Nota: Esse capítulo e alguns seguintes contém trechos adaptados do script original da série. A série e os personagens não me pertencem, estou apenas usando minha imaginação para criar um cenário de ficção.
Capítulo 52 – A vida é movimento
One day you'll look back, and you'll see
Where you were held now by this love.
While you could stand there,
You could move on this moment
Follow this feeling.
It's alright, it's alright, alright.
She moves in mysterious ways.
It's alright, it's alright, alright.
She moves in mysterious ways.
Move you, spirits move you
Move, spirits 'its move you, oh yeah.
Does it move you?
She moves with it.
Lift my days, and light up my nights, oh.
Música: Mysterious Ways – U2
A semana passou lentamente. House esteve quase dezoito horas por dia no hospital em Oklahoma tentando descobrir a doença secreta do paciente importante. Cuddy manteve-se ocupada com a filha e com o seu hospital, mas quando ambos deitavam a cabeça no travesseiro para dormir, a falta física do outro corpo conhecido deixava um vazio enorme na cama e no coração.
"Você acha que volta logo?". Cuddy perguntou para ele naquela noite antes de dormir.
"Você sabe que eu ainda não descobri o que ele tem. Estamos fazendo testes". House respondeu desanimado.
"Eu sinto a sua falta!".
"Foi você quem me mandou pra cá".
"House!".
"Eu sei... eu sei... A Cuddy profissional queria salvar o mundo".
Ela bufou.
"Eu também sinto a sua falta. E sinto falta de Gwen. Minhas mãos já estão criando calo".
Cuddy balançou a cabeça, o homem deveria ganhar algum prêmio porque ele tinha o talento para quebrar momentos românticos.
"Isso não é verdade". Ela contestou.
"Tudo bem, isso é só 90% verdade".
Ela riu.
"Eu te amo, Cuddy!".
"Eu também te amo, seu idiota!".
"Como está Gwen?".
"Ela te chama toda hora... Ela sente a sua falta".
"Ela diz 'Wouse' ou 'papai'?".
"Você sabe a resposta". Ela disse bem humorada.
"E você? Você se toca pensando em mim?".
Cuddy riu alto. "Você é realmente um idiota. Por que eu te amo tanto?".
"Porque eu te toco como ninguém".
"Idiota!". Não deixava de ser verdade, mas não era só por isso que ela o amava.
"Responda a minha pergunta".
"Não, eu não me toquei porque eu não tive tempo. Eu estou correndo como uma mulher louca atualmente".
"E quando você não está?".
"É verdade". Ela teve que concordar.
"Você pode se tocar agora pra mim?".
"Agora?".
"Sim. Gwen está dormindo... Só estamos nós dois falando ao telefone...".
"Uh... O que você quer que eu faça?".
"Comece tocando os seus mamilos devagar, movimentos circulares". E ela obedeceu.
"Agora puxe delicadamente os seus mamilos. Então aperte os seus seios enquanto uma mão fica neles, a outra mão desce para encontrar a sua hoo hoo que eu tanto amo".
"Você também está se tocando?". Ela perguntou.
"Você quer que eu me toque?".
"Sim! Eu quero!".
Então ele retirou o seu pênis para fora da calça e começou a acariciar-se.
"Agora você passa levemente os dedos no seu clitóris".
"Uhhh..." Ela gemeu.
"Imagine que são os meus dedos. Dois deles te acariciando".
"House!".
"Continue e escorregue um deles para a sua umidade".
De repente Gwen começou a chorar alto, muito alto. Cuddy deu um pulo da cama.
"House, Gwen... Eu preciso ir...".
"O que aconteceu?".
Ela largou o telefone e correu para a filha. Não era normal Gwen chorar assim em nenhum momento, muito menos no meio da noite.
House ficou preocupado, mas Cuddy o esqueceu do outro lado da linha. Então ele mandou várias mensagens no celular dela, até que, meia hora depois ela respondeu.
Desculpe, Gwen chorou e eu fui acudi-la. Ela deve estar sentindo a sua falta, agora ela dormiu novamente! Beijos, terminamos o que começamos quando você voltar, afinal, seus dedos são melhores do que os meus.
Te amo! C
Dois dias depois ele descobriu a doença mistérios: Doença de Gaucher. Com o diagnóstico confirmado, ele pode voltar pra casa. Mãe e filha foram buscá-lo no aeroporto.
