Novamente agradeço aos comentários e sugestões, pode parecer bobagem, mas eles são essenciais em me motivar para continuar escrevendo. Acredito que os dois próximos capítulos serão interessantes. House está de volta em casa!
Capítulo 36 – O chamado de casa
Que culpa a gente tem de ser feliz?
Que culpa a gente tem, meu bem?
O mundo bem diante do nariz
Feliz aqui e não além
Me sinto só, me sinto só
Me sinto tão seu
Eu faço tanta coisa
Só pensando no momento de te ver
A minha casa sem você é triste
Essa espera arde sem me aquecer
Música: Tão Seu - Skank
Eles estavam desembarcando em Wisconsin.
"Você não devia ter vindo. Você está quase entrando na 36° semana". House reclamou.
"Cale-se House! Você sabe que eu falei com Dr. Blau e que ele me liberou para vir".
"E eu tenho que falar sobre as minhas dúvidas no que se refere as habilidades técnicas daquele médico?".
"Dr. Blau é extremamente competente, você implicou com ele".
"Se minha filha nascer em Wisconsin eu nunca irei perdoá-la".
Ela sorriu. "As vezes você consegue misturar humor com chateação".
"Eu não estou sendo bem humorado aqui".
"Sua filha só nascerá após a 40° semana". Cuddy disse dando leves tapinhas nos braços dele.
"Você é Deus para saber disso?".
"Você acredita em Deus?". Ela rebateu.
"Não, mas você sim".
"Tudo bem House. Eu estou perfeitamente bem, sua filha está perfeitamente acomodada. Vamos ver a sua mãe agora?".
Ele bufou antes de entrarem no taxi que os levaria até a casa dos House e foram praticamente sem conversarem por todo o longo trajeto.
De fato Cuddy estava tendo uma gestação bastante tranquila, no princípio ela ficou muito preocupada pelo histórico com o aborto e devido a todas as dificuldades para engravidar, mas nos últimos meses a paz e a tranquilidade reinavam naquele ventre.
"Chegamos!". House disse para o motorista apontando a casa. Ele já começou a sentir borboletas no estomago, afinal, ele não voltava para casa desde que partiu para a faculdade.
Cuddy reparou atentamente. Era um sobrado muito bem conservado com um belo jardim e estava localizada no subúrbio. Nitidamente a arquitetura não era moderna, mas era muito bem conservada.
Eles desceram e foram até a porta de entrada. Cuddy segurou a mão dele com força, ela imaginava como devia ser difícil para ele estar naquela casa novamente.
John abriu a porta.
"Ei, você realmente veio, hein".
"Eu disse que viria".
"Você não pode me culpar por duvidar, você não volta aqui desde que saiu para a faculdade".
"Mas eu nunca disse que viria antes".
"Justo".
"Olá, senhor House". Cuddy disse estendendo a mão. Seria estranho chamar John de senhor House e House de Greg.
"Surpreende-me que vocês ainda estejam juntos".
"Ótima maneira de nos receber. Que ótimo anfitrião você é". House ironizou o seu pai.
"Está tudo bem, H... Greg. Nós estamos juntos sim e muito felizes. Obrigada pela preocupação, senhor House". Cuddy disse com uma pitada de ironia.
"Onde está mamãe?". House perguntou.
"No quarto, você não deve lembrar onde é o quarto, certo?". John falou com sarcasmo.
"Se vocês não mudaram nada na casa, eu me lembro perfeitamente de onde fica o quarto". House disse se dirigindo até a escada. "Venha Cuddy!".
E eles foram. Chegando eles bateram na porta e Blythe pediu para que eles entrassem.
"Oh meu Deus, eu nem acredito que você está aqui! Se eu soubesse que essa era a única maneira de trazê-lo aqui, eu teria tido um AVC antes". Ela abraçou o filho.
"Não fale isso, mãe". House disse.
"Oh Lisa, você está linda. Olhe só essa barriga. Minha neta está prestes a chegar".
"Sim, em menos de cinco semanas completo as 40 semanas gestacionais". Cuddy falou empolgada.
"Eu tenho que estar 100% bem para estar lá". Blythe disse empolgada.
"Como você está?". House perguntou.
"Muito bem, não sinto nenhum efeito colateral, mas os médicos me obrigaram a ficar alguns dias de cama".
"Como foi que isso aconteceu?".
