Título: Em Silêncio
Autora: Suisei Lady Dragon.
Rate: R
Disclaimer: Os personagens pertencem a J. K. Rowling e a história a Suisei Lady Dragon
Shipper: Draco/Harry
Gênero: Romance/Aventura
Atenção: Slash, yaoi... blá... blá... (Se você não gosta, não leia!)
Sumário: Harry derrotou Lord Voldemort, mas não a Tom Riddle, e quando Lucius ordena que Draco seqüestre o menino-que-sobreviveu, ambos acabam tendo em suas mãos mais do que podem controlar.
Em Silêncio
Capítulo 32
Harry foi até o local combinado com a loira da Sonserina. Já tinha uma semana que tinha aceitado ver a jovem serpente, e Pansy tinha lhe preparado um itinerário, já que suas várias aulas avançadas tomavam a maior parte do seu tempo e o resto era Draco que ocupava. Sorriu levemente, a imagem do loiro sempre lhe causava esse efeito.
Claro que já tinha conversado com alguns dos jovens, mas até agora nada tinha sido de fato resolvido, até que tivesse a oportunidade de trazer seus pais ou um parente próximo. O processo de convencer um Comensal da Morte de que era seguro pisar em Hogwarts, apesar da vigilância que a escola ainda tinha, era algo lento, ainda mais convencê-los de chegarem onde estava o jovem que tinha derrotado Voldemort.
Mas essa noite era especial, nem tanto para ele, mas para Tom. Essa noite veriam Zabini. Tom não deixava de tagarelar em sua cabeça e começava a sentir uma forte e horrível enxaqueca. Agradeceu ao chegar na sala vazia e começou a preparar o lugar de acordo com as instruções que a jovem sonserina tinha lhe dado.
"Tom... se não calar a boca eu vou embora." Terminou de criar outro espelho e no reflexo o ex Senhor das Trevas vestido quase de forma indecente e com um sorriso divertido.
"Você está muito tenso, Harry, deveria relaxar mais. Poderia pedir a Draco para te ajudar com isso. Já sabe usar aquele óleo que te deu de presente de natal." Harry estava a ponto de mostrar a língua, mas optou por parecer menos infantil e virou os olhos aborrecido enquanto conjurava outro espelho.
Criou espelhos de diferentes tamanhos e formas até que se sentiu satisfeito. O único problema era que Tom refletia em todos eles ao mesmo tempo e isso o estava deixando enjoado. Uma luz laranja brotou em seus dedos e logo o reflexo de Tom apareceu em somente um. O efeito do feitiço fez com que o reflexo perdesse o equilíbrio, e se lembrou de que nem tudo era tão fácil atrás do cristal, afinal era um mundo desprovido de matéria, onde só existiam as coisas que se refletiam. Certamente tinha tirado o chão de Tom, que nesse momento se levantava e tirava o pó inexiste de sua roupa e o olhou de maneira irritada.
"A próxima vez que decidir fazer esse truque me avise com antecedência." Harry deu de ombros e sorriu.
"Ao menos te fiz ficar calado um pouco." Um tímido toque na porta os assustou, era um pouco cedo para o encontro. Harry se apressou a se esconder atrás de um dos espelhos de tal forma que Tom ainda podia ser visto no que escolhesse se refletir.
"Entre." Chamou Tom e voltou a arrumar a roupa. Um Blaise Zabini muito arrumado entrou na sala semiescura com cautela, esperando encontrar o moreno da Grifinória. Chegou até o centro da sala e chamou discretamente.
"Potter?" O nome reverberou suavemente e as tochas iluminaram um pouco mais do lugar. Do seu lugar Harry girou os olhos, tinha sido ideia da loira criar aquele ambiente misterioso e ele tinha aceitado. Podia ver o jovem de cabelos longos refletido no espelho que tinha de frente, e decidiu prestar atenção ao que aconteceria.