Quando Gwen viu o pai, a menina começou a bater palmas e a dizer: Wouse.
Ele sorriu.
"Olá minha pequena!". Então ele pegou a menina no colo e a beijou. A menina sorria feliz.
"Ei, minha grande, não tão grande, namorada". Ele disse para Cuddy.
"Vá se foder!".
"Ótima maneira de me receber".
"Venha cá!". Ela o puxou pela gola da camisa e o beijou.
"Agora sim!".
"Vamos pra casa, papai?". Cuddy perguntou maliciosa.
"Papai!". Gwen falou.
Ele arregalou os olhos.
"Ela disse isso?".
"Eu acho que sim".
Fale outra vez, Gwen. Fale 'papai' outra vez". House pediu.
"Wouse!".
Eles riram, Ela era definitivamente filha deles.
Naquela noite Gwen quis dormir junto com os seus pais, eles não puderam fazer amor, mas ficaram juntos na cama grande do casal. House teve dificuldades para dormir então ele ficou olhando para a namorada e para a filha dormindo. Elas eram lindas e serenas, como ele era um bastardo tão sortudo?
Apesar de estar vivenciando aquilo, ele ainda tinha dificuldades em aceitar que ele era feliz. O constante medo de que tudo acabaria como em um passe de mágica, ou de que ele acordaria sozinho em seu antigo apartamento, vivia o rondando.
No dia seguinte House estava almoçando com Wilson no hospital.
"Vamos jogar boliche essa sexta-feira?". House perguntou.
"Cuddy deixará você sair sexta-feira à noite?".
"Por que não? É só boliche!".
"Porque ela tem as suas bolas nas mãos".
"Ela tem minhas bolas, mas não é dona delas". House respondeu com a boca cheia.
"Eu não posso sexta-feira à noite. Eu tenho um compromisso". Wilson se esquivou.
"Você está estranho atualmente... Está feliz, vestindo gravatas novas... Você está transando!".
"Fale mais alto porque nem todos no restaurante ouviram".
"VOCÊ ESTÁ FAZENDO SEXO!".
"Cala a boca!". Wilson respondeu corando quando todos olharam pra eles.
"Você pediu para ele falar mais alto".
"Você tem cinco anos?".
"Com quem você está transando? Não pode ser Emily... obviamente... uma enfermeira também não explicaria você assim...".
"Por que não?".
"Eu te conheço. É alguém novo".
"House... Eu estou saindo com alguém".
"Com quem você está saindo?".
"É confidencial".
"Desembucha logo!".
"Eu tenho que ir... paciente morrendo de câncer". Wilson falou se levantando apressadamente.
"Wilson seu filho da puta! Eu vou descobrir!". House o ameaçou.
Minutos depois...
"Wilson está transando". Ele disse invadindo o escritório de Cuddy.
Ela arregalou os olhos. "Aqui no hospital?".
"Não. Quer dizer... Eu acho que não...". Ele fez uma cara confusa.
"Então qual o problema?".
"Qual o problema de transar no hospital? Nós já transamos aqui".
"Shhhhhhhhhhh... House quieto!".
"Nós já transamos aqui mais de uma vez. E deveríamos fazer isso hoje outra vez, pois não fazemos isso há mais de uma semana".
"Isso não vai acontecer".
"Mas Gwen não nos deixou fazer isso noite passada".
"Hoje à noite eu te recompenso". Ela disse maliciosa. "Agora, qual a questão com Wilson estar saindo com alguém?".
"Ele não quer dizer com quem ele está transando".
"Bom, não é comigo. E eu espero que não seja com você". Ela disse divertida.
"Engraçado!".
"House, deixe Wilson em paz".
"Não! Eu tenho que descobrir com quem ele está transando".
"House, foque na sua vida sexual e deixe a de Wilson em paz".
Ele bufou e saiu. Ele precisava descobrir.
Naquela noite House estava pensativo, e Cuddy se aproximou dele.
"Gwen dormiu".
"Ótimo".
E ele continuou pensativo.
"É sério isso?". Cuddy perguntou frustrada.
"O quê?".
"Você prefere pensar na vida sexual de Wilson ao invés de ter a sua própria vida sexual com a namorada que está se oferecendo na sua frente?". Ela perguntou enquanto abria o hobby e mostrava uma lingerie vermelha rendada.
