Não sou o autor das histórias ou personagens de Fate/stay night ou de Boku no hero academia, todos os direitos reservados aos seus respectivos criadores.
"Falando"
"GRITANDO!"
'Pensando'
"GOLPE ESPECIAL/FANTASMA NOBRE"
Capitulo 1: Dura e fria realidade.
Ele estava exausto, seus braços estavam gritando de dor por estarem tanto tempo levantados protegendo o seu rosto do vento, suas pernas se sentiam tão pesadas que era como se cada uma delas estivessem puxando um peso de meia tonelada e seus olhos se encontravam tão secos que ele não intendia como ainda era capaz de enxergar alguma coisa. Ele andava devagar, com seus pés se arrastando pelo chão, com cada fibra de musculo do seu corpo gritando para ele parar, que ele caísse no chão duro e arenoso abaixo dele e descansasse por um minuto, mas ele continuou, ele continuou andando com seu corpo inclinado para frente para que o vento não o derrubasse para trás, porque isso era a única coisa há se fazer nesse deserto rochoso coberto por uma tempestade de areia.
Andar, andar sem rumo nesse inferno de areia que aparentava não ter fim, ele não esperava encontrar um, porque ele não acreditava que realmente existisse uma saída desse lugar, mas ele queria ver aquilo mais uma vez, e esse pequeno desejo era o que lhe dava forças para continuar andando. Silhuetas escoras do formato do que pareciam cruzes com metade da sua altura estavam por todos os lados ao seu redor, sempre ele se aproximava de uma delas, elas sumiam junto com a areia antes que ele pudesse ter uma visão melhor delas, mas ele esteve aqui tantas vezes que simplesmente passou a ignorá-las.
Parecia que ele já estava andando há dias, e que mais uma vez os seus esforços seriam inúteis, ele estava preste a desistir quando ele finalmente começou a ver o que estava procurando todo esse tempo. A alguns metros a sua frente um luz começava a surgir, mas não era o suposto fim desse inferno seco que lhe fez arregalar os olhos, ignorando a sensação da areia entrando neles, era o que ele sabia que veria logo em seguida, então, cumprindo com suas expectativas, uma sombra começou a surgir em meio a luz, ela tinha o formato de um homem adulto, consideravelmente maior do que ele, e aparentava estar costas para ele, seu cabelo estava penteado para traz, e em sua cintura algo semelhante a uma capa balançava calmamente, como se ela estivesse sendo empurrada por uma leve brisa e não pelo forte vento dessa tempestade, sua figura estava tão escura pela luz em sua frente que ele não era capaz de enxergar mais nenhum outro detalhe dessa pessoa, e esse estranho homem sem nome que ele esperava tanto ver mais uma vez.
Tau homem parecia haver finalmente ter notado sua presença, ele virou levemente a sua cabeça para esquerda para velo pelo canto do olho, mesmo não sendo capaz de ver o seu olho, a pessoa que andava a horas sentia que eles estavam trocando olhares entre si, e os segundos dessa pequena troca pareciam ter durado horas, então o estranho homem voltou seu rosto para frente, e um segundo depois a luz e sua figura sumiram por completo, como se todo o ocorrido não tivesse acontecido, deixando-o sozinho nesse deserto, mas contra o que era de se esperar nessa situação, ele sorriu. Satisfeito por dessa vez conseguir o que almejava, ele finalmente cedeu ao cansaço e se deixou derrubar no chão, já estava na hora de tudo isso acabar, e ele ainda tinha um longo dia de aula pela frente.
A primeira coisa que Izuku viu quando ele acordou foi o seu poster de All might pendurado no teto com a frase "COMEÇE A SUA MANHÃ COM UM GRANDE PLUS ULTRA" escrito nele, ele leu o cartaz mais de uma vez, tentando encontrar a força para começar o dia em meio as palavras motivacionais do poster, quando seus esforços se mostraram inúteis, ele se virou de costas, enterrando o rosto no seu travesseiro e bufando por seu cansaço da manhã telo ganhado por agora. "Esse sonho de novo" Izuku murmurou com seu rosto ainda enterrado no travesseiro, "Eu já estava pensado que ele não ia aparecer essa semana".
Izuku já estava acostumado com seus estranhos sonhos, quando ele descobriu que ele nunca seria capaz de manifestar uma peculiaridade ele poderia imaginar que pesadelos viriam com o passar do tempo, todos seus colegas classe rindo por sua condição, explosões o castigando por ter nascido como algo pior que inútil ou até mesmo os seus pais abandonando-o por envergonhar sua família, mas todo que ele nunca poderia ter imaginado era se encontrar em um desertor em meio a uma tempestade de areia. A primeira vez que isso aconteceu foi uma semana depois dele depois da sua consulta com o médico, nesse primeiro instante tudo havia parecido tão real que pensou ter sido sequestrado por um vilão só para ser abandonado em meio aquele estranho e desconhecido lugar, quando ele havia finalmente acordo ele sentiu que sua cabeça iria explodir de tanta dor, todo o seu corpo queimava como se alguém tivesse colocado barras de ferro quente dentro dele, ele teve que ficar internado por três dias no hospital para os médicos terem certeza que tinha se estabilizado o bastante para poder ir embora, mas o pior para o pequeno Izuku de quatro anos foi fazer a sua mãe ter que passar todo o tempo com ele quando era possível e pagar pelas suas contas hospitalares.
Izuku se sentia tão horrível com sigo mesmo que ele achava que não era mais merecedor de nada, que sua vida já não valia mais o esforço de sua mãe por cria-lo, mas por saber que dizer isso só a preocuparia mais, ele preferiu guarda todo o seu alto desprezo para si mesmo. Depois desse estranho incidente com ele, Izuku só voltou a ter esse sonho no final daquele ano e por consequência as mesmas dores voltaram também retornaram com intensidade igual a primeira vez, por ter se repetido uma segunda vez os médicos decidiram fazer uma largar bateria de exames para encontrar qual era a fonte dessas entranhas dores e o grande calor que seu corpo emanava para alguém que não possuía uma peculiaridade relacionada de alguma maneira ao calor. Quando os médicos não foram capazes de encontrar nada foram de normal com o corpo do seu filho, tudo que eles puderam concluir era que Izuku tinha uma rara condição de saúde que se manifestaria de tempos e tempos, então eles passaram alguns remédios para dores do corpo a aconselharam a Inko que sempre que isso acontecesse de novo, ela deveria traze-lo de volta para o hospital.
Isso foi se repetindo algumas vezes, Izuku sonhava com desertos e tempesteadas, ele acordava gritando de dor, e sua mãe corria para leva-lo ao hospital temendo pelo pior, mas conforme o tempo passava as dores foram ficando menores e, conforme isso acontecia, os sonhos se tornavam mais frequentes, o que só acontecia três vezes durante o ano, acontecia quase todo mês, e deste que fez doze anos de idade, era certeza que ele teria esse mesmo sonho pelo menos uma vez por semana, e agora, aos seus quatorze anos ele só acordaria com uma leve dor de cabeça e com um cansaço no corpo que sumiria em algumas horas depois que ele levantasse da cama.
Sua vontade de levantar, como sempre, era quase nula, isso se não fosse por seu forte senso de responsabilidade e sua estranha parte de si sempre presente, Izuku havia chegado a conclusão que isso era o seu subconsciente tentando agir como a voz da razão, mas algumas vezes ele achava que seu subconsciente tinha um complexa de mãe que, sem usar uma única palavra, deixaria claro que ele estava contra ou desapontado com uma atitude de Izuku. Sentido que ele não conseguia voltar a dormir por sua dor de cabeça matutina, Izuku tentou pagar o seu celular no moveu do lado da sua cama, depois de errar aonde pousar a sua mão por ter levantado a cabeça do lugar, Izuku finalmente sentiu pegar algo e levou isso para perto de si, virando o seu rosto para esquerda ele ascendeu a tela do seu celular.
A forte luz fez seus olhos se fecharem por reflexo, depois de alguns segundos para se acostumar com a nova claridade Izuku foi capaz de enxergar novamente, "Quatro e cinquenta da manhã, humn." Ainda era muito cedo, seu despertador ainda iria demorar para tocar, então Izuku pensou que seria melhor aproveitar o tempo extra para começar a arrumar as suas coisas para o dia, hoje era o seu penúltimo dia de aula antes do seu dia de folga, então ele só precisaria aguentar mais um pouco para ter um descanso de seus colegas de classe e Katsuki.
Sentindo por ultima vez as reclamações de seu subconsciente Izuku levantou da sua cama decorada com um par de travesseiro e coberta com as cores temas de All might. O primeiro seria separar o seu uniforme escolar padrão, seria melhor deixar para coloca-lo depois que ele escovasse os dentes pois assim sua mãe não descobriria ele não tinha dormido o suficiente, depois verificar se ele não tinha esquecido de guarda nenhum dos seus matérias escolares ontem antes de ir dormir, incluindo seu diário de análise de heróis atual, e por fim dar uma ultima olhada em todas as anotações dos seus deveres da semana, Izuku lembrava bem de todas as suas tarefas estarem em dias, mas essa ultima parte de sua rotina matutina pós sonho, era mais uma forma de matar tempo.
Depois de terminar de arrumar todas as suas coisas Izuku verificou mais uma vez o horário no seu celular, haviam passado apenas vinte e cinco minutos, ele ainda tinha bastante tempo até a hora que sua mãe levantava para começar o dia, então ele decidiu que ele gastaria o restante do seu tempo buscando notícias recentes sobre heróis que aconteceram durante a noite. Izuku sentia como seu subconsciente descordava de sua decisão, mas como sempre, ele simplesmente ignorou a sua opinião sobre o assunto e continuou o rumo ao computador, a Izuku realmente o incomodava que até mesmo uma parte de si não concordava com o seu desejo de ser um herói, isso era apenas a sua falta de crença em si mesmo e nas suas capacidades como sempre ou ele estava sendo realista sobre o assunto? Bom, isso não importava, só preciso provar para todos e a para si mesmo que ele também poderia ser um herói e salvar as pessoas, de alguma maneira.
Depois de passar um bom tempo verificando as novidades nos sites de noticias relacionados com heróis que ele estava familiarizado, e não encontrar nada de muito interessante, Izuku finalmente ouviu o som da porta do quarto da sua mãe se abrir e depois fechar, em seguida ele conseguiu ouvir outros sons vindos do lado de fora do seu quarto. Sua mãe havia levantado e provavelmente estava começando a preparar o café da manhã parar eles, Izuku desligou o seu computador ele olhou novamente seu celular, faltava mais meia hora para seu despertador tocar, então ele o desligou e escolheu esperar mais vinte minutos, provavelmente sua mãe não suspeitaria se ele acordasse só alguns minutos mais sedo, se inclinando na cadeira, Izuku começou a encarar o teto e a refletir sobre a sua semanal experiencia de sonhos enigmáticos.
