. Seguiam sendo extremamente grandes, dois jovens que haviam crescido até serem tão altos quanto Remus Lupin, o lobisomem. Seus rostos haviam perdido a redondeza típica que os identificava no quinto ano e haviam se tornado angulosos, não possuindo mais o ar de bruta ignorância. Agora, observando-os de perto, podia ver claramente nos olhos marrons de ambos uma centelha predatória. Se Draco alguma vez tivera pesadelos com aurores ou comensais aqueles olhos resumiam as razões básicas de seu medo. Os corpos de Crabbe e Goyle eram, respectivamente, o físico de um homem que conquistava por meio da força o que desejava e no entanto... Como demônios dois brutos como eles haviam caído logo na Sonserina?

Draco não havia passado seu tempo na Sonserina desejando enganar os outros por meio das aparências. Ambos eram companheiros leais, ambos eram como diziam por aí, seus guarda-costas, a força física da Sonserina. Mas não estavam na casa da serpente simplesmente por isso.

Como se estivessem lendo seus pensamentos ambos os jovens levantaram seus olhos na direção de seu líder e o observaram com curiosidade. Quando a loira sentiu que havia perdido a atenção que vinha recebendo, seguiu a direção dos olhares dos dois brutamontes e deu de cara com Draco Malfoy esparramado sobre a poltrona em que estava sentado. Certamente ele se parecia com um príncipe arrogante desafiando a rigidez da etiqueta real com seu rebelde descaso.

"Drakey." Murmurou a garota em um tom brincalhão. "O que há com você nesta noite, bombom?" Draco suspirou aliviado pela loira não ter se levantado de seu lugar para se aproximar dele, não tinha vontade de ter contato físico com ninguém, ainda quando se tratava destes estranhos momentos hormonais da loira.

"Nada." grunhiu com fastídio.

"Eu te conheço, bebê, aconteceu alguma coisa com você. Mas se você não quer falar o que é..." a garota encolheu os ombros e se recostou sobre o peito do jovem que lhe abraçava por trás, enganchando suas pernas sobre as dele que as agarrou de imediato. Ao que parece Draco tampouco estava com humor para presenciar seus momentos hormonais.

"Não é nada importante, Panse." Pronunciou o nome em um tom provocativo. Maldita bruxa, sempre o desvendava. Não passaria nenhum minuto para que Blaise se unisse a ela em sua preocupação, podia ver como o ponteiro dos segundos corria no relógio. Em vinte segundos as garotas estavam sendo despachadas e nos dez últimos Blaise se aproximava e escalava o braço da poltrona. Fechou os olhos enquanto seus dedos afundavam sobre o couro do assento.

"Já basta, príncipe. O que é que vem te deixando com este humor dos mil demônios?" perguntou o moreno com um sorriso.

"Potter." Sussurrou entre dentes.

"Você está me devendo, Bley doçura." A loira sorriu da onde estava.

"Demônios."

"Vocês se atreveram a apostar?" o monitor grunhiu incrédulo.

"Sinto muito, príncipe. A tentação foi muito grande. Mas em fim, o que é que Potter fez desta vez? Te fez choramingar pelos corredores?" comentou de bom humor o moreno, Draco se endireitou e deu um empurrão em Blaise que o enviou na direção do chão, para o deleite da loira. "Drakey!" Zabini exclamou indignado.

"Com amigos iguais a vocês quem é que precisa de inimigos?" sibilou entredentes fazendo com que o moreno sorrisse de orelha a orelha.

"Você não pode ficar se preocupando tanto com Potter. Você está ficando obcecado por ele, Drakey. Você precisa se esquecer do incomodo dos olhos verdes por um tempo." Comentou a loira como se fosse à coisa mais óbvia do mundo. "Amanhã a noite será o momento perfeito para que você se distraia um pouco. Depois da festa estou segura de que você nem irá se recordar desta pequena praga." Draco fungou com desgosto em resposta. Como havia se esquecido da bendita festa de Dia das Bruxas? Pansy e sua maligna duplicata, Blaise, ficavam lembrando-o disso fazia dois meses. Seria uma festa fenomenal, como todas as da casa da serpente, mas Draco somente pensava em um par de olhos verdes que continuava olhando-o com desconfiança.

Esfregou a face com força antes de se levantar e anunciar que iria dormir mais cedo.


Harry não tinha a mínima vontade de freqüentar as aulas do dia. Ao menos não teria que assistir aos seus cursos extras. Era noite de Dia das Bruxas. Quando chegou ao Salão Comunal da Grifinória viu que todos pareciam infectados de alegria e reboliço. A energia que os alunos do primeiro ano tinham era contagiosa, especialmente porque nunca haviam assistido a uma das festas de Hogwarts e tudo o que viam os enchia de assombro.

Hermione ajudava alguns estudantes do terceiro ano a completar suas fantasias com alguns simples feitiços que davam mais efeito aos seus disfarces. Ela mesma iria de fada, vestindo um traje curto feito de seda colorida com umas asinhas enfeitiçadas que batiam suavemente pregadas as suas costas, soltando brilhos dourados cada vez que se moviam.