"Boa noite, Blaise. Como está?" Perguntou Tom fazendo com que uma das tochas mais perto iluminasse o espelho onde estava. Blaise ergueu uma sobrancelha, mas não comentou a respeito e optou por uma resposta sincera, apesar de tudo, aquele era o jovem que tinha aniquilado o Lord e que atormentava seus melhores sonhos.
"Nervoso."
"Alguma razão em especial?" Blaise sorriu dando um suave suspiro em descrença e fixou seus olhos cor de mel no espelho, se aproximou alguns passos e observou o jovem.
"Não creio, suponho que seja o ambiente." Tom sabia que o estava olhando com estranheza e em seus pensamentos não podia fazer nada mais do que admirá-lo. O filho de Zabini tinha sido treinado de uma maneira especial para ser um comensal. Todos os comensais sabiam, já que seus pais não paravam de se vangloriar daquilo. O que poucos sabiam era que de fato, Blaise tinha sido concebido e criado para ser oferecido ao Lord, mais como um presente do que como um comensal. Tom ainda se lembrava de ter-lhe colocado a marca, e nenhuma lágrima brotou daqueles suaves olhos cor de mel, e naquele tempo tinha provocado coisas que já não se recordava tão bem. O problema era que o evento tinha sido uma semana antes de ser derrotado por Potter, o que resultou que nem sequer teve a chance de envia-lo para testar seu valor como comensal.
"Por que você veio, Blaise?" Sussurrou com a voz grave, mas o jovem não se moveu, somente deu de ombros como se não importasse.
O sorriso de Blaise era amargo demais. "Pensei que tinha lido na lista."
"Sim, quer que eu tire a sua marca e apague suas memórias. Mas tenho curiosidade, não pela marca, isso é bastante aceitável." Esteve atento a sua reação, mas novamente o jovem ocultava perfeitamente seus sentimentos. Severus estaria orgulhoso de seu sonserino. "A marca é razoável, mas terá que me explicar o porquê da memória. Não vai querer que apague algo importante." Blaise olhou para o chão e tomou um pouco de ar.
"Quero que apague da minha memória a recordação que tenho da festa. Não quero lembrar de você de outra forma que não seja como namorado de Draco."
"Pensei que era um pouco mais sórdido, mas está agindo como um Grinfinório."
"E você como um Sonserino, não creio que possa reclamar de nada." Blaise ficou um pouco em silêncio, fazendo cuidadosas anotações sobre o jovem que tinha em frente. "Não parece o tímido Grifinório de sempre, Potter." Murmurou encarando-o longamente, e novamente Tom sentiu desejo de sorrir. Seria coisa de mais alguns minutos e um pouco mais de luz para que o jovem Zabini o reconhecesse. Tinha mencionado os detalhes e tinham combinado que apagariam a memória se fosse necessário, mas que o de olhos verdes permitisse que a conversação chegasse a suas últimas consequências. O corpo balançava pra frente e pra trás, fazendo com que os cabelos compridos serpenteassem suavemente sobre suas costas enquanto inclinava a cabeça. "Te conheço." Disse se aproximando mais do espelho e o tocando. "Era você que estava na festa, não Potter. O que está fazendo aqui?" Perguntou estreitando os olhos com suspeita.
"Pensei que já sabia, sou o que liberou teu pai da marca negra." Disse propositalmente devagar. Viu o jovem levar a mão até onde estava sua marca e inclinar a cabeça para o lado contrário. Silêncio... tudo silencioso, até que de repente aquela dor em todo o seu ser, como se tivesse novamente um corpo só e quisesse deixa-lo, com a sensação de ter sido separado, dividido em dois.
Tom escutou um grito que não era seu, mas algo o impulsionava a proteger aquele que o emitia. Os espelhos voltaram a refletir da forma normal e buscou entre todas os reflexos que se mostravam o que refletia Harry. O encontrou de joelhos, segurando a cabeça com as duas mãos. Grudou no espelho e tentou trocar de lugar com o jovem moreno, mas era como se o próprio cristal do espelho o impedisse de ir até o corpo.
