Avisos: Harry Potter não é meu. É tudo da transf… Digo, da J.K. Rowling. Isto aqui se trata de uma obra de ficção, criada de fã para fãs, sem fins lucrativos.
Lei 9.610/98. Plágio é crime.
A, B, C, D, Essa série de drabbles explora — de maneira não-canônica, é claro — as relações entre Snape e outras personagens da saga Harry Potter.
Cada drabble dessa série é uma história independente (ou não… Vou deixar a cargo da imaginação de vocês).
Esse trabalho está postado nas plataformas AO3, FFN, Spirit e Wattpad.
Frequência de postagem: quando der na telha.
Sinopse: Snape apenas desejava beber até esquecer seus erros, mas o comportamento de Aberforth o perturba.
Virou a bebida, garganta abaixo, e colocou o copo sobre a bancada empoeirada consciente da atenção de Aberforth sobre ele. Decidiu deliberadamente ignorá-lo, como sempre fazia desde que o dono daquela espelunca o viu pela primeira vez. Ignorou-o porque aquele não era um dia para questionamentos, enfrentamentos, ou qualquer outra variação de um problema. Naquela noite, Severus apenas desejava beber até esquecer o ser humano desprezível que era.
— Mais um — pediu ao dono do bar, que limpava copos com um pano escuro enquanto o observava em silêncio.
— Talvez seja melhor não, garoto. Você quase bebeu a garrafa toda.
— Eu estou… — sentiu sua língua enrolar e precisou parar um segundo — pagando.
— É, eu soube que agora é professor. É dessa maneira que escolheu gastar o seu primeiro salário?
— O que você tem a ver com isso?
— É uma maneira burra.
— Se não quer meu dinheiro… Boa sorte. — Deu uma última olhada para o bar vazio antes de jogar alguns sicles sobre o balcão.
Snape, entretanto, menosprezara a quantidade preocupante de uísque que havia bebido e, quando se levantou, sua vista tornou-se um borrão enquanto tudo girava. O que evitou seu corpo de colidir ao chão sujo foi uma carga de energia, impulsionando-o para cima. No momento, estava rodopiando e rodopiando demais para perceber a varinha de Aberforth erguida e poucos pares de olhos o observando com divertimento
Aberforth deu a volta no balcão, bufando. Com duas mãos sob as axilas do cliente problemático, ele arrastou Snape para mais dentro do bar, numa antessala com sofá. O jovem sentou-se ali enquanto vomitava tudo, menos o cérebro, num balde surrado ofertado pelo homem. Na situação humilhante, perguntou-se por que estava sendo assistido. Frequentava o Cabeça de Javali há anos suficientes para saber qual era o tratamento que o taberneiro dava aos bêbados que arrumavam confusão: uma azaração e um pé na bunda — às vezes literalmente.
— Por que está me ajudando?
Não era a primeira vez, na verdade. Mesmo que arisco e grosseiro, Snape sempre notou como Aberforth não era hostil a ele da mesma forma que era aos seus colegas sonserinos — sendo honesto consigo mesmo, aos seus colegas Comensais. Além disso, Snape parecia ser o único cliente com o qual Aberforth parecia se preocupar com a quantidade ingerida de álcool.
— Porque não quero confusão no meu bar — disse enquanto o ajudava a deitar a cabeça no sofá. — Nem quero arrumar briga com o meu irmão.
Snape murmurou algo incompreensível antes de cair no sono — ou desmaiar. Acordaria poucas horas depois, com uma dor de cabeça dilacerante e um gosto de morte em sua boca. Ele, sempre tão ciente e com tudo sob controle, não estava consciente quando Aberforth completou:
— E porque você me lembra ele… Aurelius.
Notas: Após dois meses sem postar nada, cá estou eu... Espero que curtam esse mini projeto. É uma forma de não deixar vocês na seca enquanto produzo minhas longfics.
É bom estar de volta. Beijinhos!
