Capítulo 11 – Vamos fugir desse lugar?

Vamos fugir deste lugar, baby!
Vamos fugir
Tô cansado de esperar
Que você me carregue

Vamos fugir
Pra outro lugar, baby!
Vamos fugir
Pra onde haja um tobogã
Onde a gente escorregue

Todo dia de manhã
Flores que a gente regue

Música: Vamos Fugir - Skank


Em pouco mais de vinte minutos House estava na porta dela.

"Você veio voando?". Ela disse quando abriu a porta.

"Com a moto eu não fico parado no transito". Ele explicou, mas louco para empurrá-la para dentro da porta e beijá-la contra a parede.

"Essa moto é um perigo!". Cuddy disse preocupada.

"Você é mais perigosa". Ele falou espontaneamente e Cuddy se surpreendeu com aquilo.

"O que você quer dizer?".

"Posso entrar?".

"Claro". Ela deu espaço para ele passar.

"Como tem sido o seu sábado?". House mudou de assunto propositadamente.

"Fiz bastante coisa pela manhã. E você?".

"Não fiz nada útil".

Ela riu.

De repente, sem aviso, os dois se atracaram no meio da sala. Não dava pra dizer quem começou. Beijos, beijos e mais beijos. Mãos, línguas, pernas, seios. Logo eles estavam no sofá, Cuddy o montando de forma selvagem.

"Oh... eu senti falta disso". House gemeu.

"Eu também". Cuddy concordou.

O ritmo estava ficando descontrolado e a única coisa que se podia ouvir, além dos gemidos, era o som das bolas de House batendo na vulva de Cuddy. Era muito erótico.

House pegou os seios dela com as duas mãos e apertou, Cuddy estava apoiando-se nos ombros dele. De repente House largou os seios e pegou os quadris dela acelerando os movimentos.

"House... eu não vou... durar".

"Nem eu!".

"Você vai me encher com o seu esperma?".

"Eu vou te encher tanto... Ohhhhhhhhh".

E eles chegaram ao clímax.

"Eu adoro quando você fala assim". House disse ainda ofegante.

"Assim como?". Ela perguntou se fazendo de desentendida.

"Linguajar de sacanagem".

Ela sorriu e se aninhou nos braços dele. Depois ficaram deitados no sofá acariciando um ao outro.

"Você sabe que terá que ir comigo para o casamento de minha prima, não sabe?". Cuddy perguntou.

"Então foi por isso que você me ligou hoje?". House a provocou.

"Claro que não". Ela respondeu abruptamente.

"Quando será esse evento?". House falou sarcástico.

"Daqui a duas semanas".

"Onde?".

"Kendalville, Indiana".

"Caramba! Tão longe?".

"Pois é".

"Você tem mesmo que ir nisso?".

"Sim". Cuddy respondeu desanimada.

"Isso não está no nosso acordo, eu posso simplesmente não ir". Ele respondeu.

"Pode, mas... Eu posso simplesmente desistir do acordo a qualquer hora".

"Isso é chantagem?".

"Com certeza".

Ele sorriu. Ele gostava muito dessa mulher, mais do que deveria. Mais do que seria saudável e seguro.

"Tudo bem, eu só vou porque será muito divertido".

"House, nem pense em me fazer passar vergonha". Ela levantou a cabeça para o encarar.

"Você não me conhece?". Ele perguntou dramático.

Cuddy deveria estar apavorada, mas por alguma razão ela não estava. Na verdade ela estava muito ansiosa por isso.

Dormiram. Alguma hora da noite House acordou e Cuddy estava calada.

"O que aconteceu?". Ele perguntou enquanto colocava a boxer.

"Eu... eu estou menstruada".

"E isso é motivo para tristeza?".

"House... Não deu certo. Eu não engravidei".

House então se lembrou do plano da gravidez, ele havia se esquecido completamente, afinal, ele tinha certeza de que isso nunca aconteceria.

"Mas foi só o primeiro mês, dê tempo aos meus garotos". Ele disse tranquilo.

"Você acha mesmo?". Cuddy perguntou em dúvida.

