Capítulo 45 – Garotinha do papai

Hey, little girl

Look what you've done

You've gone and stole my heart

And made it your own

You've stole my heart

And made it your own

Música: My Little Girl – Jack Johnson


"Você não vai ficar sem um time". Cuddy estava irredutível.

"Eu pensei em focar em você e Gwen por um tempo... Eu tenho uns dias de férias...".

O coração de Cuddy derreteu. Ela não podia negar que sentiu um imenso alívio quando soube que Cameron se demitiu, ela não conseguiria ficar em casa tranquila enquanto House ia para o hospital e passava o dia sozinho com Cameron.

"Vamos deixar o departamento de Diagnóstico fechado então?". Cuddy perguntou pra ele.

"Só por um mês, talvez dois".

Ela sorriu. "Eu vou falar com o board, não sei o que eles vão pensar disso, mas vou tentar convencê-los. Agora me ajude a trocar a fralda de alguém que fez caca".

"Essa menina é uma maquina de cocô". House reclamou enquanto pegava a filha.

"Eu já volto, preciso de um banho". Cuddy disse.

"Ei, máquina de cocô, o papai vai trocar a sua fralda pela milionésima vez em poucas semanas. Qual será o recorde do bebê que fez mais cocô em uma semana?".

Gwen o encarava com os seus grandes olhos arregalados, como se ela o entendesse.

"Você as vezes me assusta, sabia? Eu espero que você não esteja entendendo tudo o que falamos... Outro dia mesmo a sua mãe falou umas bobagens quando você estava presente...".

Ela continuava o encarando.

Então House começou a fazer caretas e barulhos engraçados e Gwen ficou muito interessada. A bebê começou a se agitar.

"Você gosta de uma bagunça, não é mesmo? Você realmente é filha das Calças de Festa". Ele falou bem humorado.

Depois de trocar a fralda ele a colocou no berço. Gwen dormia rapidamente, e em pouco tempo a bebê estava em um sono profundo e tranquilo.

"Ela já dormiu?".

"Sim, eu tenho o dom de fazer as mulheres relaxarem".

Ela riu alto. "Quer dizer que as mulheres dormiam quando estavam na sua presença ao invés de fazerem coisas mais interessantes?".

"Você quer que eu te mostre?".

"Eu não posso... Você sabe...".

"Você me provoca e depois joga a carta do resguardo".

Ela sorriu. "Eu adoro te provocar!".

Naquela noite House se aproximou dela e começou a abraçá-la e a beijar o seu pescoço.

"House, nós não podemos ainda...". Ela falou contra a vontade.

"Deixe-me só te sentir, por favor!".

Ele precisava estar perto do corpo dela, sentir o cheiro feminino de sua namorada. Sentir seus braços envolvendo aquela pele sedosa.

"Você está ficando excitado, eu posso sentir...".

"Sim, mas eu não vou te estuprar, fique tranquila".

"Eu posso resolver isso. Não como eu queria, mas...".

"Eu quero estar logo dentro de você".

"Eu também quero você dentro de mim. Mas enquanto isso eu posso te ajudar de outras formas...".

"Só se você me deixar te dar prazer também".

"Você sabe que eu ainda estou sangrando...".

"E eu não tenho nojo disso".

"Mas eu não gosto...".

"Vamos... me deixe te alegrar também".

"Você não vai colocar a boca...".

"Não, mas posso pensar em outras maneiras". Ele disse malicioso.

Ele a despiu e rapidamente se posicionou sobre ela nu. Cuddy estava tensa sem saber o que ele faria.

"Relaxe Cuddy, eu não vou te penetrar. Vamos brincar como dois adolescentes com tesão".

Então ele começou a esfregar o pênis duro contra o clitóris dela criando um atrito agradável.

"Oh meu Deus!". Cuddy agarrou o lençol.

House continuou o atrito prazeroso e Cuddy estava quase chegando ao orgasmo.

"Não pare House, não pare nunca!".

E ele continuou até que ela chegou ao ápice. Foi difícil para ele se conter e não penetrá-la, ele estava mais duro do que nunca.

"Oh meu Deus, eu precisava disso". Ela disse quando voltou de sua nuvem de prazer.

"Eu sei!". Ele respondeu satisfeito.

"Agora é a sua vez. Mas antes temos que te limpar". Ela colocou a calcinha e foi até o banheiro pegar uma toalha úmida para limpar o pênis do namorado.

"Não é muito agradável uma toalha molhada em um pênis duro". Ele disse.

"Mas uma boca molhada é?". Cuddy perguntou maliciosa.

"Aí é diferente...".

Cuddy então se posicionou para chupá-lo. Os barulhos e olhares que ela fazia foram o suficiente para o levar até a borda em poucos minutos.