"Definitivamente não, eu prefiro você!".
"Finalmente!".
Ele começou a beijar o pescoço dela e em poucos minutos eles estavam fazendo sexo.
"OH House! Continue assim, por favor!".
E ele continuou.
"Mais rápido!".
E ele acelerou o máximo possível. Gwen não era de acordar a noite, mas talvez todos os vizinhos pudessem ouvi-los.
"Como eu senti a sua falta!". Cuddy disse.
Ele beijou a testa dela e a puxou para mais perto dele.
Eles ficaram deitados enroscados, Cuddy adorava se enroscar com o namorado. E ele também.
No dia seguinte House viu a oportunidade ideal para seguir Wilson e desvendar o mistério.
Chegaram a um restaurante, House esperou Wilson entrar e então o seguiu e sentou-se a mesa do amigo.
"Você não a buscou, o que significa que ela vem do trabalho também e que ela não se incomoda que eu a conheça".
"Droga! Eu pensei que eu tinha despistado você com pegadas falsas na neve".
"Acho que isso deixa três possibilidade".
"Melhor ir embora. Se você a ver, será trapaça".
"Não é uma de suas ex-esposas".
"Porque elas me odeiam".
"Ela não te odeiam. Elas deveriam, mas não te odeiam. Eu liguei pra elas".
Wilson balançou a cabeça descrente.
"Emily não te deixaria tão feliz sem sexo. Alguém novo, mas que eu conheço...".
"Você pensou em ficar feliz por mim?".
"Vagamente. Você pediu o vinho antes que ela chegasse aqui".
"Garotas são boas, House. Você tem Cuddy, você sabe disso... Você solucionou o seu último caso porque você se importava com aquela garota".
"Eu sou um homem comprometido".
"Claro que você é!". Amber chegou dizendo. "House só se importa com Cuddy e com a filha deles".
Então Amber e Wilson trocaram um beijo rápido e House estava chocado.
"A cadela assassina?".
"Eu a chamo de Amber". Wilson respondeu sarcástico.
Mais tarde naquele dia...
"Eu não acredito que você seguiu Wilson". Cuddy estava indignada.
"Você parece que não me conhece".
"É verdade...".
"Você entendeu o ponto principal do que eu disse? Ele está com Amber!".
"E daí?".
"E daí?".
"Ele escolhe quem ele quiser, viva com isso!'.
"Você não pode estar falando sério".
"House, deixe Wilson".
Ele não iria deixar, claro que não!
House interceptou Wilson no elevador na manhã seguinte. Ele fez questão de chegar mais cedo só para essa finalidade.
"Acasalamento entre espécies. Sinto-me como Darwin em Galápagos".
"Amber e eu temos muito em comum".
"Ela é uma cadela assassina. Você chora vendo 'Vitória Amarga'".
"Bette Davis, outra mulher forte e confiante".
"Você não gosta de forte nem de confiante. Mas você gosta de carentes. Ela não está morrendo, está?".
"Está. Vá embora!".
Mas House entrou no elevador com ele.
"Eu dou dois meses".
"Cem dólares".
"Não é realmente justo. Você não é objetivo. Mas eu tento te ensinar...".
"Já faz quatro meses".
"Você escondeu isso de mim?". House perguntou ferido.
"Eu errei, certo? Pensei que você ficaria chateado... que me perseguiria pelos corredores e... Você escondeu de mim que estava com Cuddy por quanto tempo mesmo? Você acha que tem argumentos para essa discussão?".
"Era diferente".
"Diferente? Não vejo diferença. Vejo que é ainda pior, pois vocês dois são meus amigos".
"Não vire isso contra mim para se safar".
"House. Amber não está carente. Eu não preciso de carentes".
"Ela é assustadora. Por que o assustador precisa do patético?".
"Você irá falar com ela?".
"Eu não tenho escolha".
Wilson foi para a sua sala mesmo frustrado.
"Você está bem com isso? Nenhum impulso para salvá-la de mim?". House perguntou surpreso.
"Eu rompi o padrão. Por isso, temos uma chance. Eu sei que você é desconfiado demais para aceitar isso... sem querer investigar tudo a fundo, então... Vá em frente. Coloque tudo para fora".
House voltou indignado para a sala de Diagnóstico e compartilhou a novidade com todos do seu time. As reações foram as mais diversas. Depois ele foi até Cuddy.
