Capítulo 51 – Sobre vestidos e sobrenomes
Everybody's going to the party have a real good time
Dancing in the desert blowing up the sunshine
Música: B.Y.O.B – System Of A Down
Na manhã seguinte Blythe ligou para House e ele contou onde estavam.
"Vocês precisam vir me visitar também, ou será que eu tenho que ter outro AVC para isso?".
"Não fala isso, mãe". House respondeu. "Eu vou deixar Cuddy falar com você agora". E ele entregou o telefone para a namorada sonolenta. House adorava o fato de que Cuddy e Blythe se davam bem, era um alivio para ele entregar o telefone para ela e se esquivar de conversas com a sua mãe.
Ele foi ver Gwen que estava acordada no berço. "Ei pequena, papai está aqui. Nós estamos em um hotel, não te entregamos para nenhum orfanato, fique tranquila".
"Isso é coisa de falar para a menina?". Cuddy perguntou bem humorada.
"Você já desligou o telefone? A minha mãe não te encheu de perguntas?".
"Não, ela só pediu para irmos visitá-la".
House bufou.
"Nós teremos que ir eventualmente".
"Eventualmente? Essa palavra tem mudado de significado? Porque eventualmente está se tornando muito constante. Estivemos lá meses atrás!".
"Ela é a sua mãe, House".
"Ela pode vir nos ver, não precisamos ir até lá. Temos uma filha pequena".
"Tudo bem, depois falamos sobre isso".
"Não, eu não quero mais falar sobre isso. Pelo menos, não até Gwen completar dezoito anos".
Ela riu e foi preparar a mamadeira da filha.
Naquela tarde os três compareceram ao casamento da prima de Cuddy. O evento seria tipicamente judeu e se realizaria em um salão de festas.
Cuddy foi em um lindo vestido verde escuro que deixava as costas de fora, House usou terno e gravata, mas se recusou a colocar o kipá e Gwen estava em um lindo vestido azul que combinava com os olhos dela.
Cuddy ficou tão emocionada com o casamento, ela chorou muito. Ela percebeu que não achava o casamento uma bobagem, e que ela queria isso para si, por mais que negasse. Mas Cuddy não poderia exigir isso de House, ela sabia a opinião dele sobre casamentos, isso nunca aconteceria com ela. Cuddy também chorou por esse fato.
House segurou Gwen no colo e não entendeu a razão pela qual sua namorada estava tão emocionada, pois Cuddy não mantinha uma relação de amizade próxima com a prima há alguns anos.
Cuddy apertou a mão dele, eles estavam bem daquela maneira, ela tinha uma família, isso era tudo o que ela mais queria, ela tinha que ser grata.
House sentiu Cuddy apertar sua mão muito forte, o que isso queria dizer? Com um braço ele estava segurando Gwen que, a cada dia, pesava mais. A outra mão estava nas mãos da namorada que, a cada segundo, apertava mais forte.
Ao término eles aplaudiram os noivos e se dirigiram para o salão de festas. House estava aliviado, mais um pouco e sua mão teria sido esmagada pela pressão crescente de Cuddy. Apesar de ser pequena, a mulher tinha um aperto de mão de dar inveja em muitos homens.
Assim que entraram no salão eles foram para uma mesa. Comeram, Gwen foi alimentada pela mãe e depois Arlene se ofereceu para cuidar de Gwen.
"Deixe-me cuidar de minha neta Gwenola. Vocês vão dançar!".
"Por que a sua mãe insiste em chamá-la pelo nome completo?".
"Porque ela gosta do nome. É um lindo nome!". Cuddy disse e House engoliu seco. Era melhor calar. Mas o incomodava cada vez que ele ouvia alguém falar 'Gwenola'.
Eles estavam dançando então Cuddy sussurrou no ouvido dele. "Eu estou com tesão".
"Sério? Aqui?". Ele perguntou surpreso.
"Eu não quis dizer que eu quero fazer sexo aqui. Eu só disse que eu estou excitada".
"Você só disse isso? E como você acha que eu estou agora?".
"Eu não tenho culpa se você é tão fácil". Ela disse divertida.
"Ah, você tem culpa sim. Agora eu não conseguirei pensar em mais nada... Venha!".