A sua dor de cabeça ainda estava presente, mas já havia diminuído o bastante naturalmente para não incomodar tanto quanto antes, 'Eu realmente queria intender o que significa toda essa coisa com esse meu sonho, e por que ele sempre me deixa tão horrível depois que eu acordo' Izuku já havia contado nos detalhes a sua mãe e aos médicos sobre como ele sempre tinha o mesmo sonho com desertos, tempestades e estranhas silhuetas com formatos de cruzes, mas ninguém conseguiu descobrir como eles estavam relacionados então descartaram esse detalhe como algo relevante. 'Ei, subconsciente! Já que você sempre estar na minha cabeça, por algum acaso você não teria alguma ideia do estaria acontecendo aí dentro, teria? Izuku sentia como seu subconsciente se exaltava levemente por ter sido chamador repentinamente, mas se acalma logo em seguida como se ele não estivesse lá ouvindo tudo o que Izuku pensava.
'Nada? Bem, acho que meus devaneios não são interessantes pra ninguém de qualquer jeito.' Ele realmente queria que seu subconsciente o respondesse de alguma maneira, mesmo que isso significasse que ele poderia ter desenvolvido um problema mental. Pelo menos ele teria alguém com sempre conversar, apesar que esse alguém fosse ele.
Izuku pegou mais uma vez o seu celular para ver que já havia passado tempo o bastante para ele poder sair do seu quarto e graças ao o que ainda restava das suas semanais dores de cabeças e cansaço físico, Izuku parecia ter a aparência de alguém que havia acabado de se levantar, então ele foi até a sua porta e saiu.
Tentando simular o bocejo mais realista que ele poderia, passou pelo corredor do apartamento até a sala de estar para ver a sua mãe, "Uaaaaah! Bom dia mãe." Izuku olhava da sala até a cozinha aonde a sua mãe se encontrava preparando o café da manhã para eles como ele.
"Bom dia Izu-kun, dormiu bem essa noite?" Inko não havia mudado muito nesses últimos dez anos, aos seus quarenta e um anos de idade, a única diferença visível foi o seu aumento de peso nesses últimos tempos, Izuku desconfiava que o físico atual da sua mãe se devia a estresse que ela tinha passado deste que ela teve que ir constantemente para a sua escola por supostas 'brigas que ele havia começado sem motivos', comer algumas guloseimas toda vez que sua ansiedade aumentava estava cobrando o seu preço. Ele realmente se sentia péssimo por fazer a sua mãe passar tanto coisa por ele, mas quando ele se tornasse um herói, ele faria a sua mãe a pessoa mais orgulhosa do mundo, ele tinha que fazer.
"Muito bem mamãe, obrigado." A Izuku realmente lhe odiava mentir para sua mãe, mas ele não queria preocupa-la mais do que ela já fazia, e deste que ele não tivesse mais nenhuma dor de cabeça de matar ou seu corpo sentisse que fosse derreter, então estaria tudo bem continuar escondendo sobre o seu sonho, deste que ele não deixasse nenhuma dica escapar.
"Que bom." Sua mãe sorriu pela sua resposta, "Eu fico muito feliz que as suas dores foram sumindo com o tempo, você não tem ideia de como eu ficava preocupada que algo pior pudesse acontecer." Inko respondeu enquanto se virava para continuar cozinhando e Izuku sentia como se uma estaca fosse empalada na sua barriga por menti-la.
"Eu já estou terminando o café, então você pode ir escovar os dentes enquanto eu acabo todo aqui, tudo bem?", ela disse sem perceber a expressão culpada que seu filho tinha no rosto. "Tudo bem." Ele começou a caminhar para o banheiro antes que sua mãe pudesse se virar para velo. Com sua rotina de higiene diária terminada, ele foi até a mesa de jantar aonde a sua mãe já havia terminado de organizar tudo, hoje o café da manhã foi Arroz com alga picotada, uma sopa de missô com vegetais e peixe cozido com molho shoyu, era básico, mas a comida da sua mãe era melhor do que qualquer outra, então ele estaria feliz em comer qualquer coisa que ela preparasse, até o seu subconsciente estava de acordo que os pratos feitos por Inko eram realmente de qualidade muito alta.
Depois de terminar de comer, agradecer a sua mãe pela refeição e ajuda-la a limpar parte da louça, Izuku voltou para o quarto para se arrumar para o dia, ele trocou para o seu uniforme já separado e olhou por uma ultima vez as suas coisas em sua mochila, quando ele viu que tudo estava em ordem ele foi até porta da sua casa para colocar o seu par de sapatos vermelhos preferido. Enquanto ele terminava se amarra-los, sua mãe foi se aproximando dele aos poucos para se despedir, "Só se lembre de não se atrasar para aula por ter parado para ver os heróis atuando, ok?" Ela já tinha sido chamada pela escola de Izuku por isso já ter acontecido outras vezes, e ela realmente queria que isso acontecesse com menos frequência, sua mente sempre a torturava com os piores cenários possíveis que poderiam acontecer com seu filho caso os heróis cometessem algum erro ou os vilões ficassem descontrolados, sua ansiedade e medo nunca deixavam ela ter um momento paz quando seu filho não estava perto dela, mas seu filho já se sentia muito menor em comparação com qualquer outra pessoa por sua condição, e expressar suas inseguranças e medos a Izuku por estar mais em perigo do que os outros por não ter uma peculiaridade só faria ele se sentir, então o máximo que Inko poderia fazer era simplesmente dizer para ele tomar cuidado quando estiver fora de casa. "Mas fora isso, tenha um ótimo dia de aula bebê".
Mesmo sorrindo, Izuku podia ver que a expressão tranquila de sua mãe vacilava um pouco, apenas por um segundo ele abaixou um pouco a cabeça, refletindo sobre o verdadeiro significado das palavras da sua mãe, e nesse instante a culpa o atingiu, por que ter nascido do jeito como ele era fez não só a dele, a vida da sua mãe muito mais difícil, o tanto que ela se preocupava mais por ele fazia com que ela nunca tivesse tempo para si mesma e isso era tudo que ele menos queria, não tinha da que Izuku pudesse fazer para tentar mudar essa situação, tentar conversar com sua mãe sobre ela não ter que se preocupar tanto com ele, que ele poderia ficar bem sem mesmo sem ter um poder, que ele poderia se tornar alguém que ela se orgulharia não fazia sentido quando nem mesmo ele tinha certeza que essas afirmações eram verdade, "Tudo bem mãe." Então tudo que poderia fazer era dar a ela um sorriso falso e palavras vazias.
Terminando de amarrar os seus sapatos, Izuku deu um último abraço de despedida e finalmente começou a sair, "Estou indo." Ele disse a meio caminho de fechar a porta, "Va com cuida..." Ele não chagou a ouvir as palavras de sua mãe quando terminou de fechar a porta e caminhou em direção as escadas, quando Izuku estava a meio caminho ao térreo sues passos começaram a ficar cada vez mais lento até pararem por completo, Izuku só havia notado ele que estava na sacada da escada, um andar e meio até o chão, um chão que ele estava encarando com um olhar vazio em seu rosto. Apesar que atualmente sua cabeça não parecesse que iria explodir com qualquer mínimo pensamento quando ele tinha aquele sonho, sua mente ainda ficava um pouco nebulosa, algumas fezes ele seguia o seu dia fazendo as suas coisas sem prestar atenção e quando ele voltava a si ele já era de noite, mas outras vezes, a sua mente corria solta, mas diferente do habitual, vários pensamentos passavam pela sua cabeça, um sendo pior que o anterior, mas sempre chegando na mesma conclusão.
'Tudo seria melhor se eu não existisse.' No exato momento que essas palavras passam por sua cabeça, Izuku sentiu como seu subconsciente se exaltava e fazia de tudo afastar todas essas ideias de sua cabeça, por um único segundo ele sorriu como agradecimento por ter uma parte dele que se preocupava com seu bem estar, se afastando Izuku respirou profundamente para se acalmar, 'Seu ficar perdendo tempo me culpando, então eu nunca vou conseguir me tornar heróis.', com o seu estado de animo levemente melhorado, Izuku finalmente começou o seu caminha até a escola. 'Apesar de não ter sido a melhor formar de começar o dia, com sorte, o resto com certeza será melhor.' Izuku pensou enquanto mantinha o passo.
Todo o trajeto da sua casa até a escola só levaria cinquenta minutos a pé, e ele ainda tinha uma hora de tempo restante para chegar, então ele não precisava ter pressa. Izuku continuou o seu caminho enquanto dava breve olhares a pessoas ao seu redor adivinhado quais poderia ser as peculiaridades, mas tentando evitar encara-las por muito tempo, ele já tinha sido chamado a atenção por ficar encarando-as e ele não queria ser tachado como um estranho pervertido, ou qualquer coisa do tipo, pelos demais.
Sempre que ele andava pelas ruas era possível ver os mais diversos tipos de pessoas com suas peculiaridades, das do tipo mutante mais chamativas até as mais simples que faziam as pessoas terem uma altura muito alta ou baixa comparado a media japonesa, mesmo sendo um pouco desconfortável estar em meio a uma massa tão grande de pessoas, essa era um dos poucos momentos que em que Izuku podia se sentir em paz, uma boa parte das peculiaridades acabam por não causar nenhum tipo de mudança na aparências das pessoas, e por isso as pessoas simplesmente passavam por ele sem dar atenção, elas não olhavam para ele com olhares de desgosto ou incomodo, não havia pessoas cochichando e rindo dele, para eles ele era apenas mais uma pessoas normal vivendo a sua rotina e Izuku realmente gostava pensar que ele era só mais um na multidão.
'Será que outras pessoas também se sentem assim?' Sua divagação foi interrompida quando ele ouviu um estrondo do que parecia ser o cimento sendo destruído pelo impacto de algo, Izuku olhou ao redor para ver varias pessoas se reunião mais a frente, agora o som do que com certeza era uma luta estava mais audível do que antes. Izuku se animou para ver os heróis, mas logo em seguida as palavras de sua mãe vieram em sua mente, ele sentia como seu subconsciente tentava o influenciar para deixar de prestar tanta atenção com coisas assim, mas ele realmente queria muito ver quem estava lutando, 'Mas eu não vou precisar mudar o meu caminho para escola, então só precisa ser uma olhada rápida.' Então Izuku ignorou a frustação interna do seu subconsciente e foi ver quais heróis seriam responsáveis por salvar o dia logo pela manhã.
Quanto mais ele se aproximava, mais claro se tornava o confronto em sua frente, todo o ocorrido parecia estar acontecendo encima de uma linha de trem elevada do chão que passar entre alguns dos prédios do centro cormecial de Musutafu. "Nossa, que vilão enorme." Um vilão com quase o mesmo tamanho da altura que a linha de trem estava a cima do nível do chão lutava contra um herói, sua peculiaridade o fazia parecer ter uma cabeça com formato de um tubarão, mas com pele humana. Ele podia ver que os heróis Death Arms e Backdraft, em conjunto os vários policiais, impediam as pessoas chagarem mais perto da cena.
