Título: Em Silêncio

Autora: Suisei Lady Dragon.

Rate: R

Disclaimer: Os personagens pertencem a J. K. Rowling e a história a Suisei Lady Dragon

Shipper: Draco/Harry

Gênero: Romance/Aventura

Atenção: Slash, yaoi... blá... blá... (Se você não gosta, não leia!)

Sumário: Harry derrotou Lord Voldemort, mas não a Tom Riddle, e quando Lucius ordena que Draco seqüestre o menino-que-sobreviveu, ambos acabam tendo em suas mãos mais do que podem controlar.


Em Silêncio


Capítulo 15

Harry estava deitado sobre sua cama acordado, completamente afundado na sua depressão. Era noite de Dia das Bruxas e ele a estava passando em sua habitação. Ainda que isso houvesse sido sua própria decisão isso não o impedia de se sentir igualmente depressivo. Seus amigos tentaram novamente convencê-lo a descer mesmo que não tivesse uma máscara, mas a verdade é que não possuía ânimo algum de ficar na companhia deles. Seu interesse estava em outra festa que sabia estar sendo realizada nas masmorras de Hogwarts e a da qual não poderia participar. Sabia que o loiro havia comentado sob o evento de propósito, mas ele não quisera mostrar interesse e levando em conta que não fora convidado era óbvio que sua presença não era bem vinda.

Além do mais, havia outra coisa que não o deixava em paz e isso era aquela voz que urgia para que ele se levantasse e saísse do quarto. "Maldição." Sussurrou com coragem. "Já disse que eu não irei a parte alguma." Exclamou para ninguém em particular. "Além disso eu nem tenho um disfarce." Acrescentou como uma desculpa sem notar que não possuía motivos para utiliza-la.

"Me pergunto o que Malfoy estará fazendo." Pensou em sua capa de invisibilidade mas não se sentia suficientemente curioso para apanha-la e ir espiar. "Não conheço as masmorras." Disse pensativo enquanto levava os dedos aos lábios e os acariciava com suavidade. "No entanto sei de alguém que conhece..." cruzou os braços obstinadamente e discutiu consigo mesmo por um longo tempo. Queria ver Malfoy, isso não podia negar.

Preciso...

I can feel it in the air

Something is calling me out there

Levantou-se com lentidão e se dirigiu ao banheiro, ali retirou seus óculos e se olhou no espelho levando uma mão ao rosto. Seu reflexo lhe devolveu o sorriso torcido de sempre. Harry sacudiu a cabeça de forma energética. "Não é seguro ir lá. Além do mais não sei o que Malfoy acharia disso." Não iria se arriscar a entrar no território sonserino por mais que tivesse vontade de ver o loiro. Deu um curto gemido enquanto se apoiava na pia, sentindo que tudo ao seu redor começava a dar voltas.

Abriu os olhos novamente e viu através do reflexo um jovem se apoiando no lavabo. O rapaz se endireitou e lhe sorriu com malícia. Harry piscou sem entender o que acaba de acontecer enquanto o jovem apanhava um pente e tentava alisar os cabelos rebeldes.

Grab my things can't wait no more

Gotta get back on the floor

"Hora de visitar as masmorras." Sussurrou em um tom de voz sibilado e Harry o viu sair da habitação, uma espécie de puxão o arrancou de seu lugar e a imagem de seu quarto desapareceu deixando-o completamente perdido no escuro.

That's where the music's thumping hard

where I feel my body start to lose control

where I can let go


Nos corredores que conduziam para as masmorras um jovem de cabelos negros e olhos cor de caoba(1) deslizava pelas sombras com assombrosa elegância. Seus passos ressoavam calmamente sobre o chão de pedra polida. Suas roupas não eram especiais, uma camiseta negra estilo poeta e uma calça da mesma cor, um pouco apertadas, sendo acompanhada de botas altas e uma capa escura cobrindo-o. Se deteve de frente para o retrato que guardava a entrada e se inclinou levemente antes de sibilar alguma coisa em outro idioma.

