Título: Em Silêncio

Autora: Suisei Lady Dragon.

Rate: R

Disclaimer: Os personagens pertencem a J. K. Rowling e a história a Suisei Lady Dragon

Shipper: Draco/Harry

Gênero: Romance/Aventura

Atenção: Slash, yaoi, bl... blá... blá... (Se você não gosta, não leia!)

Sumário: Harry derrotou Lord Voldemort, mas não a Tom Riddle, e quando Lucius ordena que Draco seqüestre o menino-que-sobreviveu, ambos acabam tendo em suas mãos mais do que podem controlar.


Em Silêncio


Capítulo 35

"Concentração, senhor Potter." O mestre de poções o repreendeu novamente, quando não lançou o feitiço corretamente em Lucius.

"Estou tentando." Murmurou com determinação. Esquivou de um feitiço, protegeu de outro para logo lançar um feitiço especifico que tentava dominar. Não que fosse difícil, era só que sua mente continuava se distraindo, mais pela conversa de um certo ex senhor das trevas residente em sua cabeça.

"Mais concentração, Potter! O que você tem hoje?" Snape lhe deu aquela olhada de sempre, carrancudo e irritado que recordava seus primeiros anos na escola. Mas dessa vez tinha toda razão do mundo. Tinha falhado várias vezes ao tentar completar o feitiço e quando o tinha quase dominado, voltou a perder a concentração.

"Me desculpe, professor." Sussurrou envergonhado. Lucius arqueou uma sobrancelha com curiosidade. Durante todo o tempo que estava conhecendo o jovem, realmente conhecendo, pensou que tinha deixado para trás a etapa de submissão.

"Harry, o que aconteceu? Não está colocando nem um quarto de atenção ao que faz. Não que seus ataques não sejam mortais, mas poderia me queimar bem mais do que de costume e prefiro minha carne bem crua." As palavras de Lucius o fez suspirar profundamente. "Talvez alguém queira conversar com a gente?" Perguntou, observando o jovem, várias vezes tinha visto um brilho avermelhado nos olhos verdes, vezes suficientes para saber que Tom, seu senhor, estava muito perto da superfície.

Harry voltou a suspirar. Era difícil esconder algo de Lucius, não sabia por que, mas o homem podia dissecar seus sentimentos e pensamentos muito melhor que seu professor de poções. Várias vezes, através das memórias de Tom, tinha visto Lucius dobrado em seus joelhos, postando-se aos seus pés e ainda assim permanecia intocável, a maldade de Voldemort não tinha conseguido manchar toda aquela imagem de nobre. Sabia que Lucius tinha sido cruel, tão cruel quanto Voldemort havia exigido que fosse, mas mesmo que ele tenha tentado, não havia sido capaz de tocar a paixão desse homem. Tudo o que fazia, o fazia com plenitude e isso o diferenciava de seus demais seguidores.

Snape no fundo, era o mais rebelde de todos, mas seu ressentimento perante a vida o tinha endurecido demais. Lucius, mesmo endurecido como era, continuava sentindo, respirando com todo prazer o primeiro sopro de ar fresco quando se sai da água.

"Talvez." Admitiu finalmente. A verdade era que Tom não havia deixado de tagarelar desde a noite anterior, quando falaram com Blaise. A cada momento e sem razão aparente começava a conversar... Harry não sabia como tinham chegado a isso já que inicialmente, Tom se negava com veemência a lhe dirigir a palavra e se o fazia era para irrita-lo ou manipulá-lo. Mas pouco a pouco o silêncio entre eles tinha desaparecido. Realmente não o tinha perturbado tanto, mas nesse dia específico o estava deixando doido, já que várias vezes se viu a ponto de deixar escapar seu segredo em frente de algum de seus professores em outras aulas. Isso o recordava que seus amigos não conheciam o seu segredo. O que aconteceria se eles descobrissem que os sonserinos descobriram muito antes deles?

