Agradeço os comentários carinhosos e incentivadores. Sugestões são sempre bem vindas!
Capítulo 07 – A realidade
A minha vida eu preciso mudar
Todo dia pra escapar
Da rotina, dos meus desejos
Por seus beijos
Dos meus sonhos
Eu procuro acordar
E perseguir meus sonhos
Mas a realidade
Que vem depois
Não é bem aquela
Que planejei
Eu quero sempre mais
Eu quero sempre mais
Eu espero sempre mais
De ti
Por isso hoje
Estou tão triste
Por que querer está
Tão longe de poder
E quem eu quero
Está tão longe
Longe de mim
Música: Eu quero sempre mais – Ira, Pitty
"House, acorde, precisamos ir trabalhar". Cuddy o chamou segunda-feira às seis horas da manhã.
"Seis horas da manhã, quem se levanta às seis horas da manhã?".
"Eu. Você também deveria...".
"Podemos dormir mais uma horinha...".
"Eu vou fazer ioga".
"Não... você não precisa. Você já fez muito exercício esse final de semana".
Ela balançou a cabeça com o comentário dele e ia se levantando.
"Ei... Ainda temos nosso sexo matinal do quarto dia fértil".
"Eu vou me atrasar...".
"Então substitua o ioga pelo sexo. Muito mais calorias envolvidas e satisfação garantida".
Ela riu. "Ou o meu dinheiro de volta?".
"Você sabe que Gregory House não decepciona desde 1987". Ele disse e ela riu alto.
"Então vamos otimizar isso, precisamos de um banho, vamos tomar um banho juntos". Cuddy propôs.
"Gosto da forma como você pensa". Ele falou e levantou-se rapidamente para acompanhá-la.
Entraram no chuveiro juntos e ele a beijou suavemente, envolveu o corpo dela com os braços a trazendo para mais perto.
"Deixe eu te ensaboar?". Ele pediu.
"Essa é uma de suas fantasias, não é?".
"Com certeza".
Ela riu.
Ele começou a passar sabonete liquido pelo corpo dela muito delicadamente.
"House, não que eu não esteja apreciando o processo higiênico, mas precisamos nos apressar".
"Nada que é feito com pressa é bom".
Ela riu novamente. Mas ele acelerou o processo e fizeram sexo em pé no chuveiro. Ele estava muito preocupado com a sustentação dado ao problema em sua perna, mas ela o ajudou e foi muito bom. Ao final ele estava sentindo-se orgulhoso por conseguir fazer sexo dessa maneira depois de tanto tempo, e ela estava atrasada para uma reunião, mas muito satisfeita.
"Eu ainda estou marcada no pescoço". Ela reclamou enquanto se vestia.
"É só colocar uma gola alta". Ele falou se enxugando.
"Simples assim... Eu vou deixar uma marca em você pra você ver se é bom".
"Não sendo no meu pênis, pode fazer o que quiser, a menos que você queira deixar uma marca de batom no meu pau, aí eu até vou gostar". Ele disse e jogou a toalha molhada na cama dela.
Cuddy pegou a toalha de volta e arremessou contra ele.
"Ai!". Ele reclamou.
"Minha casa, minhas regras". Ela disse divertida. "Não se atrase ou eu deixarei uma marca no seu pênis, e não será uma marca boa".
Ele sorriu. Ele estava feliz.
Cuddy chegou ao hospital e parecia que tudo estava diferente de quando ela saiu sexta-feira passada. Nada mudou no hospital, mas ela... Ela teve um final de semana fantástico com um homem sexy como o inferno. O problema é que esse homem era Gregory House. Isso a apavorava. Como ele se comportaria no hospital depois de tudo? Ela tentou evitar tais pensamentos e se ocupou com as tarefas diárias.
Duas horas depois Wilson a encontrou no refeitório.
"Olá".
"Ei!". Ela respondeu risonha.
"Como foi o seu final de semana?".
"Ótimo. E o seu?". Cuddy não conseguia conter o sorriso.
"Aparentemente não tão bom quanto o seu". Ele disse e ela corou. "O que você fez? Você está... radiante".
"Eu... saí com um amigo".
"Amigo? Sei! Você está muito feliz para ter sido só um amigo".
Ela sorriu e tentou encerrar o assunto. "Eu tenho que ir, me lembrei agora de uma reunião e preciso me preparar".
"Não fuja do assunto". Wilson disse.
Ela virou-se para ele. "House já chegou?".
"Não que eu saiba".
Cuddy nada respondeu, ela saiu com um rosto enigmático.
Wilson ficou desconfiado e assim que House pisou no hospital ele foi até a sala dele para compartilhar as novidades.
"Ei Jimmy, eu acabei de entrar e você já está aqui?". House reclamou bem humorado. "Isso que é amor".
"Você não sabe da última novidade...".
"O que? Você está saindo com alguma outra enfermeira carente?".
"Cuddy".
House parou na hora e o encarou.