"Umhh... por sorte ninguém mudou a minha senha." Sorriu amplamente quando o retrato revelou a entrada. Viu alguns estudantes com máscara dirigindo-se para o andar de baixo e se recordou de que ainda não possuía nenhuma. Sacou sua varinha e murmurando um feitiço a conjurou. Cobriu o rosto com ela e começou a caminhar. "Hora de recordar os velhos tempos." Murmurou divertido sem perder seu pequeno hábito de puxar o s provocando um estranho som semelhante ao de uma cobra. Após alguns segundos chegou à masmorra da onde os ruídos da festa já podiam ser ouvidos.


A festa havia sido tudo o que Draco, Pansy e Blaise haviam planejado. A masmorra tinha sido convertida no que os trouxas chamavam de pub, ou ao menos este havia sido o intento dos sonserinos já que os jovens não sabiam que a idéia de um pub era muito diferente da realidade.

Várias serpentes de bronze líquido estavam presas ao teto suspendendo com seus corpos esferas de luz que iluminavam o lugar reservado para as pessoas dançarem. Outras serpentes estavam presas às paredes. Com alguns feitiços eles haviam encantado vários instrumentos musicais enchendo o lugar com uma música erótica de ritmo profundo que parecia martelar nas paredes de pedra.

Haviam escolhido com cuidado as bebidas mágicas mais desinibidoras, a música mais instigante, os alunos mais atrevidos...

Draco o viu entrar de imediato, algo naquela pessoa chamava sua atenção como o canto de uma sereia. Ainda assim não podia reconhecer a identidade do recém chegado e ao observá-lo pareceu que ele tentava passar despercebido, deslizando com naturalidade até o lugar onde vários sonserinos se retorciam e se envolviam, numa dança erótica ao compasso de uma música enfeitiçada que provocava os sentidos. Em poucos minutos ele havia se unido à massa de corpos que se moviam, perdendo-se de vista entre eles.

Draco aguçou seu olhar, aquele jovem lhe recordava alguém, mas de todas as pessoas que havia convidado nenhuma se parecia com a descrição. Seria possível que algum corvinal que tivesse convidado possuísse o tempo todo aquele corpo oculto por debaixo das túnicas escolares?

"Dray, para quem você está olhando?" sussurrou Pansy próxima de seu ouvido. A garota estava sentada ao lado de Draco, sobre as pernas de um dos garotos da sonserina, mesmo que fosse difícil separá-la do monitor ela não se esquecia de se divertir. Seguiu com os olhos o olhar do jovem e descobriu de imediato a figura não conhecida. Tinham que dar pontos para a loira, que apesar de parecer uma cabeça oca, tinha qualidades suficientes para ter sido eleita à monitora da casa das serpentes. "Um corvinal?" perguntou se livrando dos braços que a sujeitavam e indicando ao jovem que precisava de espaço, a ordem foi desobedecida de imediato.

"Não sei, poderia ser." O loiro murmurou com aberta curiosidade.

"Como é que eu o deixei passar por alto?" perguntou em voz baixa enquanto mordia os lábios com malícia. "Quer que eu o traga para você?" suas palavras guardavam outra mensagem e o loiro assentiu, se sua amiga era boa em algo isto era seduzir e roubar informações do mais puro e casto de todos os santos, mas a julgar pela forma que o jovem se movia, como se pertencesse as serpentes, a tarefa não seria tão difícil. Antes que ela se afastasse a puxou pela mão.

"Pansy... tenha cuidado com as asas." Comentou com descuido, sua voz aparentemente impessoal, mas na qual a jovem podia ler uma nota de alerta e preocupação.

"Drey, você é sempre tão atento." Sussurrou com doçura e escapou de suas mãos. A viu se unir ao grupo e se aproximar descaradamente do estranho. Ao cabo de dez minutos ambos os jovens dançavam juntos com uma sensualidade natural que fazia com que quem olhasse sentisse desejo de se unir a eles. Demônios, até Draco sentia desejo de fazer parte da dupla e se não fosse pelo receio que sentia certamente teria atendido suas vontades, mas um pequeno detalhe chamou sua atenção. Quando Pansy tentou trazê-lo na sua direção o jovem se recusou. Era como se tivesse adivinhado as intenções da garota porque a apertou com um pouco de violência contra seu corpo e a fez regressar para o centro do grupo.

