Título:Em Silêncio

Autora:Suisei Lady Dragon ou Black Kimera

Tradutora: Dollua

Betta:Dollua

Rate:R

Disclaimer:Os personagens pertencem a J. K. Rowling e a história a Black Kimera.

Shipper:Draco/Harry

Gênero: Romance/Aventura

Atenção: Slash, yaoi... blá... blá... (Se você não gosta, não leia! Mas não encha as patavinas)

Sumário: Harry derrotou Lord Voldemort, mas não a Tom Riddle, e quando Lucius ordena que Draco seqüestre o menino-que-sobreviveu, ambos acabam tendo em suas mãos mais do que podem controlar.


Capítulo 34


Pansy se aconchegou mais no colo de Blaise, começava a relutar contra o sono. Blaise continuou acariciando o cabelo dela, enquanto levava o espelho ao ouvido para escutar melhor o que o seu senhor sussurrava. Na maior parte, Tom havia lhe contado os acontecimentos desde que Harry havia absorvido sua alma, até chegar ao acontecimentos da mansão Malfoy.

O moreno de cabelos compridos girou levemente para ver que Draco e Harry ainda se mantinham ao lado um do outro, mas já haviam parado de dançar e Draco se concentrava nos relatórios. Voltou sua atenção para o espelho quando houve um breve silêncio, quando viu os olhos do Lorde, meio avermelhados, cravados nos seus.

"É muito bonito" Sussurrou o reflexo de Tom, fazendo-o corar levemente. "Sei o que seus pais fizeram e creio que não apreciei o sacrifício até agora. Posso ter sido cruel contigo... é uma sorte grande Potter ter chegado antes."

"Sou teu, meu Lorde. Por um acaso não me deseja?" O moreno perguntou em um sussurro, fazendo com que passasse um sentimento por aqueles olhos que nem quando estivera vivo, pôde sentir sequer uma vez.

"Mais do que tudo no mundo."

"O que espera então? Não seria maravilhoso se pudesse estar comigo nesses momentos? Me acariciando, me beijando, me tocando". Blaise escutou um leve gemido vindo do espelho e supôs que conseguiu seduzir seu senhor. Baixou o espelho lentamente até ficar de forma discreta sobre Pansy para poder ver a imagem refletida. A tristeza que mesclava nos olhos cor caoba junto com o desejo o deixaram sem ar. Seus dedos acariciaram a superfície fria do espelho. "Sinto muito". Sussurrou com o mesmo sentimento.

"Não tenho corpo... e não creio que possa repetir a façanha de me fazer um corpo com o ultimo feitiço de utilizei... não posso prejudicar o Harry."

"Posso encontrar outra forma..."

"A única forma que conheço machucaria nós dois, mais a Harry do que a mim, não posso arriscar."

"Veremos... veremos." Blaise suspirou profundamente, acariciando o espelho uma última vez para logo se virar para os jovens que se encontravam sobre a cama. "Dray, Harry, vou levar Pansy pro dormitório. Já está tarde e não gostaria que Filch nos pegue depois do toque de recolher." Ambos assentiram e colocou o espelho em um dos bolsos, se apressou a levantar o peso suave de sua amiga.


No dia seguinte apresentou uma oportunidade agradável para o grifinório praticar quadribol. Muitos dos alunos não estariam no ano seguinte, por isso o novo capitão aproveitou para colocar os olhos nos que poderiam ocupar o lugar dos que sairiam, assim, vários alunos que não pertenciam a equipe haviam entrado na prática. Harry, sabendo que não jogaria como apanhador decidiu fazer companhia aos seus amigos jogando na posição de goleiro e também como batedor, que sempre o havia atraído. Quando terminou, estava encharcado da cabeça aos pés, como muitas vezes havia visto seus amigos ficarem. Era óbvio que não ficava do mesmo jeito quando era o encarregado de buscar o pomo, porque não participava tão ativamente do jogo. Ele sabia que tinha perdido muita ação enquanto ficava pairando sobre o campo buscando o pomo por todas os lados.

Ao terminar o jogo, desceram pro chão e se dirigiram para as duchas. Uma coruja se aproximou da saída do castelo e deixou cair um bilhete na sua frente. A tomou nas mãos pois o animal não quis ficar e seguiu seu voo.

Harry leu o bilhete cheio de confusão enquanto Rony o chamava na entrada do vestiário. Ele acenou com as mãos para que ele esperasse um segundo enquanto voltava a ler o bilhete. "Ron..."

"O que aconteceu?" Gritou novamente no interior do vestiário.