"VÃAO EMBOOORAAA!" Ele gritava enquanto balançava os braços tentando acertar um herói Kamui Woods, seu corpo era feito por completo de madeira de arvore, ele usava as partes expostas do seu para se esticarem como raízes que se prendiam nas bordas dos prédios, o permitindo balançar envolta do vilão gigante.
Izuku se empurrava entre a multidão para chegar o mais perto o possível e já que os jornalistas não haviam chegado ainda, a chance da sua mãe velo no jornal mais tarde era bem pequena. "Uau, ele tem uma peculiaridade de virar um monstro gigante! O que estar acontecendo?" Um homem, em meio à multidão, perguntou a ninguém em especifico, "Os heróis estavam o perseguindo, mas acabam o acurralando, aí ele começou a surtar e destruir todo ao redor." Outro homem que estava lá a mais tempo respondeu sem tirar os olhos da luta, "Me desculpe chefe... É que um vilão apareceu do nada e destruiu o trem... Bem... Sim... Não sei que horas eu vou poder chagar no serviço..." Um homem com um terno de negócios se afastava das demais pessoas enquanto tentava justiçar o seu atraso para o seu chefe, "WOOOOO! VAI LA KAMUI! ACABA COM ELE!" Um grupo de fãs do herói da floresta gritavam em apoio para motivar o seu mais recente herói favorito a ganhar.
"Quem estar lutando?" Izuku perguntou esperando se mais alguém o respondia quando o herói Kamui Woods pousava no telhado do terminal de trem. Mesmo com seu rosto coberto pelo seu traje, parecia que ele estava falando algo para o vilão, mas pela distância e pelo barulho das pessoas, ninguém conseguia ouvir o que ele estava dizendo.
"É O KAMUI WOODS! ELE É O HERÓI NOVATO QUE TEM CHAMADO ATENÇÃO DOS OLOFOTES E SUBIDO RAPIDO NO RANK DE HERÓIS!" Sem perceber, Izuku acabou gritando devido a sua animação. "Você realmente gosta de falar, hein... VOCÊ É UM NERD DE SUPER-HERÓIS, NÃO É?" Um homem careca com elevações do formato de estrelas ao seu lado perguntou a ele, "Ah, bem..." Izuku finalmente havia percebido que ele tinha gritado que os pensamentos, envergonhado tentando achar uma maneira de se desculpar, Izuku foi interrompido quando o homem voltou a sua atenção para a batalha quando Kamui Woods começou a fazer o seu braço direito de dividir em várias raízes.
"VAI LÁ HOMEM-ÁRVORE!" O homem com estrela na cabeças gritou em apoio, mas diferente da maioria Izuku sabia o que o herói da madeira lendária estava preparando, "É o golpe final dele! Prisão preventiva: ...", "JAULA DE CARVALHO!" Kamui Woods gritou enquanto estiva todas as suas raízes ao máximo com o objetivo de prender o vilão nelas.
Mas o que ninguém imaginava era que seu golpe final nunca seria concluído por que uma mulher gigante, maior do que o próprio vilão com cabeça de tubarão, com um longo cabelo loiro e vestindo um traje simples e apertado, chegaria repentinamente chutando o vilão com enquanto gritava o nome do seu próprio golpe, "CANYON CANNON!" O golpe fez o vilão cair o todo da linha de trem, tendo sido forte o suficiente para fazê-lo cuspir sague pela boca e perder a consciência.
Todas as pessoas ficaram em choque por um estante para logo depois todos pegarem os seus celulares do bouço ou tiraram as suas câmeras da mochila para gravar ou tirarem fotos. "Esse vilão combinou bem com minha estreia oficial!" Disse a heroína gigante disse ao seu público, mesmo não que ela não estivesse gritando, o seu tamanho aumentado fazia com que a sua voz fosse alta o bastante para todos ouvirem, "Meu nome é Mount Lady! É um prazer conhecê-los, e podem deixar o resto comigo. Por favor não se aproximem!" M.T. Lady disse enquanto pegava o vilão pela borda da sua calça, agora diminuindo aos poucos por sua peculiaridade desativada.
Todos assistiam como mais policiais chegavam em suas viaturas e com carro forte para transportar o vilão, quando ele havia finalmente recobrado a consciência ele estava preso por múltiplas algemas de supressão e peculiaridade, não tendo outra escolha ele, com muita frustação por ter sido pego, seguiu os policiais e M.T. Lady enquanto ela acenava para os todos os civis que comemoravam pela a sua vitória.
Enquanto vários ainda gritavam as suas palavras de agradecimentos aos heróis e alguns outros seguiam com seu dia, Izuku estava em um estado que muitos chamavam de modo murmúrio, "Umapeculiaridadedeaumentodetamanhofísicotambém...Éótimaparachamaraatençãodopúblico,masseráquenãoacabalimitandoquemusa?Levandoemcontaqueébemfácilcausardanosàcidadeenquantooheróifazoseuserviç ,talvezelapossacontrolarlivrementeotamanhoou..." Izuku murmurava e escrevia um mar de palavras tão rápido em um dos seus diários de análise de heróis que ninguém que estivesse o ouvindo conseguiria intender o que ele estava falando.
O mesmo homem que tinha falado com ele antes observava com a boca aberta a velocidade ridícula que o jovem ao seu lado escrevia em um caderno, chegando a pensar que sua peculiaridade tinha algo haver com algum tipo de aumento de velocidade. "Você estar fazendo anotações!? Pretende ser um herói, é? Que legal! Boa sorte garoto!" O homem gritou pelo espanto, "Que?" Izuku se assustou um pouco por alguém ter falado com ele tão repentinamente, mas logo quando ele finalmente intendeu o que o homem com estrelas quis dizer, ele sorriu por alguém telo o encorajado, mesmo que ele não soubesse da sua condição.
"S-sim senhor! Eu darei o meu melhor!" Izuku senti que ele poderia a abraçar esse homem se ele não fosse um completo estranho para ele. Quando Izuku finalmente terminou de fazer as suas anotações inicias da nova sessão exclusiva da heroína M.T. Lady, ele foi ver a hora no seu celular e sentia como o seu coração parava por um instante.
"Essa não, se eu não chegar na escola em vinte minutos eu vou acabar, droga!" Quando Izuku começou a correr com se sua vida dependesse disso, ele podia sentir como o seu subconsciente emanava algumas emoções como desaprovação, frustação e um pouco de diversão pelo seu desespero de chegar atrasado por ter parado para ver os heróis em ação, era como se ele estivesse dizendo "Eu ti avisei" sem usar palavras.
Izuku ignorava a diversão interna do seu subconsciente enquanto as suas pernas se moviam a toda velocidade, ele correu e continuo correndo mesmo quando as suas pernas gritavam por um descanso e seus pulmões por um pouco mais de ar, parando apenas quando ele não consegui chegar atravessar a rua quando o semáforo de pedestres ficava vermelho, ele não queria que sua mãe fosse chamada pela a escola enquanto ela estava no trabalho de novo mas ele também não queria acabar indo ao hospital por se acabar causando um acidente de transito.
Ele sentia que ele poderia vomitar o seu café da manhã a qualquer momento, Izuku tinha um porte físico bem abaixo da média para um garoto da sua idade e força seu corpo não treinado a correr o mais rápido que ele era capaz e por tanto tempo com certeza não fazia bem para ele. Seus esforços pareciam que iriam valer a pena quando ele finalmente conseguiu ver o portão da sua escola, o mesmo portão que estava sendo fechado por um funcionário da escola, Izuku correu deu de todo de si nos últimos segundos restantes, "AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA" ele foi além e muito mais, gritando com toda a sua força.
Pouco antes do portão ser fechado por completo, Izuku conseguiu passar pelo pouco espaço aberto restante, ele deu mais alguns passos para frente antes da cair de joelhos no chão e lutar parar tentar respirar o não vomitar ou mesmo tempo, "Quase se atrasando de novo Midoriya?" perguntou o funcionário da escola perguntou com uma expressão irritada no rosto enquanto se aproximava depois de ter fechado o portão da escola. "O... brigado... por... ter... me... esperando... antes de fechar." Izuku respondeu com a respiração cortada tentando ser recuperar da sua pequena maratona não planejada, "Eu não sei de nada disso, você só teve sorte de chegar a tempo no ultimo segundo." Ele respondeu com o mesmo mau humor enquanto agarrava Izuku pelo braço para colocá-lo de pé, "Agora, para de enrolar e vá para aula de uma vez, é falta de educação deixar o seu professor e colegas esperando." Ele continuou andando sem olhar para ver se Izuku não precisava ir para enfermaria pelo seu estado quase moribundo.
Após mais um minuto tentando se recuperar, Izuku sentia que suas pernas eram capazes de se mover novamente, então ele começou seu rumo para a sua sala, 'Bom, pelo menos eu não me atrasei, talvez hoje seja um bom dia, né?' Ele perguntou para si mesmo para sentir uma mistura de falsa indiferença com alivio e satisfação vindo o seu subconsciente, como se ele tivesse bufado fingindo mão se importar com todo o ocorrido, mas na verdade estando feliz por ele não ter chegado tarde. Izuku balançou a cabeça tentando ignorar as tendências tsunderes do seu suposto "eu interno" e continuou andando, ele tinha que se preocupar pelo sermão que ele receberia do seu professor de como ele deveria ser um aluno mais pontual.
O dia realmente parecia estar indo como Izuku havia imaginado, logo após ele entra na sala de aula, o seu professor se deu o trabalho de um longo discurso de mais de vinte minutos para toda a turma sobre a importância da pontualidade em relação aos compromissos e que todos eles, como futuros membros ativos e contribuidores da sociedade, deveriam tê-la como uma parte fundamental em suas vidas quando eles forem adultos. Sem usando Izuku como um exemplo a não ser seguidos pelos demais, o que acabou gerando algumas rizas e burlas de outros alunos da sua turma, em geral não foi muito diferente as outros vezes que seus professores aproveitavam para usa-lo como motivo para passar alguma lição sobre a vida aos outros, ele não se importava muito por ter que ser o centro de piadas e um pouco de humilhação das outras pessoas, mas ele realmente ficava um pouco inquieto pelo tempo que os professores perdiam com ele, tempo esse que deveria ter sido usado para ensina-los, mas Izuku não poderia questionar as decisões dos seus professores então o melhor seria que ele simplesmente ficasse quito sem reclamar sobre os que todos diziam sobre ele.
Deixando de lado esse começo bastante constrangedor, o resto da manhã tinha o que o Izuku chamava de um bom dia de aula, todos os demais se ocupavam com as suas próprias coisas ao ponto de não se darem o trabalho de lembrar que Izuku, o garoto estranho sem peculiaridade, estava na mesma sala que eles, e Bakugou parecia estar de muito bom humor hoje pelos elogios constantes os seus amigos e professores, e pela sua humilhação mais sedo, que ele não precisava se esforça para garantir que Izuku conhece o seu lugar.