Ron não estava em parte alguma, seguramente estaria nos dormitórios. Portanto não se surpreendeu ao subir para os aposentos do seu ano deparando-se com três grifinórios aos quais podia apenas reconhecer.

"Harry!" Exclamou Ron com alegria. Harry lhe sorriu em retorno. "A onde está a sua máscara?" Perguntou confuso rogando para que o moreno tivesse adquirido uma e simplesmente estivesse esperando para se fantasiar mais tarde.

"Eu..."

"Harry... você disse que conseguiria uma." Exclamou com desilusão o ruivo.

"Sinto muito, Ron, mas eu não me sinto animado para vestir uma fantasia." Murmurou Harry sem muita firmeza. "Seus disfarces estão excelentes." Acrescentou com um meio sorriso. Ron iria de caçador com uma máscara de corro marrom que lhe cobria os olhos, uma bolsa cheia de flechas, um arco e inclusive uma adaga falsa presa a sua cintura. Os que ao acompanhavam eram Seamus e Dean. A inseparável dupla iria disfarçada de espadachins com enormes chapéis de aba com a indispensável pluma, espadas falsas que tocavam o chão e uma réplica bastante real dos uniformes dos mosqueteiros.

"Neville também irá de mosqueteiro, será genial." Exclamou o irlandês com um sorriso. Ambos tinham coberto seus rostos com meias máscaras de seda negra que se moldavam em suas feições. "Você deveria nos acompanhar, Harry." Murmurou o jovem.

"Não...tudo bem. Ficarei no meu quarto. Talvez eu peça para que Dobby me traga algo para comer mais tarde." Se despediu antes que seus amigos tentassem convencê-lo. Simplesmente não sentia vontade de acompanhá-los nessa noite. Com passo lento e um pouco arrastados chegou a sua habitação e se deixou cair sobre a cama.


"Pansy, doçura, poderia me deixar em paz alguns minutos?" o monitor da Sonserina perguntou com mordaz cortesia, mas a garota deu um suspiro suave e continuou acariciando os cabelos loiros com fascinação.

"Acho que na sua outra vida você foi um gato persa ou algo parecido." Comentou Blaise em sua direção enquanto revisava os últimos detalhes pendentes. Faltava somente que os convidados para a festa das bruxas começassem a chegar, mas antes eles teriam que fazer sua pequena aparição na festa do Salão Principal. "Onde raios estão Crabbe e Goyle?", perguntou irritado.

"Devem estar na festa da escola. Suponho que não poderiam deixar passar a oportunidade." Contestou a loira com melosidade.

"Espero que no mínimo tenham se recordado de seus disfarces. " Comentou Blaise sem se preocupar realmente.

"Não se preocupe, Blaise. Eu me encarreguei disso pessoalmente desta vez." Exclamou alegremente a loira. "Dray, coração, você ainda não me disse do que irá disfarçado." Comentou melosa.

"Isso está mais do que óbvio, Pansy, querida, Dray irá vestido de príncipe do gelo." Provocou o jovem de cabelos compridos.

"Blaise." Grunhiu Draco. "É só uma estúpida máscara, não me tire do sério por causa disso."

"Ao menos este ano você se dignará a estar com o resto da sua casa, isso já é mais do que você fez no ano passado." Draco deixou escapar outro grunhido de descontentamento e se levantou da poltrona onde se encontrava. Pansy se ergueu em perfeita sincronia com o loiro.

"Vamos, não vou ficar aqui esperando que todos cheguem como um idiota ." rugiu irritado.

No Salão Principal a festa já havia começado. Como Pansy havia prevido, Crabbe e Goyle atacavam seus pratos com alegria. Por instinto Draco dirigiu seu olhar na direção dos lugares que o trio de ouro costumava ocupar na mesa da Grifinória. Surpreendeu-se ao encontrá-los vazios. Com falta de vontade começou a provar alguma das guloseimas que estavam sobre a mesa e porque não... assim esperar ver se o trio aparecia, especialmente o moreno com quem gastara suas energias nas últimas semanas. Dez minutos mais tarde uma Hermione Granger e um Ron Weasley um pouco desanimados chegavam a sua mesa, era óbvio que o moreno havia frustrado os intentos de ambos de fazê-lo participar da comemoração. Sentiu-se decepcionado, a realidade era que ele teria gostado de ver o jovem apanhador da Grifinória ao mesmo uma vez naquela noite.

