Nota: Esse capítulo contém trechos do script original da série adaptado. A série e os personagens não me pertencem, estou apenas usando minha imaginação para criar um cenário de ficção.
Capítulo 44 – Mudanças
Ch-ch-ch-ch-Changes
(Turn and face the strange)
Ch-ch-Changes
Don't tell them to grow up and out of it
Ch-ch-ch-ch-Changes
(Turn and face the strange)
Ch-ch-Changes
Where's your shame
You've left us up to our necks in it
Time may change me
But you can't trace time
Strange fascination, fascinating me
Changes are taking the pace I'm going through
Música: Changes – David Bowie
Cuddy receberia alta naquele dia. O casal não via a hora de ir pra casa com Gwen. No hospital, House estava muito ausente da sala de Diagnóstico, mas sabia que o clima entre Chase e Foreman não era dos mais amigáveis.
Eles foram para casa no horário do almoço. Cuddy estava muito feliz, e quando ela passava pela recepção a caminho do estacionamento, ela notou que metade do hospital devia estar ali para vê-los. De fato, a noticia de que a filha de House era muito fofa se espalhou como uma bomba pelo hospital, e todos queriam ver se era real, mas era. A menina era linda.
"Devíamos cobrar ingressos. Ficaríamos ricos!".
"Nossa filha não é um animal em uma jaula do zoológico". Cuddy reclamou.
"Mas nem a filha da Madonna teve tanto assédio". Ele falou e ela riu.
House dirigiu e Cuddy foi no banco de trás com a filha.
"Ei bebê, você está indo para a sua casa. Você tem um quarto lindo, cor de rosa e todo cheio de animais".
House revirou os olhos.
"Papai diz que não gostou do quarto, mas tenho certeza de que ele adorou. É fofo que nem você, bebê".
"Não ouça a sua mãe, menina. Você não é obrigada a gostar de todas essas coisas clichês".
Cuddy riu.
Quando chegaram em casa Cuddy levou Gwen direto para o quarto e fez várias fotos da bebê em seu berço. A menina pareceu não estranhar o ambiente, pegou no sono rapidamente.
"Já que ela dormiu, eu acho que também vou tirar um cochilo". House disse.
"Mas vamos deixá-la aqui? Sozinha?". Cuddy perguntou.
"Ela está no berço dela, não? Esse não é o quarto dela?".
"Mas ela tem dois dias de vida".
"E qual é o problema?".
"Não deveríamos deixá-la no nosso quarto? Conosco?".
"Não Cuddy. Ela precisa se acostumar ao ambiente dela. E está tudo preparado. Você gastou um belo dinheiro aqui. No mais, temos o super hiper mega monitor de bebê com câmera.
House havia caçoado muito de Cuddy quando ela comprou o monitor de bebê com câmera. Ela gastou muito dinheiro para ouvir e ver Gwen no berço.
"Mas pode ser tarde... Se algo acontecer, até chegarmos no quarto pode ser muito tarde".
"Tarde tipo... 10 segundos?". Ele perguntou chocado com a preocupação e ansiedade de Cuddy.
"Você parece que não se importa". Ela disse e começou a chorar. Aqueles hormônios...
"Cuddy... Veja bem...". Ele disse enquanto a abraçava. "Gwen tem tudo de melhor e aqui é ultra seguro, mas seguro do que Azkaban. Nós deixamos esse lugar ótimo pra ela. Não seria bom se ela acostumasse desde cedo com o espaço? Se nós nos acostumássemos também?".
Ela estava irritada porque ela estava tão emocional e ele tão racional como sempre, como ele conseguia ser racional até nisso?
"Tudo bem, vamos tentar".
"Ótimo. Vamos nos deitar. Ligamos o monitor e nos deitamos na nossa cama". House disse.
"Você não está com fome?". Cuddy perguntou.
"Logo ela irá acordar para mamar, então nós pensamos em algo para comer".
E foram.
House dormiu profundamente, mas ela não pregou os olhos. O tempo todo Cuddy olhava o monitor para ter certeza de que Gwen estava bem. Quando House acordou, Cuddy não estava ao seu lado, ele suspirou e foi até o quarto de Gwen.
"O que você faz aqui?". Ele perguntou quando a encontrou em pé olhando a filha dormir.