Harry gritou mais forte sentindo que a cabeça ia explodir, era como se Severus estivesse novamente tentando usar legilimência mas ao mesmo tempo bloqueando todo tipo de magia que pudesse usar, e por Merlin, como doía. "Pare, por favor." Sussurrou para a presença que invadia seus pensamentos. "Por favor, por favor." Gemeu mais forte. Do espelho Tom observava sem poder fazer nada.
"Potter?"
"O que você fez?" Rugiu Tom, seus olhos vermelhos brilhando estranhamente. Blaise com um gesto de mão cessou repentinamente a dor na cabeça de Harry, deixando-o prostrado no chão tentando recuperar o ar. Blaise se aproximou rapidamente e tentou ajudá-lo a se levantar.
"Sinto muito, eu pensei que fosse outra pessoa." Logo o moreno de olhos caramelo olhou para o espelho e viu o jovem Grifinório. Teve que olhar novamente para poder acreditar no que via.
"Imagino que me enganei ao pensar que me reconheceria." Murmurou Tom.
"Que truque é esse, Potter?" Finalmente estava de pé e Blaise não pôde evitar comparar os dois jovens.
"Não é truque, sofro de dupla personalidade." Murmurou com sarcasmo enquanto voltava a esfregar a cicatriz. "Que porcaria foi essa?" Mas o jovem estava muito aturdido com o que via, tanto que não conseguiu responder. "Imagino que será melhor te explicar, de toda maneira vamos apagar a sua memória." Murmurou Harry ao notar que o jovem de cabelo comprido começava a empalidecer um pouco.
"Me explicar o que? Você tem um clone ou algo assim? Porque isso tem que ser um truque de aprendiz. Não brinque comigo, Potter, eu não iria suportar. Vim até aqui para que apagasse minha memoria permanentemente, não me importa se não apagar a marca, mas não vou ser a sombra que mancha a felicidade de Draco, ele é extremamente importante para mim."
"Tanta lealdade... Teria sido um Comensal perfeito." Tom murmurou sem poder se conter, o jovem pareceu um pouco bravo ao se dar conta do que o seu reflexo acabara de dizer.
"O Comensal perfeito? Rá. Perdão se não concordo com você." Só então o jovem abriu muito os olhos. "O que, o que disse?" Tom lhe deu um de seus olhares mais encantadores e Zabini notou perfeitamente a cor avermelhada daqueles olhos. A reação foi muito parecida com a de Pansy Parkinson, o jovem caiu de joelhos em frente ao espelho enquanto Harry girava os olhos e dava uma olhada fulminante ao jovem refletido nele.
"Lucius, é rude ficar encarando uma pessoa."
"Não quando essa pessoa é seu amante."
"Você tem que parar de ler tantas histórias românticas." Severus murmurou baixo, ao notar o tipo de olhar que os olhos azuis metálicos estavam direcionando ao seu corpo.
"Ah, mas é que já tem um tempo que não as leio, apesar de que esta noite creio que abrirei uma exceção, já que não terei companhia para acabar com esse tédio que sinto."
"Quem diria que seria você o que estaria se queixando na primeira noite." Voltou a sussurrar Severus, dessa vez com malícia e olhando-o de canto de olho. "Além do mais, você já sabia o que aconteceria quando aceitou vir." Lucius apertou os lábios em um gesto indignado e seus olhos abandonaram a apreciação do professor de poções. Se colocou de pé com toda a dignidade que ainda era capaz e despedindo-se do professor saiu da habitação, indo para o quarto do professor.
"Lucius, essa é minha cama." Murmurou Severus ao ver que o homem se enfiava debaixo da colcha. Seus olhos negros brilharam divertidos ao notar que Lucius tinha tirado as peças do seu pijama.
"Pode usar meu quarto, hoje quero dormir aqui." Severus deu um suspiro incrédulo, mas voltou às suas atividades prévias, deixando o loiro aos seus caprichos.
Quando finalmente terminou de avaliar e corrigir as tarefas de seus estudantes uma leve onda mágica o fez inclinar sua cabeça tentando descobrir o que era que a provocara. A serpente em seu braço ondulou levemente inquieta.