"Eu tomei o meu café da manhã e depois tudo começou a ficar escuro, quando eu acordei eu já estava no hospital".
"Quem te levou ao hospital?".
"A vizinha, minha amiga, me encontrou. Ela vem todos os dias para caminharmos juntas. Você a conhece, ela é a senhora Denise. Ela é a mãe de Luna".
Luna havia sido a primeira namorada séria de House. Como ele não se lembraria? Eles tiveram bons momentos juntos.
"Não sabia que eles moravam aqui ainda".
"Todos moram aqui ainda. Inclusive Luna e sua família".
"Interessante".
"Luna era sua amiga?". Cuddy perguntou curiosa.
"Se por amiga você diz aquela que ficava trancada no quarto com o meu filho até tarde...". Blythe falou bem humorada.
"Mãe...".
"Desculpe filho, mas isso foi há muitos anos atrás, acho que Lisa não terá ciúmes dessa história agora".
Cuddy olhou para ele curiosa.
"Ela era uma namorada". House explicou e Cuddy balançou a cabeça em sinal de entendimento. Esses dias iriam revelar quem era Greg House adolescente. Isso seria interessante, Cuddy pensou.
"Você parece bem, Blythe". Cuddy disse.
"Eu estou, querida. Graças a Deus nada de pior aconteceu. Eu quero estar aqui para ver a minha neta crescer".
"Graças a ciência, mãe". House a corrigiu. "Agora eu vou examiná-la".
"Sempre um ateu convicto". Blythe riu. "Você não precisa me examinar, Greg. Eu estou bem. Vocês devem estar cansados, porque vocês não vão até o quarto de Greg".
"Porque o meu quarto fica em Princeton". Ele disse sarcástico.
"Eu digo, o seu antigo quarto. Você se surpreenderá, eu simplesmente deixei o quarto igual. Não movi uma vírgula desde que você se foi, apesar dos apelos de John".
House corou. 'Como assim?', ele pensou.
Cuddy arregalou os olhos interessada. 'Oh, isso seria bom'.
"Eu não sei se vamos poder ficar lá, pois eu tinha uma cama de solteiro e agora somos um casal". Ele contestou.
"Desculpe querido, mas não temos outro quarto e nem outra cama. Se eu soubesse que você viria teria providenciado algo, mas nessas circunstancias...".
"Está tudo bem Blythe, nós nos ajeitaremos".
"Você está grávida, eu sou grande, talvez possamos ficar em um hotel".
"Não House, vamos ficar no seu quarto". Cuddy decidiu.
"Desculpe-me, mas eu não tive condições de pensar em algo". Blythe falou envergonhada.
"Fique tranquila Blythe, House é grande e eu sou pequena. Quer dizer... tirando a barriga".
Ambas riram e House bufou frustrado.
"Agora eu vou examiná-la". House disse.
"Greg...".
"Sem argumentações". E assim ele fez. Ao final, tudo parecia bem.
"Antes que você vá para o quarto eu queria te dar um presentinho. É para Gwen". Blythe falou. "Você pode pegar aquela sacola rosa, por favor?".
"Claro". Cuddy disse.
"Até a sacola é rosa!". House resmungou e sua namorada deu um selinho nele.
House corou, pois estava na presença de sua mãe. A senhora achou graça.
Era um jogo de toalhas de banho rosa com uma abelha muito fofa bordada, além disso também tinha um jogo de cama que combinava, incluindo um cobertor.
"Mais coisas rosa!". House disse frustrado.
"Naturalmente, Gwen será uma linda menininha".
Cuddy sorriu. "Obrigada, é lindo!".
House foi para o seu quarto acompanhado de sua namorada. Ela estava muito ansiosa. Quando abriram a porta era como se ela estivesse entrando no túnel do tempo e voltando para a década de 70/80.
"Wow!". Ela disse.
Era definitivamente um quarto de garoto. Um garoto meio geek, meio rebelde, roqueiro e hormonal.
Havia uma cama de solteiro, grande até para os padrões. Uma parede decorada com papel de parede escuro, enquanto as outras eram mais claras. Nessa parede mais escura haviam pôsteres do The Who, Nastassja Kinski, Rocky Balboa, Doctor Who e um desenho muito bem feito de alguém jogando Lacrosse. Ela olhou para a escrivaninha e havia uma miniatura de uma moto e outra de um carro antigo.