"Eu queria ter certeza de que ela está... respirando". Cuddy falou envergonhada. "Desculpe se eu estou louca, ela é minha filha, ela veio do meu ventre, agora ela está aqui fora sozinha... Eu tenho medo".
"Está tudo bem!". House a abraçou e não disse mais nada. Cuddy chorou compulsivamente até que Gwen acordou para mamar. A menina chorou e Cuddy a pegou sorrindo.
"Vou amamentá-la". O rosto de Cuddy mudou.
"Tudo bem. E eu vou preparar algo para comermos". E assim ele fez.
Naquele dia à noite, Gwen dormia em seu berço e o casal foi para cama.
"Você precisa estar bem para cuidar dela, logo ela vai acordar para mamar novamente". Ele disse.
"Eu sei".
"Venha aqui". Ele a chamou e ela se aninhou no peito dele. Cuddy conseguiu pegar no sono por duas longas horas, até que Gwen acordou para a próxima mamada.
No dia seguinte House e Cuddy pareciam zumbis devido ao sono interrompido durante toda a noite. Mas Cuddy estava imensamente feliz.
Eles receberam Wilson para uma visita. Ele levou um elefante de pelúcia gigante para Gwen.
"Não tinha um maior?". House ironizou.
"Não dê atenção a ele, House está mal humorado porque não dormiu direito. É um lindo presente, Wilson!". Cuddy falou.
"Sim, podemos deixá-lo no telhado, acho que é o único lugar onde ele vai caber". House continuou.
"Vai ser difícil lidar com House nos próximos meses, já que Gwen deve acordar durante a noite pelos próximos meses". Wilson disse.
"Nem me lembre disso!". Ele respondeu.
"Ela é ótima. Quase não chora, só mesmo para mamar". Cuddy falou acariciando a testa da filha que estava em um carrinho para bebês.
"Ela é linda!". Wilson disse.
"Fale algo menos óbvio". House se gabou.
"Gwen, eu espero que você não puxe esse mau humor do seu pai". Wilson falou para a menininha.
Mais tarde Blythe foi visitar a neta, ela se encontrou com Arlete, Julia e seus filhos na casa de Cuddy.
"Cadê a coisa mais fofa da vovó?". Blythe perguntou quando pegou Gwen no colo.
"Ela já cresceu nesses três dias". Cali observou. Ela estava encantada com a prima.
"Essa é a intenção". Cuddy respondeu para a sobrinha.
"Por que um elefante tão grande?". Arlene perguntou quando viu o bicho de pelúcia na sala.
"Porque Wilson precisa compensar seu pênis pequeno". House respondeu e Cali riu.
"House!". Cuddy chamou a atenção dele. "Gwen está aqui".
"Até parece que ela vai entender...". Ele fez uma cara de 'Duh'.
"Mas nós entendemos". Arlene falou.
"Que bom! Isso quer dizer que vocês não têm dano cerebral e nem problemas auditivos". Ele disse irônico.
"Essa menina é muito fofa!". Julia fez uma voz mais fina pra falar com a sobrinha.
"Mas tem ouvidos bons, cuidado!". House falou.
"House, vá dormir um pouco". Cuddy ordenou.
"Por quê?".
"Você precisa de sono".
Ele bufou, mas foi. Afinal, ele realmente precisava dormir.
Naquela noite Cuddy estava tomando banho e Gwen começou a resmungar.
"O que foi borboletinha fedida?". House perguntou para a filha. "A sua mãe está no banho, agora você só tem o seu velho aqui. E eu não tenho seios...".
House a pegou.
"Uh... esse cheiro... Você está toda cagada, não? Como uma coisa tão pequena faz tanto coco?".
Ele então a colocou no trocador de fraldas e, pela primeira vez, trocou a fralda de Gwen. Cuddy saiu do banho e ele estava terminando a troca da fralda.
"Você passou o creme para evitar assaduras?". Ela perguntou tensa se enrolando na toalha.
"Sim, senhora".
"Você colocou a fralda do lado certo?".
"Sim, senhora".
"Você tomou cuidado para limpá-la? Meninas exigem o dobro da atenção".
"Sim, senhora. Eu tomei cuidado com a hoo hoo da minha filha".
Ela riu.
"Eu sei trocar fraldas". House falou irritado.
"Desculpe, eu sei que eu estou muito encanada com tudo".
"Nós ficaremos bem!". Ele disse.