Seus pensamentos foram interrompidos novamente pela fútil conversa de Tom que falava com entusiasmo de algo que não conseguia discernir. O cúmulo chegou na forma de um feitiço que Severus lançou nesse instante, jogando-o na parede sem pensar duas vezes. Rosnou ao se despregar da parede e passou uma mão pelos cabelos violentamente, bagunçando-os mais que o normal e os dois homens se conscientizaram de que tentava controlar a repentina aura que se desprendia de seu corpo em rajadas de ar cheias de magia. "Chega." Sibilou com raiva. "Estou cheio das suas conversas incessantes. Me nego a receber mais um feitiço por sua culpa, desse modo é melhor que saia e queime um pouco de energia antes que eu te prenda definitivamente em um canto obscuro da minha mente." Resmungou, fazendo com que os cabelos da nuca de Severus se eriçassem e que um arrepio percorresse a coluna de Lucius. Seus olhos brilharam num vermelho intenso, permitindo-lhes ouvir um som abafado, supostamente parecido com um gemido zangado.

Depois de um bom momento de silêncio escutou-se uma exclamação de alegria. "Até que enfim!"

Tom passou as mãos pelos cabelos, tentando alisá-los como costumava usá-los, mas eles se mantiveram um pouco revoltados para sua raiva e surpresa. Tirou os óculos e rapidamente os colocou em um local seguro, junto com a varinha de Harry. Perante o assombro mudo dos dois homens, sacou sua própria varinha e sorriu, enquanto se curvava com um sorriso malicioso. "Cavalheiros... Em guarda!" A ordem não os tomou tão desprevenidos quanto à atitude de Tom. A seriedade que sempre havia em seu rosto, inclusive quando jovem, parecia ter-se rasgado em alguma parte, permitindo que um sorriso travesso tomasse seus lábios.

Não demoraram em colocar-se em guarda e começar os ataques, mas era óbvio que Tom não ia permanecer calado por muito tempo, a astúcia em seus olhos devia os ter advertido.

Alguns raios rosados passaram voando muito perto do ombro de Lucius quando a primeira frase chegou. "Não me disseram o que vocês acharam da conexão entre Harry e a marca."

Snape tropeçou tentando se esquivar do feitiço, enquanto Lucius ficava muito quieto, com uma expressão atípica em seu rosto. "Foi você?" Perguntou incrédulo, mas teve que se mover para que um raio de estrelas púrpuras não o tocasse.

"Pensei que gostaria de saber o que ele sente. É difícil não querer comparti-lo com alguém." Sorriu enquanto atacava os dois homens ao mesmo tempo. O professor de poções conseguiu se esquivar do feitiço, mas Lucius não teve tanta sorte e foi jogado contra uma das paredes. "Está lento, Malfoy!" O jovem exclamou sorridente, enquanto se esquivava com perfeição de um feitiço de Severus.

Lucius se ajeitou rapidamente para atacá-lo ao mesmo tempo que Severus, mas por maior que fosse o empenho que colocassem, nenhum deles podia tocá-lo.

Depois de algum tempo, os dois homens arquejavam descontroladamente. Tom deu um olhar divertido, parecia que não havia suado sequer uma gota. "Bem, cavalheiros, creio que eu gostaria de continuar, mas temo prejudicar esses corpos, que embora antigos, tem seus usos."

"Quê?" Exclamou Lucius sem poder se conter e franzindo o rosto por causa de um par de costelas danificadas. Severus tentou não rir mediante a indignação do loiro, que ainda que quisesse insultar seu senhor, não podia por mais que tentasse.

"Creio que é hora de buscar outros adversários mais ágeis para esta empreitada." Murmurou Severus com um sorriso nos lábios. "E que estejam a altura de suas habilidades." Tom arqueou uma sobrancelha com curiosidade enquanto via Severus se recompor um pouco e sair da sala. Aproveitou para se aproximar de Lucius e sem que pudesse protestar, o tocou onde mais lhe doía as costelas. O homem estremeceu brevemente pela dor, mas imediatamente se endireitou e deu um suspiro de indignação.