Ao ver o gesto Draco se pôs de pé como se movido pelo vento, soltou o que tinha em mãos e se dirigiu até onde estava seu amigo. "Blaise. Coloque Vicent e Goyle na saída, não quero que o deixem sair." Murmurou irritado enquanto apontava para o jovem e uma Pansy um tanto quanto confusa. Seu amigo assentiu sem protestar e Draco se dirigiu até onde o casal estava, se agarrando ao ritmo com facilidade. Aproximou-se da dupla por detrás de Pansy notando como as mãos do jovem acariciavam suas costas semi-despida. Afastou as mãos e rodeou a cintura do anjo, inclinado a cabeça sobre seu pescoço até roçá-lo com os lábios. A esta altura elevou seus orbes platinados e deu uma mirada fulminante na direção do jovem. "Afaste-se." Sibilou fixando sua atenção na máscara que o rapaz usava. Parecia composta de diminutas escamas e conteve seu assombro ao reconhecer que era feita da madeira de pinheiro num belo tom de verde.

"Sinto muito minha bela, parece que temos companhia." Sorriu o jovem dando-lhe uma guinada e de forma delicada, mas com firmeza, voltou a se colar a garota. Pansy não pode evitar sentir-se mais hormonal que de costume, seu queridíssimo Drakey dança atrás de si enquanto aquele garoto a sua frente a mantinha contra si com possessividade.

"Dray, não há nada de errado." Sussurrou de lado com um sorriso.

"Dray?" o jovem arqueou uma sobrancelha, mas a máscara não permitiu que o gesto fosse visto.

"Panse." Sibilou Draco irritado enquanto passava seus braços sobre os da garota com intento de separá-la do jovem. Como resultado suas mãos pousaram na cintura do desconhecido. Com um sorriso cheio de malícia, imediatamente dedos o sujeitaram com firmeza pelos quadris e o colaram ao traseiro da loira.

"Não me incomodo em dividir, espero que você também." O jovem comentou com picardia e Draco se sentiu ferver de coragem, mas não pode evitar um gemido de prazer quando continuaram se movendo ao ritmo da música. Draco continuou dançando, não queria armar uma cena, sendo que no fundo no fundo a verdade era que estava desfrutando cada segundo em que aquelas mãos o tocava. Quando a loira descansou a cabeça em seu ombro, ele declinou os lábios e começou a beijar seu pescoço movido pelo intenso desejo provocado pela dança sensual.

Não sabia se era sua imaginação, mas a temperatura das masmorras não estava tão fria quanto de costume, seu corpo roçava o da loira e umas mãos manuseavam sem misericórdia suas costas e parte de suas nádegas. Justo quando parecia que ele iria perder todo o rastro de compostura, sentiu que o jovem soltava a ambos. Seus olhos se escureceram de coragem, mas se encheram de surpresa ao ver que era Blaise quem acabava de interrompê-los. O jovem de cabelos cumpridos havia se comprimido contra as costas do jovem e lograra separar as inquisitivas mãos da dupla. Foi então que Draco recordou o que se supunha que ele estivera tentando fazer. Virou Pansy em sua direção e lançou um olhar ao jovem enquanto via que Blaise se agarrava ao ritmo de uma forma um tanto quanto violenta, fazendo com que o rapaz se voltasse na sua direção com um sorriso decididamente sádico. Não soube se sua coragem vinha do fato do estranho tê-lo manejado em seu próprio jogo ou porque havia lhe dado um segundo olhar ao começar a se esfregar em cima do moreno.

Três horas mais tarde a festa dos sonserinos começou finalmente a diminuir o entusiasmo. Muitos dos jovens se encontravam completamente bêbados. Muitos haviam desaparecido em pares nos cantos obscuros da masmorra. Com os olhos impassíveis Draco viu que o jovem de máscara de pinheiro finalmente deixava a pista de dança e se aproximava da onde as bebidas estavam sendo servidas. O viu eleger cuidadosamente um dos coquetéis e deixar-se cair exausto numa das enormes almofadas dispostas no solo para este propósito. Tomou um dos coquetéis e se sentou ao seu lado, vendo como os olhos avermelhados seguiam cada um de seus movimentos com atenção.