"Eu encontro você mais tarde. Apareceu um imprevisto." Disse com um gesto surpreso, mas saindo assim mesmo. Estava quase indo deixar a vassoura no armário, mas pensou melhor e se dirigiu com ela novamente até o pátio. Dando um leve impulso no solo, voou até a torre de astronomia. Desceu da vassoura com a mesma agilidade de um gato e agarrou o batente, ficando de pé sobre o peitoril. "Draco?" Desceu da janela e viu quando seu namorado se levantou da cadeira que estava sentado.

"Aconteceu alguma coisa?" O loiro recusou enquanto se aproximava. "E então?"

"Não posso querer te ver?"

"Claro que pode... é só que não pode ser tão urgente assim, para não me deixar nem tomar um banho antes de vir te ver."

"Só queria... comprovar algo" Respondeu hesitante, levemente corado e sem olha-lo nos olhos. Harry deixou sua vassoura recostada na coluna ao lado da janela e se aproximou, cauteloso para não chegar muito perto e manchar as roupas finas de seu namorado, mas Draco se aproximou mais, quase tocando-o.

Daquela curta distância, o loiro conseguia perfeitamente sentir o odor do equipamento de quadribol de Harry. Descobriu então que não era tão desagradável como havia imaginado, por isso se aproximou um pouco mais, mas Harry deu um passo para trás, por instinto. "Draco... Será que não pode esperar eu tomar um banho?" Harry perguntou envergonhado enquanto limpava algumas gotas de suor que ainda desciam pelo seu pescoço por causa da prática.

"Não... é... não importa." Disse, dando outro passo e os olhos verdes se fixaram repentinamente cheios de timidez, ficaram cravados nos seus, tentando decifrar o que se passava por sua mente, sem dar uma razão. "Assim está bom" Sussurrou ainda mais baixo e se aproximou um pouco mais, pode ver com surpresa que Harry estremecia de forma suave, provavelmente indeciso entre voltar a se afastar e a força de vontade que necessitava para não fazê-lo.

"Draco... estou..." Não pode continuar porque Draco o calou com os dedos sobre os seus lábios. Aqueles dedos pálidos que logo deslizaram pela sua face, guiados pela linha da sua mandíbula. Para então, descer ainda mais para a depressão entre a sua clavícula e a traqueia, causando calafrios, sua mão descia com facilidade por causa da umidade que se concentrava na sua pele ainda quente do exercício que tinha acabado de fazer. Seus dedos alcançaram uma depressão na parte alta do seu peito que se concentrava uma enorme gota de suor, que ele espalhou ao percorrer o mesmo caminho de volta com os dedos, mas dessa vez para o seu rosto. Draco pousou uma mão nas costas de Harry quando ele tentou pela terceira vez se afastar. O calor úmido que emanava das roupas de Harry o fazia se sentir estranho ao tato, mas se Pansy podia encontrar sensualidade em... algo... assim, Draco Malfoy, não se daria por vencido.

"Não sei o que está passando pela sua cabeça hoje, mas não acho que..." Deixando a delicadeza de lado, Draco havia tomado Harry pela nuca, deslizando seus dedos pelos cabelos úmidos. "...está..." Sem sequer fechar os olhos, colou os lábios do outro lado do pescoço de Harry e passou a língua por um caminho paralelo ao que haviam percorrido seus dedos momentos antes. "...estranho." Mais que algumas poucas palavras haviam escapado como um gemido da boca do jovem grifinório.

Draco teve que suprimir uma risada que ameaçava escapar de seu peito, não iria confundir ainda mais seu amado, mas as reações que ele estava tendo naquele momento eram muito mais rápidas do que ele estava acostumado a tirar na cama. Prova disso era a rigidez que sentia entre as pernas de Harry quando se aproximou o suficiente para ter maior acesso ao seu pescoço. "Que está fazendo, Draco?" Harry suspirou sem ar quando a língua do loiro começou a descer para o seu peito. Quando os dedos de Draco começaram a abrir a roupa de quadribol, Harry pensou que o mundo desapareceria. Seu odor começava a mesclar... de alguma forma... começava a provocar estranhas sensações só de senti-lo... e suas reações pareciam estar fora de controle.

As mãos de Draco escorregavam facilmente por seu peito, sobre sua pele quente que aos poucos ia se expondo na brisa da torre. "Draco... qualquer um pode nos encontrar." Mas os lábios do loiro agarraram um de seus mamilos e a ideia de serem descobertos desapareceu no ar. Desta vez, Draco estava ciente da aura mágica que começava a se formar ao redor de Harry. Ele tinha um sabor salgado... e algo mais que nunca tinha provado antes mas conhecia de alguma forma, causava em sua garganta um desejo de fechar com nojo, mas de repente essa mesma sensação foi se desfazendo, nublando a sua cabeça com um instinto possessivo que fazia eco em seu peito e finalmente em seus quadris. Escutar a respiração entrecortada de Harry somado com o odor de seu amante, tão forte como nunca havia sentido antes, praticamente palpável.