Todas as aulas haviam passado sem nenhum problema, agora Izuku e sua turma estavam em seu penúltimo tempo de aula, faltando muito pouco para ele poder voltar para casa e terminar de fazer as suas anotações sobre o incidente com o vilão gigante de mais sedo. Todos os adolescentes estavam em espalhados em vários grupos diferentes conversando, sendo o maior deles o do que estava envolta da mesa de Bakugou. Quase todos se viraram quando ouviram o som da porta corrediça da sala se abrir, "MUITO BEM TODOS, AOS SEUS LUGARES." O seu professor entro na sala gritando enquanto carregava uma pilha de papeis em seus braços, logo após disso, todos foram se sentar em seus respectivos assentos, exceto Bakugou, que continuou sentado da mesma forma que esteve durante todo o período de troca de professores, com a cabeça abaixada como se estivesse dormindo e com as pernas apoiadas sobre sua mesa, o seu professor tinha visto isso, mas nem sequer havia se incomodado em chamar a atenção do seu antigo melhor amigo.
Quando a turma havia se acalmado o professor continuou, "BOM, VAMOS LAR CLASSE! VOCÊS JÁ ESTÃO NO ULTIMO ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL! E POR ISSO, JÁ ESTAR NA HORA DE COMEÇAR A LEVAR A SÉRIO O FUTURO DE VOCÊS!" Izuku estava curvado sobre o seu escrito com o caderno da matéria dessa aula já aberto para continuar de onde o seu professor tinha parado na última vez, mas aparentemente ele havia tomado uma decisão diferente de como começar a aula.
"POR ISSO, AGORA EU VOU PASSAR O FORMULARIO DOS SEUS TESTES VOCACIONAIS!" Ele gritou com um olhar sério para todos eles durante alguns segundos para logo mudar para uma expressão mais despreocupada e sorria enquanto se virava para jogava alguns dos testes vocacionais no ar, "Mas quem eu estou querendo enganar? Todos vão querer seguir a carreira de herói não é mesmo?" Em resposta a isso, todos exceto a Izuku e Bakugou, começaram a usar as suas peculiaridades em forma de confirmação.
"SIM, SIM, ÓTIMO, TODOS POSSUEM PECULIARIDADES MARAVILHOSAS! MAS LEMBRANDO A TODOS QUE É PROIBIDO USA-LAS EM PUBLICO!" Seu professor chamou a atenção de todos, mas realmente não esperando que os alunos parassem, Izuku ainda estava encolhido no seu lugar no meio da penúltima fileira de assentos com o braço um pouco levantado para cima, tentado participar na comemoração dos demais, mas sem ser notados por eles. Ele sentia como o seu subconsciente estava incomodado com toda essa agitação, Izuku podia concordar com isso, mas provavelmente não pelo mesmo motivo, enquanto o seu subconsciente deveria estar irritado pelos demais não pararem fazer tanto barulho, ele estava incomodo por se encontrar no meio de tantas pessoas animadas. Se limitado a ter apenas experiencias de intimidação e bullying constante por parte de outras pessoas fora a sua mãe, e considerar o seu próprio subconsciente como talvez o seu único amigo, não fez muito bem para as suas capacidades socias.
Todos continuaram comemorando até que Bakugou finalmente decidiu esse momento como sua oportunidade para se destacar, "EI, EI, EI SENSEI! NÃO ME COLOQUE NO MESMO SACO DESSE BANDO EXTRAS!" Bakugou, agora em seus quatorze anos, exclamou finalmente levantando a sua cabeça, como se todo o assunto finalmente tivesse se tornado digno da sua presença. "Você não pode simplesmente me comparar com todos esses perdedores com peculiaridades medíocres! A minha está em um nível completamente diferente, não tem como ninguém daqui ir para a mesma escola que eu." Bakugou respondeu como se o seu professor tivesse se errado em algo e tinha a obrigação de corrigi-lo, tudo isso enquanto tinha um sorriso arrogante no rosto.
Apesar da sua popularidade em toda a escola, os outros alunos não puderam deixar Bakugou falar esse tipo de coisa sem tentar defender os seus orgulhos, "Você tem uma boca enorme, Katsuki!" Um deles respondeu, "Isso aí, vê se abaixa a sua bola cara!" Outro disse logo em seguida, junto com as reclamações de todos os outros, "OLHAI! ATÉ AS SUAS RECLAMAÇÕES SÃO MEDÍOCRES, HÁHÁHÁHÁ" Bakugou riu despreocupado da tentativa dos seus colegas de classe se defenderem, para ele, todo o que ele disse é uma verdade absoluta, e os que acham o contrario simplesmente são idiotas de mais para intender o obvio.
Com o insulto de Bakugou aos demais, o professor lembrou de um detalha que ele e seus colegas de trabalho haviam discutido alguns dias atrás "Ah, é mesmo, eu quase tinha esquecido... Se eu não me engano, você pretende se matricular no colégio nacional U.A., não é mesmo, Bakugou?" Izuku e todos os demais se exaltaram com essa notícia, principalmente Izuku se Bakugou descobrisse os seus planos, e ele e seu subconsciente já podiam sentir que isso não acabaria bem. "ELE QUER ENTRAR NA U.A.?! MAS NO ANO PASSADO NÃO DISSERAM QUE HAVIA SETECENTOS E QUARENTA CANDITADOS POR VAGA?!" "ISSO MESMO, AS VAGAS SÃO EXTREMAMENTE CONCORRIDAS, CERTO?! É IMPOSSIVEL ENTRAR LÁ!" Mesmo que todos conhecessem Bakugou e já tivessem visto como a sua peculiaridade fosse poderosa, ainda era muito difícil pensar que alguém da mesma escola que eles pudesse entrar em um colégio de tão alto graduo.
Vendo como todos se espantarão sobre a sua decisão de ir para o melhor dos melhores colégios de super heróis, Bakugou aproveitou essa oportunidade para deixar claros a todo, mais uma vez, qual era o destino que ele tinha para o futuro. "JÁ TERMINARAM DE FALAR SEUS EXTRAS?! EU TO FALANDO, É POR ISSO QUE VOCÊS SÃO UM BANDO DE MEDÍOCRES!" Bakugou elevou a sua voz acima de todas as outras para que o foco dos seus colegas estivesse sobre ele, enquanto ele pulava do seu assento e ficava de pé sobre a sua mesa.
"EU TIREI AS MAIORES NOTAS EM TODOS OS SIMULADOS! TENHO O MELHOR DESENPENHO FISICO ENTRE TODOS OS ALUNOS DO NOSSO ANO! E TENHO A MELHOR PECULIARIDADE QUE JÁ EXISTIU NESSA TERRA!" "EU VOU SUPERAR ATÉ MESMO O PROPRIO ALL MIGHT E SEREI O MAIOR HERÓI DE TODOS OS TEMPOS!" Bakugou gritava a todo o pulmão para até os outros alunos das demais salas pudessem ouvir a sua declaração. "E TAMBÉM, VOU GRAVAR O MEU NOME NO RANKING DOS HERÓIS MAIS RICOS QUE JÁ EXISTIRAAAM!".
Nesse momento Bakugou teria terminado o seu grande discurso com uma finalização tão incrível, que faria todos aplaudirem pela sua grandeza e seu destino seguro, isso é claro se o seu professor não tivesse decidido fazer um último comentário sobre mais um pequeno detalhe que ele tinha lembrado, "Ah, agora que vocês mencionaram isso, você também não enviou o seu currículo para U.A., Midoriya?" Bakugou e todos congelaram com essas palavras, Izuku se encolheu o máximo que podia no seu acento, e se seu subconsciente fosse visível e audível, Izuku teria visto como ele batia a palma da mão no seu próprio rosto e grunhia de frustação pela idiotice do professor por não perceber a óbvia reação que esse comentário geraria.
A sala ficou em um silencio absoluto quando todos se viraram para encarar a Izuku, só para em menos de um segundo todos começassem a rir, "O MIDORIYA?! TA DE SACANAGEM!" "PRA ALGUÉM CONSEGUIR ENTRAR NO CURSO DE HERÓI, FICAR ESTUDANDO NÃO O BASTANTE SEU IMBECIU! HAHAHAHAHA!" Ninguém sequer podia acreditar no que ele tinha ouvido, diferente de Bakugou, pensar que alguém como Izuku tentando entrar em qualquer curso de heróis era a maior piada das suas vidas.
"Mas não há nenhuma regra proibindo dizendo que alguém sem peculiaridade não pode tentar fazer o exame do curso de herói!" Izuku estava muito nervoso e tenso por todos terem começado focar a sua atenção nele, mas ele pelos menos tinha que tentar se defender mesmo que fosse só um pouco, "É claro, ninguém conseguiu isso até hoje, mas..." Izuku não conseguiu terminar a sua frase quando todo o seu corpo se arrepiou por completo e cada fibra do seu ser gritava para ele sair de onde ele estava imediatamente, ele só teve tempo o bastante para dar alguns passos para traz antes que uma mão coberta de fumaça colidisse com a mesa do seu escritório, gerando uma explosão forte o suficiente para fazê-lo cair de costas no chão.
"DEKUUUUU!" Bakugou gritou soltando todo o ar dos seus pulmões para garantir que a pessoa que ele mais odiava na sua vida o ouvisse bem. "ESQUECE AQUILO QUE EU FALEI SOBRE TER UMA PECULIARIDADE MEDÍOCRE! VOCÊ É PIOR AINDA, PORQUE VOCÊ TEM A PECULIARIDADE DE NÃO TER NENHUMA PORRA PODER!" A raiva de Bakugou era tanta, que o seu rosto estava contorcido em uma expressão de alegria enlouquecida, "DE QUE MALDITO BURACO VOCÊ TIROU A IDEIA DE QUE É CAPAZ DE COMPERTIR COMIGO?" Para Bakugou, a ideia de que Izuku poderia estar no mesmo nível que o seu, era a maior ofensa que alguém poderia dirigir a ele.
"ES-ESPERA KACCHAN..." Se antes Izuku estava assustado, agora ele se encontrava completamente apavorado, mas mesmo assim ele tinha que aclarar o mau intendido que Bakugou tinha pensado da sua escola de ir para a U.A., "Não e como se eu estivesse tentando competir com você nem nada do tipo, eu nem sequer sonharia com isso!" Izuku falava ainda sentado no chão enquanto se afastava de Bakugou, "QUERO DIZER!" Ele e Bakugou pararam de se mover quando Izuku havia chegado até o fundo da sala, "É só que..." Ele não conseguia parar de tremer pela forma que Bakugou se mantinha de pé em frente dele, com suas mãos soltando fumaça ameaça explodir novamente em caso de quer palavra, mas de alguma ele tirou coragem de algum lugar de dentro de si para continuar.
"É só que eu sempre quis ser um herói desde que eu era pequeno, e... e..." A sua voz era fraca de tremula, mais ainda audível o suficiente para que quem estivesse prestando atenção pudesse escutar, "Eu tenho que tentar pra saber, não é...?" Mais uma vez a sala ficou em silencio para que todos tivesse mais uma onda de ridas e para que Bakugou explodisse novamente, tanto no sentido figural quanto no literal da palavra.