Seguramente estaria trancado em seu quarto decidido a se isolar. Mas esse não era seu maldito problema, se repreendeu com energia. Se Potter queria se exilar em sua habitação não seria ele quem iria se arriscar a tira-lo de lá, não quando aproximar-se do moreno significava em sua opinião colocar-se em uma bandeja de prata... se humilhar tentando ganhar alguns pontos a seu favor. Moveu a cabeça tratando de espantar as imagens que invadiam sua mente de repente e começavam a se manifestar fisicamente em seu corpo. Mau, mau, Drakey mau, a voz de Pansy ressoou em seu cérebro, mas nada fazia com que ele parasse de se torturar daquela forma. Suspirou resignado e continuou comendo enquanto o salão virava um rebuliço por causa dos estudantes, da música e das máscaras, algumas muito grotescas. Finalmente suspirou aliviado quando meia hora mais tarde Pansy o tomou por um dos braços e comentou que já era tempo de se encaminhar para as masmorras. Os sonserinos não haviam se disfarçado para a festa que seria celebrada no Salão Principal e quando viu que ambos os monitores se retiravam da mesa, seguiram o exemplo de seus líderes e pouco a pouco foram desfilando em direção a que seria a melhor festa do ano.

Draco foi até seu quarto em busca de sua máscara encontrando-se já vestido adequadamente. Uma calça apertada de pele de dragão, provavelmente húngaro como poderia ser notado pela textura e cor da peça de roupa, que era mais negra que a noite. A camiseta era de seda carmesim e se ajustava ao seu corpo com suavidade. Com imenso cuidado e de frente para o espelho ele ajustou a máscara em sua face, esta cobrindo metade de seu rosto, representando uma fênix, que nem bem foi ajustada começou a arder com um suave fogo mágico. Sorriu satisfeito, aquela era a melhor forma de ridicularizar Dumbledore e sua ordem, que maior ironia seria ter o filho de um comensal representando a estúpida ave? Tinha que reconhecer que a fênix era um belo pássaro, mesmo que o vermelho não fosse sua cor predileta. Terminou de alisar a camiseta e saiu em direção às masmorras onde tudo já estava preparado para a festa.

Como era de se esperar sua chegada causou uma comoção, muitos sonserinos que conheciam o significado da fênix aplaudiram sua audácia com maliciosa alegria. Mal havia ingressado nas masmorras quando sentiu umas mãos se agarrarem a seus braços e ao se virar descobriu uma Pansy vestida de anjo, ou ao menos era com isso que ela se parecia, tinha duas pequenas asas brancas em suas costas que se moviam graças a um feitiço e seus cabelos loiros estavam presos em uma trança solta, coroada por uma auréola dourada. Suas roupas eram as que desfaziam qualquer devaneio mental já que apenas cobriam seu corpo. "Pansy, você não acha que irá acabar pegando um resfriado com isso?" murmurou em sua direção. A garota limitou-se a rir como uma colegial.

"Dray, você está sempre se preocupando com tudo."

"Não me chame de Dray." Sibilou raivoso. "Ao menos não em público." Sussurrou olhando para todos os lados averiguando se alguém havia escutado a indiscrição.

"Hey, bombom, está faltando algo em você." Sussurrou de forma confidente o angelito. De algum lugar de sua roupa ela retirou o que pareceu ser um lápis labial. Draco reconheceu o artefato como um dos muitos que a garota carregava, só que este guardava magicamente mais de mil cores. A garota sussurrou a cor que desejava para o objeto e logo o destampou. "Fique quieto." Murmurou com suavidade. Passou o cosmético pelos lábios do sonserino que de pronto adquiriram um furioso tom carmesim perfeitamente harmonizado com o de sua camiseta, enquanto Draco dava seu olhar mais sério e assassino na direção da loira, pensando que desta vez ela passara dos limites. "Pronto." Ela disse enquanto guardava o objeto. " Agora você está demoniacamente aterrador." Sussurrou a jovem enquanto o tomava pela nuca com inusitada violência e lhe arrebatava num profundo beijo que o deixou sem ar.

Quando o soltou Draco piscou algumas vezes enquanto Pansy lhe dava um sorriso luxurioso e passava a língua por seus lábios. "E não mancha." Sorriu com angelical malícia antes de solta-lo, mas de imediato tomou uma de suas mãos e o arrastou até o local onde o restante do grupo estava reunido.


Próximo Capítulo: Tom decide que está na hora dele ter um pouco de diversão com os companheiros de sua antiga casa. Será que Harry terá problemas ao freqüentar a tão esperada festa de Dias da Bruxa da Sonserina?

N/T: Um dia de atraso mas vocês podem me perdoar, ne? ' Bem, eu ando com alguns probleminhas e é por isso que ando meio atrasada com as minhas fics, mas eu não desisti de nenhuma... é só meu braço que resolveu naum colaborar esta última semana e simplesmente resolveu dar problemas! De qualquer forma, aqui está o capítulo, é de transição, mas mesmo assim tem algumas coisinhas legais de se ler (Eu amu a Pansy dessa fic! Num sei pq! -.-)... tentarei postar a continuação na próxima semana, mas não prometo nada!Peço desculpas por isso!

Agradeço a todas as pessoas que estão lendo e comentando, e espero que estejam todos se divertindo!

Sendo assim... leiam e comentem!

luv n' hug