House a arrastou.
"Pra onde você está me levando?".
"Estou procurando um lugar para acasalarmos". Ele respondeu naturalmente.
"Você está louco?".
"Não me diga que você não quer isso".
"Eu quero, mas nem tudo o que eu quero eu faço".
"Você deveria tentar fazer mais vezes o que você quer, desde que isso não envolva sexo com outros homens".
"House!".
Sem ouvi-la ele a arrastou para uma escada em formato de caracol que ficava atrás do salão de festas. Eles desceram e chegaram a um piso inferior que parecia abandonado.
"Vamos sair daqui, House. É perigoso!".
"E qual a graça de viver sem aventura?".
Lá embaixo encontraram um banheiro inoperante. Mas limpo.
"Alguém vem limpar esse lugar com frequência". Cuddy falou.
"Melhor para nós, menos chances de bactérias".
"Você não está pensando...".
"Eu estou pensando exatamente nisso".
"É perigoso, e se alguém aparecer?".
"Tem cabine, vamos entrar em uma dessas".
Ele a arrastou novamente para dentro de uma cabine.
"E se alguém aparecer?".
Ele não deu atenção para ela, começou a beijá-la e a acariciar os seus seios.
"Espere! Se vamos fazer mesmo isso, precisamos tirar as roupas. Elas não podem ficar amassadas".
"Tudo bem".
House ajudou Cuddy a tirar o vestido e a pendurá-lo na cabine. Ele só abaixou a calça e liberou seu pênis já duro.
"Sente-se no vaso sanitário que será mais fácil". Ela falou tentando negar a excitação que sentia.
Ele a obedeceu e ela o montou.
"Oh meu Deus!". Cuddy gemia.
"Foda-se!". Ele também gemia.
E foram nessa cavalgada por uns dez minutos, até que chegaram ao orgasmo.
"Eu te amo!". Ele disse ainda dentro dela.
"Eu também te amo, muito! Caso contrário não teria aceito isso". Ela disse enquanto se levantava. "Agora me dê papel higiênico. Muito papel higiênico".
"Que romântico!". House reclamou.
"É você quem sempre quebra o clima do romance, não eu".
"Mas você tem que admitir que hoje você está me superando".
"House!". Cuddy falou alto e assustada.
"O que foi?". Ele perguntou preocupado enquanto erguia as calças.
"O meu vestido sumiu".
Eles olharam ao redor e era verdade, o vestido dela havia desaparecido.
"Onde estão os seus pais Gwenola?". Arlene falava com a neta. "Você está cansada e precisa dormir, mas seus pais irresponsáveis sumiram. Eu vou deixá-la com Julia, porque eu preciso ir ao toalete".
"Onde estão os dois?". Julia perguntou quando a sua mãe pediu para que ela cuidasse de Gwen.
"Eu não faço ideia".
"Talvez tenham ido fazer sexo". Cali disse rindo.
"Cali!". Arlene chamou a atenção da neta.
"O que tem de mais nisso?". A jovem perguntou.
"Primeiro, nós estamos em um local publico. Depois, nós temos uma bebê conosco. E por ultimo, você não tem dezoito anos ainda". Arlene respondeu.
"Bobagem. Gwen não entende o que dizemos e eu não sou mais uma criança". Cali falou e saiu em direção a pista de dança.
"Julia, você tem que fazer algo com a sua filha".
"O que você quer que eu faça, mamãe?".
"Não sei, o que qualquer boa mãe judia faria".
"Você era uma boa mãe judia?". Julia perguntou irritada para ela.
"Claro que eu era uma ótima mãe judia".
Julia riu alto. "Você não sabe de nada...".
"O que você quer dizer com isso?".
"Deixa pra lá. Eu vou procurar House e Lisa".
"Você vai encontrar o meu vestido de qualquer maneira, ou eu te castro". Cuddy ameaçou House.
"E o que eu tenho a ver com isso?".
"TUDO! Vá logo!".
"Como se a sua hoo hoo não quisesse ter feito o que fizemos".
"Vá logo!".
Ele saiu sem saber onde procurar.
Chegando ao salão de festas ele viu Arlene.
"Finalmente! Fique com Gwen, eu preciso ir ao banheiro".