Gemeu quando a aura inflamada de Harry acariciou a sua, seduzindo-o para que se unissem. Dessa vez fez um esforço consciente para se unir de corpo e alma, permitindo que sua própria magia fosse de encontro a do outro. As mãos ainda enluvadas de Harry foram de encontro aos seus ombros, buscando sua nuca e suas costas para cola-lo contra si, como se protege algo precioso.

Os quadris colados, seus sexos conectados por debaixo da roupa, faziam com que respirassem pesadamente, mas para Draco por alguma razão, o prazer vinha de muitas outras partes, não somente do seu sexo esfregando contra o de Harry. Sim, podia dizer, que em parte essa era uma das razões, mas o que o fazia mover os quadris lentamente, sem pressa, de forma sensual e confortável... não, isso não era porque seus sexos estavam conectados, a magia provocava algumas sensações, mas não era ela que estava controlando. "Por Merlin" Sussurrou quando seu corpo continuou naquele estado inalterado de prazer, que não aumentava e tampouco diminuía. Como cavalgar a passo tranquilo, calmo, mas ao mesmo tempo inevitável. E o melhor era que podia desfrutar conscientemente cada segundo, cada toque, porque logo aquelas mãos enluvadas deslizou para baixo de sua camisa acariciando bruscamente com o couro. Muito antes do que pudesse expressar seu desejo de sentir a pele de Harry, as luvas já haviam desaparecido. Não tinha ideia se havia sido um feitiço ou se o moreno havia tirado, mas os dedos corriam deliciosamente e lentamente por cada pedaço da sua pele.

Foi dando passos pra trás até encostar na cadeira que estava esperando seu amante grifinório e se sentou, enquanto Harry, de forma natural se sentava com uma perna de cada lado do seu quadril provocando uma fricção ainda mais deliciosa entre os dois. Viver um momento eterno não era o mesmo que estar suspenso nesse instante, Draco se sentia suspenso de forma impossível enquanto a magia começava a explodir ao redor deles.

"Te amo". Sussurrou contra o peito agora desnudo de Harry enquanto respirava profundamente o cheiro doce. "Poderia ficar aqui para sempre... assim para sempre". Falou com os olhos semicerrados de prazer enquanto seus próprios quadris continuavam uma dança sinuosa sem se dar conta de mais nada. "Te amo, te amo."

"E eu também te amo, Draco. Meu Draco." Segurou a respiração quando o loiro começou a abrir suas calças, tentando com sua força de vontade se manter o mais quieto quanto era possível, o que não era muito. Gemeu de necessidade quando Draco liberou seu membro de dentro da sua roupa para logo se desfazer das suas próprias roupas. O momento em que a pele de ambos os sexos se tocaram, sentiu uma onda de prazer e suspirou aliviado, essas eram as sensações que o faziam se sentir em casa. Já não era a Rua dos Alfeneiros ou o número 12 de Grimauld Place ou a Mansão Malfoy, era o corpo de Draco, esse era o seu lugar, onde se sentia completo. "Oh, sim, por favor". Começou a dizer incoerências, implorando que seu corpo entendesse suas necessidades.

Deu um curto gemido quando Draco segurou ambas as ereções com as mãos e começou a masturba-los enquanto seus lábios apanhavam os seus, sem permitir que emitisse um só gemido. Não demorou muito para que eles se sentissem a borda de um abismo quando a magia de ambos estourou em pequenas faíscas, iluminando a torre como um pequeno farol, fazendo com que alguns estudantes que ainda estavam no campo de quadribol observassem curiosos.


"Panse... precisamos conversar". Blaise comentou com a loira que nesse momento se encontrava nos braços de Vincent sem nenhum outro desejo no mundo a não ser deixar Gregory massageando suas mãos com incrível delicadeza. A loira suspirou dramaticamente antes de jogar a cabeça para trás e dar um beijo languido no rapaz que a segurava. Blaise não deixou de observa-la, deixando de lado o constrangimento necessário para esses momentos, e também observou quando a jovem se endireitou levemente para dar um beijo igualmente languido naquele que segurava sua mão.

"Se fosse legal, me casaria com vocês dois." Murmurou evidentemente satisfeita pela atenção que os dois sonserinos lhe davam. Blaise sorriu com malícia.

"Sabe Panse. É só questão de encontrar o lugar adequado para se casar. Além de tudo, há lugares que homens podem se casar com mais de uma mulher... devem existir lugares que uma mulher pode se casar com mais de dois homens... legalmente."