"De nada, Lucius." Sussurrou sorridente. Tinha se esquecido da personalidade do homem que era o atual dono da mansão Malfoy. "Sabe o que Severus tem em mente?"

"Mesmo que tivesse essa informação, não te daria, seria uma vantagem para o que Severus tem planejado." Disse curvando os lábios suavemente, dando de ombros com elegância, permitindo que a curiosidade se alastrasse pela mente do Lorde.

Severus demorou um pouco para voltar e quando o fez, atrás dele entraram dois estudantes que Tom não pode reconhecer imediatamente porque ambos tinham os rostos cobertos por capuzes e sacaram suas varinhas, deixando-as descansar em suas mãos enquanto o professor de poções voltava a conjurar as bolhas que continham o poder que seria utilizado.

"Bem, podem começar." Disse se afastando e pedindo a Lucius que se afastasse também. "Estas duas... antiguidades, irão somente observar" O tom do homem tentava esconder uma risada mal dissimulada.

Tom tinha perdido um pouco do sorriso pela curiosidade que sentia. Se os estudantes eram conhecidos ele não podia saber suas identidades, tentou descobrir se eles tinham a marca, mas não encontrou nada, sendo assim descartou a ideia de que fossem jovens comensais. A única coisa que podia adivinhar era que estava frente a frente com um garoto e uma garota do sétimo ano.

"Em guarda." Exclamou claramente. Seus adversários levantaram a varinha e se inclinaram respeitosamente, de imediato se colocaram em movimento, rodeando-o e tentando colocar-se em seus pontos cegos. Em um canto do aposento, Snape sorria abertamente, enquanto Lucius observava cheio de curiosidade, mas sem se atrever a perguntar.

Um jato de estrelas saiu da varinha da garota, fazendo com que Tom repelisse. O feitiço rebatou no escudo da jovem ao mesmo tempo que seu companheiro o atacava do outro lado. Esquivou de seu próprio feitiço e conseguiu apenas se defender do segundo feitiço, enquanto a jovem o atacava novamente. Quinze minutos depois, Tom arfava por causa do esforço. Se tivesse enfrentado um só desses dois, seguramente teria se desempenhado tão bem quanto como tinha sido contra Lucius e Severus, mas os dois pareciam estar em sincronia perfeita e isso era uma vantagem sobre sua própria técnica.

Sorriu quando um de seus feitiços tocou na jovem. "Excelente demonstração." Comentou Severus de seu lugar. "Agora parem de brincar e comecem o duelo real."

Diante do comentário, escutou um suspiro por debaixo do capuz do jovem, mas o casal já se colocava novamente em posição de ataque.

"Tenho que admitir que são bons." Comentou Tom. "Mas se agora vamos nos enfrentar sério, quero ver quem eu estou enfrentando." Disse decidido enquanto cruzava os braços.

A jovem se virou para o professor e este assentiu, ela levou a mão ao capuz e o tirou. Os olhos de Tom ficaram enormes como nunca. Não teve dúvidas de quem seria o outro estudante, e segundos depois cabelos vermelhos confirmaram suas suspeitas.

"Finalmente nos vemos cara a cara." Sussurrou Ron com seriedade, enquanto Hermione sorria do outro lado. Tom deixou cair os braços, muito surpreendido para raciocinar. "Tem algum problema?" Perguntou o jovem, vendo que ele não se colocava em guarda como era pedido.

"Eu... Severus... não posso ataca-los." Murmurou enquanto seus olhos vermelhos iam de um jovem a outro.

"Asseguro que estamos bem treinados, senhor Riddle."

"Não é por isso." Sussurrou.

"Por que não?" Perguntou Lucius, começando a notar que aquela parecia ser uma debilidade do Lorde. Sabia que por alguma razão Tom não podia ser tocado por Draco.

"São amigos de Harry." A resposta fez com que Severus franzisse o cenho.

