Capítulo 33 – A vida é interessante
Você é assim
Um sonho pra mim
E quando eu não te vejo
Eu penso em você
Desde o amanhecer
Até quando eu me deito
Eu gosto de você
E gosto de ficar com você
Meu riso é tão feliz contigo
O meu melhor amigo é o meu amor
E a gente canta
E a gente dança
E a gente não se cansa
De ser criança
A gente brinca
Na nossa velha infância
Seus olhos, meu clarão
Me guiam dentro da escuridão
Seus pés me abrem o caminho
Eu sigo e nunca me sinto só
Música: Velha Infância - Tribalistas
A viagem do casal gerou inúmeras fofocas e especulações no hospital, desde o boato de que eles haviam se casado em segredo, até de que Cuddy havia tido um aborto espontâneo, entre outras coisas.
"Eu vou convocar todos os chefes de departamento para falar sobre a nossa viagem e planos para a minha licença maternidade. Não falte a reunião, afinal, você é um chefe de departamento e me deixaria mal se faltasse". Cuddy o avisou quando estava se vestindo para o trabalho.
"O que você falará sobre a viagem? Dirá que fizemos sexo quente na praia?".
"Coisas pessoais ficam entre nós apenas. Por favor!". Ela disse preocupada.
"Você não deve explicações para ninguém, muito menos para aqueles idiotas do hospital". House contestou.
"Eu devo satisfações profissionais".
Ele bufou. "Você não pode me contar a noite sobre os principais tópicos abordados na reunião? Eu preciso mesmo participar dessa coisa chata?".
"Claro que você precisa participar dessa coisa chata. Não se atrase!".
"Tudo bem, será bom ver a cara de Yan quando você disser que Rubben ficará no seu lugar...".
"Você não presta". Cuddy disse sorrindo.
Dr. Yan e Dr. Rubben tinham um problema lendário, todos no hospital sabiam que Dr. Rubben havia se casado com a ex- esposa de Yan.
"E também será bom ver a cara de todos quando você disser: 'Como sabem o esperma fantástico de House fecundou o meu óvulo solitário e agora eu terei que me ausentar do hospital para parir a filha dele. Inclusive fizemos uma viagem fantástica com muito sexo em um lugar paradisíaco".
"Claro que eu direi exatamente isso". Cuddy respondeu balançando a cabeça negativamente e sorrindo.
"Então eu não me atrasarei nenhum segundo". House disse sarcástico.
"House... Comporte-se durante a reunião, por favor!".
Ela pegou a chave do carro, o beijou e partiu.
"Finalmente o bastardo está de volta. Como foi a viagem?". Wilson disse assim que viu House entrando no hospital.
Cuddy estava por perto também conversando com algumas enfermeiras.
"Você diz... além do sexo quente?".
"House!". Cuddy chamou a atenção dele.
"Wilson, nós fomos para um mosteiro a beira mar, não fizemos nada além de meditar. Satisfeita?". House perguntou olhando para Cuddy. "Todo mundo sabe que fazemos sexo, caso contrário, como explicaríamos a presença de Gwen no seu ventre? Concepção imaculada?".
Cuddy estava corada.
"Gwen?". Wilson perguntou confuso.
"Sim... Cuddy escolheu um velho nome celta para a nossa filha. Eu tentei convencê-la a trocar por outro nome, mas eu me esqueci quando a boca dela...".
"House!". Ela quase gritou. As enfermeiras estavam rindo baixo e Wilson também corou.
"Qual é o nome?". Wilson perguntou.
"Gwenola". Cuddy respondeu.
"Wow! Que nome lindo!". Wilson disse.
As enfermeiras suspiraram. "Um nome tão diferente e com personalidade", uma delas disse.
"É claro que você iria gostar, você é uma velha celta". House disse para o amigo. "O importante é que Gwenola já tem o enxoval completo. Cuddy ocupou uma mala inteira com coisas para ela. Você não faz ideia do absurdo com excesso de bagagem que ela pagou. Minha filha terá roupas, cobertores e tudo mais com tema de tartaruga e golfinho para o resto da vida infantil. Sem contar que tudo é cor de rosa, a menina vai criar trauma dessa cor, e eu também". House disse fazendo Wilson e as enfermeiras rirem.
Cuddy sorriu, ela amava ouvi-lo falar sobre a filha.
Em pouco tempo estavam todos os chefes de departamento na sala de conferencia para a reunião com a reitora.
"Eu soube que houve diversas especulações e rumores sobre a minha viagem recente e por isso eu gostaria de falar diretamente com vocês que são chefes dos departamentos". Cuddy começou.
