Capítulo 13 – Honey

Honey, honey - how you thrill me, aha, honey honey
Honey, honey - nearly kill me, aha, honey honey
I'd heard about you before
I wanted to know some more
And now I know what they mean
You're a love machine
(Oh, you make me dizzy)

Música: Honey, Honey – Abba


A próxima semana passou voando e House e Cuddy mal tiveram tempo para estarem juntos. Ele estava ocupado com uma paciente e ela ocupada com questões administrativas. Cuddy precisou trabalhar até muito tarde todos os dias para adiantar tudo e estar liberada para a folga de quatro dias, já que o casamento de sua prima aconteceria no próximo final de semana. Eles viajariam quinta-feira à noite e voltariam ao hospital somente na terça-feira seguinte.

House a encontrou na cafeteria e sentou-se junto dela.

"É mais fácil eu encontrar o Bono para um café do que você".

Ela sorriu feliz em vê-lo, ela estava com saudades. "Eu estou muito ocupada adiantando tudo para podermos viajar quinta-feira".

"Vamos viajar juntos por quatro dias, como vamos explicar isso para os seus súditos no reino de Princeton?".

"Você irá tirar algumas folgas e eu estarei em algumas reuniões chatas com os sócios do hospital". Cuddy respondeu.

"Com certeza você já pensou em tudo, mas isso vai convencer? Eu ligaria os pontos facilmente... Mas também o meu QI é mais alto do que o de qualquer um de seus funcionários".

"Não sei se isso vai convencer, mas é o que é".

House estranhou, ela deveria estar mais preocupada.

"O que me surpreende é você não se importar se o reino de Princeton cairá sobre nós".

Ela sorriu e terminou o seu café. "Esse café está muito amargo e eu preciso ir". Cuddy tocou sutilmente a mão dele e levantou-se.

"Não se esqueça de levar um terno e gravata". Ela disse antes de sair.

Cuddy estava estranha, definitivamente. Ele pensou.

Mais tarde Wilson encontrou House.

"Hei, vamos tomar uma cerveja amanhã à noite?".

"Não posso, estarei fora da cidade".

Wilson estranhou. "O que você quer dizer".

"Viajo hoje à noite para Indiana".

"O que você fará lá?".

"Preciso conhecer a família da Deusa do Ébano. Tem algum evento chato e eu estou sendo obrigado a comparecer".

"Wow, isso está mesmo sério". Wilson disse surpreso. "A família dela é de Indiana?".

"Parte da família mora lá".

"Eu não pensei que existiam lhamas em Indiana". Wilson falou sarcástico.

"Eram alpacas". House respondeu sério e saiu.

"Ei, mande uma foto real da Deusa do Ébano dessa vez. Você está escondendo tanto que eu já imagino uma mulher horrível". Wilson falou alto. "Se é que é realmente uma mulher...".

House sorriu e não respondeu. Quem dera ele pudesse falar.


O casal estava no avião a caminho de Indiana.

"Tenho que te dizer algumas coisas, eu só estou indo porque fui coagida, caso contrario eu fugiria de lá com todas as minhas forças". Cuddy começou. "Alguns membros de minha família são muito tradicionais, ouça bem o que eu digo: Muito tradicionais".

"Somando o seu desespero em ter que ir a esse evento, e mais o fato de que conviveremos com judeus tradicionais... interessante até agora". House respondeu.

"Minha mãe não é nada fácil, ela acha que minha irmã tem a vida que toda mulher judia deveria ter: marido e filhos. Eu sou a filha rebelde que fugiu dos caminhos tradicionais".

"Resumindo: Você é a interessante e sua irmã é a chata". House falou e Cuddy riu.

"Minha irmã, Julia, é muito legal, mas dá muito valor ao casamento e a família. Ela não consegue entender minha vida, as minhas escolhas. Os filhos dela são uns amores, sobretudo Cali, eu me dou muito bem com essa menina, ela pensa como eu...".

"Julia terá uma mini Cuddy em casa? Legal!".

"Meus tios têm uma casa bastante grande em Kendaville, ficaremos com eles".

"O quê?". House quase gritou no avião. "Pensei que ficaríamos em um hotel, só nós dois".

"Minha família jamais aceitaria isso. Tradicionais... Lembra?".

"E você só me diz isso agora?".

"Claro".

"Por quê?".

"Porque se eu dissesse antes eu sabia que você relutaria em vir".

Ele riu. "Lá eu devo me comportar como o seu namorado ou como um estranho que você encontrou em um bar?".

"Claro que como o meu namorado".

Ele sorriu malicioso. "Isso inclui beijos e amassos?".

"House, é minha família".