"Meu Deus, parece que eu estou no quarto de Greg House aos dezoito anos". Ela disse chocada.
"Eu também. Isso é assustador!".
Ele abriu a gaveta e encontrou uma revista Playboy. "Oh Deus, eu esqueci essa pra trás".
Ela riu alto. "Você deixou uma Playboy pra trás?".
"Eu levei para a faculdade apenas algumas edições especiais, as outras eu dei para uns meninos aqui do bairro, eu virei ídolo deles quando eu fiz isso".
Ela riu e tirou a revista das mãos dele.
"Quer dizer que eu corro sérios riscos de encontrar paginas coladas nessa revista?".
Ele sorriu. "Eu era cuidadoso".
Ela riu alto. "É interessante pensar que o jovem Greg House se masturbou com essa revista".
"Os jovens de antigamente eram muito mais criativos e imaginativos, não tínhamos pornografia fácil como hoje em dia".
"E as outras revistas que você levou para a faculdade? O que você fez com elas?".
"Acontece que a vida na faculdade era muito mais interessante do que as revistas, então eu as entreguei para alguns nerds que não conseguiam transar".
Ela balançou a cabeça. "Claro, porque você era o garanhão".
"Você sabe bem disso".
Ela deu um tapa com a revista no braço dele.
Ele riu.
"Quem é essa mulher?". Ela perguntou apontando para o pôster.
"Nastassja Kinski, eu tive um grande crush por ela".
"Então você também se masturbava olhando para o pôster?".
"O tempo todo".
"Homens são porcos!". Ela disse bem humorada.
"Eu era um cara de dezessete anos".
"Imagino... Se agora você é insaciável".
"Obrigado por esse elogio espontâneo".
Ela sorriu e o beijou suavemente.
"Eu duvido que você não se masturbava tipo... muito... quando tinha dezoito anos". Ele a provocou.
"Eu não quero responder isso". Ela disse contendo um sorriso.
"Eu me lembro de você quando você tinha dezoito anos...". Ele falou malicioso.
"Boas lembranças?". Ela perguntou o instigando.
"As melhores!". Ele disse com uma voz sedutora.
"O jantar está pronto!". Eles foram interrompidos com uma batida na porta de John os convocando para o jantar.
"Que susto!". Cuddy disse.
"Ele é assim mesmo, sempre foi assim e claro que não iria mudar". House comentou.
"Rocky Balboa, sério?". Cuddy tentou falar de algo mais divertido.
"Eu gosto de Boxe, Rocky é um grande filme".
Ela riu. Aquilo era maravilhoso demais, tantas revelações.
"Quem fez aquele desenho?". Ela perguntou curiosa.
"Luna".
"A sua namorada?".
"Ex-namorada".
"Era você na imagem?".
"Sim".
"Ela desenha muito bem".
"Sim". Ele estava sendo evasivo.
"O que aconteceu entre vocês?".
"Nós namoramos até que um dia terminarmos".
Cuddy fez cara de 'Duh'.
"Eu sei, mas... Como foi? Ela era importante pra você?".
"Com dezessete anos ter uma namorada pra transar... Claro que ela era importante pra mim e para o meu pênis".
"Só pra isso?".
"Não, Luna era diferente das meninas daqui, eu gostei dela".
"Por que terminou então?".
"Eu fui para a faculdade".
"Vocês namoraram até você sair de casa?".
"Nós terminamos poucos meses antes disso".
"Uh...". Cuddy sabia que não era toda a história.
"Foi coisa de adolescente". Ele despistou.
Cuddy não pode deixar de sentir ciúme. Não tinha sentido nenhum, ela sabia racionalmente, mas ela não pode evitar.
Havia uma estante com muitos livros de física, química, biologia, música e literatura. Incluindo livros em outros idiomas e um Manual do Xadrez Moderno.
"Wow, são muitos livros. Você leu todos?".
"Sim, alguns mais de uma vez".
"E esse carro...". Ela referia-se a miniatura.
"Isso não é qualquer carro, isso é uma miniatura de um 1931 Duesenberg Model J Murphy.
"Wow!".
"Você não tem nem ideia do que isso significa, não é?".
"Não". Ela respondeu rindo.
Ele sorriu balançando a cabeça.
"Me admira você não ter nenhum disco de vinil aqui". Ela disse.