"Potter." Girou para ver um Lucius Malfoy pelado em pé na entrada da habitação com a mesma expressão confusa que teve alguns segundos atrás. A serpente em seu braço também parecia inquieta. Voltou sua cabeça para onde a magia parecia vir, mas um segundo depois e o estranho chamado desapareceu deixando as duas tatuagens imóveis. "Parece que foi só um alarme falso." Sussurrou novamente Lucius, relaxando levemente e percebendo nesse instante o olhar que o professor de poções estava dando. Muito a contra gosto, seu corpo corou visivelmente, a brancura de sua pele deixando o rubor demasiado óbvio. "Bem, Severus, creio que voltarei a dormir." Deu meia volta e Severus pode contemplar o delicioso traseiro antes de desaparecer atrás da porta.
"Ah... ah... ah..." Sussurrou enquanto começava a tirar suas roupas para tomar uma ducha. "Esta noite não me escapa."
Lucius já começava a dormir depois da agitação que tinha sido causada pelo chamado de sua nova marca quando se sentiu sendo prensado contra a cama, um gemido indicou quem o tinha prendido e a força em seus pulsos indicou que Severus não ia ter cuidado nenhum. Suspirou um gemido de prazer quando seu corpo reagiu à invasão dominante do professor de poções em sua boca. Depois de ter passado tanto tempo observando seu objeto de desejo seu corpo não tinha conseguido se acalmar com um cochilo curto, muito menos quando as roupas tinham sido esquecidas em favor de seduzir o homem. Não era normal que dormisse assim, na mansão Malfoy era muito frio nessa época e mesmo que as masmorras estivessem frias a cama de Severus sempre estava quente.
Sentiu perder as forças quando Severus atacou seu pescoço, mordendo e chupando sua pele branca. Não lutou quando o homem segurou os pulsos com uma mão para com a outra tirar o lençol que estava entre seus corpos.
"Ummhh... Malfoy, me interrompeu muitas vezes durante o dia de hoje, isso merece um castigo." Murmurou perto do ouvido do loiro antes de se acomodar sobre seu corpo e se mover languidamente, escutando satisfeito o gemido que provocava. Desta vez Lucius se moveu levemente comprovando que a força que Severus usava para sujeita-lo não era fingida e isso era o que mais gostava no homem, que o dominasse de verdade e mesmo que quisesse não poderia escapar.
Sem perder tempo Severus sussurrou um feitiço de lubrificação, ao senti-lo prender a respiração enquanto seu corpo se estremecia de expectativa. Não teve que esperar muito, porque Severus entrava em cheio em seu corpo. O gemido saiu forçado de seu peito enquanto Severus fazia um esforço enorme em permanecer quieto.
Ficaram sem se mover até que as respirações de ambos se normalizaram levemente. "Tão quente." Sussurrou o ex-espião ao afundar em seu peito, roçando com os dentes enquanto o mordia. Lucius voltou a perder a concentração quando a insistência daqueles dentes ameaçou fazer sua pele sensível sangrar. Só então a boca do homem se dedicou a morder outras partes de sua anatomia, que logo começaram a arder como se estivessem em fogo.
O jogo era simples, Severus não começaria até que Lucius estivesse a beira, sem poder suportar um estímulo a mais. Não se moveria nenhum centímetro em seu interior até que seu corpo completo não estivesse tremendo de desejo sem importar o quanto rogasse, ameaçasse, gritasse ou gemesse e isso não aconteceu até uma hora mais tarde.
O resto aconteceu em segundos, ambos gritaram seu prazer sem restrições enquanto Severus o aprisionava em seus braços com um sorriso torto, sonolento e contente. Ele também deu um sorriso malicioso enquanto buscava a melhor posição sobre o peito do homem. Sim, sua vida tinha mudado, assim como seus sonhos tinham predito, mesmo quando não dissessem a forma inédita que aconteceria.
Obrigado por ler.
Não se preocupem, será postada até o final. Até o próximo, não vai demorar