As semanas passaram. O board do hospital aceitou que House ficasse duas semanas em casa, mas depois precisaria retornar para, pelo menos, o trabalho clinico.

Nessas duas semanas House esteve quase 100% do tempo em casa, com Gwen e Cuddy. Eles ficaram mais próximos do que nunca, Cuddy amou cada minuto, mesmo os que House tornou difíceis com sua personalidade teimosa e arredia.

"Eles acham que eu sou um inútil? Voltar para fazer serviço na clinica? Quantos incompetentes você contratou pra isso? Por que eu tenho que perder o meu tempo com nariz entupido e garganta inflamada?".

"Você está irritado e está descontando em mim". Ela disse.

"EU NÃO QUERO VOLTAR PARA FAZER SERVIÇO CLINICO. Qualquer macaco faz isso". Ele gritou como um menino mimado.

Gwen começou a chorar.

"Olha o que você fez! Você a assustou". Cuddy falou pegando a filha no colo.

"Até ela está desesperada em saber que o pai dela precisará fazer serviço clinico". Ele desviou.

"Oh querida, calma... Papai é um idiota, mas não tem nada para se assustar. Mamãe está aqui". Cuddy tentava acalmar a bebê.

House começou a sentir-se culpado, afinal, sua filha chorava desesperada por conta dele.

"Deixe-me!". Ele pediu para pegar Gwen no colo.

"Não chegue perto dela, seu ignorante".

"Cuddy... desculpe!".

Ela bufou e deixou House pegá-la.

"Oi bonequinha, desculpe o papai, eu não quis assustá-la. Eu odeio serviço clinico e você também odiaria se soubesse como é. Mas aqueles velhos engravatados querem me aborrecer e por isso me fazem voltar duas horas por dia para ficar examinando um monte de paciente fedido, catarrento e entediante".

Gwen parou de chorar e ficou olhando para o seu pai muito interessada.

"Viu? Ela se acalmou".

"Eu não sei como você faz isso, mas ela vai começar a entender o que você diz e isso não vai funcionar mais". Cuddy respondeu.

"Você só está com ciúme porque Gwen e eu temos uma conexão".

"Eu também tenho uma conexão com Gwen, eu tenho uma conexão desde que ela estava no meu ventre". Cuddy ficava irritada sempre que House a provocava com esse assunto, e ele fazia de propósito.

"Ei filha, mamãe não entende a nossa conexão".

"Eu não entendo? Ela cresceu dentro de mim, se tem alguém que não entende a conexão real é você".

House estava contendo uma risada.

"Ei filha, as pessoas falam com você com voz de idiota, papai não. Papai te trata como se você estivesse entendendo tudo, por isso você gosta mais do papai, não é?".

"Ela não entende nada ainda e ela não gosta mais de você do que de mim". Cuddy continuava incomodada com a conversa de House.

"Sua avó Arlene te chama de Gwenola e você não gosta disso...".

"O nome dela é lindo!".

"Mas você prefere Gwen, certo?".

Cuddy bufou.

"A sua tia Julia parece uma ridícula quando fala com você, tenho certeza de que você tem vontade de falar pra ela parar de ser tão estupida".

"House!".

"Tudo bem, Cuddy. A relação que eu tenho com nossa filha é como a sua com o seu pai. Eu e Gwen".

"Eu não serei como a minha mãe, se é o que você está insinuando". Ela estava irritada.

"Eu nunca falei isso". House se fez de desentendido. "Não é borboletinha?".

"House, está na hora de você ir. Para a clinica!". Ela pegou Gwen a força dos braços dele.

"Oh Gwen, mamãe quer nos manter afastados, mas nada vai quebrar a conexão única que temos".

"Vá House!". Ela falou irritada.


Na manhã do dia seguinte House se preparava para ir ao hospital perto das dez horas da manhã. Ele estava trabalhando na clinica há uma semana. Ele ia todos os dias por duas longas horas.

"Cuddy, isso tem que parar. Eu vou contratar um time, eu me rendo". Ele disse.

Ela sorriu.

Durante a última semana, House insistiu em pegar um caso sozinho e a situação se complicou por conta da teimosia dele em aceitar que precisava de um time.

"Eu você falar com o board".

"O que o seu substituto está fazendo lá no hospital? É sempre você quem fala com o board pra tudo".

"Ele está tratando das coisas praticas do dia a dia".

"E você, que deveria estar totalmente afastada, está fazendo as coisas estratégicas?".

"Basicamente". Ela respondeu sorrindo.

Gwen resmungou no berço. "Alguém acordou para ver o pai". House falou orgulhoso indo pegar a filha.

Ele começou a fazer cócegas na barriga dela com a barba e Gwen sorria. Cuddy adorava ver pai e filha se divertindo. A menina era a alegria da casa, Gwen era uma garota muito tranquila, ela pouco chorava, era alegre e enchia o coração dos pais de luz. Quando House saia, não via a hora de voltar pra casa para ver a filha. Ela tinha o pai nas mãos.