"E você acha que eu deixaria meus vinis em casa?".
"Você deixou a revista Playboy".
"Aquilo foi um esquecimento, ou talvez... eu tenha deixado de proposito pra irritar o meu pai". Ele admitiu.
Cuddy riu.
Ela também viu roupas dele que estavam dentro do guarda-roupas. Cuddy abriu o sorriso.
"Oh meu Deus, você usava isso?". Cuddy disse pegando uma calça de couro preta.
"Era moda na época".
Ela riu alto. "Eu queria ter visto Gregory House com uma calça de couro".
Ele virou os olhos tentando esconder o acanhamento. "As garotas não reclamavam".
"Eu imagino que não, você devia ficar um pedaço de mau caminho completo nisso daqui. Eu imagino aquela bunda nessa calça".
Ele riu tímido.
"Você já fez sexo nessa cama?". Cuddy perguntou curiosa e enciumada.
"Não".
"Mas você trazia garotas...".
"Mas não fazia sexo aqui com elas. Nós podíamos dar uns amassos, mas sem sexo".
"Por quê?".
"Meus pais. Eu não queria que eles ouvissem nada... Minha mãe quase nunca saia de casa, eu não tinha muita brecha aqui".
"Entendo".
"Nessa cama já aconteceu no máximo sexo oral".
"Uh...".
"Mas só isso. Algumas brincadeiras sem nunca chegar ao home run...".
"Mas garanto que você já molhou essa cama". Ela disse maliciosa.
"Eu era muito cuidadoso".
"Então aonde você fazia sexo?".
"Na casa das garotas quando os pais delas saiam, ou na casa de um garoto aqui do bairro. Ele alugava o quarto dele por cinco dólares".
"Sério?".
"Sim. Ele não alugava para todos, só para os mais próximos e eu tratei de ficar próximo dele".
Ela riu.
"Então essa noite faremos sexo nessa cama. Vamos preencher todos os desejos ocultos do garoto Greg". Cuddy anunciou.
"Você esqueceu que meus pais estarão aqui?".
"E daí?". Ela deu um olhar malicioso para ele.
"Oh Deus!". Ele suspirou, pois sentiu que não iria resistir.
Eles desceram para o jantar. Blythe também desceu com o auxilio do filho.
"Você com essa perna ruim vai derrubá-la da escada". John disse e Cuddy olhou para ele muito irritada.
"Greg não faria algo imprudente".
"Você parece que não o conhece".
"Está tudo bem John, eu já estou aqui embaixo. Obrigada filho".
Cuddy queria estrangular esse velho inconveniente.
"Tudo bem, Cuddy". House disse quando viu que ela estava irritada.
Eles sentaram a mesa para a refeição. House começou a ter lembranças desagradáveis das refeições em família que compartilhou com os pais naquele mesmo lugar.
"Como eu não estou em condições para cozinhar, nós pedimos comida de um restaurante muito bom aqui da cidade". Blythe disse.
"Fique tranquila Blythe, está tudo maravilhoso". Cuddy respondeu simpática.
"Vocês irão se casar?". John perguntou.
"Nós já tivemos essa conversa antes pai". House respondeu.
"Ela está estourando de tão grávida e nem assim você colocará um anel no dedo dessa mulher?".
"Obrigada por dizer que eu estou estourando". Cuddy falou.
"John se expressou mal, querida. Você está deslumbrante". Blythe disse, como sempre tentando amenizar a situação.
"Você está morando na sua casa e ela na dela?". John perguntou confuso.
"Na verdade ele está ficando comigo". Cuddy respondeu e John riu alto.
"Um homem que fica na casa da mulher, que coisa ridícula".
"E qual é o problema disso?". Cuddy aumentou o tom de voz.
"Cuddy, ignore!". House falou.
"Ele não tem a dignidade de desposá-la e tão pouco de comprar uma casa para que a família more".
"Nós estamos muito bem onde estamos, fique tranquilo". Cuddy falou irritada.
"Quem quer comer mais salmão?". Blythe perguntou sorrindo fingindo que não havia nenhum clima hostil à mesa.
"Eu estou satisfeito". House falou.
"Eu também". Cuddy disse.
"Ainda temos a sobremesa, John, você pode buscar?".
"Eu vou!". House disse levantando-se antes de seu pai.
"De repente a perna dele ficou boa. Ele está andando como uma gazela". John comentou.