""EU TENHO QUE TENTAR PRA SABER?!", Tá TIRANDO UMA COM A MINHA CARA?!", E mais uma vez Bakugou conseguiu gritar mais alto do que antes, "QUER BRINCAR DE FAZER PROVA, É ISSO?!", Bakugou se acalmou o suficiente para dar um pouco de descanso a sua voz, mas ele não havia terminado ainda, ele precisava se assegurar que Izuku intendesse a mensagem, "Você é um inútil! Um imprestável! Um Deku!" Izuku estava tentando encontrar qualquer coisa que ele pudesse dizer para se explicar melhor a Bakugou, mas ele não conseguia, o seu medo fazia com que ele ficasse ali, assustado e encolhido contra a parede. "Então me diz, o que um idiota como você pode fazer?" E ele não conseguia mais olhar para Bakugou, tudo que Izuku podia fazer era abaixar a cabeça em aceitação.
"Katsuki já basta, e todos vocês podem voltar aos seus lugares, os testes vocacionais ainda são obrigatórios para todos!" O professor finalmente tinha parado com o ataque contra ele, mas querendo mais que todos parassem de perder tempo intimidando com Izuku do que ser importando com a situação em si. Mas o lado bom disso para Izuku era que todos obedecerão a demando do professor e foram para os seus lugares, Bakugou ficou mais alguns segundos de pé encarando Izuku com o rosto franzido antes de bufar por ser interrompido e voltar para o seu assento.
Mesmo já fazendo anos que Izuku era sofria abusos constantes por Bakugou e pelos outros, o sentimento de pesado que ele sentia no seu coração nunca sumiu quando isso acontecia. Ele nunca quis ser um inútil que todos odiavam por ele ser ele, todo era revoltante, e ele odiava isso, mas não os seus acusadores, os professores ou aquele que ele ainda via como um amigo, ele odiava a si mesmo e sua incapacidade de ser alguém com qualquer mínimo valor.
Izuku sentia como o seu subconsciente tentava o conforta-lo, ele até podia sentir como se alguém estivesse agachado ao seu lado, dando alguns tapinhas nas suas costas. Um pequeno sorriso surgiu nos seu rosto, afinal, alguém chegar a um ponto tão fundo em que ele era a sua única fonte de apoio que restava chegava ser comic de um certo ponto de vista. Agora com o seu estado de espirito em um estado minimamente estável, Izuku se levantou do seu lugar no chão e voltou ao seu assento, ele ainda podia sentir os olhares de burla de desprezo direcionados a ele quando o professor distribuiu os seus testes vocacionais, talvez hoje acabasse não sendo um bom dia no fim das contas.
O restante das duas últimas aulas transcorreu sem nenhum outro incidente, e Izuku se encontrava novamente no seu cômodo estado de esquecido ou ignorados pelos outros, os mesmos já saiam da sala conversando sobre o que deveria fazer durante o resto da tarde, "Ei, vamos ao karaokê?" "Hoje eu não posso, tenho que resolver umas coisas...".
Mas isento dos demais, Izuku estava mais interessado nos seus próprios assuntos, 'O incidente de hoje estar no topo do ranking de notícias!' ele divagava enquanto lia e descia um texto sobre o ocorrido da manhã no seu celular em uma velocidade impressionante, 'Tenho que voltar logo para casa e atualizar as minhas anotações' ele estava preste a pegar o seu diário de análise de heróis da sua mesa antes dele ser repentinamente puxado da sua mão.
"Ah!" Izuku se assustou pela ação repentina, ainda mais quando ele viu quem era o responsável por ela, "Ainda não terminamos a nossa conversa, Deku." Bakugou disse enquanto segurava o seu diário e encarava com um olhar poderia matar atravessar a sua cabeça só com a intensidade direcionada a ele.
E somente agora Izuku como Bakugou e seus seguidos haviam se reunido ao redor da sua carteira, ele tinha que parar de se distrair tanto sobre o seu entorno, "Ai Katsuki, que parada é essa?" os deles perguntou enquanto se aproximava para ver o que Bakugou havia pegado, ""Material para o meu futuro"?! há, há, há, é sério? Essa é Midoriya" Um deles que já estava do lado de Bakugou se riu enquanto lia o título na capa, e Izuku já estava se desesperando do que poderia acontecer se ele não recuperasse o seu caderno logo, "Ei, para com isso! Kacchan me devolve isso!", mas Izuku não pode fazer mais nada quando Bakugou colocou o seu diário entre as suas mãos e o explodiu.
KABUUUUUM!
"Porque...?" O pequeno gripo de terro de Izuku saiu quebrado por ver a condição do seu diário, ele estava todo queimado e com fumaça saído dele, maior parte das suas anotações provavelmente se perderam pela a explosão de Bakugou, o mesmo só o olhava com indiferença. "Sabe o que dizem sobre os grandes heróis? O que eles têm em comum? O que eles sempre diziam sobre os seus anos na escola?" Bakugou começou a falar enquanto jogava o diário de Izuku pela janela da sala, ""Eu vim de uma escola municipal simples, passei em primeiro lugar e fui o único de lá a se tornar um herói também!" E eu quero garantir que eu esteja no mesmo nível, já que sou perfeccionista por natureza, como você pode ver." Ele começou a se aproximar enquanto forçava os eu rosto a uma expressão de simpatia fingida.
"Por isso, escuta bem meu conselho." Bakugou falou fingindo uma voz amigável enquanto colocava a sua mão direita soltando fumaça no ombro esquerdo de Izuku, o que de alguma maneira contribuía e muito no fator de intimidação, "Esquece da U.A., seu nerdzinho de merda, beleza?" Izuku podia sentir o calor da explosão não totalmente liberada da palma da mão de Bakugou no seu ombro, ele sabia como era a sensação de ter uma dessas direcionada a ele, e não era nem um pouco agradável. Ele queria dizer a Bakugou que ele não desistiria do seu sonho, que mesmo todos duvidando dele, ele ainda conseguiria se tornar um herói, "..." Mas o seu medo de se machucar fez ele congelar no seu lugar, abaixando a cabeça, sem nem sequer com a coragem de olhar aos olhos cheios de ódio de Bakugou.
Estando satisfeito com o seu resultado, Bakugou começou a se retirar da sala de aula sendo seguido pelos seus capangas, "Ah, cara... Ele não vai nem tentar responder de volta." Um deles sorriu pelo espetáculo de toda a cena entre eles, "Deixa ele pra lá. Ele tá no terceiro ano do ginásio e ainda vive no mundo dos sonhos. É só um coitado que não consegue encarar a realidade." Izuku continuou no mesmo lugar, tremendo e estando a beira das lagrimas por causa das palavras vindas de Bakugou, porem, antes de atravessar a porta por completo, ele parou e se virou levemente na direção de Izuku, "Mas se você quiser tanto assim seguir a carreira de herói, eu tenho uma boa dica pra te dar." Independentemente de como essas palavras pudessem soar, Izuku não conseguia dizer se o que Bakugou estava preste a dizer seria realmente algum conselho que ele poderia usar ou apenas outra piada sobre o seu sonho, "Basta você acreditar que vai ter sorte na próxima vida e pular da laje da escola!" Isso era algo que Izuku não esperava vindo mesmo do Bakugou, até o seu Subconsciente parecia estar chocado por esse comentário, mas dessa vez foi o limite, intimida-lo, bater nele e dizer que seu sonho é estupido era uma coisa, mas dizer para ele se matar já não era algo que podia tolerar, ele iria chamar a atenção do Bakugou dessa vez, dessa vez ele finalmente ia se defender depois de todos esses anos de abusos.
Ele se virou em giro apenas para ver que Bakugou ainda estava na porta da sala o olhando com uma mirada assassina e com um sorriso maníaco no rosto, isso enquanto a sua mão estava levantada liberando algumas explosões, "O que foi." Ele perguntou esperando como se quisesse que Izuku desse o mínimo deslise para que ele pudesse usar como desculpa para avançar com tudo ali e agora. Mas Izuku só ficou no exato mesmo lugar, tremendo de medo e rezando a qualquer deus que o ouvisse para que Bakugou tivesse misericórdia, Bakugou finalmente viu isso como o suficiente e foi embora acompanhado pelo outros dois.
Izuku queria chorar, se derrubar no chão e se encolher em posição fetal até que ele conseguisse se recuperar um pouco, mas se algum funcionário da escola encontrasse ele na sala depois do fim das aulas e chamariam a sua atenção por ficar perdendo tempo e mandariam ele para casa, e ele ainda tinha que tentar se ainda era possível recuperar o seu diário, sentindo como o seu subconsciente tentava motiva-lo para tentar seguir em frente, ele finalmente saiu do seu estado de choque e começou a andar.
Quando ele chegou no térreo e foi para o lado de fora, Izuku viu que seu diário tinha em uma das fontes para peixes da escola, 'como ele pode dizer algo assim! E se eu realmente tivesse pulado?! Ele teria sido culpado de instigação a suicídio!' No mesmo momento Izuku sentiu como o seu subconsciente deixa claro a sua irritação com tau suposição enviando uma rápida, mas forte punçada de dor na sua cabeça, "AI! CARAMBA, EU NÃO TAVA PENSANDO EM SÉRIO!" Se acalmando, Izuku sentiu como a dor sumia tão rápido quanto ela havia surgido, soltando o ar dos seus pulmões em largo suspiro, Izuku pegou o seu caderno antes os peixes pudessem continuar o comendo. "O que tem de errado comigo?" Izuku murmurou para si mesmo, esperando que de alguma forma o seu próprio eu interno o respondesse, mas como sempre, ele recebeu silencio como resposta, suspirando mais uma vez, ele começou o seu caminho para casa, hoje definitivamente não era um bom dia.
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Durante todo o caminho de volta para casa Izuku lembrou do pior dia da sua vida até o momento, como ele descobriu que era impossível realizar o seu, que ele era o Deku inútil que Bakugou sempre diz que ele é, mas o pior de tudo foi quando a sua mãe se desculpou com ele quando Izuku perguntou se ele ainda poderia ser um herói, para ele, ela havia se desculpado com ele por que ela sabia que sem uma peculiaridade era impossível se tornar um herói.
Izuku estava atravessando pelo mesmo túnel que ele sempre passava no caminho de casa, esse caminho permitia Izuku a passar por um centro comercial que era bem conhecido por suas várias lojas com produtos com a temática de vários heróis diferentes, e ele sempre aproveitava para comprar qualquer coisa que chamasse a sua atenção caso ele tivesse dinheiro de sobra o suficiente, mas nesse momento Izuku não estava com a sua rara alegria para comprar nada, sua mente era uma tempestade de negatividade que fazia com que ele seguisse esse caminho apenas pela força do habito.