"Claro. Você quer jantar algo especifico?".

"Qualquer coisa saudável".

House bufou e ela riu satisfeita. Ela adorava provocá-lo.

Mais tarde, após o jantar, House se aproximou de Cuddy com intenções maliciosas.

"House não, eu estou menstruada". Ela chamou a atenção dele.

"E daí?".

"E daí?". Ela estava surpresa.

"É só sangue. Eu sou médico, sangue não me assusta".

"Ainda é um 'não'".

"Podemos fazer no banho, embaixo do chuveiro".

"Não House, nós não faremos nada nos próximos dias".

"Você nunca fez sexo menstruada?".

"Nunca e é nojento".

"Eu não acho. Posso usar preservativo".

"Você não consegue ficar alguns dias sem sexo? Ah, você só está aqui pra isso, eu me esqueci. Se quiser você pode ir, já que eu não terei mais utilidade pelos próximos dias". Cuddy falou nervosa.

House foi até a cozinha, Cuddy pensou que ele tinha ido embora de fato e então ela começou a chorar.

Ele voltou com um pote de sorvetes que pegou no freezer e um lenço de papel.

"Nada melhor do que sorvete para os hormônios femininos". Ele entregou o pote para ela e o lenço também. "Agora chega pra lá que eu preciso esticar as pernas".

Ela deu espaço e ele se deitou no sofá a puxando contra o seu peito.

"Vamos ver alguma comédia senão você vai me encher de lágrimas".

Cuddy sorriu surpresa.

Assim ficaram nas próximas horas, assistindo a um programa bobo na televisão e rindo dos convidados e apresentadores.

Antes de dormir, House tomou um banho e deitou-se ao lado dela. Cuddy se aninhou no peito dele e dormiu profundamente.

'O que eu estou fazendo?', House perguntou para si mesmo. Ali ele notou que algo não estava bem, ele estava feliz só por estar perto dela, sem sexo, sem nada...


O domingo correu da mesma maneira, eles ficaram juntos e sem sexo. Assistiram a televisão, jogaram, House tocou o violão que pertenceu ao pai de Cuddy, fizeram almoço e, ao final do dia, Cuddy insistiu para assistir a uma comédia romântica.

"Esses filmes são tão chatos". House relutou.

"Melhor do que o filme de serial killer que você me fez assistir".

Ela ficou nos braços dele assistindo ao filme e, pela primeira vez em anos, sentiu que não era impossível viver uma história assim. Ela estava feliz, muito feliz e isso a apavorou.


Segunda-feira pela manhã Cuddy foi trabalhar e House voltou para a sua casa, ele iria trocar de roupa para ir trabalhar, obviamente ele chegou atrasado.

"Ei sumido!". Era Wilson.

"E aí Jimmy? Como está?".

"Você passou o final de semana todo com a Deusa do Ébano?" Wilson fez uma cara de dúvida "Você precisa me dizer o nome dela, é estranho chamá-la assim".

"Sim e não".

"O quê?". Wilson perguntou confuso.

"Sim, eu passei o final de semana com a Deusa do Ébano. Não, eu não vou te dizer o nome dela".

"Mudando de assunto". Wilson falou abruptamente. "Algo aconteceu. Algo sério".

"Onde? Como? Por quê?".

"Cuddy, ela está muito irritada. Ela ligou o modo administradora máster".

"Uh...". House disse isso e saiu deixando Wilson sozinho.

De fato Cuddy estava elétrica ao telefone e em reuniões durante todo o dia, eles mal se falaram. À noite Cuddy disse que não conseguiria voltar tão cedo, pois ela não tinha hora para encerrar o seu expediente. E assim foi nos próximos dois dias. Mas na quarta-feira House decidiu fazer algo a respeito.

"Você não tem descansado, não tem dormido, nada além de trabalhar...". Ele invadiu a sala dela.

"Eu estou com um enorme problema, como você acha que eu dormiria?".

"Descansar ajuda a mente a resolver problemas".

Ela riu nervosa.

"Me diz qual o problema e talvez eu possa ajudar". House perguntou curioso.

"Não, não posso é confidencial".