"Já te vi antes?" O loiro perguntou após sorver um pouco de sua bebida. O jovem deu um longo gole sem deixar de mirá-lo.

"É bem provável. Depois de tudo estudamos em Hogwarts, não é mesmo?" contestou como se fosse à coisa mais óbvia do mundo. Draco ficou em silêncio.

"Creio que não reparei em você antes, não me recordo de ninguém com a cor de seus olhos." O loiro murmurou enquanto levantava o queixo do rapaz com seus dedos, o jovem afastou sua mão com movimentos calculados.

"É um feitiço, hoje é noite de dia das bruxas e de disfarces." Disse encolhendo os ombros de uma forma que pareceu muito familiar para Draco.

"Gostaria de saber quem você é." Murmurou aproximando-se do jovem que o deteve com uma mão em seu peito.

"Ah, ah, ah... nada de truques, garoto fênix. Esta noite é dedicada à diversão, nada de personalidades nem de identidades, somente segredos e os mais distorcidos caprichos." Ronrou com a voz rouca.

"E quando a festa acabar?" o loiro murmurou aproximando-se novamente.

"Não sabia que era necessário me revelar ao final da festa. Pensei que era opcional." Tragou vários goles do líquido que havia em seu copo. "Mas se for assim não posso ficar até o final da festa." Sem mais se levantou deixando um muito assombrado Draco no solo. O loiro entrecerrou os olhos com raiva, mas sorriu ao ver que Crabbe e Goyle detinham o garoto na saída. Levantou-se com lentidão e um sorriso divertido assomou seus lábios.

"Creio que seria uma boa idéia você ficar mais um pouco." Comentou o sonserino. Alguns do que ainda estavam sóbrios observaram a pequena cena, entre eles Blaise que se aproximou estando à mão para o caso do loiro precisar de sua ajuda.

Ao ver a saída barrada pelos dois brutamontes sonserinos o jovem xingou em voz baixa e se virou na direção do loiro. "Pensa que você irá me prender aqui contra a minha vontade?" perguntou com velada ira e indignação.

"Eu apenas gostaria de conversar um pouco mais com você..." comentou o loiro aproximando-se e obstruindo o corredor do outro lado. O jovem de máscara soltou um suspiro indignado e a Draco pareceu que seus olhos cintilaram levemente. Apesar de tudo estendeu-lhe o braço da mesma forma que um galante cavalheiro convidaria uma dama para dançar. "Me acompanha?" sussurrou com um sorriso cheio de cinismo e se felicitou ao ver que o jovem apertava com força os dentes e fechava os punhos.

O jovem meditou por um tempo até que seu rosto finalmente se torceu de forma doce. "Claro... porque não?" e tomou o braço que lhe era oferecido. Draco o segurou com força, aquele sorriso somente significava que o rapaz tinha uma carta debaixo da manga. Mas ninguém enganava facilmente a um Malfoy e muito menos Draco Malfoy. O levou novamente para onde estavam as almofadas.

"Será melhor que você simplifique a vida e não tente fazer nada. Não sairá daqui até que eu saiba quem você é e como você entrou." Sussurrou em seu ouvido. O seu sorriso se ampliou antes que o garoto mascarado o tomasse pela nuca e o fundisse num quente beijo que o deixou necessitado de mais

"Isso nós veremos." Sussurrou quase contra seus lábios e deslizou sem problemas por entre seus braços começando a correr para os fundos da masmorra.

"Blaise!" O loiro gritou ao mesmo tempo em que começava a correr atrás do desconhecido. Sua surpresa foi maior quando o viu atravessar uma das paredes sem nenhuma dificuldade. Sem perder tempo se lançou em sua perseguição. Para seu assombro a parede era somente uma ilusão, aparentemente o mapa das masmorras havia sido feito recentemente, pois não mostrava aquela passagem secreta em lugar algum. Começou a correr pelo corredor escutando passos as suas costas. Ao se virar em uma das esquinas pode ver que Blaise o seguia de perto.