"Esse assunto novamente? Eu não quero ouvir, estou ocupada agora trabalhando".
"Você está me expulsando?".
"SIM!".
Então ele não teve escolha senão seguir Wilson novamente. E lá estava, Wilson e Amber aguardando por uma mesa no restaurante. Mas Amber fez questão de agir e conseguir a mesa para eles apesar da insistência de Wilson para que ela não fizesse nada.
"A qualquer momento ela o acertará no rosto com os seus testículos".
"Digo o mesmo de Cuddy com relação a você". Wilson retrucou.
"É totalmente diferente".
"Não, não é. Amber... Amber tende a tratar cada situação como o último helicóptero de Saigon".
"Ela é a anti-Wilson, uma força maligna".
"Ela tem uma qualidade chata, talvez duas. Se eu fosse perfeito sairia com alguém perfeito".
Amber conseguiu a mesa. Wilson sorriu apaixonado.
"Você gosta disso!". House falou chocado.
"É chato, mas ela é boa nisso".
"Espere um pouco". House disse. "Isso não se resume a sexo. Você gosta da personalidade, da conduta dela, dela não ligar para as consequências. Você gosta dela poder humilhar alguém se for...".
Então ele parou chocado.
"Oh meu Deus... Você está dormindo comigo".
Wilson olhou confuso. House entregou a taça para ele e saiu rapidamente ainda em choque com a realização.
"Eu preciso que você encontre alguma amiga para dormir com Wilson". House entrou em casa dizendo.
"Boa noite! Onde você estava até agora? Oh não... Não me diga que você estava seguindo Wilson enquanto largou sua namorada e filha em casa?".
Gwen batia palmas quando viu o seu pai. "Papai!".
"Eu precisei ir". Ele disse pegando a filha no colo.
"Ah claro que você precisou ir". Cuddy ironizou.
"Ele está envolvido com uma mulher inapropriada".
"O povo dele é de pastores, e o da Amber de vaqueiros?".
"Ele está combinando as piores qualidades dele: amor por mim e a grande carência que ele tem. Como administradora do hospital, você precisa salvar o seu melhor oncologista".
"Eu gostaria de ajudar, mas, como administradora tem gente na Contabilidade que tem agendamento com as minhas amigas primeiro, sim porque, segundo você, eu sou a cafetão".
"Wilson tem um padrão com mulheres. Ele as salva, então as trai, o que leva à culpa e o faz salvar outra pessoa...".
"Cale-se! Você está exagerando mais do que o normal".
"Mãe!". Ele disse suplicando.
"Mamãe!". Gwen repetiu.
"Oh meu Deus! Ela me chamou de 'mamãe'". Cuddy falou emocionada e arrancou a filha dos braços de House.
"Fale outra vez, filha".
"Papai!".
Ele conteve uma risada.
"Não filha, fale 'mamãe' outra vez".
"Papai!".
"Gwen, você puxou o seu pai realmente". Cuddy disse frustrada. "É irritante as vezes".
"Vamos voltar a falar de Wilson?". Ele perguntou quando Cuddy ia para a cozinha com a filha.
"NÃO!".
"Cuddy, ele é nosso amigo".
"House, você não teme que essa relação fracasse, mas que dê certo. Que Wilson não esteja à sua disposição o tempo todo, mas eu tenho algo para te dizer: Você tem a mim, e a sua filha. E você deixou de estar lá para Wilson também para estar conosco. Ele não merece ser feliz? Não merece alguém que o ame e que o faça companhia?".
"Estamos falando de Amber".
"Você não perderá o seu amigo House. Você é o campeão da carência". Ela o beijou na bochecha e seguiu para pegar a mamadeira da filha.
No dia seguinte Cuddy encontrou Wilson no hospital.
"Você tem certeza de que ela não quer só levá-lo para a toca dela, pendurá-lo de ponta-cabeça e depositar os ovos dela em você?".
Wilson arregalou os olhos. "Excelente disfarce, House".
"Vocês dois estão realmente sério assim?".
"Ela é bonita, ela é engraçada. Talvez seja um pouco mais...".
"Má?".
"Agressiva do que se esperaria para mim, mas eu estou feliz. Não posso apenas curtir isso um pouco?".