"Hoje Gwen completa quarenta dias de vida". Cuddy disse.

"E o que tem isso? Não me diga que você vai querer fazer uma festa como você fez quando ela completou trinta dias?". House a questionou. Cuddy havia feito uma celebração convidando alguns amigos e parentes. Blythe veio, John não, pois ele ficou pescando. Arlene, Julia, Wilson e algumas outras pessoas também vieram na ocasião.

"Minha mãe está irritada porque eu não fiz nada para os meus parentes judeus ainda".

"Você quer circuncidar a sua filha?". House perguntou sarcástico.

"Você entendeu o que eu quis dizer".

"Você nem é judia... Você nem segue as tradições judaicas".

"Mas é importante para a minha família".

"Então temos que fazer algo batista, pois é importante para a minha mãe". House disse. "Ainda bem que não tivemos um menino, você nunca cortaria o pênis dele".

Cuddy bufou, as vezes não era fácil conversar com House.

"Você é um cabeça dura. E um quebra clima". Ela falou irritada.

"Só porque eu estou argumentando com você sobre a nossa filha?".

"Quarenta dias, seu idiota! Eu esperava fazer sexo essa noite, mas perdi a vontade". Ela disse saindo do quarto.

"Não... não... não... você não diz isso e sai assim". Ele foi atrás dela.

"Você me deixou sem tesão".

"Eu posso deixá-la com tesão em um minuto". Ele retrucou.

"Eu não quero mais".

Ele respirou fundo. Ele teria que arrumar uma maneira de fazê-la subir pelas paredes naquela noite.


No hospital House tratou de começar o processo de contratação do seu novo time, isso o afastaria do serviço clinico e agradaria sua namorada, "Como eu posso contratar alguém se eu não posso testá-los? Como saberei que são bons?". Ele ligou para Cuddy perguntando.

"Você não sabe, só o dia a dia dirá".

"Como eu casaria com alguém sem ter feito sexo com ela antes?".

"Você é contra casamentos, isso não aconteceria de qualquer maneira".

"Falou bem. A contratação de um membro para o meu time será como um casamento. E eu sou contra".

"House, contrate um time ou você ficará oito horas por dia na clinica".

Ele bufou e desligou.

"Problemas?". Wilson entrou na sala de House.

"Eu preciso casar sem fazer sexo".

"O quê?". Ele não entendeu nada então House explicou.

"Eu contrato médicos para o meu time sem fazer sexo com eles...". Wilson respondeu bem humorado.

"Você namorou Emily por meses sem fazer sexo com ela".

"Era diferente".

"Não, era pior".

"Obrigado por me lembrar!".

"Por nada".

"O que você sugere então? Um teste sob pressão? No dia a dia?". Wilson perguntou e House franziu a testa em sinal de que havia tido uma ideia.

"Reality show!".

"O quê?".

"Eu amo reality show!". Ele falou e saiu.

"Oh Deus!". Wilson já previa o pior.


Gwen estava chorando fora do comum naquela noite e House foi ajudar Cuddy.

"Eu acho que ela está com cólica".

"Deixe que eu cuide dela".

"Não vai adiantar, você não terá sexo hoje. Eu estou muito descontente".

"Eu não estou fazendo isso por sexo, eu estou fazendo isso porque eu sou o pai dela". House fingiu-se ofendido.

"Tudo bem". Cuddy falou desconfiada. Mas saiu para o banho.

"Ei minha garotinha, você realmente não quer que o papai e a mamãe sejam felizes essa noite? Dê uma força para o seu velho aqui, por favor!". Ele falou baixo com a filha. Depois começou a massagear a barriga dela. Ele deitou-se no sofá cama que ficava ao lado do berço e a colocou sobre ele. O calor do corpo do pai deve ter acalmado as cólicas, pois Gwen parou de chorar e em poucos minutos estava dormindo. House acariciava os poucos cabelos da filha enquanto ela pegava no sono. Ele estava completamente apaixonado por aquela pequena.

Cuddy passou pelo corredor e viu toda a cena, a irritação dela deu lugar a lagrimas nos olhos. Era lindo vê-los juntos. Os dois amores da vida dela.

Minutos depois House entrou no quarto e se preparou para dormir, antes ele colocou os óculos de leitura e começou a ler uma revista médica. Cuddy ficou incomodada, ela tinha certeza de que ele tentaria algo mais, então ela começou a se insinuar e a roçar seus glúteos em House. Ele fingia que não notava, mas estava ficando difícil se conter.

"Você está fazendo isso de propósito?". Ele perguntou.

"Fazendo o que?". Ela se fez de desentendida.

"Esfregando essa enorme bunda em mim".