"Então me diga como namorar com uma integrante de uma família judaica tradicional porque eu nunca tive essa experiência".

"Nada de beijos e amassos em publico".

"Uh, então eu posso pegar a sua mão, mas não posso beijar a sua boca?".

"Basicamente isso".

"E o seu pescoço?".

"Também não". Ela disse rindo.

"Basicamente é um namoro dos anos 300 antes de Cristo?".

Ela riu mais alto. "Comporte-se em publico e depois, quando estivermos só nós dois...".

"Eles vão nos deixar em um quarto juntos, certo?".

"Eu não sei. Como não somos casados eu não contaria com isso".

House quase pulou do avião em movimento. "Não, não! Eu não vou admitir isso. Eu não vou dormir no quarto do seu primo de quinze anos que acorda de madrugada para se masturbar".

"Eu não tenho um primo de quinze anos, fique tranquilo". Ela disse bem humorada.

"Você está bem com isso?". Ele perguntou em choque.

"Vamos ver como será".

"Não, eu quero combinar agora como será. Se eu não ficar junto de você nós dois vamos para um hotel, está entendido?".

Cuddy confirmou algo que ela já sabia, seria muito complicado um namorado como House e uma família como a dela.

"Eu vou me esforçar para que fiquemos juntos". Cuddy disse.

"É assim que se fala, querida". Ele respondeu e ela sorriu.

"Estamos juntos há um ano?". House perguntou e Cuddy ficou confusa.

"Para a sua família, diremos que estamos juntos há quanto tempo?".

"Seis meses?".

"Não sei... É sua família, você decidi".

"Seis meses".

"E somos tão íntimos que eu visto as suas roupas de baixo e você veste as minhas". House falou.

Cuddy franziu a testa confusa e olhou para ele com cara de 'o quê?'.

"Um detalhe para mostrar nosso grau de intimidade". House explicou.

"Sem detalhes, House". Ela falou.

"Eu também posso falar...".

"Não!". Ela o interrompeu.

"Eu estou vendo que será um final de semana prolongado bastante espontâneo". Ele disse sarcástico

Ela disfarçou, mas sorriu.

Quando chegaram ao aeroporto em Indianápolis eles pegaram um taxi até a casa dos tios de Cuddy em Kendalville.

"Sua prima é quem irá se casar e sou eu quem tenho que pagar a penitência". House reclamou, pois sua perna começou a doer com a longa viagem.

"Como está a sua perna?". Ela perguntou preocupada.

"Fique tranquila que eu não vou me empanturrar de Vicodin na casa de sua família, e nem vou tomar os comprimidos na frente deles".

Ela estava preocupada com isso realmente, mas não queria tocar nesse assunto delicado. "Obrigada. Mas eu realmente quero que me diga se sua perna doer demais, não quero que você fique em agonia".

"É muita bondade de seu coração". House falou sarcástico.

Entraram no taxi e Cuddy deitou sua cabeça no ombro de House. Ele estranhou, mas não perguntou nada e nem contestou, era bom senti-la assim tão perto dele.

Cuddy estava muito feliz por chegar a casa de seus tios acompanhada, geralmente ela nunca ia a esses eventos familiares por estar sempre sozinha e precisar ouvir as bobagens de seus tios, primos, mãe e irmã. Dessa vez era diferente, mesmo que não fosse totalmente real, e esse pequeno detalhe entristecia o seu coração.

Quando chegaram House se surpreendeu, realmente a casa era enorme.

"O que o seu tio faz para viver? Tráfico de drogas?".

"Ele é um ex-banqueiro aposentado".

"Ok, então está explicado".

Toda a família estava curiosa para conhecer o namorado de Lisa Cuddy, quem conseguiu domar aquele coração exigente e rebelde? Tantos já haviam tentado, seria esse mais um dos promissores pretendentes, ou ele teria algo diferente?

Assim que desceram do carro todos os parentes foram para fora da casa para recebê-los.

"Tudo bem, imagino que todos os mil moradores da cidade estejam hospedados na casa do seu tio". House falou pegando as malas.

"Eu disse que minha família é tradicional, eles nunca ficariam alheios à chegada de um namorado de alguém". Cuddy explicou baixo e corando de vergonha por aquela situação. Ela sentiu-se como uma adolescente novamente que leva o seu primeiro namorado para casa.

"Boa noite, pessoal! Esse é Gregory House". Cuddy o apresentou a todos.

"Muito prazer, Gregory House!". A maioria respondeu em coro enquanto alguns fofocavam entre si.

"Estou me sentindo muito à vontade como no ensino médio". House cochichou para Cuddy.