Os corredores eram um tanto quanto escuros, mas era possível ver a borda da capa quando se dobrava os entroncamentos. Sabia que estava próximo de alcançar o fugitivo, no entanto fazendo mais uma curva se deparou com uma bifurcação. Tomou a passagem da direita por instinto, enquanto seu amigo tomava a da esquerda. Ao cabo de alguns minutos se deteve e tratou de escutar, mas tudo estava no mais completo silêncio. Xingou coloridamente enquanto sacou sua varinha e tratou de ver onde estava.

Blaise por sua parte continuou correndo até não ter mais fôlego, apanhando sua varinha tentando em seguida captar qualquer movimento. Tudo estava no mais completo silêncio, e ele decidiu regressar pelo mesmo caminho. Nem bem havia se virando quando uma mão tapou sua boca e lhe tomou sua varinha.

"Zabini." Sussurrou uma voz no ouvido do moreno de cabelos cumpridos enquanto o empurrava com força na direção da parede. O corpo do jovem que estivera perseguindo o cobriu completamente. "Onde está o seu companheiro? Você se encontra um tanto quanto solitário aqui em baixo." Sussurrou novamente com sensual arrogância. "Vire-se lentamente." Ordenou-lhe e Zabini obedeceu sabendo que o jovem tinha em mãos sua varinha. Com um pouco de dificuldade girou entre aqueles braços e sem ter que imaginar sentiu a ponta de sua própria varinha contra seu pescoço. Os olhos castanho-escuros se depararam com os de cor de caoba na semi-penumbra. Era como encarar o interior de uma incandescente chama eterna e Zabini sentiu que começava a perder o controle de suas ações.

O jovem aproximou seus rostos e roçou seus lábios com lentidão. Blaise se recordava de ter passado quase meia hora dançando com aquele corpo que agora o pressionava com força e o fazia começar a reagir ao contato físico. Mas quando o jovem se afastou e lhe sorriu sua mente ficou em branco submergida naquele segundo de perfeição. "Ao diabo com tudo." Sussurrou antes de se esquecer que tinha uma varinha apontada para sua garganta, deslizando suas mãos para a cintura a sua frente, apertando-o contra si. O beijo foi violento, com ele reclamando o interior da boca do desconhecido. Seu corpo o empurrou contra a parede contrária do estreito corredor e logo em seguida pôde ser ouvido um rouco gemido de prazer quando pressionou seu quadril contra o do jovem com torturante lentidão. "Não me importa..." sussurrou enquanto mordia selvagemente o cálido pescoço e provocava prazerosos gemidos. "... quem você é..." Abriu sua camisa e meteu suas mãos por debaixo dela, acariciando brutalmente toda a expansão do peito. "...você me deixa louco." Sentiu os dedos em seus cabelos tratando de puxa-lo para cima e ele não o fez esperar. Reclamou novamente os suaves lábios com intensidade, absorvendo os gemidos do jovem, enquanto continuava unido ao seu corpo.

"Blaise?" Ambos os jovens se separaram ao escutar a voz, os olhos muito abertos enquanto ofegavam tratando de recuperar o fôlego. "Blaise!"

"Merda." Ambos exclamaram para logo se olharem por um momento. O loiro os havia descoberto.

Blaise se pôs em movimento, lhe arrebatou em um último beijo e lhe dirigiu um sinal para logo empurra-lo na direção do corredor mais próximo. "Corre." Sussurrou. O jovem não o fez esperar, escutou Draco xingar atrás de si, estava furioso. Sorriu enquanto corria, teria que encontrar uma forma de sair do corredor principal se quisesse escapar do sonserino. Recordava vagamente das saídas, mas nesses momentos ter que escapar nublava sua lógica.

Desta vez se topou com alguns degraus que desciam, seguramente para níveis mais profundos da escola. Tinha que subir e não descer! Mas Draco estava muito próximo, começou a descer justo quando o jovem o avistava.

"Maldito bastardo!" Rugiu o loiro e começou também a descer, saltando sobre o outro quando estava a uma curta distância. Ambos os corpos rolaram escada a baixo até chegar a uma espécie de parte plana que dobrava para um lado, impedindo-os de continuar. Draco caiu sobre o jovem que emitiu um suave gemido. "Te peguei." Exclamou com um sorriso cruel. Com rapidez segurou a máscara e a arrancou deixando que a cabeça retornasse com força contra o chão de pedra.