House estava tão calmo e seguro desde o nascimento de Gwen, Cuddy não sabia exatamente a razão disso, mas ele estava trazendo paz para elas já que, por outro lado, ela estava muito tensa e preocupada. Além de estar inundada pelos hormônios, o que, por si só, não ajudava.
A semana passou, Gwen era muito boazinha, quase não chorava, acordava para mamar e voltava a dormir rapidamente. O sonho de bebê de todos os pais.
"Eu não entendo os pais que reclamam". House falou sarcástico. "É mais fácil do que criar um filhote de cachorro".
"Compare minha filha com cachorros novamente que eu arranco as suas bolas".
"É uma maneira de dizer apenas para comparar o quanto é fácil. Ela é muito tranquila, é só ler o manual e tudo se resolve".
De fato House havia comprado um livro de bebês 'Papai e sua filha menina'. Ele deixava escondido, um dia Cuddy encontrou e achou muito fofo. Ela nunca disse para ele que encontrou o livro com medo de que ele ficasse envergonhado o bastante para dar o livro embora.
"Não fale isso... Que ela é calma e que é fácil".
"Você acha que pode dar azar?". Ele perguntou bem humorado.
"Não sei, mas é melhor não comentar muito".
Ele achou graça. "Tudo bem que ela acorda durante a madrugada toda para mamar e trocar fraldas, mas isso é de se esperar e tirando isso...".
"Você tem sido um bom pai". Ela falou se aproximando dele na cama.
"Eu só fiz trocar fraldas até agora. E cuidar dela quando você está no banho".
"Por ora é tudo o que precisamos fazer. Você papai, merece uma recompensa". Ela disse maliciosa.
"Não me provoque!".
"Eu não vou só provocar você!".
"Você sabe que não podemos...".
"Eu tenho outros recursos além das minhas partes femininas".
"Oh...". Ele estava sem palavras.
"Acomode-se!".
Ele se encostou na cama ansioso.
Cuddy começou a massagear o pênis do namorado por cima da calça do pijama.
"Uh...". Ele gemia.
"Depois ela abaixou a calça do pijama e começou a lamber a protuberância crescente por cima da boxer.
"Oh meu Deus!".
"Como você é fácil!". Ela disse.
"Eu estou há uma semana sem sexo".
E então ela tirou o pênis dele já inchado e começou a provocá-lo com a língua. Ela lambia a cabeça, depois estendia até a base. E voltava repedindo tudo outra vez. House estava fechando os olhos para conseguir se controlar e não terminar tudo muito cedo. E então ela olhou pra ele com o pênis em sua boca.
"Oh meu Deus!". Ele falou novamente quase se perdendo completamente naquela cena tão erótica.
Cuddy então começou a engoli-lo, primeiro bem lentamente, até que, pouco tempo depois, ela acelerou e House estava louco, ele movia o quadril para cima. Em poucos minutos ele gozou na boca da namorada. Foi um orgasmo intenso, já que ele estava há mais de uma semana sem sexo ou qualquer alivio nesse sentido.
Ele ainda estava nas ondas do orgasmo quando Gwen chorou. Cuddy rapidamente foi ao banheiro e correu para a filha. Ele ficou para trás ainda atordoado.
Minutos depois, ele a encontrou no quarto de Gwen amamentando a pequena.
"Ei".
"Ei... Ela estava com fome".
"Eu também". Ele falou malicioso. "Obrigado por... aquilo".
"Você não tem que me agradecer. Me dá prazer te dar prazer".
"Eu queria poder retribuir". Ele sentou-se na poltrona com ela e começou a beijar o pescoço da namorada enquanto Gwen estava no colo da mãe mamando.
"Não agora House... Eu estou amamentando". Ela disse toda arrepiada.
"Eu te amo!".
"Eu também te amo!". Ela respondeu sorrindo. "Amo vocês dois!".
Alguém havia sabotado a entrevista de Foreman, a repercussão gerada foi enorme. Todos se esquivando e ninguém assumindo a responsabilidade. Foreman ligou para House o acusando e ele negou que tenha sido o autor da sabotagem. House acusou Cuddy de ter sabotado a entrevista de Foreman.
"Eu estou em casa, focada em cuidar da minha filha, você acha que eu teria tempo de pensar nisso?".
House a olhou fixamente e a cheirou.
"O que foi?". Ela estranhou a atitude dele.