"Deixe minha filha e o seu namorado entrarem, devem estar cansados pela viagem". Arlene disse se aproximando dos dois.

"Venham, temos comida". Arlene os guiou até a cozinha.

"E você falou mal de sua mãe? Até agora ela só me fez bem: Livrou-me dos seus parentes loucos e me ofereceu comida". Ele falou baixo para ela.

"Espere e verá!". Cuddy respondeu.

"Bem, todos os quartos estão ocupados atualmente e vocês não terão onde ficar". Arlene falou.

"Tudo bem, podemos ir para um hotel". House falou sentindo a oportunidade.

"Jamais!". Sarah, a tia de Cuddy chegou na sala dizendo.

"Então vocês dormirão na sala de estar do anexo. Eu deveria colocá-los em quartos separados, mas sei que os namoros atuais envolvem safadeza e que vocês devem transar feito coelhos". Arlene disse e todos os presentes riram alto.

"Mamãe!". Cuddy chamou a atenção dela corando.

"Não estou falando nada errado, suponho...". Arlene continuou e Sarah também estava envergonhada.

"Eu ainda penso que podemos ir para um hotel". House se intrometeu e Cuddy pegou a mão dele e apertou forte como um sinal de alerta.

"Nada de hotéis! Traremos colchões para vocês dormirem, as coisas de vocês podem ficar no closet e vocês ficarão a vontade lá para se vestirem. Também tem um banheiro aqui perto, no corredor principal do anexo". Sarah disse solicita.

"Desculpe a ignorância, mas... O que é um anexo dentro de uma casa?". House perguntou confuso.

"É como se fosse uma segunda casa dentro da casa principal". Sarah explicou.

"Oh". House respondeu confuso. Aquela casa imensa tinha outra casa dentro?

"Eles vão dormir juntos? Eu também quero dormir com a minha namorada então". Joseph, primo de Cuddy falou.

"Ela já é velha". Outro primo disse fazendo House rir e Cuddy corar, mas de irritação.

"Mas ela é uma velha senhora solteira". Joseph falou. "Não deveria dormir com um homem".

"Ok, Ok, vamos apresentar a casa para Gregory, talvez para Lisa também já que ela não vem aqui há anos...". Saul, o tio de Cuddy disse com uma pitada de ironia.

Ela pegou a mão de House novamente enquanto seu tio apresentava a casa para eles. A casa era tão grande que levou cerca de vinte minutos. Quando a apresentação terminou eles foram jantar, mas Arlene, Julia e Sarah fizeram questão de sentar-se a mesa com eles.

"Você é médico também, certo?". Arlene começou.

"Mamãe, nós estamos cansados e jantando, podemos conversar melhor amanhã?".

"Claro que não. Eu estava tão ansiosa por isso". Arlene admitiu.

"Sim, House é médico". Cuddy respondeu.

"House?". Sarah perguntou confusa.

"Esse sou eu. Gregory House".

"Mas por que você o chama de House e não de Gregory ou Greg, ou mesmo de amor? Baby?". Julia perguntou intrigada.

"Porque nos conhecemos assim e mantemos isso". Cuddy respondeu desconfortável.

"É estranho. Aqui você o chamará de Greg". Arlene decretou.

"Mamãe, eu o chamarei do que eu quiser". Cuddy falou se irritando.

"Só para que conste, eu a chamo de honey". House falou.

"Ohhh". As mulheres todas suspiraram.

Cuddy olhou para ele confusa.

"Não é honey?". House falou pegando a mão dela sobre a mesa.

"Está vendo Lisa? Você precisa ser mais carinhosa". Sarah disse.

"Tia Lisa!". Cali chegou feliz.

"Oi querida!". Cuddy a cumprimentou.

"Esse é o seu namorado?".

"Sim, esse é H... Greg". Ela falou e House riu.

"Olá pré-adolescente que eu não conheço". Ele falou e a jovem riu.

"Eu sou Cali, sobrinha dela".

"Uh... Muito prazer Cali, sobrinha de Lisa Cuddy vulgo honey".

A garota riu novamente. "Ele é engraçado, e alto".

"Sim, ele é". Cuddy disse.

"Por que você usa uma bengala?". Arlene perguntou curiosa e levou um cutucão por baixo da mesa de Sarah.

"O que foi Sarah? Ele será meu genro, tenho o direito de perguntar".

Cuddy engasgou com a comida quando ouviu a palavra 'genro'.

"Eu tive um infarto no músculo da perna". House explicou.

"Infarto não é no coração?". Arlene perguntou em dúvida.

"Infelizmente não só...". House respondeu querendo mudar de assunto.

"Qual é a sua especialidade medica?". Julia perguntou.

