Capítulo 18 – O dia seguinte

Qual foi a semente que você plantou?
Tudo acontece ao mesmo tempo
Nem eu mesmo sei, direito, o que está acontecendo
E daí? De hoje em diante, todo dia vai ser o dia mais importante

Não digo nada: espero o vendaval passar
Por enquanto, eu não sei
O que você me falou me fez rir e pensar
Por que estou tão preocupado por estar tão preocupado assim

Mesmo se eu cantasse todas as canções
Todas as canções
Todas as canções do mundo
Sou bicho do mato
Mas...

Se você quiser alguém pra ser só seu
É só não se esquecer: estarei aqui

Ou então
Não terás
Jamais
A chave pro
Meu coração

Música: Eu Era um Lobisomem Juvenil – Legião Urbana


Nos próximos dois dias House continuou melhorando gradativamente. A dor estava suportável com as medicações não opiódes, a terapia continuava e o médico flexibilizou o controle.

"A partir de agora nós vamos deixá-los mais a vontade no quarto, viremos nos horários das medicação e ficaremos à disposição caso haja algum problema ou dúvida".

"Isso quer dizer que podemos trancar a porta e fazer sexo quente?". House perguntou bem humorado.

"Desde que vocês não perturbem os outros hospedes e nem exagerem de modo a forçar a sua perna".

Cuddy estava corada com a conversa entre os dois homens.

"Mas antes Dra. Layla chegou para a sua sessão". O médico informou e saiu.

"Olá Greg!".

"Doutora Layla, que surpresa vê-la". Ele respondeu sarcástico.

"Eu vou deixá-los à vontade". Cuddy falou e saiu.

"Soube que você está bem melhor hoje. Também soube que você terá mais privacidade agora". Dra. Layla disse.

"Pois é". House respondeu.

"Sua acompanhante, Lisa, vai lhe fazer companhia?".

"Por que você não me pergunta diretamente se nós faremos sexo quente nesse quarto?".

"Porque não é isso o que eu quero perguntar". Layla respondeu.

"Mesmo que você não queira perguntar eu vou lhe responder. Eu e Cuddy ficaremos aqui nesse quarto como dois velhos no asilo, faremos tricô e falaremos sobre o passado".

Ela riu. "Sarcasmo significa que isso o está preocupando".

"Claro que está. Ela ficou comigo até agora sem exigir nada, não saiu de perto de mim nem nos momentos mais tensos, o que ela espera de mim agora?".

"Porque você não pergunta diretamente para ela ao invés de tentar presumir?".

"Em que mundo você vive? Lá realmente as pessoas dialogam sobre tudo?". House perguntou dramático.

Ela riu outra vez. "É o mundo onde nos desgastamos menos com as incertezas e especulações".

"Eu acho que Cuddy está misturando as coisas por conta da gravidez...". Ele desabafou inesperadamente.

"Lisa está grávida?". Dra. Layla perguntou surpresa.

"Não te contaram?".

"Suponho que o filho seja seu".

"BLASFEMIA!". House gritou e a assustou. "Você supôs algo...".

"Eu supus na sua presença para que você confirme".

"Eu não tiro você do sério? Nenhum pouquinho?". House perguntou intrigado.

"Por mais que você tente, não".

"Eu estou ficando mole". Ele disse e ela sorriu.

"Conte-me sobre a gravidez, se estiver tudo bem para você...".

House respirou fundo e contou para ela toda a história.

"Não precisava ser um especialista para prever que vocês tinham sentimentos um pelo outro e que isso iria aflorar eventualmente. Você acha mesmo que o que ela sente por você é hormonal? Ou que uma mulher independente iria querer ficar com você apenas porque ela está grávida? Na verdade, eu imagino que você está buscando encontrar argumentos para fugir dos seus sentimentos".

"Cuddy pensa que serei o melhor namorado e um pai exemplar só porque eu estou passando pela desintoxicação".

"Ela não te disse isso em nenhum momento, ou disse?".

"Não tivemos tempo para conversar...".

"Pois deveriam".

"O que ela espera de mim?".