Sua mente se aclarou um pouco quando o seu subconsciente fez o seu melhor para dissipar alguns dos seus pensamentos negativos, apenas o suficiente para que ele pudesse lidar com o resto sozinho, com a sua mente clara o bastante agora Izuku balançou a cabeça para deixar esses pensamentos de lado, 'Eu prometi pra mim mesmo não é!?' Parado bem na saída do túnel, Izuku levou a sua cabeça para cima enquanto encarava o céu na sua frente, 'Isso! Eu não vou dar ouvidos ao que todos falam de mim! Vou seguir enfrente com a cabeça erguida!' A sua esperança agora estava renova, ele não pararia até se torna um herói tão grande quanto o próprio All might, com a sua mente de volta na sua meta principal, Izuku começou novamente a sua caminha para casa, apenas para parar abruptamente.
Todos os seus músculos endureceram, seu suor ficou frio e o seu pulso aparentava ter parado por instante, sua mente, corpo e alma gritavam para que ele não olhasse para traz e corresse como a sua vida dependesse disso, pois ela dependia. Izuku não conseguia se mexer, o medo não permitia, essa sensação de puro horror surgia apenas quando Bakugou e seus seguidores iam até ele para espanca-lo atras da escola ou dentro de algum beco escuro, era como algum sexto sentido que fazia ele sentir quando algo muito ruim estava vindo em sua direção, mas isso o que estava sentido agora era muito maior.
O som de um liquido escorrendo atras dele fez o seu pavor aumentar ainda mais, de alguma forma que ele não intendia ele foi capaz de mover a sua cabeça o bastante para ver o que era, e ele se arrependeu no mesmo segundo. Um liquido verde escuro, viscoso e gosmento, estava saindo dos pequenos furos de uma tampa de bueiro, ela já tinha quase o dobro do seu próprio tamanho, mas o que mais se ressaltava eram o par de olhos gigantes esbugalhados injetados em sangue que o encarava e um conjunto de vários dentes tortos que formavam uma boca, 'Um vilão' Podia ser uma conclusão precipitada e talvez até preconceituosa na opinião de algumas pessoas julgar alguém como vilão levando em conta somente a sua peculiaridade, a no seu contexto atual, era realmente bem difícil Izuku pensar em outra linha de raciocínio.
"Olha só o que temos aqui... um disfarce de tamanho M..." Antes mesmo que Izuku fosse capaz de analisar o que o vilão em sua frente acabava de dizer, o grande conjunto de gosma verde avançou em sua direção, Izuku ainda se encontrava sendo incapaz de se mover pelo medo presente no seu corpo, entre tanto, nos poucos segundos disponíveis para reagir, as suas pernas começaram a se mover por conta própria se agachando um pouco para logo pular para traz com toda a força possível. Apenas por um instante isso pareceu funcionar, mas o vilão de gosma redirecionou a sua trajetória, evitando o seu encontro com o chão e conseguindo alcançar o corpo de Izuku ainda no ar, "Uuuuuui, bons reflexos, mas não rápido o bastante. Mas está tudo beeem garoto, eu só vou assumir o controle do seu corpo por um tempinho, não precisa ter medo." Todo a lodo verde que era o corpo do vilão envolvia o seu corpo, ele sentia como aos poucos esse estranho liquido forçava a sua entrada para dentro da sua boca, a sensação era indescritivelmente horrível, o gosto era simplesmente nojento, mas o pior de tudo era a sua incapacidade de respirar ou gritar por ajuda, "Só vai doer durante 45 segundos... depois disso, vai tudo acabar." Todo o lodo se agitava ao seu redor, tentando acelerar o processo.
"Você é meu herói moleque! Eu nunca imaginei que aquele cara estivesse fazendo uma visita a esta cidade." O vilão começava a pensar em voz alta sobre alguma coisa que Izuku não se importava, ele estava mais ocupado tentando achar uma formar de fugir dessa situação, seu subconsciente parecia estar em pânico fazendo o mesmo, sem nenhuma ideia melhor, Izuku começou a se debater em pânico tentando se soltar, "NÃO TEM COMO ME SEGURAR! EU SOU LIQUIDO!" O vilão tinha razão, não importava o quanto ele tentasse, Izuku não conseguia se segurar em algo firma o bastante para poder se afastar, mas o medo de morrer dessa maneira só fez ele se debater mais ainda.
'Eu não consigo respirar! Meu corpo... Está ficando mais fraco..." A cada balançar de braço ou perna, a sua força ia diminuindo aos poucos, 'Eu vou morrer!' 'Eu estou morrendo!?' 'Alguém, por favor! Eu vou morrer!' em seu desespero o seu caderno queimado havia caído da sua mão, e abrindo em uma página com o rascunho do desenho do seu futuro traje de herói, mas ele nunca poderia usá-lo se ele morresse agora, ele tinha que provar a todos que duvidaram dele que eles estavam enganados, ele tinha que fazer a sua mãe se orgulhar em quem ele se tornaria, ele também queria encontrar alguém que ele pudesse amar de verdade, mesmo isso parecendo mais impossível que se tornar um herói, por isso que tinha que sair disso.
Mas ele não conseguia, sua visão já começava a escurecer, e aos poucos, a sua esperança sumia junto, 'Não... Por que... Eu...' Para Izuku não parecia justo, ele nunca o mau para ninguém, nem mesmo para Bakugou, ele só queria o motivo que as pessoas sorrissem quando ele fosse ajudar elas como um herói. Repentinamente Izuku sentiu o seu corpo ficar quente, muito quente, ele conhecia essa sensação, era como se barras quentes de metal estivessem dentro por todo o seu corpo, já fazia um bom tempo desde a última vez que isso tinha acontecido, foi depois de acordar do seu estranho sonho em um deserto quando ele tinha nove anos, depois dessa vez ele só teve leve dores de cabeça e corpo, mas isso era estranho, por que agora? O calor se fazia cada vez mais grande, e se continuasse aumentando com certeza Izuku seria cozinhado por dentro, a cabeça de Izuku estava doendo muito, mas ele não sabia se era pela falta de arma ou por parecer que duas palavras se repetiam sem para na sua cabeça contra a sua vontade, 'Ţ̶͕̐͊̉͞r̷̨͕̄̊̿͠a҈͖́͜͡ĉ̷̪̓͢͠e̴͎͋͆͜͠ o̷̮̽̕͜n̵̡͒͝.' parecia inglês, Izuku estava preste a repeti-las ele mesmo antes tudo simplesmente para abruptamente, todo o calor havia desaparecido e as palavras sumiram, e Izuku não conseguia lembrar mais quais eram. Ele não sabia o que foi isso, provavelmente uma última tentativa falha do seu corpo se libertar, independentemente disso o vilão de gosma não parecia ter notado nada desse estranho acorrido, e Izuku já não consegui pensar mais, seu cérebro estava com pouco oxigênio, estava preste a perder a consciência se um som forte de bater de metal não tivesse chamado a atenção do vilão de gosma.
"NÃO TENHA MEDO MEU JOVEM!" Ambos Izuku e o vilão de gosma entraram em choque, do mesmo bueiro antes saia um homem alto, superando facilmente os dois metros de altura, seu corpo era composto de uma quantidade tão absurda de músculos que deixaria muitos fisioculturistas com inveja, os seus cabelos loiros estavam penteados para traz enquanto duas longas mexas subiam para cima desafiando qualquer lei da física emposta sobre elas, mas o mais marcante era o grande sorriso em seu rosto, "POR QUE EU ESTOU AQUI!".
Dando um passo para fora do bueiro, o homem levava o braço para trás preparando um soco, "TEXAS..." Sua voz era forte, imponente, mas de alguma maneira reconfortante, e Izuku conhecia bem essa, mas para ele seria impossível, logo de todos os heróis ele teve a sorte de ser salvo pelo número um? "SMAAASH!" O seu soco foi direcionado no centro do corpo do vilão de gosma, evitando Izuku por completo e mandando o corpo do vilão voando pelo ar em varias partes diferentes, "APENAS COM A... PRESSÃO DO AR?!" Mesmo também conhecendo esse herói, o vilão não tinha como deixar de se impressionar com tamanho feito de força. 'Ah... O que?' A mente de Izuku estava confusa, quase completamente negra, e ele não tinha certeza do que os seus olhos estavam o mostrando, mas parecia muito com 'All... mi... ght...?'.
Tudo estava escuro, não havia deserto, sem areia, ou um vento forte para derrubá-lo, 'A̶̤̖҇̈́͒͢... c҈̧̜̓̓̀͡o̸̡̮̔̎̈́͠r҈̡̥̤̽̈́͞... ḑ̸͎̆͛̕a҈̨͈̾̎͝!', Tudo estava tão silencioso, calmo, sem explosões, chegava até ser confortável, 'A҈̢̱̪̀͑̓͞ç̵̛̦̭̆ô̷̲͖͜͞ŗ̵͕̎̕... d̴̡̙̟͆̀͝a̶̙҇̒͗͜.̸̢̛̇̐̒!' Ninguém gritava com ele ou o diminuía, era muito agradável, talvez ele pudesse ficar aqui mais um pouco, 'A҉̨̳̖̊̆̊͞c̵̏͂̕̚͜o҉̧̃̾̓̕r҉̛̓͗͜d̶̢́̕a҉̨҇̏!' Sim, talvez uma hora ou duas, ou talvez até mais, em algum momento ele iria embora para agradecer o herói que o salvou, ele só ia ficar mais um pou... 'A҈̨͡C̴̛͢O҈̡̛R̶̨҇D҉̨͞Ą̷͞!̶̢͠!'.
"EI!" A cabeça de Izuku ainda estava muito tonta, sua visão parecia ainda estar girando enquanto ele abria os olhos, "EI!" O mundo finalmente começava a parar de girar para permitir que Izuku visse o rosto do seu salvador, porque ele sentia como se ele estivesse recebendo vários tapinhas no rosto? "EI... Ah! GRAÇAS A DEUS! VOCÊ ESTAR BEM!" Quando a sua mão ficou totalmente clara, ele poder ver que era o herói número um, All might, em carne e osso na sua frente, e o espanto fez Izuku soltar o grito mais agudo da sua vida, "AAAAAAAAAAAAAAAAAAA" Inconscientemente ele começou a se um pouco para traz.
"E estar bem vivo por sinal." All might em roupa de civil disse enquanto via Izuku parar de se afastar, "Mil desculpas! Acabei o envolvendo na captura do vilão, meu garoto!" All might apoiava a mão na testa enquanto fazia uma pose estravagante para se desculpar com o pequeno jovem que acabou de conhecer, "Eu não costumo cometer esse tipo de deslize, juro! ACHO QUE ACABEI ME RELAXANDO POR ESTAR DE FOLGA EM UMS CIDADE NOVA! HAHA" All might riu da sua própria piada como se fosse a maior comedia de toda a história, "MAS MUITO OBRIGADO!" All might exclamou enquanto retirava duas garrafas de refrigerante de dois litros de ambos os bolsos laterais da sua calça, as quais tinham um estranho liquido verde muito familiar dentro delas e uma delas com um par de olhos aparentemente desacordados, "GRAÇAS A VOCÊ, PUDE CAPTURAR O VILÃO!".