"Essa razão não é suficiente." Comentou, se aproximando. "A senhorita Granger e o senhor Wesley têm treinado da mesma forma que Harry, mas com algumas pequenas variações. Além do mais, se o que teme é machucá-los, te asseguro que não conseguirá. Lembre-se do feitiço de proteção que realizou em Potter no começo do ano. Além disso, já é tempo de que os guardiões de Potter demonstrem o que têm aprendido. Os olhos de Tom refletiram o verde por uns segundos, coisa que o mestre de poções notou de imediato. "Se o senhor Potter é quem se nega a enfrentar seus próprios amigos..."

"Não... embora quase adivinhe o que acontece, Severus, Potter quer saber como é que seus dois melhores amigos descobriram, já que ele não disse nada."

"Sou o responsável dessa informação ter chegado a eles."

"Pode dizer a Harry que não estamos bravos com ele?" Perguntou Hermione com preocupação, e Tom assentiu silenciosamente.

"Bom, companheiro. Deixemos as preocupações de lado e as explicações para mais tarde. Estou ansioso pra averiguar se as classes do morcego realmente serviram para algo. Ouch!" Ron coçou a cabeça enquanto Hermione o olhava com reprovação e Lucius riu secamente. "Mione, não tinha porque me bater tão forte." Choramingou o ruivo, mudando por completo o tom sério por um melancolicamente infantil.

"Falaremos mais tarde." Sibilou a jovem enquanto olhava decidida para Tom e levantava o queixo desafiante. "Bem, Tom Riddle, talvez não tenhamos a oportunidade de nos vingar de todo o mal que causou, mas creio que teremos a satisfação de chutar o seu traseiro pelo menos dessa vez." Tom arqueou uma sobrancelha de espanto, mas Hermione se endireitou e apontou com a varinha. "Em guarda!" E Severus teve que se afastar depressa porque o duelo retomou com força total.

Tom deixou-se cair no chão bem ao lado de Ron, enquanto tentava recuperar o fôlego. Não tinham praticado feitiços reais, ao menos ele não podia. De acordo com o feitiço que deu o controle sobre seu corpo para os dois jovens, não podia sequer se defender... ao menos, não magicamente.

"Me sinto como se tivesse no orfanato." Murmurou, surpreendendo os dois jovens. Fazia um bom tempo que Severus e Lucius tinham se retirado, deixando-os sozinhos para que pudessem... discutir com tranquilidade alguns assuntos. Hermione tinha se sentado no chão com as pernas cruzadas e lançava longos olhares para Tom, sem poder evitar a curiosidade que sentia.

"O orfanato?"

"Cresci em um. Não foi fácil." Hermione não sabia a razão pela qual Tom tinha crescido em um orfanato, só podia tentar adivinhar. Só Harry conhecia... e não tinha compartilhado a informação com nenhum deles.

Ron não conseguia, por mais que soubesse que seu amigo estava no interior de Tom, tentar ser amigável com o ex Lorde. "Isso não justifica todo o mal que causou." Grunhiu o ruivo sem olhá-lo e Hermione lhe deu um leve empurrão. "Quê? Não vou ficar calado, Mione. Não nisso. Não me importa que seja Harry que esteja ali dentro. Segue sendo Vol.. Vol.. Argh, segue sendo Voldemort!"

"Tem razão. Sigo sendo Voldemort." Disse encolhendo os ombros. Ron respirava com força por causa da raiva que sentia, tanto que mudou de posição e se sentou olhando o jovem que antes era Harry.

"Nunca poderei entender porque tanto ódio. Sei que você é um mestiço." Exclamou com raiva.

"Os trouxas tem armas que podem destruir o mundo."

"Não acredito. Como poderiam sem magia?"

"Eles têm... Não é mesmo, Hermione?" A jovem ficou calada sem olhar nenhum do dois.

"Armas que podem dizimar cidades inteiras... tão grandes como a própria Inglaterra... em segundos, como se não fossem nada."

"Mione?"

"É verdade, Ron. Mas isso não significa que todos nós estamos de acordo. Os governos as tem, mas as utilizam para assustar, nenhum se atreve a utilizá-las novamente."