"Estou procurando por piscadas rápidas, lábios contorcidos, cheiro de mentira. Eu sempre posso dizer quando você mente".
"Traga o pacote de fraldas. Faça algo útil!". Ela respondeu.
"Oh... E eu quase esqueci de dizer. O meu time dará cogumelos alucinógenos a um jovem com cefaleia. Tudo bem?".
"Sem problemas. Eu não sou a reitora atual, estou de licença maternidade. Lembra?".
"Então tudo bem". Ele ia saindo.
"Eu estava sendo sarcástica". Cuddy correu atrás dele pela casa.
"Você não será a reitora responsável no tributal. Fique tranquila".
Mais tarde, House precisou ir até o hospital para o último caso. Pois as complicações estavam se agravando. Blythe foi ajudar Cuddy durante a ausência do namorado.
As acusações sobre a sabotagem da entrevista de Foreman continuava. Chase foi quem percebeu que House era o autor da sabotagem.
"Se você quer que ele fique, diga a ele". Chase falou.
"Eu não quero. E seria inútil".
"Você quer, sim. Quer fazê-lo se sentir necessário. Converse com Foreman".
Após descobrir qual era a doença do paciente, House havia deixado Foreman fazendo uma biopsia desnecessária a noite passada inteira, como vingança? Ele não sabia ao certo, mas pareceu tentador.
No dia seguinte...
"Eu preciso ir para o hospital". Ele informou Cuddy.
"Novamente?".
"Eu não tenho culpa se ninguém é tão competente quanto eu. Quem faz as contratações é você".
"House... Eu preciso de ajuda aqui".
"Gwen é uma criança tranquila. Eu não devo demorar".
"Me dê o telefone".
"O que você fará? O arremessará na minha cabeça?".
"Vou chamar Julia".
House entregou o telefone para ela e ele foi para o hospital assim que Julia chegou para ficar com Cuddy.
De fato o clima era complicado entre Foreman e Chase e o loiro estava bastante perturbado com a situação toda. Aliás, todos estavam emocionalmente no limite, inclusive House que estava no hospital contra a sua vontade.
"House, eu não me importo se Foreman fica ou vai... Mas ele precisa parar de agir como se fosse um mártir". Chase disse.
"Você está demitido!". House o informou.
"O quê? Porque eu gritei com você antes?".
"Porque você está aqui há algum tempo, já aprendeu o que podia, ou não aprendeu nada. Seja como for, é hora de mudança".
"Tudo bem". Ele respondeu ainda surpreso.
Alguns minutos depois ele recebeu uma ligação de Cuddy.
"Está tudo bem aí?". House perguntou para a namorada.
"Você demitiu Chase? Você está louco?".
"Wow. Como esse hospital é um enorme reality show".
"Você é um pai agora, precisa de tempo e precisa de um time enquanto você trabalha de casa".
"Precisamos de uma mudança".
"Não agora House! Não com Gwen recém-nascida!".
"Nem sempre as coisas acontecem na hora que julgamos ser melhor...".
"House, Cameron não vai dar conta de tudo sozinha. E eu preciso de você aqui!".
"Por que você demitiu Chase?". Cameron entrou na sala também.
"Você o demitiu por minha causa?". Foreman também estava lá.
"Você ficaria se eu tivesse feito por sua causa?". Ele perguntou para Foreman.
"Você pediu pra ele demitir Chase?". Cameron perguntou indignada.
"Não!" . "Sim!". Ambos responderam simultaneamente.
E a discussão continuou.
Nesse momento Wilson entrou na sala dele. "Você demitiu Chase? Você está fora de si?".
"Alguém sabe o resultado do exame do meu paciente?". House perguntou para ambos. Cuddy ainda estava ao telefone.
"Por que você demitiu Chase?". Cuddy perguntou.
"Alguém sabe o que está no PET?". House a ignorou.
"House, peça para Cameron e Foreman saírem da sala, preciso falar com você". Cuddy ordenou.
"Peça você mesmo". Ele disse e colocou o telefone no viva-voz.
"Dra. Cameron e Dr. Chase, nos dê licença, preciso falar com o pai da minha filha".
House arregalou os olhos, "Oh, isso deve ser sério...".
"House...".
Ele deixou o celular de lado e ligou para Chase do telefone de mesa. Chase não atendeu então ele deixou um recado perguntando sobre o PET.