Cuddy estava muito indignada, John reparava e reclamava de absolutamente tudo que o seu filho fazia.
"Aqui está". House trouxe as tortas crocantes de sorvete.
"Essa sobremesa é divina, Lisa".
"Obrigada Blythe. Realmente parecem deliciosas".
A sobremesa era extraordinária, mas John tirava o sabor de tudo com o seu mau humor.
"Quem escolheu o nome dessa menina? Gwenbolla?".
"É Gwenola". Cuddy o corrigiu.
"Esse nome não é muito patriota, hein? Não é de origem americana". John provocou.
"E nem a minha família é de origem americana". Blythe respondeu em um rompante de indignação que não era usual. "Eu achei o nome lindo, forte!".
"Obrigada". Cuddy tentou sorrir.
"Eu espero que vocês se comportem essa noite, pois estão em casa de família". John falou levantando-se da mesa.
House encarou o pai até que ele subisse a escada.
"Desculpe, John...".
"Blythe, eu não quero perturbá-la, mas como você consegue conviver com ele?". Cuddy perguntou.
"John não é assim sempre".
"Ele é assim quando eu estou por perto". House falou.
"É verdade?". Cuddy perguntou para ela.
"Não é exatamente verdade...".
"Claro que é verdade mãe. Ele me odeia".
"Ele não te odeia".
"Então é algo bem próximo disso". House falou triste.
"Por que ele saiu da mesa abruptamente?". Cuddy perguntou.
"Toque de recolher". House respondeu e Cuddy ficou o encarando sem entender nada.
"Quando ele está satisfeito com o jantar ele se retira da mesa e vai para o quarto, só então podemos deixar a mesa. Se deixamos antes disso, você é repreendido. Quando eu era pequeno, eu pagava penitencias".
Cuddy arregalou os olhos chocada.
"Eu... Eu preciso subir". Blythe falou. "É melhor eu me deitar".
"Claro que sim". House disse frustrado, sua mãe nunca tomava uma posição, sempre tentava remediar tudo.
House a ajudou a subir as escadas e depois voltou para a sala onde estava Cuddy.
"O seu pai é insuportável!". Ela disse.
"Bem vindo ao meu mundo. Pelo menos era o meu mundo".
"Nós vamos fazer muito sexo essa noite naquele quarto". Ela falou.
House sorriu, mas logo o semblante dele ficou sério. "Cuddy, eu... sobre morar na sua casa...".
"House, não há nenhum problema, nós estamos bem".
"Nós nunca falamos sobre isso, eu simplesmente tenho ficado lá e tenho levado algumas roupas".
"E está ótimo para mim. Na verdade, eu preferia que você levasse tudo e se mudasse definitivamente". Ela foi sincera.
"Nós realmente estamos fazendo isso?".
"Eu espero que sim".
"Nós realmente estamos morando juntos? Isso está ficando sério".
"House, isso já está sério". Ela falou apontando para sua barriga.
"Sim, eu sei mas...".
"Você não quer morar comigo?". Ela perguntou magoada.
"Não é isso. Eu cheguei e peguei o seu espaço e nem perguntei nada. É a sua casa...".
"A minha casa não teria nenhuma graça sem você. Eu era solitária, a casa era vazia e silenciosa, eu não queria nem ficar em casa, eu vivia no hospital para não precisar voltar e sentir-me sozinha, quantas noites eu chorei... Você trouxe vida para minha casa. Você trouxe vida para a minha vida". Ela apontou Gwen mais uma vez.
"Você quer mudar para uma casa maior?".
"Eu gosto da nossa casa. E você?".
"Eu também, o único problema é o meu piano".
"Nós daremos um jeito...".
"O colocaremos no telhado?". House falou sarcástico.
"Podemos construir um cômodo para ele".
"Aonde?".
"Temos espaço, confie em mim. Eu vou dar um jeito".
"Eu preciso procurar uma coisa". House disse abruptamente.
"O quê?".
Ele não respondeu, subiu para o sótão e ela o acompanhou curiosa. Não havia muita coisa por lá, Blythe era organizada. Mas ele sorriu quando viu um livro com uma capa dura.
"Isso!". Ele entregou para Cuddy.
"O que é isso?". Ela perguntou abrindo.
"Oh meu Deus! É o que eu estou pensando?".
Continua...
O que será que é esse livro de capa dura?