"O que tem Cuddy? Eu sei que você não está saindo com Cuddy...".
"Cuddy teve um encontro quente nesse final de semana".
"E o que ela te falou?". House perguntou surpreso.
"Nada".
House continuou o encarando.
"Ela está sorrindo a toa, ela está distraída, até meio... boba". Wilson disse e House riu.
"Você não está curioso?". Wilson perguntou.
"Jimmy... Eu tive um encontro quente, Cuddy teve um encontro quente, e você?".
"Eu... eu...".
"Acho que você precisa selecionar melhor suas enfermeiras". House falou bem humorado "Pelo visto suas últimas escolhas não sabiam muito bem como brincar com o Pequeno Wilson.
"Vá se foder!". Wilson disse irritado.
House riu.
"Você realmente teve um encontro quente esse final de semana. Para chegar em plena segunda-feira de bom humor e não se importar com uma fofoca nesse nível...".
"Eu tenho mais o que fazer. Ou talvez... Quem fazer". Ele disse sorrindo.
"Com quem você esteve esse final de semana? Não pode ser uma prostituta para você estar assim...".
"Eu não paguei pelos serviços, na verdade... eu recebi almoços e jantares de graça, tecnicamente eu fui pago...". House falou dramático.
"Quem ela é?". Wilson estava muito curioso.
"Jimmy, Jimmy... Eu não posso dizer o nome da Deusa do Ébano".
Nesse momento o time de House entrou.
"Ei... Você está de volta depois do fim de semana de sexo quente". Chase falou bem humorado.
"Eu nem conto detalhes para vocês senão vocês ficariam com muita inveja". House respondeu.
"Eu não tenho inveja de sexo com prostitutas". Foreman desmereceu.
"Deus, perdoe ele, pois Foreman não sabe o que diz". House falou e Chase riu.
"Nós sabemos que você está inventando tudo isso". Cameron disse.
"Deus, perdoe ela, pois é tão inocente". House falou. "Onde estão os resultados dos exames do paciente que não consegue respirar?".
"Como você sabe?". Foreman perguntou.
"Deus fala comigo desde sexta-feira a noite". Ele respondeu piscando. "Agora me tragam logo os exames".
"Os resultados vão estar prontos em poucos minutos". Cameron respondeu.
"Ótimo, tempo para um café". Ele disse e saiu da sala sozinho e cantando.
"Com certeza ele teve sexo fantástico nesse final de semana, e não foi com prostitutas". Chase concluiu.
"Definitivamente não foi". Wilson concordou.
"Ele parece até... apaixonado". Chase falou para Wilson.
"Que absurdo! Ele está manipulando todos nós". Cameron contestou.
"Eu não estou nem aí, vou buscar os resultados dos exames antes que ele volte". Foreman disse e saiu para o laboratório.
Após o almoço Wilson voltou a sala de Cuddy para que ela autorizasse um procedimento em um de seus pacientes, mas aproveitou para tentar investigar um pouco mais sobre a felicidade dela.
"O sujeito com quem você esteve no final de semana foi o mesmo que te enviou as flores?".
Cuddy parou e o encarou sorrindo. "Wilson, eu sei que você é um dos seres mais curiosos desse hospital, mas por respeito a mim, você consegue não perguntar mais nada sobre minha vida privada?".
"Eu não sabia que era um segredo. Agora você está toda misteriosa, House todo misterioso... Espere!".
Cuddy gelou. Ele descobriu, também, era muito óbvio.
"Meus dois amigos estão envolvidos com alguém e nenhum deles quer me falar a respeito, o que isso diz a meu respeito?".
Cuddy respirou aliviada e surpresa por ele não ter ligado os pontos.
"House está envolvido com alguém?". Ela disfarçou.
"Por mais incrível que pareça. E dessa vez não é uma prostituta".
"Como você tem certeza disso?". Cuddy perguntou curiosa.
"Porque ele está agindo diferente, definitivamente não é uma prostituta, é alguém com quem ele se importa".
O coração de Cuddy acelerou em seu peito e ela deve ter corado porque sentiu seu rosto esquentar.
"Quem sabe assim ele se torna uma pessoa menos amarga". Ela tentou disfarçar.
"Por que meus dois amigos não querem se abrir comigo?".
"Talvez porque eles precisem de um tempo para entenderem tudo, respeite isso". Cuddy falou.
Wilson saiu pensativo.
Mais tarde naquele dia House bateu na porta da sala de Cuddy.
"Pode entrar". Ela respondeu sem saber quem era.
"Boa tarde Deusa do Ébano. Como foi o seu digníssimo almoço real?".
"Você batendo na minha porta?". Ela disse abrindo um largo sorriso quando o viu. Ficar o dia todo longe dele a fez sentir saudades.
"Eu não quero irritar minha chefa gostosa".
"House! Aqui não...".
"Ninguém ouviu, só estamos nós aqui. Ou... o seu amante está no banheiro?".