"Eu e Dr. House fomos viajar de férias. Como os senhores devem se lembrar, eu havia ganhado uma viagem no sorteio da festa de final de ano, além disso, eu tenho muitos dias pendentes de férias, já que eu não me lembro qual havia sido a última vez que me ausentei a lazer".
Todos riram, exceto House que estava sério e concentrado.
"Mas isso vai mudar a partir de agora. Eu vou me ausentar com mais frequência para estar com a minha família".
House arregalou os olhos, ela o incluiu nesse pacote 'familiar'?
"O hospital não ficará desamparado, Dr. Rubben me substituirá sempre que eu estiver ausente, vocês o conhecem, ele tem experiência com administração e anos aqui no hospital. De toda forma peço que o recebam com a mesma cooperação que direcionam a mim. Em breve estarei de licença maternidade e por isso vocês verão Dr. Rubben comigo com mais frequência a partir de agora, afinal, ele precisa começar a se inteirar sobre todas as burocracias".
House não gostava da ideia de um velho a tiracolo de Cuddy.
"Não acreditem ou compartilhem informações falsas que circulam pelo hospital, qualquer dúvida profissional venham diretamente a mim. Outros assuntos de âmbito pessoal, não é da conta dos senhores". Ela disse de forma doce e bem humorada fazendo todos os presentes rirem.
"Cuddy chuta bundas... Ela mandou todos a merda, em outras palavras, e eles ainda riem e a agradecem por isso". Wilson cochichou com House.
"E depois ela se curva na mesa para mim...". House falou baixo para seu amigo.
"Você é inacreditável". Wilson disse.
Ele sorriu e piscou para Cuddy que se aproximou dele.
"Eu já estou duro com esse seu discurso de mulher independente e bem resolvida". Ele falou baixo no ouvido dela.
Cuddy ruborizou, mas manteve a classe. "Não agora, House".
"Por quê?".
"Estamos no trabalho".
"Eu posso ver que você também está com tesão".
"Eu estou cheia de hormônios, o que você espera? Mas eu posso me controlar, não sou um animal no cio".
"Uma rapidinha?".
"Em casa...".
"Eu posso te esperar no banheiro do oitavo andar, ninguém vai lá".
"O hospital está cheio, você está louco?".
"Eu estarei lá te aguardando". House falou e saiu.
"Vá trabalhar, House". Ela falou antes dele deixar a sala.
O fato é que Cuddy tentou esquecer a ideia insana do namorado, ela voltou a trabalhar, pois sexo uma vez no seu escritório já havia passado do limite, isso não poderia se repetir, jamais!
Mas ela não conseguia se concentrar, suas partes femininas formigavam ansiando por House, ela não tinha foco.
Então ela pegou o telefone e ligou para a sala de Diagnóstico. Chase atendeu.
"Preciso falar com House".
"Ele ainda não voltou da reunião".
'Filho da puta', ela pensou.
Cuddy dirigiu-se até o espelho para se olhar, ela ajeitou o cabelo, a saia e caminhou até o banheiro do oitavo andar. Assim que ela entrou no banheiro ela viu o tênis de House em uma das cabines. Então ela bateu.
"Eu sei que você está aí".
Ele abriu a porta sorrindo. "Uma mulher no banheiro masculino é muito sexy".
"Eu vim para dizer que não podemos...". Ele a puxou para dentro da cabine não dando tempo para ela terminar a frase.
"Eu penso o contrário". Ele disse começando a beijá-la.
"Isso é insano, estamos no trabalho". Cuddy falava enquanto tinha forças, pois logo os beijos que House aplicava em seu pescoço começaram a deixá-la muito excitada.
"Você quer... eu quero...".
"Não somos dois animais, temos que ter discernimento...". As palavras começaram a falhar.
House continuou sua saga, ele agora retirou a blusa da namorada e começou a massagear os seios dela.
"E se alguém entrar?".
"Ninguém irá entrar". Ele disse já com a boca no mamilo dela.
"Como você tem tanta certeza?".
"Ninguém entra aqui. Esse banheiro é amaldiçoado".
"Ah?". Cuddy perguntou confusa, e totalmente alheia à conversa. Daquele ponto não teria mais volta, pois ela já estava sem calcinha e os dedos dele serpenteavam pelo clitóris dela.
"Um paciente que morreu nesse andar assombra esse banheiro. A lenda se espalhou e quase todos os funcionários têm medo de entrar aqui, eu devo ser o único que não acredito nessa tolice. Eu e você".
"Eu nunca... ouvi... nada... disso". Cuddy respondia com dificuldade.
"Algumas pessoas juram que o viram nesse banheiro diversas vezes, Wilson é um deles".
"Oh...". O dedo dele a penetrou e ela não tinha mais nenhuma coerência.
"Relaxe e aproveite o passeio". House disse enquanto abaixava a sua própria calça.