"Quantas pessoas o olharam com fé enquanto você dava um prognóstico fatal? Mas você sabia que era bondade dizer a verdade. Amber procura compulsivamente ser a número um, você cuida compulsivamente da pessoa com quem está. Suas necessidades alimentarão as necessidades dela até que reste só um contorno em giz do Wilson no chão".
Wilson franziu a testa.
"Desculpe". Ela disse e saiu.
Ele ficou calado.
'Ela é ainda pior que House', Wilson falou em voz baixa para si mesmo.
Naquela tarde Amber foi falar com House e deixou claro que se importava com Wilson, de alguma maneira misteriosa, ele acreditou nela.
"E isso te incomoda tanto por quê?". Dra. Layla perguntou para House.
"Me incomodava, mas ela veio falar comigo e eu acho que ela era sincera. Posso estar sendo ingênuo... Eu não me reconheço mais".
"Você tem a sua vida, sua namorada, sua filha. E Wilson? Você espera realmente que ele fique sozinho a sua disposição?".
"Ele tem todas as enfermeiras carentes do mundo".
"Me refiro a relacionamento duradouro. Quando ele volta pra casa, quem o espera?".
"Não sei... Ninguém, eu acho. Quer dizer, agora tem a cadela... Desculpe, Amber".
"E você não está feliz por ele? Ele ficou feliz por você".
House calou-se.
"Eu tenho certeza de que sua namorada está incomodada com essa situação". Dra. Layla falou.
"Ela me conhece...".
"Mas isso não deve deixar de incomodá-la. Você está caçando o seu melhor amigo na última semana, ao invés de dar atenção a ela e a sua filha".
"Mas é claro que eu dei atenção a ela na noite passada, eu dei bastante atenção a ela, se você quer saber".
"Não me refiro a sexo. House, você tem uma família agora".
"Eu sei". Ele disse abaixando a cabeça.
No final do dia ele foi até a sala de Wilson.
"Eu decidi que você poderia ter escolhido uma figura feminina pior para me substituir". Dito isso ele saiu.
Wilson em choque o seguiu. "Você sabe o que isso significa?".
"Que você fez uma boa escolha, a primeira relacionado a relacionamentos".
"Meu mundo pode ter expandido. Eu poderia ter um relacionamento duradouro que não fosse com você e você poderia perder um amigo. Você pensou em tudo isso e ainda assim você aceitou. Você está se sacrificando pela minha felicidade?".
"Não esqueça de que eu tenho mais do que você".
"O quê?".
"Eu tenho Cuddy e eu também tenho Gwen!". Ele sorriu.
"É... você tem uma família. Eu admiro isso e eu também quero isso pra mim".
House sorriu de volta e foi para casa, para a sua família.
Meses depois...
Cuddy estava surtando, as vésperas do aniversário de um ano de Gwen. A festa seria em um salão, pois não havia espaço suficiente na casa deles.
"House, pegue a bexiga!". Ela estava testando algumas ideias de decoração.
"Você contratou uma equipe para providenciar a decoração, a comida e para servir e divertir os convidados, porque eu preciso levantar do sofá para pegar uma bexiga?". Ele perguntou com má vontade.
"Pelo amor de Deus House, a bexiga está ao seu lado".
Então o telefone dele tocou.
"Não posso, o meu telefone... Deve ser paciente".
Ela bufou irritada e foi até lá para pegar a bexiga ela mesma.
House precisou sair para atender a uma paciente adolescente deixando Cuddy frustrada para trás.
O caso se agravou e a jovem morreu de eclampsia após dar a luz a um bebê dias atrás. Cuddy se envolveu com o caso mais do que ela gostaria e se viu com a bebê nos braços em uma casa abandonada.
Cuddy levou a bebê recém-nascida para o hospital, ela recebeu os primeiros cuidados e Cuddy não saiu de perto da menina.
"Cuddy, temos que ir. Gwen precisa da mãe dela". House falou preocupado, pois ele notou que a namorada estava passando tempo demais com aquela garotinha abandonada.
"Venha House, venha ver como ela é linda!".
"Cuddy...".
"Venha, por favor!".
Ele foi e olhou para a bebê. "O que vai acontecer com ela agora? Soube que nenhuma das famílias a quer".
Lágrimas caíram dos olhos de Cuddy. "Rachel".
"O quê?".
"Eu dei esse nome para ela".
"E desde quando você pode nomear bebês de outras pessoas?".
"House!".