"Você sempre tem ideias brilhantes, Blay, querido." E a seriedade sutil sob as palavras deu a entender que o comentário era só um elogio. Imaginou por um breve instante um casamento com dois noivos e uma noiva... isso seria suficiente para sua amiga? Sacudiu levemente seus pensamentos, para Pansy, menos que isso não seria suficiente. Os Parkinson não conheciam realmente a pequena serpente que tinham como filha, tinham uma vaga ideia mas não conheciam a fundo e ela ainda iam lhes dar muita dor de cabeça. A loira deu um último olhar nos seus dois amigos/amantes e com sincera tristeza se afastou de ambos. "Sobre o que queria conversar?" Perguntou enquanto se acomodava em seus braços.

"Necessito saber quem é melhor em transformações, sem dúvida alguma, sem importar de qual casa seja."

"Essa é fácil, amor, Granger é a melhor em transformações, inclusive melhor que Harry e Tom juntos." Sussurrou os dois nomes enquanto se distanciavam um pouco do resto dos seus companheiros que estudavam no Salão Comunal da Sonserina.

"Então preciso que me ajude a convence-la".

"Convence-la de que?"

"Ontem eu estava escutando o Lorde. Realmente ele mudou muito, mas não creio que ele possa evitar. Penso que é parte no feitiço que Potter lançou sobre ele".

"O que te faz pensar assim?"

"Sinto... que a magia do feitiço ainda está ativa. Mas ainda não está completa. O mais difícil era absorver a consciência do Lorde dentro da consciência de Potter, mas ainda são dois seres separados. Ainda que Potter não me dissesse qual feitiço utilizou, é obvio que pretendia acabar com o Lorde. Cabe então, a possibilidade de que a consciência de Potter continue absorvendo a consciência do Lorde, mesmo que lentamente. Já tirou muito da magia, mas isso é só uma parte do que é Voldemort". Caminharam um pouco mais. "Eu tenho a habilidade de fracionar as ondas mágicas a vontade. Potter tem uma habilidade inata para criar objetos sólidos..."

"...e Granger a habilidade para transmutar um ser inerte em um ser vivo. Potter pode criar um objeto e empurrar a consciência de Tom para o seu interior, logo você cortaria a magia que os une e Granger o transmutaria em um objeto vivo."

"Deve ser feito antes que Potter o absorva completamente na sua própria consciência. Se ele fizer isso, só teremos um Menino-Que-Sobreviveu e não o nosso Lorde."

"Você acha que Granger vai nos ajudar?"

"Por isso estou te pedindo ajuda, para convence-la. Quem melhor do que você para convencer a mestiça? Tenho certeza que você encontrará a forma certa de convencer a heroica grifinória de ajudar seu próprio amigo... não acha?"

"Ahh... adoro quando fala assim, Blay!" Gritou entusiasmada, teria outra travessura maquiavélica para realizar.


Snape teve tempo apenas para chegar a porta do seus aposentos nas masmorras. Tinha tido que suspender a aula que estava tentando dar para alguns alunos do segundo ano. Os havia mandado embora com uma voz trêmula enquanto sentia que seu corpo ardia, começando justamente no baixo ventre e indo para todas as partes do seu corpo. Com o rosto acalorado e ofegante, mesmo sem precisar correr, ele abriu a porta.

Emitiu um chiado estrangulado quando um Lucius, já desnudo, avançou sobre seu corpo com toda a força e elegância de uma pantera, puxando-o para dentro do quarto e fechando a porta.

"Esse..." Começou a rasgar as roupas de Severus, que por sua parte o interrompia com beijos desesperados. "...pirralho..." Gemido, suspiro, gemido. "...deixou a conexão aberta..." Gemido, grunhido e um grito abafado de prazer "...com a marca."

"Que descuidado." Severus gemeu em sua boca enquanto sua capa voava vários metros de distância.

"Vou mata-lo quando puser..." Gemido, gemido, ronronar. "...as mãos em cima. Maldição. Severus! Tinha que colocar tanta roupa hoje?" Exclamou exasperado.

"Não reclame e faça alguma coisa." O mestre de poções murmurou contra seus lábios enquanto tentava direciona-los de maneira desajeitada para o quarto. "Use a varinha."

"O que eu vou usar não tem nada a ver com magia". Disse quando finalmente pode livra-lo do resto das roupas, jogando-as para longe de si e empurrando Severus sobre a cama. Os negros olhos se abriram em surpresa, mas somente uma olhada no corpo que se acomodava sobre o seu o deixou saber que Lucius não ia se permitir ser passivo, além do mais, nesse momento se sentia muito excitado para se importar. Seu último pensamento coerente foi trancar a porta do quarto e recitar o feitiço do silencio ao redor dos dois.

"Umhhh, Lucius, finalmente está pensando em me mostrar o que um nobre pode fazer?"

"Não qualquer nobre, Severus, um Malfoy." Se não fosse pelo feitiço do silêncio, o grito de Severus teria sido ouvido na torre de astronomia, onde um par de adolescentes faziam amor.


Obrigada por ler. Fiquem seguros, não deixem a Miss Rona pegar vocês.