Capítulo 05 – Vivendo o sonho

Seja eu! Seja eu!
Deixa que eu seja eu
E aceita o que seja seu
Então deita e aceita eu

Molha eu! Seca eu!
Deixa que eu seja o céu
E receba o que seja seu
Anoiteça e amanheça eu

Beija eu! Beija eu!
Beija eu, me beija
Deixa o que seja ser

Então beba e receba
Meu corpo no seu
Corpo eu, no meu corpo
Deixa! Eu me deixo
Anoiteça e amanheça

Música: Beija eu – Marisa Monte


Quando House voltou do banheiro deitou-se ao lado dela.

"Vou colocar alguns travesseiros para te ajudar, senão você ficará com câimbras". Ele disse divertido enquanto pegava o travesseiro e os posicionava sob os quadris dela.

"Obrigada, você é um cavalheiro". Ela respondeu sorrindo.

"Podemos dormir um pouco e depois repetimos. O que você acha?".

"Acho bom". Ela respondeu.

Ele se aproximou sem jeito e a puxou contra o peito. Cuddy sentiu borboletas no estomago, mas se aninhou com a cabeça no peito largo dele e assim dormiram, por horas. Fazia dias que ambos não dormiam tantas horas seguidas e tão profundamente.

Pela manhã ela acordou primeiro e surpreendeu-se por senti-lo abraçá-la tão fortemente. Era uma sensação maravilhosa acordar sendo abraçada por ele, depois de tanto tempo acordando sozinha. Ela precisava ir ao banheiro então tentou se desvencilhar dele com cuidado para não acordá-lo. O lençol os descobriu e foi a primeira vez que ela o viu completamente nu, desde a noite passada. Ele era lindo e ela já o queria outra vez. Assustada com o tamanho de seu desejo por ele logo cedo, ela foi lentamente ao banheiro, tentando evitar fazer uma bagunça pelo quarto, já que o esperma de House começou a escorrer por suas coxas.

Poucos minutos depois ele acordou e abriu os olhos já com um sorriso no rosto. 'Que noite!', ele pensou. E era só o início. House ouviu o barulho do chuveiro e ficou com medo de Cuddy ter se arrependido. 'Mas foi tão bom, por que ela se arrependeria?', ele pensou consigo mesmo, mas mulheres eram esquisitas e toda emocionais, ele ficou preocupado.

Em pouco tempo ela saiu enrolada em uma toalha.

"Bom dia! Dormiu bem?".

Ela estava sorrindo, era um bom sinal. "Dormi fantasticamente bem depois do sexo alucinante que tivemos". Ele respondeu e ela corou.

"Vem aqui". Ele a chamou apontando para a cama.

Ela hesitou apesar de estar cheia de desejo.

"Venha, precisamos de repetição para alcançar a Terra Prometida". House disse e ela sorriu.

Ela sentou-se ao lado dele. "Eu vi o que você fez aqui". Cuddy apontou para o chupão em seu pescoço. Estava muito nítido.

"Eu não pensei... Você sabe como foi intenso...".

Ela corou e ele se aproximou e logo a beijou.

"Eu me esqueci de escovar os dentes...". Ele interrompeu o beijo.

"Não precisa, continue". Cuddy disse e voltou a beijá-lo. Ela estava tomada pelo desejo novamente e o hálito dele era tão bom, nada a reclamar.

Os beijos logo se tornaram erráticos e Cuddy pegou o pênis dele semiereto nas mãos e começou a acaricia-lo.

"Uh..." House gemeu com a sensação. "Podíamos fazer algo complementar agora".

"O quê?".

"Oral".

Ela riu.

"Qual o problema se eu já fiz em você ontem a noite?".

"Sexo para procriação...". Ela disse relutante, mas com um enorme desejo de chupá-lo.

"Mas eu tenho que ficar duro e a boca é ótima para essa finalidade".

"Você não teve problemas antes em ficar... duro".

"Nem terei agora, mas um boquete sempre ajuda muito. Aliás, você fez isso antes, em Michigan".

"Era diferente".

"Éramos nós dois, como agora".

"Circunstâncias diferentes".

"Qual é o problema? Eu limpo bem minhas partes íntimas e você está louca para isso".

"Tudo bem, se é para você ficar quieto...". Ela disse fingindo ter sido convencida. E ele sorriu satisfeito.

Logo Cuddy passou a língua na glande.

"Oh meu Deus, Cuddy...".

Ela sorriu enquanto o engolia. House quase perdeu o controle ali, era uma fantasia que se tornava realidade: Lisa Cuddy chupando o seu pau enquanto fazia cara de safada.

"Ohhhhhhhhh".

Ela continuou seu trabalho. A língua corria todo o comprimento de seu pênis, suas mãos massageavam as bolas e, quando ele pensou que não iria mais se controlar, ela o engolia.

"Não goze na minha boca, não perca o foco do que estamos fazendo aqui". Cuddy falou.

"Não senhora. Foco total. Agora continue".