"Vamos Cuddy, você não confia em mim? Estamos tendo... fazendo... isso e eu não contei a ninguém. Isso não é prova o suficiente?".

Ela respirou fundo. "Tudo bem, eu preciso mesmo falar com alguém que não seja do conselho".

"Wilson sabe então?". House perguntou surpreso.

"Não, só as três primeiras posições do conselho sabem".

"Tudo bem, sou todo ouvidos". Ele disse e sentou-se.

"Eu vou perder a ala psiquiátrica".

"Você?".

"O hospital". Ela corrigiu. Era difícil para Cuddy não encarar o hospital como o seu filho.

"Por quê?".

"O orçamento está no limite e eu não tenho dinheiro para contratar mais dois psiquiatras e sem isso não conseguiremos manter todos os turnos cobertos. Teremos que fechar a ala inteira".

"Você não tem como mandar alguns inúteis embora e contratar dois psiquiatras? Por exemplo... alguns inúteis da pediatria".

"Eles não são inúteis".

"Você deve ter uns cinquenta pediatras e eles ficam todos assistindo a televisão e fazendo coisas... Principalmente aquele Nick".

"É Mick". Ela o corrigiu.

"O que for, mas ele é inútil. Ele só está aqui para forçar as residentes a sair com ele".

"O quê?". Cuddy perguntou surpresa.

"Ninguém te contou? Claro que não... Todos tem medo da chefa".

"House!".

Ele contou todas as fofocas e polemicas envolvendo Dr. Mick.

"Oh meu Deus isso é grave. Porque ninguém me contou?".

"Medo? Ele ameaça as residentes jovens, quem iria falar com a reitora?".

"Temos que apurar isso".

"Aí você terá o seu orçamento". Ele falou empolgado.

"Isso levará tempo. É um processo longo de levantamento de evidencias, entrevistas...".

"Então demita outro inútil por razões profissionais. Tem muitos deles nesse hospital".

Cuddy teve uma epifania. Ela sorriu para ele e saiu da sala.

"Espero que isso resulte em sexo no futuro". House falou alto enquanto ela saia.

Cuddy passou o próximo dia resolvendo os detalhes e ocupada, mas o semblante dela já era diferente. Na quinta-feira ela mandou uma mensagem para House.

Obrigada pela ajuda e desculpe não te agradecer antes, estive ocupada. C

Ele sorriu e respondeu de volta.

Nada que um bom sexo não pague. Hoje as oito?

As oito horas House chegava na casa dela.

"Essa sua casa é como se fosse um portal, o oásis do desejo". Ele chegou dizendo e ela riu.

"Como você resolveu o problema?". House perguntou curioso.

"Você me inspirou dizendo para eu cortar coisas inúteis".

"Eu não disse bem isso. Eu falei pessoas inúteis".

"De qualquer forma me ajudou".

"Tudo bem, você quer fazer uma pausa dramática? Quer que eu implore por respostas mais claras?".

"Desviei o orçamento destinado a compra de televisores, monitores e laptops novos para a contratação dos profissionais de psiquiatria".

"Ah não! E eu te ajudei com isso?". House falou em pânico.

Ela riu.

"Isso não é inútil de nenhuma forma".

"A contratação dos profissionais era urgente, isso não".

"Eu vou ter problemas psiquiátricos sem televisores novos".

"Bom que agora você terá dois novos profissionais para te atender". Ela falou sarcástica.

House bufou.

"Você entende o que aconteceu? Você me ajudou e eu... estou feliz e quero retribuir". Ela se insinuou maliciosa.

"Essa é a primeira boa parte de tudo o que você disse até agora".

Ela riu e se aproximou dele.

Fizeram sexo nada tranquilo, foi selvagem e apaixonado. Ao final House, que a abraçava forte, falou.

"Você precisa descansar depois de todo esse stress".

"Eu não posso tirar férias agora".

"Você nunca pode, nunca te vejo de férias".

"Não é isso...". Ela ia dizendo, mas House a interrompeu.

"Um final de semana então".

Ela ficou pensativa.

"Quer fugir comigo no próximo final de semana?".

Continua...