Apesar de toda a fala de All might, a mente de Izuku só podia se concentra em uma coisa, 'É o All might ao vivo... Bem na frente dos meus olhos! Ele é bem diferente dos vídeos da internet!' E nessa oportunidade única de conhecer o seu ídolo de toda a vida bem na sua frente, Izuku não poderia perder a oportunidade de fazer algo muito importante, "Ah, autógrafo! Onde eu posso..." Sua cabeça balançava de um lado para o outro procurando por algo para All might assinar até que ele encontrou o seu caderno queimado por Bakugou, "Vou usar ele e..." Sua última fala se cortou quando ele viu o que deveria se a primeira página em branco do seu caderno, "JÁ ASSINOU!" O nome All might se encontrava escrito em duas páginas do seu caderno com grandes letras, junto com um pequeno desenho minimalista do rosto do All might no canto superior direito, "AAAAAH! O-O-BRIGADO! É UM TESOURO PRA MIM! ISSO NÃO TEM PREÇO!" Izuku agradeceu enquanto se reverenciava em uma velocidade consideravelmente ridícula, e ele não brincava com isso, ele já estava decido que esse autógrafo se tornaria a sua herança de família que ele daria aos seus filhos, caso ele tivesse a sorte de ter filhos no futuro.
Tendo toda a situação resolvida e o civil em segurança, All might colocou o seu prisioneiro engarrafado de volta nos seus bolsos e se virou para partir enquanto acenava com o polegar levanto para o jovem atras dele, "BOM, AGORA EU IREI ENTREGAR ESSE MALFEITOR ÀS AUTORIDADES! NOS VEMOS DE NOVO PELA TELINHA!" Izuku parou repentinamente ao ouvir essas palavras, "HÃ...? Ma-mas... Já? Eu..." Izuku estava em dúvida, por um lado ele queria mais tempo para conversa com o seu ídolo, mas por outro ele sabia que All might era uma pessoa muito ocupada e ele não queria atrapalha-lo em nada de importante, "Um herói profissional está sempre lutando contra vilões ou contra o tempo." All might disse enquanto se agachava um pouco, preparando os seus músculos para dar um grande salto.
'Não...! Espera...! Eu ainda tenho uma coisa pra te perguntar...' Essa era uma oportunidade única na sua vida, e se Izuku perdesse ela não seria possível conseguir repeti-la novamente nem mesmo se tentasse, "Muito bem..." Enquanto All might estava preste a saltar, Izuku teve o que com certeza seria a sua ideia mais estupida de toda a sua vida, e nesse momento ele sentiu o seu subconsciente finalmente se agitar no seu interior, até o momento ele estava muito quieto e Izuku só conseguia sentir uma leve sensação de vergonha e raiva vindo dele desde que All might tinha aparecido, mas mesmo sabendo dos perigos ele ainda tinha que fazer.
All might acumulou toda a força necessária para o seu salto e liberou todo a energia acumulada nas suas pernas em um único empurrão "ATÉ A PROXIMAAAA!" Em um único segundo o seu pulo já havia o erguido em uma altura acima dos sessenta metros de altura e seguindo em alto velocidade para frente, porem a sensação de um pequeno peso em sua perna esquerda, olhando para trás All might se surpreendeu ao encontrar o mesmo garoto que tinha acabado de salvar segurando a sua perna "HÃ? MAS O QUE?! EI GAROTO!" As pálpebras de Izuku se desgrudavam dos seus olhos e a sua boca não conseguia se manter fechada pela força do vento, "EI ME SOLTE! VOCÊ SE EMPOLGOU DE MAIS GAROTO!" All might poderia adorar os todos os seus fãs igualmente, mas ele mentiria se negasse se os mais obsessivos não o incomodasse um pouco, "SE... SE EU SOLTAR AGORA... VOU... VOU MORRER" "DE FATO!" All might se golpeou mentalmente por não perceber algo tão obvio, a idade já estava cobrando o preço? "Eu...! Eu quero... Per... Perguntaaar! Quero Perguntaaaaaaar..." Hoje Izuku descobriu que era muito difícil tentar falar no ar enquanto voava em alta velocidade sem ter pratica, "Ok, ok! Já intendi! Tente fechar a boca e os olhos por favor!" ele precisava encontrar logo um lugar para pousar e deixar o menino em segurança, "Gof." "HMM" All might colocou a sua mão em frente da sua boca para disfarçar a tosse, ele sentia como a sua força diminuía aos poucos, 'SHIT!' ele começou a se preocupar quando uma gota de sangue escorreu para fora da sua boca, o seu tempo estava chegando no limite.
Após mais alguns segundos, All pode avistar uma sacada vazia de um prédio para pousar, ele girou um pouco o seu corpo suspenso no ar mirando a sacada e deu um forte com a perna direita, mudando a sua trajetória devido a forte pressão de ar liberada pelo golpe, assim conseguindo pousar com sucesso sem causar danos colaterais. "Isso foi assustador..." Izuku estava agachado no chão com o que deveria ser a sua quarta dor de cabeça do dia, "É SÉRIO! COM O QUE VOCÊ ESTAVA NA CABEÇA PARA PENSAR QUE SE AGARRA NA MINHA PERNA FOSSE UMA BOA IDEIA?!" All might começou a se dirigir até a borda da sacada para prender voou, "QUANDO EU ME REFERI A SEMPRE ESTAR LUTANDO CONTRA O TEMPO, É PORQUE EU NÃO TINHA TEMPO PARA CONVERSAR!", Izuku se levantou ignorando a sua dor de cabeça e se virou com pânica em direção de All might, ele ainda não tinha tido a sua chance de perguntar, "NÃO! ESPERA..." Izuku não pode terminar a sua oração quando ele interrompido por All might, "NÃO! NÃO VOU ESPERAR!" O símbolo da paz estava obviamente aborrecido pela insistência de Izuku, mas mesmo que isso significasse testar mais a paciência de All might, ele não iria perder essa oportunidade.
"ALGÚEM QUE NÃO TEM NENHUMA PECULIARIDADE, PODE SE TORNAR UM HERÓIS!?" Izuku gritou a sua pergunta em meio ao seu desespero de que All might se fosse, o mesmo havia se congelado em seu lugar a ouvir essas palavras, elas tiveram tanto efeito que ele acabou se esquecendo da sua situação crítica, Izuku parecei ter notado o seu erro por levantar a sua voz e refez a sua pergunta com mais calma agora que All might não aparentava ir embora, "Mesmo uma pessoa sem peculiaridade alguma, pode ser como você algum dia?" Sua cabeça estava abaixada e seus olhos fechados pela vergonha, ele não deveria fazer o herói numero um perder o seu tempo com esse tipo coisa, mas agora que ele já havia começado ele tinha que ir até o fim.
De todas coisas que All might poderia pensar que esse pequeno jovem poderia perguntar, essa com certeza não era uma delas, toda a sua situação parecia irônica considerando o seu passado, "Você não tem nenhuma peculi..." All não terminou a sua pergunta quanto todos o seu interior começou a gritar de dor, lembrando-o o porque ele estava com tanta pressa há alguns segundos, 'Holy shit...! Isso não é bom... Mas que droga...!' ele segurou o seu peito tentando se controlar e tentar fugir para longe do alcance de visão do garoto o mais rápido possível, mas agora era inútil, suas forças estavam esgotadas e seu corpo já tinha começado e expelir fumaça.
Izuku estava tão distraído pensando em explicar a sua situação ao seu ídolo que ele não se quer havia notado toda a estranha cena acontecendo na sua frente, "Eu não tenho peculiaridade, então eu sofro bullying constantemente por todo mundo. Talvez não seja só por causa disso, mas... Eu realmente não sei porquê... Mas eu sempre achei incrível ideia de salvar as pessoas e que isso era a coisa mais incrível que existia." Ele não acreditava no que estava fazendo, um simples garoto sem nenhuma qualidade estava fazendo o maior herói do mundo ter o seu tempo desperdiçado, mas talvez se ele usasse as palavras certas, ele poderia fazer com All might intendesse a sua situação e dissesse as palavras que ele tanto queria ouvir e que poderiam fazer a sua vida ter mais sentido.
"Eu quero aprender a não ter medo e salvar as pessoas com um sorriso no rosto!" Mesmo sem ainda ter recebido nenhuma resposta do seu maior herói, Izuku podia sentir como todo o seu vigor e esperança se recuperavam, simplesmente dizer essas palavras em voz auto e lembrar o verdadeiro motivo por querer ser um herói eram o suficiente para dá-lo forças para suportar todas as adversidades que ele havia passado até agora, "Eu quero ser um herói incrível como o senhor e... OOOOO QUÊÊÊÊÊÊÊÊ!?" Izuku levantou a cabeça para poder ver qual era a reação de All might estava fazendo em relação a tudo isso, apenas para ver que o herói numero um havia desaparecido e em lugar uma pessoas totalmente diferente mas ao mesmo tempo muito similar, suas roupas e altura eram praticamente as mesmas, porem o seu corpo era tão magro que ele não aparentava possuir nenhum musculo, como se fosse um saco de pele carregando um punhado de ossos humanos, seus olhos azuis pareciam ser escuros por estarem tão fundos dentro do seu crânio, seu cabelo loiro agora estava bagunçado e suas mexas haviam finalmente reconhecido as leis da físicas impostas sobre elas e estavam caídas, e por fim o seu rosto sempre sorridente agora estava em uma expressão em branco, e em vista toda a situação, Izuku Midoriya só poderia tomar uma única ação no momento, entrar em pânico.
"VOCÊ ENCOULHEU! ESPERA! ISSO QUER DIZER QUE, TODO ESSE TEMPO... VOCÊ ERA UM IMPOSTOR!? VOCÊ É UM TROCADOR DE FORMAS!?" Inúmeras teorias passavam pela mente de Izuku nesse, desde um simples farsante tentando fingir ser All might, até a tentativa de um grupo de vilões de criar um clone maligno do símbolo da paz, e já que aparentemente o seu subconsciente se desligou devido ao choque, não havia nada nem ninguém para tentar parar o seu pensamento acelerado. O suposto All might apenas o encarou com o seu olhar inexpressivo, o que consegui intimidar Izuku apesar e sua aparência fraca e frágil, "Eu sou All might." Afirmou o homem desnutrido enquanto um jorro de sangue era expelido da sua boca ao mesmo tempo, "O QUE... NÃO PODE SER! MAS... COMO?!" Para a sua mente ainda abalada, era impossível que Izuku conseguisse intender que All might e esse homem eram a mesma pessoa, "Bem, como eu explico isso de uma forma que faça sentido? Ah, já sei!" O All might versão palito de dente estalou os dedos e olhos para Izuku com olhar um pouco mais suave, "Sabe quando alguns caras encolhem a barriga e se exibem na piscina? Ê quase isso!" A boca e os braços de Izuku perdia a força e ficam moles e suspendidos no ar incapazes de se manterem no lugar, e ele de alguma forma senti como o seu subconsciente simplesmente desmaiou e caiu de costa para o chão pela idiotice dessa explicação, tudo isso dentro da sua cabeça dentro da sua cabeça.