"Nós não temos um relacionamento, logo eu não teria um amante...".
"Faz sentido".
"Como está o seu paciente?".
"Respirando. Já é grande coisa".
"Sério, como ele está?".
"Não faço a menor ideia do que ele tem, mas essa é a graça, certo? Caso contrário ele não seria meu paciente".
"House...".
"Estamos fazendo testes ainda".
"Você conseguirá sair essa noite?". Cuddy estava ansiosa por isso.
"Fique tranquila madame, eu sairei nem que seja apenas para uma rapidinha".
Ela balançou a cabeça sem acreditar que estava tendo aquela conversa, isso seria totalmente impensável dias atrás.
"Te vejo as oito na sua casa?". House perguntou.
"As oito parece bom". Cuddy confirmou.
"Você disfarçou bem, não dá para notar a marca no seu pescoço". House disse antes de sair.
O resto da tarde Cuddy passou com um misto de sentimentos que ia de ansiedade, medo, incomodo, felicidade e dúvida. Aquela história estava mexendo com ela mais do que ela queria.
Quando finalmente a hora chegou, ela se viu vestida com uma calça jeans e uma blusa justa e a janta pronta no forno. House chegou cinco minutos atrasados.
"Desculpe pelos cinco minutos de atraso, eu sei que você preza pela pontualidade". Ele falou bem humorado.
"Tudo bem". Ela disse enquanto abria a porta para ele.
"Eu até poderia chegar na hora certa, mas deixaria uma das minhas bolas sem lavar".
Ela balançou a cabeça. "Eu não quero ouvir isso...".
"Ah mas você é beneficiada diretamente por eu lavar e lustrar bem as minhas duas bolas".
"Muita informação desnecessária. A comida já está servida".
"Uh... Você fez lasanha?".
"Vegetariana".
"Sério? Quem perde tempo fazendo lasanha vegetariana?".
Ela riu. "Coma, você vai gostar".
Ele provou. "Até que não é totalmente horrível".
"Eu te falei".
"Mas se tivesse carne seria muito melhor".
Eles jantaram a lasanha e beberam vinho, riram, contaram piadas e quando terminou House se aproximou. "Você estava linda hoje, foi difícil não te agarrar no hospital".
Ela sorriu envergonhada.
"Mas agora...". Ele a puxou. "Eu posso fazer isso". E a beijou profundamente.
O coração de Cuddy saltou para a garganta. Era tudo o que ela queria também, ser beijada por ele.
Os beijos logo ficaram frenéticos e quando deram por si eles estavam na cama, ambos nus e House sobre ela.
Então ele passou a beijá-la por todo o corpo, ele adorava fazer isso, a deixar louca de desejo. Quando ele chegou a sua feminilidade ele a provocou, beijando as partes internas de suas coxas e nunca chegando ao alvo. Ela já gemia de antecipação, até que, minutos depois, ele finalmente chegou a sua vagina.
"Oh meu Deus House. Você é muito bom nisso!".
Ele sorriu enquanto trabalhava sua língua nela.
"Oh... Deus!.
Então, antes dela chegar ao clímax, ele se retirou e a penetrou lentamente. O ritmo no início foi lento e acelerou gradativamente até chegar a um ponto onde eles não controlavam mais nada, deixaram-se levar pelo desejo e pelo instinto.
Foi selvagem, louco, alucinado e apaixonado. Ao final estavam ofegantes e satisfeitos.
"Isso foi... intenso". Cuddy falou com dificuldade.
"Nós somos bons assim". House respondeu arrogante e a segurou apertada contra o seu peito.
Em poucos minutos eles estavam dormindo profundamente, até que, próximo das duas horas da manhã o telefone de House tocou, era seu time, o paciente havia piorado.
"O que foi?". Cuddy perguntou sonolenta.
"Tenho que ir...".
"Agora?".
"Meu paciente piorou".
"Oh...". Ela respondeu triste, pois não queria perder a companhia dele.
"Sinto muito". Ele falou levantando-se. "Mas eu sou um médico que salva vidas, sabe como é...". House tentava manter o bom humor, mas tudo o que ele queria era passar aquela noite com ela.
"Você está bem para dirigir?". Cuddy perguntou preocupada.
"Fique tranquila e volte a dormir, já que você pode. Eu vou tomar um banho rápido e ir para o hospital".
"As toalhas ficam...". Ela dizia quando foi interrompida.
"No armário do banheiro. Eu sei!".
Ele disse e entrou no banheiro fechando a porta atrás de si.
O coração de ambos doía com a ideia do afastamento, mas isso não podia ser, era só sexo. Não era?
Terminado o banho ele se aproximou de Cuddy e a beijou suavemente antes de partir. Cuddy teve ímpetos de chorar, mas reprimiu o sentimento sem sentido, ele estava indo trabalhar, nada além do normal. Ainda assim ela se permitiu pegar o travesseiro dele e abraçar apertado para sentir o cheiro de House e tentar adormecer.
Continua...