Cuddy havia perdido totalmente a razão e o montou. Ele estava sentado no vaso sanitário e ela começou a cavalgar forte desde o início.
"Nós vamos quebrar esse vaso sanitário". House disse.
"Foda-se!".
"Essa é a Cuddy que eu gosto". Ele respondeu.
"Oh meu Deus, é muito bom!".
"Ohhhhhhhhhh".
"Owwwwwwwwwww".
"Ohhhhhhhhhhhhhhhhhh".
"Owwwwwwwwwwwwwwwwww".
E eles chegaram ao clímax.
"Nós fizemos muito barulho?". Cuddy perguntou enquanto saia de cima de House.
"Você sim. Eu sou discreto".
Ela riu. "Até parece".
"Comparado a você eu sou mudo".
"Será que alguém nos ouviu? Será que as câmeras nos pegaram entrando aqui?". Cuddy estava paranoica. Ela não havia pensado com clareza antes.
"As câmeras são voltadas para o outro lado". House respondeu enquanto puxava as calças para cima.
"Isso é uma falha grande na segurança". Cuddy disse preocupada enquanto ajeitava a saia.
"Larga de ser chata, Cuddy. Essa falha nos favorece e não faz mal para ninguém".
"Nós não iremos repetir isso. Nunca!".
Eu sorriu. "Tudo bem". Ele sabia que Cuddy hormonal não resistiria por muito tempo.
"Como eu estou?". Ela perguntou para ele.
"Linda e completamente fodida".
"Cale-se!". Ela respondeu corando. "Eu sairei primeiro e depois você. Aliás... Você precisa olhar e ver se eu posso sair".
"Tudo bem". House levantou-se para ir até a porta.
"House, a sua calça está manchada".
Ele olhou e viu algumas manchas. "Isso é esperma ou é o seu fluido mágico?".
"Não sei. O que você fará?". Ela estava tensa.
"Onde há torneira, há água". House disse se aproximando da pia para lavar as manchas.
"Isso pode piorar a situação". Cuddy o alertou.
"Ninguém vai saber o que é... Pode ser urina, pode ser qualquer coisa".
"E você não se importa? Eu me importo se meu namorado anda com a roupa toda manchada pelo hospital".
"Eu tenho outra calça reserva, eu só preciso chegar até a minha sala para pegá-la".
"Ok, veja se eu posso sair".
"Você limpou o esperma que ficou na sua hoo hoo?".
"Minha hoo hoo?". Cuddy olhou pra ele.
"Você me entendeu".
"De todas as vezes que fizemos sexo você só está preocupado agora se eu limpei a minha hoo hoo?".
"Mas estamos em um ambiente publico, por isso perguntei".
"Nós já fizemos coisas assim, lembra? Eu não sou inexperiente em ter o seu sêmen na minha hoo hoo. Aliás, foi isso que gerou o meu crescimento abdominal". Ela disse divertida. "Eu tenho um banheiro só pra mim em meu escritório e farei uso dele assim que conseguir chegar à minha sala, não se preocupe. E você, troque de calça".
"Tudo bem, foi uma pergunta idiota".
"Isso é novo pra mim, nunca fiz algo insano assim com ninguém, só você me deixa louca a ponto de concordar com essas insanidades". Ela desabafou.
"Então eu te tenho na palma da mão, hein?". House a provocou.
"Vá logo ver se eu posso sair daqui". Cuddy falou mudando de assunto.
Ele olhou ao redor.
"Está limpo, pode ir!".
Cuddy saiu fingindo que nada havia acontecido, mas com aquela frase de House em sua cabeça 'Eu a tenho na palma da mão'. Ele realmente a tinha ali e isso a preocupava.
"Ei... Onde você estava?". Wilson perguntou quando encontrou House indo trocar as calças.
"Eu estou indo trocar minhas calças".
"O que você fez?". Wilson apontou para a mancha molhada na calça de House.
"Eu fiz sexo quente com Cuddy no banheiro do oitavo andar e minha calça está manchada com sêmen".
"Certo, e eu sou o Papai Noel". Wilson falou desdenhado da afirmação do amigo. "Está tudo certo para o próximo dia 28?".
"Claro que sim, é só Arlene não dar para trás".
Naquela noite Arlene conseguiu finalmente falar com a filha.
"Você é uma filha desnaturada, some e não me dá satisfação. Eu fui encontrar fotos no seu Facebook, só então descobri onde você estava".
"Você tem Facebook?". Cuddy perguntou surpresa.
"Claro que sim, mas você não me aceitaria como sua amiga, então eu olhei pelo Facebook de Julia".
"Mamãe!".