""Um sorriso de alguém que não conhece o medo", hein...?" All might em sua forma fraca suspirou de cansaço enquanto se agachava para sentar no chão da sacada do prédio descansar um pouco, "Como você já viu a minha verdadeira forma agora, já não faz sentido tentar ti enganar... Mas não importa o que você faça, não publique isso na internet ou em qualquer coisa semelhante, intendeu?" Se um boato como esse se espalhasse pelo mundo a fora isso com certeza seria uma dor de cabeça das grandes, e ele não queria ter que fazer sua equipe de advogados ligar com mais problemas que eles já tinham.
"Nã-não acredito...!" Vendo como o jovem ainda estava incrédulo sobre o que ele dizia, All might decidiu que uma prova real seria mais eficiente do que suas palavras. Usando sua mão esquerda para levantar um pouco a sua blusa, All might deixou a vista uma cicatriz gigantes no lado esquerdo do seu tronco, o desenho dos músculos da metade esquerda do seu abdome estava retorcidos de tau maneira que deveria ser impossível, os pontos da cirurgia se destacavam com as cores vermelho e roxo da pele envolta delas, e essa seria uma imagem que ficaria gravada permanentemente na mente de Izuku pelo resto da sua vida, "Essa é uma ferida causada por um vilão há cinco anos." A voz do maior herói de todos estava seria e desprovida de qualquer emoção a dizer essas palavras.
"IICCK!?" Izuku tentou apartar a sua visão da vista perturbadora na sua frente, na sua mente isso deveria se só algum pesadelo estranho que ele estivesse tendo, e logo ele estaria de acordando novamente com o verdadeiro All might na sua frente, um forte, sorridente e invencível como ele era para ele ser.
"Metade do meu sistema respiratório foi destruído e meu estomago foi arrancado por completo." Agora que All might já havia começado, ele tinha que ir até o fim para que o garoto na sua frente pudesse enxergar a realidade, e isso, com sorte, ajudaria a esse jovem intender uma verdade triste, porém, necessária, "Me desgastei muito após inúmeras cirurgias e suas sequelas. E como resultado, fui limitado a passar, no máximo, três horas de cada dia como herói. E sinceramente, nem os médicos responsáveis por me cuidar na época sabia explicar como eu fui capaz de sequer continuar vivo após tudo que passei." Sua mente voltou até aquele fatídico dia da sua luta contra o maior mal de todos, como ele deu tudo que tinha para derrota-lo uma vez por todas, e apesar que ele odiasse a sua situação atual, ele não mudaria a nada caso tivesse a chance de retornar naquele exato mesmo instante.
"Há cinco anos...? Na sua luta contra o Super Venom Chainsaw...?" A sua voz saiu insegura e tremula, mas com sua mente finalmente se acalmando do choque anterior, sua capacidade de raciocínio finalmente estava se estabilizando, ele sentia como o seu subconsciente estava se recompondo aos poucos, Izuku estranhamente podia imaginar como se ele estivesse se levanto lentamente do chão aonde ele estava deitado a poucos estantes, dava leves tapinhas na sua roupa para tirar a sujeira e cruzava os braços fingindo como se nada tivesse acontecido.
"Você sabe bem das coisas, hein?" All might sorriu levemente de diversão pelo nível de fanboy que esse menino deveria ser para recordar de um dos seus confrontos antes da sua lesão, "Mas não, eu nunca deixaria que um criminoso como ele me deixasse nesse estado!" Ele levantou a mão e esquerda e fechou o punho para dar ênfase na sua afirmar, apesar de se um herói que colocava o bem estar dos inocentes em primeiro lugar, All might ainda tinha o seu orgulho, mesmo que bem pequeno comparado a de outros heróis, e por isso ele nunca deixaria que vilões se tornassem uma dificuldade maior do que eles realmente eram.
Mas voltando ao assunto em questão, seu pequeno sorriso desapareceu e seu rosto retornou a seriedade de antes, "Eu nunca declarei publicamente nada sobre a minha verdadeira condição. Então peço-lhe que compreenda o meu pedido e mantenha tudo isso apenas para si mesmo." Aos olhos de All might, isso menino não aparentava ser do tipo que sairia gritando o seu segredo aos quatro ventos, mas ele tinha que garantir que isso nunca poderia ser dito a ninguém.
"O "Símbolo da paz" que sempre salva todos os inocentes com um sorriso no rosto, nunca deve sucumbir às forças do mal." Ele olhou diretamente nos olhos de Izuku, seu olhar muito mais sério e intenso do que antes, "O motivo pelo qual e sorriu é para desviar e me distrair do terror e da tensão que vivem dentro de mim." Cada palavra proferida pelo seu ídolo pareciam ser como uma facada no ideal inocente que Izuku tinha criado na sua mente, a sua visão de mundo estava sendo despedaça, e ele não tinha palavras para tentar argumentar, todo que ele podia fazer nesse instante era ouvir como All might jogava toda essa informação para ele e sentir como o seu subconsciente parecia estar em um estava de caos apenas contido, ele podia sentir como todas os sentimentos dentro dele pareciam ser como um caldeirão fervente, mas dentre eles dois se destacavam, um verdadeiro ódio e profundo pelas palavras do herói e um sentimento de pena compreensiva a ele, como se pudesse intender exatamente o que All might estava sentindo, e isso alimentava mais ainda a sua raiva.
"Um profissional sempre está colocando a sua vida em risco pelos demais. Portanto, não posso simplesmente dizer que você pode se tornar um herói mesmo sem uma peculiaridade." E essas foram as únicas palavras que precisavam ser ditas para finalmente quebrar o seu espirito de uma vez por todas, All might, o herói número um, o símbolo da paz, o maior dos maiores, disse que sonho era impossível, então realmente deveria ser. Ele já não podia olhar para All might por causa da vergonha de si mesmo, "...haaa..." Ele tentou dizer alguma coisa, mas tudo que saiu foi apenas um ruido agudo incompreensível.
"Mas se você deseja tanto assim ajudar as pessoas, você ainda pode tentar se tornar um médico, ou policial." All might apoiou as suas mãos nos joelhos e começou a se levantar, "Eu sei que muitos dizem que hoje em dia eles só servem para coletar os vilões depois que eles são derrotados, mas também é um trabalho muito importante e digno que ainda conserva a sua relevância na sociedade." Já completamente de pé, All caminhou em direção a porta que dava acesso as escadas do prédio, com seu tempo esgotado ele precisaria ter que caminhar até a estação de polícia mais próxima para entregar o vilão de gosma as autoridades.
Parando em frente da porta aberta, All might refletiu mais um pouco e decidiu agregar umas ultimas palavras ao garoto de cabelo verde atras dele, "... Eu e nem ninguém pode privar você dos seus sonhos. Mas tendo dito tudo isso... É melhor começar a enxergar a realidade como ela realmente é, jovem." Terminando isso, All might fechou a portar se seguiu o seu caminho.
Quando Izuku escultou o som do bater da porta da sacada do prédio, ele finalmente cedeu aos seus sentimentos, ele caiu de joelhos no chão e chorou, tampando a bocas com ambas a mãos para que ninguém escutasse os seus gritos de frustação, seu coração estava despedaçado, seus ideais estilhaçados, o seu sonho foi pego pelas mãos do seu herói e jogado no lixo como nada. Seu corpo tremia descontroladamente, as lagrimas caiam incessantemente e sua mente estava em um estado de caos maior do que nunca, cada insulto, piada, agressão, discurso de ódio ou pena direcionado a ele se repetiam em sua mente, inúmeras memorias de abuso por parte das pessoas ao seu redor passavam pela sua cabeça uma após a outra, lembrando que seu sonho era apenas isso, um sonho do qual ele não queria acordar.
Após alguns minutos que múrmuros e grunhidos em agonia, que parecia ter sido horas para Izuku, seus pensamentos começaram a se acalmar, as lembras e os traumas ainda estavam ali, repetindo a verdade de novo e de novo, mas agora longe o bastante para que ele pudesse pensar pelo menos um pouco, ele estava cansado de tudo que tinha acontecido hoje, ele queria ir para casa, deitar na sua cama e nunca mais levantar. Quase sem nenhuma força, Izuku levantou do solo, e começou a caminhar para mesma saída que All might tinha passado, sua mente já não capitava mais nada do seu mundo ao redor, tudo estava em branco e não tinha mais nenhum som, seu corpo se movia automaticamente pelo caminho que ele acreditava ser o de casa, hoje realmente não estava sendo um bom dia.
Nome: All might
Peculiaridade: Nome oficial desconhecido pelo publico
Capacidades: (Na visão do publico geral) Super força, super velocidade, invulnerabilidade, reflexos super humanos, sentidos super humanos, etc.
Nome: Izuku Midoriya
Peculiaridade: Nenhuma/C̶̡̞̲̝҇͒̍̓ō̷̢͖͖̥̽̀͝ṇ̷͛͢͝ t̷̡̲́̀̓͞r҉̰̑͢͠a҉̧͈̑͝ g҈̳͑͜͡ų̸͙̇̂͆̕ȧ̴̛͕̙̥͢r̶̬͓̓̓̕͜ d̴̨̪̯̟́͂͑͠i҉̧̣̭̥҇̑͐͆ą̸̯̟̣̃̋͗̕o̸̢̽̈͌͝ͅ/̶̢̝͚̈́͡ e҉̦̽͢͝s҈͉҇́͜ p҈͛̂̓͜͠i̵̧͔̤̽̅͆͠ r̵̩͋͆͢͠i̸̢̪̦͔҇̄́̍t̸̰̀͐͜͝õ̴̡̤̦̪͝ h҈͈͙͔͌̒͢͡e̷̤̓͜͝ ṛ̷̝̔͜͡ơ̵̝͙̋͜į̷̜͎̔̏͡c̷̡̘͈̾̄͡ơ̵̡͙̌̈́͗ͅ a҉̡̘͓̄̏͞r҈̨̛͖̓̌́ q̴̡̪̖͎̐̾̓͝ų̵̞͛̈͒̕e̷̛̝̍̐͂͜ i҈̨͍̝̓̍̕r̷̛̟͖̔͛͢ȏ̴̰͚̈́͜͠
Capacidades: Nenhuma/?̵̢̳̝̰̏̅̇͛͞?҉̨̫͖̤̫̜̅̂̆̾̎͝?҈̡͚̝͑̋͂͞
Jesus Cristo amado, eu finalmente consegui terminar de escrever o primeiro capitulo, eu minha mania de ser detalhista ao extremo, AAAAAAAAAAA, mas fiquei bem satisfeito.
Para quem tiver curioso sobre quando a história vai se diferenciar de verdade da original, próximo capitulo já iremos ter uma cena beeeeem diferente da original e o final também hahaha.
Muito abrigado a qualquer pessoa que tenha lido até o fim, Por favor deixe um comentário do que você gostou ou não gostou no capitulo e compartilhe com qualquer outra pessoa que você acredite que também possa ter interesse nesse tipo de fanfic, até a próxima.