"Você já está duro, aliás, totalmente duro". Cuddy disse para contrariá-lo, fazia parte das preliminares.

"Só mais um pouco, por favor!".

Era bom ver House submisso assim, no mais, ela queria muito continuar.

E ela recomeçou.

"Uh... Você chupa muito gostoso".

Lisa Cuddy chupando o seu pau. Ele queria contar para todo mundo no hospital. Ele queria gozar na boca dela. Ele queria fotografar, filmar aquele momento. Mas ele resistiu, afinal, ele gozaria novamente em sua boceta, na boceta da reitora Lisa Cuddy. De repente ele a interrompeu.

"Pare Cuddy senão eu vou gozar, temos que colocar meus meninos para trabalhar". Então ela parou.

House começou a massagear sua vagina com os dedos e percebeu que ela já estava muito molhada, mas não precisou falar nada, ela mesma levantou-se e pegou o seu pênis com a mão o guiando para dentro dela. Ambos gemeram com a sensação e Cuddy começou a cavalgar lentamente no início. Ela ainda estava um pouco dolorida da noite anterior, afinal, fazia um ano que ela não tinha relações sexuais e ainda mais tempo que ela não tinha relação com um parceiro tão bem dotado.

Depois de alguns minutos ela acelerou e ambos começaram a gemer alto. House levantava os quadris para encontrá-la e ir ainda mais fundo.

"Oh... Oh...".

"Ahhhhh... Ahhhhh...".

Era lindo ver Cuddy o montando selvagem. Agora ela não escondia o prazer e se deixava levar. Era uma linda mulher segura, independente e determinada a buscar o que queria e como queria. A melhor foda da vida dele, com certeza.

Era maravilhoso montar Gregory House. Dominá-lo, ver seu rosto se contorcer pelo prazer que ela o proporcionava. Tirar tudo o que ele tinha para oferecer. Ela sentia tanto prazer, nenhum homem, exceto ele mesmo, fora capaz de enchê-la assim, de deixá-la tão selvagem e despertar a mulher poderosa que havia dentro dela.

O som ficava cada vez mais alto, assim como o barulho da cama batendo contra a parede. Era tudo muito erótico e eles estavam tentando retardar ao máximo o ápice, mas não estavam conseguindo.

House apertava os seios dela enquanto ela cavalgava, era uma imagem erótica demais os seios dela chacoalhando no ritmo dos movimentos. Cuddy se apoiava nos ombros dele para ter maior impulso.

"Oh House... Eu acho que não vou... durar...".

"Goze pra mim Lisa, goze!".

E assim ela fez. Ela gozou muito forte gritando o nome dele. House a seguiu sussurrando o nome dela, pois era impossível resistir aos apertos que a vagina dela proporcionava ao seu pênis inchado.

Ficaram assim por alguns minutos até que House a virou de costas.

"Melhor para facilitar as coisas". Ele disse ainda ofegante.

Ela sorriu e passou a mão carinhosa pelo rosto dele.

Ficaram ainda por alguns minutos na cama, deitados de conchinha.

"Wow! Nós somos muito bons juntos". Ele disse.

Ela sorriu.

"Sabe que você me montar não é uma das melhores posições para engravidar". Ele falou.

"Diversificação". Ela respondeu fazendo House sorrir.

"Tudo bem. Concordo totalmente".

"Você está com fome?". Cuddy perguntou.

"Muita. Eu comeria um boi inteiro agora".

"Eca!". Ela respondeu rindo.

"Eu vou fazer algo para nós...".

"Não. A senhora ficará um pouco mais deitada, eu vou tomar um banho rápido e depois farei algo para nosso café da manhã".

House disse e levantou-se. Ela sorriu ao vê-lo andar nu de costas até o banheiro. Cuddy pensou que se acostumaria facilmente a essa vida.

Enquanto ele tomava banho era impossível tirar o sorriso do rosto. 'Que ideia maravilhosa eu tive com essa coisa de gravidez, como ela nunca engravidará poderei viver isso por algum tempo'.

Cuddy na cama não era diferente. Ela estava radiante.

Minutos depois eles tomaram café da manhã juntos. House preparou ovos mexidos com pão. "Precisamos de muitas proteínas e carboidratos".

"Você ficará até quando?". Cuddy perguntou enquanto comia.

"Você já está me expulsando?". Ele perguntou divertido.

"NÃO!".

"Ah bom... Porque logo os seus vizinhos virão me expulsar".

"Fizemos muito barulho?". Cuddy perguntou preocupada.

"Muito! Barulho do tipo... Show de Rock metal".

"Oh meu Deus!". Ela falou assustada.

"Relaxa, fizemos muita gente sexualmente frustrada nos arredores ter uma razão para se matar".

Ela riu.

"Seremos responsável pelo aumento da taxa de suicídio na região".

"Precisamos comer frutas também". Cuddy falou pegando um mamão para cortar.

Eles comiam o mamão e um pedaço ficou no rosto dela, House foi limpá-la e acabou a beijando. Isso a surpreendeu, pois foi tão delicado e sensível. Tudo o que ela queria era beijá-lo e abraçá-lo o tempo todo também.