"Alô! House?". Cuddy gritava do celular.
"Oi querida, eu estou aqui". House pegou o telefone outra vez.
"Chega de palhaçada!". Wilson disse.
"Chase é um bom médico, House". Cuddy dizia pelo celular.
"Você tem que voltar atrás". Wilson dizia pessoalmente.
"Desculpe, sala errada!". House falou. "Meu nome na portas, minha equipe, eu decido".
"Meu prédio, meu andar, meus funcionários". Cuddy gritou tão alto pelo celular que até Wilson ouviu.
O telefone de mesa tocou, House atendeu e era Chase. Ele sabia o resultado do PET.
"Obrigado! Você é indispensável. E você continua demitido. Desculpe".
"Oh, isso foi constrangedor". Ele falou para Cuddy e para Wilson.
"A paciente tem um coagulo no braço, o que significa... adeus". E ele desligou o celular e saiu da sala.
House ficou mais tempo no hospital do que o previsto. Cuddy não estava particularmente feliz com essa situação e tão pouco satisfeita com os impulsos de seu namorado em demitir um funcionário. Ela estava fora do hospital e sentia que tudo estava caindo por terra. Anos de trabalho para manter o departamento de Diagnóstico e House sob controle... O que eles fariam? O que ela faria com House sozinho com Cameron. Oh meu Deus, esse pensamento a apavorava. Ele ficaria sozinho com Cameron em seu time.
No final do dia House e Foreman tiveram uma briga. Foreman deixou claro que estava indo embora para salvar vidas e não para resolver casos, House pensava que as duas coisas estavam conectadas.
"Bem, então é isso". Foreman se despedia. "Eu agradeço a oportunidade que me deu".
"Não foi por você. Você era o melhor para a vaga".
"Obrigado, eu acho".
"É por isso que eu quero que você fique".
Wilson olhou chocado.
"Você é uma importante parte do time, preciso de você". House falou.
"Eu sei". Foreman respondeu arrogante. "Mas eu não preciso de você. E definitivamente eu não quero ser você. Você é infeliz".
"Eu acabei de solucionar um caso prevendo um defeito nunca visto no coração. Caso que você tentou, mas não conseguiu resolver. Estou felicíssimo".
"Por dois minutos, talvez. Até o próximo caso aparecer, até ficar fissurado pela próxima 'dose'. Você largou a sua filha em casa e veio pra cá. A sua filha recém nascida...".
"Não ouse a falar da minha filha". House levantou irritado.
"Calma, House". Wilson tentou conter os ânimos.
"A mulher fala durante uma parada cardíaca, e você se preocupa mais com a fala do que com o coração defeituoso". Foreman continuou.
"Os dois estavam conectados". House argumentou.
"Eu não quero solucionar casos. Eu quero salvar vidas".
"Você acha que ela se importa? Você acha que o marido dela se importa? Que os filhos que eles terão graças a mim se importarão com o motivo?".
"Eu me importo!".
"Com si próprio!" Com o seu próprio ego".
"House!". Wilson interveio.
"Você é o canalha egoísta eu não. Por isso gostou tanto de encenar essa despedida por longas semanas. Não foi por mim nem por ninguém! Certamente não ajudou ninguém". House desabafou.
Eles se encararam e Foreman se foi.
"Bela tentativa". Wilson disse.
"Belas tentativas não valem nada".
"Volte para a sua família". Wilson orientou. "Foreman está errado dessa vez, ele não entende o que você tem, ele é o infeliz aqui".
House olhou para ele e saiu sem responder.
Quando ele chegou na sua sala para pegar as coisas e ir pra casa, Cameron estava lá.
"Minha carta de demissão". Ela disse e House olhou para ela.
"Você não precisa...".
"House, Foreman está errado. Você e Cuddy formam um casal que funciona, aparentemente. E Gwen é uma linda bebê. Eu tenho que seguir em frente, uma mudança é necessária".
"A sua paixão por mim está te fazendo sair?". Ele a provocou.
"Não. O amor por mim me faz sair. Eu estou feliz por você, House. Sinceramente. E eu voltarei para ver se Gwen terá os seus olhos".
Ela se insinuou pela última vez, e antes de sair entregou a carta nas mãos dele e deixou sua mão escorregar pela dele como uma despedida.
Continua...