"Ouch."

"Agora veremos quem você é. Lumos!" O rosto de Draco perdeu toda a cor quando uns olhos verdes o saudaram. "Potter." Sussurrou como se a qualquer segundo a forma que tinha aprisionada por debaixo de suas pernas fosse reagir com violência. O único som que podia ser escutado neste exato instante era a respiração forçada de ambos, especialmente a do grifinório cujo peito estava sendo comprimido pelo peso de Draco.

"Não posso respirar." Sussurrou-lhe meio torpe enquanto seus olhos pareciam se nublar. Com extremo cuidado Draco saiu de cima dele e ao mesmo tempo Harry permaneceu no chão tentando recuperar o fôlego.

"O que você estava fazendo nas masmorras?" O loiro perguntou confuso enquanto lutava para não sucumbir aos seus imensos desejos de se aproveitar da vulnerabilidade do jovem.

"Não... não sei." Contestou ainda aturdido. "Meu corpo todo dói."

"Isso é porque caímos escada abaixo, Potter." O loiro comentou com desdém enquanto se punha de pé.

"Oh." Foi à única coisa que Harry atinou dizer quando Draco o tomou pelos braços e o pôs de pé. "Como chegamos aqui?" murmurou ao mesmo tempo em que se permitia apoiar no loiro. Draco o segurou por instinto sentindo aquela calidez que há muito tempo tentava fazer sua.

"Pensei que você me responderia a essa pergunta. Você passou mais de três horas na festa da minha casa se divertindo as minhas custas e agora como resultado não se lembra de nada. Que conveniente." Disse finalmente. "Será melhor que a gente saia daqui. Você pode caminhar?" Harry assentiu e começaram a subir as escadas com lentidão.

"Eu... estava no banheiro." Murmurou e Draco se fez de surdo, não precisava escutar as incoerências de Potter, as escadas seguramente havia tirado-lhe um pouco dos sentidos, demônios, inclusive ele se sentia meio quebrado. O tomou pela mão no resto do caminho e estiveram perdidos mais de quinze minutos no labirinto até que finalmente encontraram uma das inúmeras saídas de ilusão que não haviam descoberto antes por estarem ocupados correndo pelos corredores. Quando Draco olhou ao seu redor viu que estavam próximos da Torre da Grifinória.

"Você acha que pode chegar sozinho ao seu quarto, Potter?" o garoto negou com um leve rubor.

"Não estou com meus óculos." Draco aguçou os olhos, apenas alguns minutos atrás ele não precisara deles.

"Porque você precisa dos seus óculos? Pensei que você havia dito que utilizara um feitiço para mudar a cor dos seus olhos, você não estava usando eles, supus que havia feito algo a mais para enxergar." Draco o viu morder os lábios, nervoso, não pode deixar de se imaginar ele mesmo mordendo-os. Finalmente deu um sofrido suspiro.

"Potter, não entendo como é possível que você não se recorde de nada do que você esteve fazendo. Você se meteu nas masmorras, território sonserino, esteve na festa e quase agarrou todos que estavam ali. Não entendo como pode ser possível que você consiga ruborizar, porque está mais do que claro que você não é nenhum santo." Exclamou irritado, mas ao não receber resposta suspirou resignado. "Vamos antes que Filch ou a Madame Norra nos pegue." Enquanto caminhavam para o quarto de Harry, este começou a sentir a vergonha se apoderar de todos os seus sentidos. Imagens do que estivera fazendo voltaram a sua mente quando o loiro as mencionou, imagens sumamente detalhadas e que fizeram seu rosto arder ainda mais.

"Pelas barbas de Merlin." O grifinório sussurrou enquanto subiam as escadas para sua habitação.

"O que me deixa mais irritado é o fato de você não ter me permitido desfrutar da situação." Murmurou o loiro no instante em que atravessavam a porta. Havia freado seu corpo por tempo demais e este estava completamente carregado por causa da erótica sensualidade da qual fora vítima. O encurralou contra uma das poltronas, montando seu corpo com uma de suas pernas de cada lado.