"Os trouxas só sabem destruir aquilo que temem. E eles temem os bruxos, a magia, a nós. Se Merlin tivesse conhecido o futuro que os trouxas criariam com suas mentes destrutivas não teria estado tão inclinado a ajudá-los.

"A Ordem de Merlin foi criada com o propósito de ajudar os trouxas... se os bruxos tivessem se preocupado mais em aproximar dos trouxas e não na exclusividade de suas ridículas linhagens de sangue, talvez nosso presente seria diferente. Nem todos os trouxas são o que dizem, assim como nem todos os bruxos são o que dizem ser."

"A Ordem de Merlin é um grupo de hipócritas." Continuaram discutindo e logo a conversa foi se elevando até que Tom ficou de pé, os olhos refletindo sua raiva. Sentia-se rejeitado de novo e se tinha algo que não tolerava era a rejeição. Tinha passado sua vida com a rejeição de seu pai. Tinha vivido com o medo de ser rejeitado por seus companheiros pelo sangue trouxa de seu pai. E tinha matado a todos os que o haviam rejeitado quando começara a ganhar poder. Mas não mais, nunca mais.

Não podia chamar a Lucius ou a Severus. Não o entenderiam. Draco não tinha a marca, tampouco Pansy. Só lhe restava alguém mais e não duvidou em chamar... com todas suas forças.

"Aonde vai?" Perguntou o ruivo ao vê-lo mover-se nervoso até a porta.

"Não é assunto seu." Murmurou Tom enquanto passava as mãos pelos cabelos em um gesto que Ron conhecia a perfeição.

"Não pode ir sem que Harry volte." Exclamou Ron raivoso.

"Harry não tem vontade de regressar nesse momento e eu me sinto incomodado na companhia de pessoas que obviamente não lhes agrada minha presença, e das quais não posso me defender."

"Não vamos te atacar quando está indefeso. Não somos serpentes." Rosnou o ruivo com mais raiva.

"As serpentes não são sem honra só porque sua forma de vida é diferente de alguns." Se defendeu Tom frustrado.

"Todas as serpentes são e sempre serão traiçoeiras." Disse o ruivo com total convicção, imóvel em seu pensamento.

"Tenho certeza absoluta de que não poderia sobreviver sendo uma serpente. Não com toda essa segregação contra nós. Não poderia passar um só mês vivendo como uma, menos ainda entender nossas razões, porque é um mente fechada que não pode ver nada além do seu nariz." Tom tinha chegado perto do ruivo a cada palavra e praticamente estavam frente a frente com expressões que diziam claramente que logo deixariam de lado suas varinhas e resolveriam o assunto de outra forma. Foi nesse momento que Blaise entrou na sala e por má sorte interpretou errado o que acontecia. "Converto Parvulus Bestia." Umas pequenas estrelas cobriram parcialmente o ruivo e diante dos olhos horrorizados de Hermione começou a encolher.

"Effigo Incantatum." O mesmo feitiço que tinha afetado o ruivo começou a afetar também o moreno de cabelo comprido, dessa vez, para o horror de Tom.

"O que você fez?" Sussurrou quando a transformação terminou. Chegou perto do animalzinho que o olhava do chão com enormes olhos cor de mel, toda sua pele de um negro lustroso. "Blaise?" O cachorrinho ao vê-lo chegar perto com as mãos se agachou no chão com medo. O pegou com cuidado e se voltou com raiva para a jovem grifinória, mas não pode reclamar de nada porque em seus braços tinha um cachorrinho de pelagem vermelhíssima e de enormes olhos azuis que tremia visivelmente.

"Ronald?" Murmurou a jovem à beira das lágrimas. "Oh, Ron. Ao menos não te converteu em um rato." Sussurrou segurando um suave soluço.

A porta se abriu e por ela entrou um muito preocupado professor de poções, que ao ver os animais nas mãos dos jovens e vendo que faltava um dos integrantes do duelo, levou uma mão à cabeça. "Jovens. Expliquem-se imediatamente."


Obrigada por ler. Fiquem seguros! Até o próximo.