Ele franziu a testa e percebeu que algo importante viria a seguir.
"Cuddy!".
"House... Nós precisamos conversar".
"Não Cuddy, nós precisamos ir pra casa".
"Eu quero adotar Rachel".
"Cuddy, você não está pensando direito".
"Eu pensei. Eu pensei nisso por dias!".
"Cuddy...".
"Eu me apeguei a essa menina desde o primeiro segundo, eu sinto que ela é a minha filha. Eu não sei explicar, mas eu a amo como amo Gwen".
"Nós temos uma filha que fará um ano em breve, uma casa que não comporta mais um ser humano".
"Nós damos um jeito. Eu preciso disso House. Ela é a nossa filha!".
Ele realmente não sentia o que ela sentia. Ele não sentia o que sentiu quando pegou Gwen no colo pela primeira vez, ele não entendia...
"Cuddy... Vamos pensar!".
"House, eu te amo! Eu amo Gwen! Eu amo a nossa família! Mas eu não posso deixar Rachel pra trás, ela é parte de nossa família".
Ele respirou fundo. "Você vai me largar se eu não aceitar adotá-la?".
"Não. Eu não sei o que fazer... Mas eu não posso deixá-la...". Cuddy começou a chorar. Desde que encontrou a recém-nascida naquela casa abandonada Cuddy chorava com frequência.
House não sabia o que dizer, ele sentia-se coagido. "Esse é um assunto sério, precisamos decidir com calma".
"Eu já decidi!".
"E você fala por mim agora? Essa é a minha vida também".
"Eu a adoto sozinha, caso você não a queira. Você não precisa dar o seu nome e nem ajudar com nenhuma despesa...".
"Cale-se Cuddy, é você quem vive dizendo que somos uma família".
"Eu sei que eu estou exigindo muito de você".
"Tudo bem então, vamos adotá-la! Mas teremos que abortar o plano de gravidez. Você terá Gwen e Rachel, duas filhas, o seu sonho se completou".
Ela concordou prontamente e pulou no pescoço do namorado.
"Obrigada! Eu te amo!".
Nos próximos dias Cuddy ficou focada na burocracia da adoção. Era desgastante, ela sentia-se cansada, sonolenta. Cuddy dormia em qualquer lugar que encostasse.
"Cuddy, você não vai pra cama?". House a acordou. Ela dormia no sofá.
"Que horas são?".
"Três da manhã".
"Eu peguei no sono outra vez. E Gwen?".
"Eu a coloquei para dormir".
Ela não via a hora de trazer Rachel para casa, ela sentia que estava faltando parte da família naquela casa.
"Você precisa diminuir o ritmo". Ele a alertou.
"Eu sei, é só uma fase".
"Eu estou preocupado. Gwen precisa de você".
"Eu sei...".
Uma semana depois Rachel chegou em casa com os pais e encontrou Gwen com a sua babá.
"Olha Gwen, essa é Rachel a sua irmãzinha". Cuddy as apresentou.
A menina abriu um sorriso quando viu Rachel.
"Dá um beijinho nela". Cuddy pediu e Gwen atendeu.
"Olha que coisa mais fofa as duas irmãs". Cuddy falou para House.
"Gwen". House a chamou e a menina andou até ele. "Você gostou da bebê?".
Ela balançou a cabeça em sinal afirmativo. "Papai!".
House abraçou a filha e a beijou. Cuddy estava apresentando a casa para Rachel, como se a menina entendesse tudo o que a mãe dizia.
"Gwen, lembra que conversamos? Você não precisa ficar com medo porque nós te amamos muito. Rachel veio para completar a nossa família". House disse para a filha.
"Papai!". A menina exclamava feliz.
Naquela noite Cuddy estava estranha e House notou.
"O que aconteceu?".
"Será que Rachel está bem?".
"Ela está no quarto de Gwen e temos câmeras lá... Olhe a câmera como você fazia com Gwen. Lembro-me de que você olhava essa câmera de dez em dez minutos quando Gwen era uma recém nascida".
Ela continuou séria.
"Cuddy, o que está acontecendo? Você queria Rachel... Ela está aqui".
"Sim, eu estou feliz".
"Você não parece feliz. Estamos nós quatro aqui, uma família como você sempre quis. Duas filhas!".
"Três".
"O quê?". House perguntou confuso.
"House, eu estou grávida".
Continua...