"Draco?" O jovem grifinório sussurrou e o loiro sentiu seu corpo corresponder ao sorver toda a inocência que permeava a pergunta. Não entendia como o rapaz podia se comportar de forma tão lesada com uma provocativa ignorância. Ignorou o suave gemido quando tomou a boca rosada com seus lábios. O beijo foi lânguido e sereno, sendo que ele desfrutou a profundidade da cavidade úmida que se abria para sua língua exigente. Sentia como se estivesse provando o céu. As mãos de Harry se agarraram a suas roupas como se o dono estivesse perdido quando começou a acariciar sua nuca.

Quando se separaram os olhos verdes o encaravam com uma expressão nublada. Talvez agora ele lhe permitisse continuar o que viera lhe negando durante as semanas. O fogo hormonal que percorria seu ser fez urgir a vontade de devorar aquele corpo de imediato.

Preciso...

Draco estava a ponto de descer para o pescoço quando descobriu as marcas. Por toda a extensão da garganta a pele estava coberta de marcas avermelhadas de mordidas e beijos. Afastou a capa para um lado e as observou atentamente. Sim, definitivamente marcas de dentes na pele de Harry, marcas recentes de um vermelho escuro. "O que é isso?" perguntou mortificado, como podia haver se esquecido o que Potter havia se dedicado a fazer a noite inteira? Ainda sabendo que o jovem não lhe devia este tipo de explicação, por alguma razão se sentiu traído. Separou-se do corpo com movimentos lentos e o jovem o observou com confusão dançando em seus olhos verdes. "É melhor que você descanse, Potter, estou seguro de que tanta atividade deve ter te deixado exausto." Murmurou com uma expressão fria enquanto se colocava de pé e se aproximava do criado-mudo onde descansava os óculos do moreno. Retornou para seu lado e os colocou em Harry com lentidão. "Tenho certeza de que você conseguirá usar algum feitiço para cobrir essas mordidas... para que elas não sejam notadas amanhã." E sem mais se afastou com passos elegantes, mas o orgulho ferido.

Harry continuou sentado na poltrona, seus olhos fixos na porta fechada, sem compreender. Por longos minutos a voz interior se manteve em silêncio.

Sinto medo...


Caoba(1): Árvore de certa forma famosa em Honduras e no México, sua madeira, como muitos devem ter adivinhado, possui cor avermelhada! quem disse que fanfic não é cultura?rs

N/T: Blasfemeiem o fanfiction! Era para eu ter postado isto as nove horas de ontem a noite! Mas, MAS... o site naum quis cooperar e simplesmente naum abria o arquivo... por isso, revoltada, posto a continuação agora pela manhã... suspira e eu que estava feliz por postar isso aqui mais cedo! Chega dá raiva!

De qualquer forma aposto que muitos ficaram satisfeitos ao ler este capítulo, espero que esteja td okay e que o contente-se em acabar com a minha festa apenas dificultando a postagem, pq se essa coisa ousar desconfigurar a história... juro que irei matar um... hehehe! (Revolta pq provavelmente terei que revisar Velas Negras que está cheia de frase perdidas!)

Mas comentando os acontecimentos... Gente, eu adoro o Tom, ele é tão sacana com o coitado do Harry e o Draco... praticamente estava disposto a dar td de si para td mundo na festa... MENOS para Draquinho que ficou chupando dedo e no final desobore marcas no seu precioso grifinório. Tsk, tsk, tsk! Outra coisa que não posso deixar de mencionar é a nova visão de Blaise... até agora eu não li nenhuma descrição minuciosa dele nos capítulos a frente, mas, só pelo fato dele ter cabelos negros compridos pra mim já basta para defeini-lo como terceiro deus-inglês da fic... e se levarmos em consideração que provavelmente Tio Voldy tem um gosto refinado, está mais do que claro que o cara deve ser um gato! Hehehehe

Aiaia... Pansy como sempre abelhuda, Harry a eterna anta zumbi... só falto tio Severus! Ah mas ainda tem muita coisa para acontecer...

De qualquer forma... comentem... okay?

Vou ficando por aqui! Obrigada por lerem e deixarem reviews.

Próximo Capítulo: Hum... Harry, Tom, Draco e Blaise... E agora? E Pansy? A garota irá resistir ficar de fora das intrigas de seu loiro querido?