Os beijos continuaram suaves por mais alguns minutos e logo Cuddy percebeu que o corpo de ambos começou a responder.

"Vamos para o sofá?". House perguntou.

Cuddy não respondeu, começou a guiá-lo para lá.

Os beijos continuaram, assim como as mãos, línguas e tudo o que eles tinham direito. Em pouco tempo Cuddy estava montada nele enquanto cavalgava pela segunda vez no dia. Ao final eles riam.

"Parecemos dois adolescentes".

"Mas com a experiência a nosso lado". House respondeu.

Eles ficaram na sala, adormeceram abraçados e quando acordaram House ligou a televisão e começaram a assistir a um programa bobo de auditório. Eles riam muito com os assuntos toscos, imitavam os participantes, eles estavam se divertindo.

"O que vamos almoçar?". House perguntou.

"Podemos pedir algo... Mas antes eu preciso tomar um banho".

"Quer companhia?". Ele disse malicioso.

"Eu estou toda dolorida, preciso de algumas horas para me recuperar".

"Isso quer dizer que eu sou bem dotado?".

Ela riu. "Isso quer dizer que fizemos sexo demais em pouco tempo e que... você não é exatamente pequeno".

"Wow! Posso gravar você dizendo isso?".

Ela jogou a almofada nele e saiu em direção ao banheiro.

Enquanto ela estava fora, House pediu comida chinesa para ambos, para ela a opção vegetariana.

Cuddy no banho era só sorrisos e um pouco de dor. Seu corpo estava sentindo as atividades recentes, então ela ficou um tempo na banheira relaxando. Essa coisa de engravidar naturalmente era mais divertido do que ela imaginou que seria.

Quando ela saiu do banho a comida já estava servida na mesa. Eles comeram como se não houvesse amanhã.

"Gostei desse bolinho". Cuddy falou com a boca cheia. Eles estavam sendo muito espontâneos e relaxados a essa altura.

"Pode comer a vontade, eu pedi dez deles".

"Dez?". Ela falou rindo.

"Precisamos repor as energias e esse bolinho é uma bomba calórica".

Ela riu e pegou outro bolinho.

"Você tem um violão aqui?". Ele perguntou curioso.

"Você andou mexendo nas minhas coisas, claro".

"Não, bem... Não estava exatamente escondido". Ele se justificou.

"Era do meu pai". Ela disse um tanto emocionada.

"Ele tocava?".

"Mal... Mas ninguém tinha coragem de dizer isso para ele". Ela falou sorrindo ao lembrar-se do fato.

"Posso tocar alguma coisa?".

"Nem sei se está funcionando".

"É só afinar...".

"Tudo bem".

House afinou o violão rapidamente. "É um bom violão".

Então ele começou a tocar e a cantar.

Yesterday
All my troubles seemed so far away
Now it looks as though they're here to stay
Oh, I believe in yesterday

Suddenly
I'm not half the man I used to be
There's a shadow hangin' over me
Oh, yesterday came suddenly

Why she had to go, I don't know, she wouldn't say
I said something wrong, now I long for yesterday

Era tão suave que Cuddy estava encantada e aplaudiu ao final.

"O violão é ótimo, você deveria dar mais vida a ele, os instrumentos sentem falta de serem bem tratados".

"Eu não sabia que os instrumentos tinham consciência". Ela o provocou.

Ele sorriu e a carregou no colo.

"House me solte! A sua perna". Ela protestou rindo.

"Minha perna está bem".

Ele a jogou na cama e subiu sobre ela a encarando. Ambos ficaram assim por alguns segundos antes dele iniciar o beijo longo.

De repente o telefone dele tocou.

"Você não vai atender? Pode ser do hospital".

"Não é como se minha chefa visse que eu estou ignorando uma chamada". Ele falou bem humorado e a beijou novamente.

O telefone insistiu.

Ele bufou e atendeu.

"House".

"House, onde você está? Estamos ligando na sua casa há tempos". Era Cameron.

"É final de semana e eu estou de folga. Viajando...".

"Viajando pra onde?". Cameron perguntou surpresa.

"O que você quer?". House a cortou.

"Temos um potencial paciente".

"Potencial?".

"Ainda não é certeza...".

Ele a cortou. "Então quando tiverem certeza me liguem, antes disso façam todas as avaliações prévias". E desligou.

"Quem era?". Cuddy perguntou curiosa.

"Cameron. Ela deve ter sentido meus hormônios de longe e está com ciúme, pois não estão direcionados a ela".

Cuddy ficou muda, ela sentiu muito ciúme.

"Cameron ainda gosta de você?". Ela perguntou depois de alguns segundos.

"Sempre!". Ele respondeu e começou a beijá-la novamente. Mas algo no coração de Cuddy estava balançado, ele estava lá só para engravidá-la, logo acabaria e ela... Ela sentiu que não queria que esse final de semana terminasse nunca.


Música do capítulo:

Yesterday – The Beatles