"Mas...".
Arlene não ouviu. Entregou a menina para ele e sumiu. "Filha, sua mãe está possessa. Precisamos achar algo que pertence a ela, ou o seu pai será um homem morto".
A menina riu.
"Você ri? Você é mesmo minha filha. Adora uma confusão".
Ele saiu olhando ao redor. E para todos ao redor. Nada parecia suspeito. Onde ele encontraria o vestido verde de sua namorada?
"Lisa?". Julia perguntou quando chegou ao andar de baixo. "Lisa?".
"Julia?". Cuddy queria ficar quieta, mas não pode evitar perguntar em voz alta dada a surpresa em ouvir a voz da irmã.
"Onde você está?".
"Julia, vá embora!".
"Lisa, o que está acontecendo?". Ela abriu a porta do banheiro e viu os pés da irmã na fresta da cabine.
"Julia, vá embora e não diga que me viu aqui pra ninguém".
"Não. Primeiro você me diz o que aconteceu!".
"Eu... eu estou nua".
"O quê?".
"Alguém roubou o meu vestido".
"O que você quer dizer com isso?". Julia estava confusa.
"Eu tirei o meu vestido e o pendurei sobre a cabine, alguém o roubou".
"Por que você penduraria o vestido... Oh meu Deus!".
"Julia não fale nada!".
"Vocês fizeram sexo aqui?".
"Julia...".
"Oh meu Deus! Vocês realmente são um casal e tanto".
Cuddy ficou quieta.
"E quem pegou o seu vestido?".
"Se eu soubesse...".
"Onde está House? Ele te deixou aqui sozinha?".
"Ele foi atrás do meu vestido".
Julia começou a rir descontroladamente.
"Julia, pare!".
Mas ela não conseguia parar. "Eu estou pensando no que você fará se House não encontrar o seu vestido".
"Vá se foder, Julia!".
E ela ria ainda mais.
"Onde eu procuro o vestido de sua mãe, Gwen?". House estava desesperado, Cuddy o mataria, com certeza.
De repente ele viu Joseph no bar. O sujeito insuportável, ele parecia suspeito, só podia ser ele. House se aproximou.
"500 dólares por um vestido". Joseph falou ainda de costas para ele.
"Você é um filho da puta".
"E você é um sortudo que come a minha prima no banheiro no meio de uma festa chata". Ele disse se virando.
"E você é um frustrado que não faz sexo e quer ganhar dinheiro as custas de quem faz".
"Você tem razão, eu não fodo uma mulher há meses, mas esse vestido vai me servir de inspiração, vou bater várias punhetas com ele enrolado na minha rola...".
House entregou Gwen para um desconhecido que estava no bar e deu um soco no rosto de Joseph.
"OHHH!". Todos ao redor ficaram chocados. Joseph caiu no chão e Gwen chorava nos braços do desconhecido. Enquanto isso na pista a festa continuava como se nada estivesse acontecendo.
"Seu filho da puta aleijado, Lisa vai ficar nua aqui porque você nunca terá o vestido de volta". Joseph o ameaçou.
House pegou Gwen no colo, a menina chorava, mas ele não tinha tempo. Ele correu em direção ao palco e interrompeu a musica.
"Atenção senhores! Desculpe interromper a música, apesar de que isso não devia ser chamado de música... De qualquer forma, Joseph Cuddy é um bastardo, ele está dando em cima de minha namorada e prima dele. Ele rasgou a roupa de Lisa quando tentou agarrá-la sem o consentimento dela, e agora minha esposa está trancada no banheiro enquanto esse idiota está solto aqui enchendo a cara".
"OWWWWWWWW!". Toda a festa ficou chocada. Arlene tinha gana de matar Joseph.
"É mentira!". Joseph gritou. "Olhe aqui o vestido dela intacto". E ele tirou o vestido da cueca e mostrou a todos.
"OW ele está com o vestido dela!". Sarah a tia de Cuddy falou chocada.
"E o vestido estava na cueca dele?". Tia Ash perguntou indignada. "Ele é um tarado, nojento!".
"Não, eu posso explicar". Joseph tentava se esquivar das acusações, mas ele não tinha muitas explicações para dar, logo arrancaram o vestido de Cuddy das mão dele e ele foi expulso da festa.