"House é um Diagnosticador especialista em Doenças Infeccionas e em Nefrologia". Cuddy respondeu.

"House?". Arlene perguntou.

"Greg". Cuddy respondeu.

"Wow, duas especialidades, você deve ser bom". Cali falou.

"Ele é o melhor médico do hospital". Cuddy respondeu orgulhosa.

"Ela diz isso porque me ama". House falou. "Não é honey?".

Cuddy corou. House estava se divertindo.

"Ohhhh". As mulheres suspiraram novamente.

"Vocês estão bronzeados". Arlene observou.

"Fomos para a praia no final de semana passado". Cuddy explicou.

"Ah, então agora você não vive só de trabalhar?". Arlene perguntou admirada.

Cuddy ficou levemente vermelha de raiva pelo comentário de sua mãe.

"Vocês devem estar cansados, já é tarde. Vamos trazer as coisas para vocês dormirem, já que amanhã iremos a uma excursão para Little Long Lake". Sarah disse se levantando para providenciar tudo.

"Onde é Little Long Lake?". House perguntou curioso.

"Um rio aqui perto, faremos piquenique lá". Cali respondeu.

"Que interessante". House foi sarcástico.

Cali riu.

Depois de algum tempo dois colchões estavam no chão bem como roupas de cama. Eles tomaram um banho antes de dormir, separadamente, claro, apagaram a luz e deitaram.

"Vamos juntar os colchões". House falou.

"Melhor não". Cuddy respondeu.

"Eu não vou ficar longe de você como se fossemos colegiais". Ele disse e já começou a unir os dois colchões e depois se deitou.

"Quanto essa sala é movimentada durante a noite?". House perguntou.

"Não faço ideia, eu não venho aqui há anos, lembra?".

"A sala principal não é aqui, logo se tiverem que assistir televisão eu imagino que não será aqui".

"Tem quartos aqui, alguns primos e tios estão dormindo nesse anexo, Julia e John estão dormindo nesse anexo, temos que nos comportar". Ela mal terminou de falar e House já estava a abraçando.

'House!".

"Você é minha namorada e sua própria mãe sabe que fazermos sexo como coelhos, então...".

"Você sabe que estamos encenando não sabe?". Ela perguntou divertida.

"Não sobre o sexo, honey". Ele respondeu e a beijou.

Ela retribuiu o beijo e logo estavam muito excitados.

"Acho que todos estão dormindo, o silencio me diz isso". House falou subindo sobre ela.

"E se alguém acordar?". Cuddy perguntou preocupada.

"Vamos estar cobertos".

"Mas e os barulhos?".

"Você terá que se controlar, honey".

"Como se só eu gemesse...".

"Você sabe que é mais barulhenta".

"Vai se foder!". Ela respondeu rindo.

"Eu vou foder você, isso sim". Ele respondeu já com o pênis ereto roçando na coxa dela sob a calça.

"Vamos fazer isso em silencio e cobertos". Cuddy disse louca para fazer sexo.

"Por mim temos um acordo". House falou já levantando a blusa dela.

Ele começou a sugar o mamilo direito e ela gemeu baixo. Depois ele tirou a blusa toda e partiu para a calça. Ele abaixou a calça de pijama dela junto com a calcinha e passou a brincar com sua feminilidade.

"House... eu não vou conseguir me controlar".

Ele deu o travesseiro dele para ela abafar os gemidos e continuou a sua saga. Pouco antes de ela gozar ele tirou o travesseiro dela e a beijou, depois lentamente ele se posicionou sobre ela e a penetrou. Cuddy mordeu o pescoço dele para não gemer e eles continuaram assim, lentamente para não fazer barulho e gemendo na pele um do outro para abafar o som.

Depois de algum tempo eles aumentaram a velocidade, como os colchões ficavam no chão isso ajudava a evitar o barulho de um eventual ranger de cama.

"Oh... House...". Ela gemeu no pescoço dele enquanto gozava. Logo ele também chegou ao ápice.

Ao final eles riram. Cuddy recolocou suas roupas e House reclamou. "Não...".

"Estamos na sala". Ela respondeu rindo. "Coloque as suas calças de volta". Ela pediu, já que ele não havia chegado a tirar a camiseta.

"Tudo bem, mas eu vou te abraçar para dormir". House falou e de repente começou a cantar baixinho.

"Honey, honey - how you thrill me, aha, honey honey
Honey, honey - nearly kill me, aha, honey honey"

"House!". Ela disse rindo.

"Até amanhã, querida!".

Dormiram abraçados, mas não por muito tempo, no meio da madrugada ouviram um barulho alto e acordaram assustados.

Continua.