"Novamente... As suposições não vão te levar a nenhum lugar bom, nem comece com isso. Converse com Lisa para entender quais são as expectativas dela, mas eu imagino que ela goste da sua companhia, como você gosta da dela".

"Sem drogas...".

"As drogas nunca definem alguém, só desviam o foco".

"Você acha que eu consigo?".

"Ser namorado dela ou um pai para esse bebê?".

"As duas coisas". House parecia bastante vulnerável a essa altura.

"Você só saberá na pratica, não existe atalho ou uma bola de cristal, mas posso te ajudar nesse processo de descobrimento, Lisa pode te ajudar nesse processo... Você não acha que merece a felicidade?".

"A felicidade é superestimada?".

"Não vejo pessoas felizes reclamando disso...".

Ele riu.

"Não somos felizes o tempo todo, mas se temos uma oportunidade para tentar, porque optar pela desilusão?". Dra. Layla continuou.

"Porque não há surpresa na desilusão".

"E qual a graça em viver assim? Escolhendo o destino fadado ao insucesso?".

"A dor".

"A dor será uma eterna companheira, mas quando optamos pela busca da felicidade, a dor é participante coadjuvante".

Depois da sessão com Dra. Layla, Cuddy retornou para o quarto.

"Como foi a sessão de hoje?". Cuddy perguntou curiosa.

"Interessante".

"Nunca imaginei que você e terapia se dariam tão bem".

"Nós ainda estamos nos conhecendo".

Cuddy riu.

"Vamos pedir algo para jantar?". House perguntou.

"Sim. Você já pode comer qualquer coisa?".

"Vamos tentar...".

Jantaram juntos, riram, se divertiram.

"Essa clinica parece realmente um hotel cinco estrela". Cuddy falou. "Hoje fui fazer uma massagem. É incrível esse lugar".

"Que bom que o hospital vai me reembolsar".

"Ainda não temos certeza disso". Cuddy falou sorrindo.

"Caso contrario eu terei menos bens para deixar para o nosso bebê". Ele foi tão espontâneo e Cuddy ficou surpresa com o comentário inesperado.

"Eu vou dar um jeito". Era tudo o que ela podia dizer.

Ele sorriu e se aproximou. O coração de Cuddy batia forte quando ela sentiu uma aproximação real entre eles depois de dias, depois da incerta.

"Como exatamente alguém faz para se tornar o seu namorado?". Ele perguntou baixo e bem perto dela.

"Bem menos do que você já fez". Ela respondeu sem desviar os olhos dela dos dele.

"Então... Nesse caso eu adoraria saber como proceder a partir de agora".

Ela sorriu. "Você aceita ser o meu namorado?".

Ele riu.

"Você aceita?". Ela passou os dedos pelo rosto cansado dele.

"Você é completamente louca por querer namorar comigo".

"Você aceita?". Ela não desviou o foco.

"Você sabe que é covardia me perguntar isso estando tão perto de mim".

"Se você quiser, eu me afasto".

"Não... Pro inferno! Eu aceito".

Ele a agarrou e a puxou contra ele. Trocaram um beijo intenso, onde o desejo de ambos estava à flor da pele.

"Você sabe que namoro significa monogamia para mim". Ela disse interrompendo o beijo.

"Eu sei".

"Monogamia total, nada de prostitutas".

"E pra que eu vou querer prostitutas quando eu tenho você?". Ele foi sincero. "Eu não sou nenhum maníaco sexual, já não tenho mais idade para isso".

Ele parecia ofendido.

"Eu não quis te ofender, só acho importante sermos claros e objetivos sobre tudo". Ela justificou já arrependida por ter quebrado o clima.

"Sendo assim... No seu namoro temos muito sexo quente, certo?".

"Certo".

"Ótimo. Então eu adoro namorar". Ele falou divertido.

Ela riu, mas logo os beijos dele a calaram.

Dessa vez foi ele quem quebrou os beijos para dizer: "Eu não tenho ideia de como é ser um pai".

"Nem eu tenho ideia de como é ser uma mãe".

"Posso ser um pai desastroso. Você está realmente disposta...".

"Vamos aprender juntos". Ela o cortou.

"Não é tão simples".

"Cale-se e me beije!". Ela ordenou e assim ele fez.