"Eu sempre soube que Joseph não era boa coisa". Arlene disse. "Como está a minha filha?".
"Eu vou levar o vestido pra ela, ela ficará bem".
"Não, esse vestido estava na cueca daquele nojento... Eu tenho outro". A noiva disse. Ela arrastou House até um camarim onde ela devia estar se vestindo antes do evento, e deu um vestido branco para ele levar.
"Obrigado!".
"Lisa merece!". Ela disse.
Quando ele e Gwen chegaram ao banheiro, a menina já tinha se acalmado e ficou feliz ao ouvir a voz da mãe.
"Julia?". House estranhou.
"Sim, eu soube de tudo".
"Pois eu preciso contar o que houve pra vocês e precisamos ser cúmplices nisso". House disse e contou toda a historia.
"Oh meu Deus! E agora?".
"E agora você colocará esse vestido branco e vamos sair daqui". House entregou o vestido para a namorada.
Cuddy estava parecendo uma noiva com aquele vestido branco.
"Acho que vocês entraram nesse banheiro solteiro e sairão casados". Julia falou divertida.
Cuddy se olhou no espelho e gostou do que viu. Novamente em sua mente a ideia do casamento reapareceu.
"Vamos Cuddy!". House cortou os pensamentos dela.
No salão de festa todos foram falar com o casal, especialmente com Cuddy. Todos levavam a sua simpatia pelo que Joseph havia feito.
"House, olha o que você fez. Não é verdade essa história".
"Não é totalmente verdade, mas tem um fundo real. E Joseph mereceu, ele é um idiota".
"Mas eu não me sinto bem com uma mentira".
"Quando chegamos Joseph disse que o nome de nossa filha era horrível". House falou.
"Desgraçado!". Cuddy reagiu com indignação.
"Eu te disse, ele é um idiota!".
"Vamos esquecer dele. Mas vamos pra casa?".
"Vocês não podiam ter esperado chegar no hotel? Teriam poupado tudo isso!". Tia Ash falou baixo para eles.
Cuddy corou.
"Ai que saudades da minha juventude! Se eu tivesse um namorado como o seu, eu também não me controlaria e faria sexo com ele em qualquer lugar". Ash continuou.
Agora era a vez de House corar e Cuddy abrir a boca em choque.
"Joseph é um idiota, ele mereceu cada vírgula do que aconteceu". Ash saiu sorrindo.
"A culpa é sua! Podíamos ter esperado chegarmos ao hotel". Cuddy falou. "Você ficou envergonhado? Eu nunca te vi envergonhado...".
"Ah Cuddy, você pensa tanto em sexo quanto eu. Tem certeza de que você é uma mulher?".
"Você estava dentro da minha vagina há minutos atrás. Você ainda tem duvidas?".
"Falando assim você me excita".
"Cale-se!". Ela riu. "Já tivemos muito problema por uma noite graças a nossa libido desenfreada".
"Vamos dançar então? Uma ultima música? Eu, você e Gwen?" A menina estava dormindo nos braços do pai.
"Ela está pesada...". Cuddy o lembrou.
"Só uma música. Eu estou fazendo musculação por uma razão". House disse.
Estavam dançando uma musica lenta, os três muito próximo, como uma família que eram.
"Você ficou envergonhado, admita!". Cuddy o provocou.
"Não, foi impressão sua".
"Não foi".
De repente House deu um pulo.
"O que foi?". Cuddy perguntou preocupada já pensando que Joseph havia feito alguma coisa.
"Sua tia Ash...".
"O que tem a minha tia?".
"Ela acabou de apalpar as minhas partes"
"Te apalpar?".
"Ela apertou a minha bunda".
Cuddy riu alto e House novamente estava corando.
"Você ficou envergonhado. Definitivamente!". Cuddy assumiu.
Alguns dias depois, de volta a Princeton...
"Você precisa ir...".
"Você quer que eu vá para Oklahoma?".
"O paciente não pode ser transferido, ninguém mais sabe o que ele tem...". Cuddy insistia com o namorado.
"E porque tem que ser eu a ir para tão longe?".
"Porque você é o melhor!".
"Ok. Obrigado por inflar o meu ego, mas porque esse paciente?".