"Você está grávida e vai para um pais tropical? Sabe que você pode ter alguma doença...".
"Eu sou médica e estou perfeitamente bem. Naquele paraíso eu só poderia ter coisas boas. Eu e Gwen".
"Quem? Você levou outra pessoa junto? Eu pensei que você tinha ido somente com o pai da sua filha".
"Gwen é a minha filha".
Arlene calou-se sem entender nada.
"Gwenola é o nome dela".
"Gwen o que? Você está louca?".
"É um lindo nome".
House começou a rir enquanto ouvia Cuddy se justificando sobre o nome da filha.
"Isso é um nome de travesti".
"Nunca! É um nome de uma mulher forte e independente".
"De onde você tirou isso? Deve ter sido aquele ogro quem escolheu".
"Foi minha escolha".
"E ele não te impediu?".
"Ele aceitou, pois percebeu que é um lindo nome".
"Eu não percebi isso não, sogra!". House gritou e levou um beliscão de Cuddy. "Aí!".
"Como eu vou chamar essa menina? Gwenola? Parece uma ofensa".
"Mamãe, respeite o nome de minha filha, quer você goste ou não".
"Por que não um nome judeu? Tem tantos nomes lindos".
"Tchau, mamãe!". E ela desligou.
"Se você rir eu juro que eu te mato!". Ela disse irritada indo para o banho. House segurou a risada o máximo que podia, mas quando ele ouviu o chuveiro ligado ele soltou o riso.
Semanas depois...
House estava dormindo e Cuddy o abraçava pelas costas. Ela acordou com uma sensação estranha e logo arregalou os olhos quando percebeu o que era.
"House!". Ela começou a chamá-lo e a chacoalhá-lo. "House, acorde!".
"O que aconteceu?". Ele acordou assustado e levantando-se rapidamente nu.
Ela sorriu. "Não é nada de ruim. Venha aqui!".
"Você quase me matou por nada de ruim? Eu levantei tão rápido que eu poderia ter machucado a minha perna".
"Cale-se e venha ver". Ela disse.
House sentou-se na cama novamente e Cuddy pegou a mão dele e levou até a barriga dela. Ele sentiu um movimento e arregalou os olhos.
"Sentiu isso?". Cuddy perguntou sorrindo.
"Ela se mexeu?".
"Ela está chutando muito".
House ficou abobado com a interação real que estava tendo com Gwen. Ele apertava e ela chutava, ele apertava mais forte e ela chutava mais forte. Era o primeiro contato real entre pai e filha. Ele sorriu.
Cuddy acariciou o rosto do namorado emocionada.
"Ela já é teimosa. Eu empurro e ela empurra de volta, ela não desiste". Ele disse.
"O que você queria? Ela é nossa filha...".
"Estamos lascados com três teimosos sob o mesmo teto".
Cuddy sorriu e o beijou ternamente.
De repente o telefone de House tocou.
"Oi Wilson". House atendeu e Cuddy ficou ouvindo a conversa através das palavras do namorado.
"Nós vamos sair daqui e passar para pegar a velha na casa dela".
"Vamos com o seu carro, claro. Esteja aqui às duas horas para me buscar".
"Leve dinheiro, pois a velha só pagará pela minha comida".
E ele desligou.
"Hoje é aquele dia?". Cuddy perguntou.
"Sim. Sua mãe me levará para a etapa final do Monster Truck e pagará por toda a minha comida e bebida".
"Eu não acredito que minha mãe aceitou os termos da aposta". Ela disse rindo.
"Você não irá conosco? Sua mãe comprou ingressos para você".
"Eu sei e já recusei. Cali irá no meu lugar".
"Por quê?".
"Porque eu odeio aquilo". Ela disse rindo. "E porque eu não perdi nenhuma aposta para passar por esse sofrimento".
"Deus, perdoe essa mulher, ela não sabe o que diz!".
"Esses eventos não costumam ser à noite?".
"Sim, mas como hoje é domingo será à tarde".
"Minha mãe que se vire... Ela perdeu a aposta, que pague!". Cuddy falou levantando-se e indo em direção ao chuveiro.
"Nós podemos fazer um sexo pré-Monster Truck?".
"Venha logo então". Cuddy disse e ele pulou rápido da cama em direção ao banheiro.
Horas depois eles ouviram batidas na porta.
"Ei Jimmy, pronto para o maior evento desse século?". House disse quando abriu a porta.
"Claro!".
Ambos estavam com bonés e camisas temáticas.
"Cuddy não irá conosco, ela ficará fazendo sexo quente com o amante dela". House falou provocando a namorada.
"Que bom que você me lembrou, vou pedir para o meu amante sair debaixo da cama e pular pela janela antes que você o veja". Ela disse divertida.
Continua...