Os beijos intensificaram e em alguns minutos eles estavam tirando suas roupas.

"Temos que nos controlar senão todos terão certeza de que estamos nos divertindo aqui e talvez eles não flexibilizem tanto". House falou.

"Eu não quero machucar a sua perna".

"Fique tranquila, você fará quase todo o trabalho". Ele falou malicioso.

House deitou-se de costas para a cama e Cuddy o montou, eles ainda estavam com suas roupas de baixo então aproveitaram para abusar dos beijos e caricias. Em dado momento ela mesma retirou o seu sutiã e sua calcinha.

"Você fazer isso com um homem que está há dias sem sexo depois de passar pelo inferno... É como se o paraíso realmente existisse". Ele disse.

Ela sorriu, mas não falou nada. Começou a esfregar-se nele.

"Uhh...". House gemia.

"Vamos, tire minha cueca, pois eu não quero gozar nas calças em nossa primeira vez como namorados".

Ela obedeceu e abaixou a cueca dele, mas antes de qualquer outra coisa ela começou a alisar o pênis já endurecido.

"Uhhhh...".

E então ela começou a brincar com sua língua pela glande. Sua língua contornava toda a circunferência e depois descia acompanhando a grande veia do pênis bem formado de House.

"Foda-se!". Ele gemia.

Cuddy sorriu e o engoliu. House forçou a sua cabeça para baixo curtindo o prazer que aquela sensação trouxe para ele, depois de tanta dor nos últimos dias.

"Vamos substituir todas as minhas medicações por você. Uma dose disso quatro vezes ao dia". Ele falou enquanto ela trabalhava sua boca e língua nele.

Depois de algum tempo ela parou para a frustração dele, mas logo ela agarrou seu largo pênis com a mão e o encaixou na entrada de sua vagina. Então ela começou a afundar lentamente.

"Foda-se!". House quase gritou.

Cuddy gemeu alto também com a sensação.

Ela começou com movimentos lentos para que eles se acostumassem. House era grande e largo e Cuddy precisava se ajustar depois de ficar alguns dias sem sexo. Alguns minutos depois ela começou a acelerar e eles precisaram conter os gemidos.

"Oh meu Deus, eu não vou conseguir não gritar". Cuddy falava.

"Então grite para que todos saibam que garanhão eu sou". Ele disse.

Eles continuaram por mais alguns minutos até que estavam no fundo do poço.

"Eu vou... House... Eu vou...". Cuddy avisou e mais rápido do que ela poderia prever, ela já estava gozando forte.

House sentiu aquela sensação conhecida, as paredes vaginais dela o apertando, era tão intenso e irresistível que ele não pode se segurar e também chegou ao ápice.

Eles caíram abraçados. "Oh... Foi muito bom". Cuddy disse ainda sem fôlego.

"Sempre é!".

"Eu gritei muito?".

"Não sei, porque perto do final eu não estava exatamente ouvindo mais nada".

Eles riram.

"Eu não sei com que cara eu vou olhar para os médicos e enfermeiras". Cuddy falou sorrindo.

"Com a cara de uma mulher independente que tem ótimo sexo com o seu namorado". Ele disse e ela gostou daquelas palavras.

Depois de alguns minutos, House foi até o banheiro. Quando ele voltou sentou-se na cama e a olhou.

"Cuddy, eu sei que deveríamos ter conversado antes sobre esse assunto, mas...".

Ela o olhou preocupada.

"O que você espera desse namoro? Eu não sou um bom pretendente, não namoro sério há anos".

"Nem eu... Mas eu não espero nada além de você".

"Eu estou tentando deixar o Vicodin, mas eu ainda terei dores crônicas e ainda serei um viciado...".

"Eu sei". Ela o interrompeu. "Eu só quero que você me deixe ajudar, que seja honesto".

"Você diz isso agora, mas quando os problemas começarem...".

Ela o interrompeu novamente. "E o que importa além do agora?".

House franziu a testa. "Onde está a Cuddy? O que você fez com ela?".

Cuddy riu.

"Vamos viver um dia por vez". Ela propos.

'Espero que os dias felizes sejam os mais longos'. Ele pensou

Continua...