"Eu já te disse... a família dele...".
"É doadora no seu hospital. Eu sei". House a interrompeu.
"Então o que você quer que eu diga além disso? Não é o suficiente que eles sejam um dos maiores doadores?".
"Não! Não é suficiente para eu ir tão longe".
"O hospital vai pagar por todas as suas despesas".
"Você está falando como a minha chefa, mas e o que a minha namorada pensa? Ela quer que eu fique longe por uma semana inteira?".
"Não. Claro que eu não quero que você vá, mas eu estou tentando ser profissional aqui e salvar uma vida".
"Então quando chegarmos em casa você bancará o papel de namorada e dirá para que eu mande a minha chefa a merda e não vá? Pois eu estou confuso com essa coisa toda de dupla personalidade".
"House, por mais que eu não queira que você vá, eu entendo que você precisa ir".
"Tudo bem".
"Tudo bem?".
"Tudo bem, mas eu preciso levar o meu time junto".
"Isso não vai acontecer".
"Por quê?".
"O hospital não tem orçamento para pagar as despesas de todos".
"Mas eles não são um dos maiores doadores?".
"Mas o dinheiro deles não fica guardado apenas para a finalidade de que um departamento todo se desloque para atendê-los".
Ele riu. "Isso é contraditório".
"Você pode falar com o seu time pelo telefone".
"Então os médicos de Oklahoma podem falar comigo por telefone também".
"House, por favor! Já é difícil pra mim pensar que você ficará longe, não complique mais as coisas".
"Difícil pra você? E eu que ficarei uma semana sem ver a minha filha?"
Cuddy se derreteu toda, mas antes dela dizer algo, ele se antecipou e quebrou o clima.
"E uma semana sem sexo?".
Ela riu. "Eu compenso você depois... Prometo!".
House passou a véspera da viagem com a família.
"Filha o papai vai viajar porque mamãe o expulsou".
"House!". Ela chamou a atenção do namorado.
"É sério filha, a mamãe tem ciúme de nossa conexão especial e quer me tirar de perto de você...".
"HOUSE!".
"Wouse!".
Os dois arregalaram os olhos e se voltaram para a filha.
"Ela falou 'House?'". Ele perguntou confuso.
"Me pareceu...".
"Acho que ela só balbuciou algo que sonoramente era semelhante...".
"Wouse!".
Agora não havia duvidas.
"Ela realmente está falando 'House?'". Cuddy perguntou espantada.
"Wouse!". E mais uma vez.
"Wow! A primeira palavra da minha filha é um substantivo". Ele disse sarcástico.
"Ela te chamou...". Cuddy esclareceu.
"Eu sei". Ele fez uma cara de 'Duh'. "Mas não podia ter sido... 'Papai?'".
"Wouse!". E Gwen continuava.
"A culpa é sua!". Ele disse.
"Minha culpa?".
"Você só me chama de House".
"É como nos chamamos, pelo sobrenome".
"Então porque ela não te chama de Cuddy?".
"Uddy!". Gwen repetiu.
"Oh meu Deus!". Cuddy pegou a filha nos braços.
"O que isso diz sobre nós?". House perguntou confuso. "As primeiras palavras de nossa filha são nossos sobrenomes".
"Não faço ideia, mas nossa filha é muito inteligente". Cuddy falou emocionada.
"Se você está chorando com isso, eu imagino quando ela te chamar de 'mamãe'".
"Uma coisa por vez".
"Sim, mas no nosso caso está na ordem errada".
Cuddy sorriu. "Somos nós dois, o que você esperava?".
No dia seguinte House foi para Oklahoma.
"Tchau filha, papai voltará logo, se o paciente morrer volto antes ainda".
"House!". Cuddy chamou a atenção dele como de costume.
"Wouse!".
"Oh não, agora eu tenho duas Cuddys".
"Wouse!".
Ele sorriu, deu um beijo na filha e pegou a mala.
"Ei, você não vai se despedir de mim não?". Cuddy reclamou.
"Eu pensei que eu havia te dado uma despedida muito especial noite passada".
"E foi, mas eu quero um beijo".
Então eles se beijaram profundamente antes dele partir no taxi que o aguardava.
Continua...