"Minha bunda enorme está quieta".

"Quieta? Essa bunda enorme está fazendo o meu enorme pau ficar animado". Ele disse.

"Pare de ser tão grosseiro. Eu queria algo romântico hoje...".

House se derreteu. "Eu posso ser romântico".

Ela sorriu. "Você pode ser romântico?".

"Com certeza!".

E ele já tirou os óculos e se aproximou.

"Eu senti muito falta sua". Ele disse e a beijou suavemente.

"E eu senti falta sua".

Os beijos se intensificaram.

"Precisamos usar preservativos". Cuddy falou entre beijos.

"Eu não tenho nenhum". House disse preocupado.

"Eu comprei alguns...".

"Você não queria fazer sexo e comprou preservativos?". House parou os beijos para perguntar.

"Eu sabia que eventualmente faríamos sexo. Agora pare de falar e volte a ação!".

Os beijos deram lugar a uma urgência na retirada das roupas. Mas House tentou manter tudo muito romântico e sentimental. Ele beijou cada parte do corpo dela.

"Olá querida hoo hoo, como eu senti a sua falta!". Ele disse e logo começou a trabalhar a sua língua naquela região.

"House, oh meu Deus!".

Não demorou nada para Cuddy ter o primeiro orgasmo.

"Só me dê um segundo...". Ela pediu ainda se recuperando. Mas House não parou, ele beijava o pescoço dela, os seios. Logo Cuddy estava pronta para mais.

"Pegue o preservativo, eu quero sentir você dentro de mim". Ela disse.

House sorriu, pegou uma embalagem de preservativo e entregou para ela. Cuddy fez questão de desenrolar o preservativo nele usando a boca.

"Eu acho que nunca ninguém colocou o preservativo em mim de forma mais sexy".

"Eu não quero saber de outras pessoas enquanto estamos fazendo sexo". Ela disse e o empurrou para a cama.

"Você quer controlar? Ou quer que eu controle?". Ele perguntou tentando se conter para não avançar demais.

"Eu não sei como será depois do parto... Melhor eu controlar". Ela falou e já o montou.

No começo Cuddy sentiu um desconforto, pois o parto, os pontos que ela levou e o tempo sem sexo fizeram efeito. Ela o tomou completamente, mas lentamente. Quando ele estava todo dentro dela Cuddy parou para se ajustar.

"Só me dê um segundo". Ela pediu. Estava difícil para House não se mover, mas ele estava se controlando. Logo Cuddy começou a se mover lentamente, com movimentos circulares.

"Uhhh...". House gemia.

Em pouco tempo Cuddy começou a intensificar a velocidade.

"Oh meu Deus!". Cuddy gemia.

"Está bom? Dói?".

"Não mais... está muito bom!".

"Oh meu Deus! Oh Cristo!". Cuddy gemia quando House começou a acariciar o clitóris dela.

Em pouco tempo ambos chegaram ao orgasmo.

"Eu te amo!". House disse enquanto tirava o preservativo de seu pênis que começava a amolecer.

"Só porque eu te fiz gozar?". Ela perguntou divertida.

"Você me fez gozar muitas vezes. Mesmo quando nós não estávamos juntos você me fazia gozar. Mesmo involuntariamente você me faz gozar".

Ela riu alto.

"Você também...".

"Oh meu Deus, temos finalmente a confissão de que você se masturbava pensando em mim?".

"Isso não é um segredo".

"Oh, eu já posso morrer feliz!". Ele disse se gabando.

"Não seu idiota, você não pode morrer agora". Ela bateu no peito dele e depois o abraçou forte. "Ninguém nunca me fez sentir assim...".

"Assim como?".

"Eu te amo. Eu te desejo... Nós temos uma conexão absurda". Cuddy continuou dizendo com a cabeça encostada no peito de House. "Eu te desejo até quando discutimos, em cada momento do meu dia eu te desejo".

Ele começou a acariciar as costas dela com a ponta dos dedos.

"Eu amo os seus carinhos, eu amo os seus beijos. Ninguém sabe que você pode ser tão sensível e amoroso. Isso é algo só meu e de Gwen e eu amo isso também".

E eles adormeceram nos braços um do outro.

Pela manhã Cuddy acordou e encontrou o preservativo ainda na mesa de cabeceira.

"House, se vamos usar preservativos até que os anticoncepcionais façam efeito, você precisa aprender a descartá-los". Ela reclamou bem humorada.

"Os meus meninos são muito valiosos para irem para o vaso sanitário". Ele disse.

Ela balançou a cabeça, mas um pensamento passou por ela subitamente, 'e se ela tivesse outro filho?'. Logo ela tratou de deixar esse pensamento para trás, afinal, a filha dela tinha quarenta dias de vida. Oh não, quarenta e um.

Continua...