Acho que eu atualizo a fanfic antes de 2021 terminar... Então não vou desejar um Feliz Ano novo ainda, só desejo uma ótima leitura!
Capítulo 57 – Entre partidas e chegadas
Well I've been here before
I've sat on the floor in a grey grey room
Where I stay in all day
I don't eat, but I play with this grey grey food
Desole
If someone is prayin' then I might break out
Desole
Even if I scream I can't scream that loud
So I'm all alone again
Crawling back home again
Just stuck by the phone again
Yeah, well I've been here before
Sat on a floor in a grey grey mood
Where I stay up all night
And all that I write is a grey, grey tune
So pray for me child
Just for a while and I might break out, yeah
Pray for me child even a smile would do for now
So I'm all alone again
Crawling back home again
Just stuck by the phone again
Have I still got you to be my open door?
Have I still got you to be my sandy shore?
Have I still got you to cross my bridge in this storm?
Have I still got you to keep me warm?
Música: Grey Room – Damien Rice
"Você sabe que horas são? É bom que alguém esteja morrendo".
"House, Amber... Ela teve um acidente. Ela está morrendo...".
"O quê?". House perguntou sem entender nada.
"Amber... O idiota do colega dela ficou bêbado na festa e ela foi levá-lo para casa, mas eles bateram o carro em um ônibus que cruzou o farol vermelho". Wilson explicou.
"Onde ela está?".
"Ela não estava com documentos, o carro era alugado então não havia sido identificada até pouco tempo, mas eu percebi que ela estava demorando e descobri que ela estava no hospital Central. Já estão a transferindo para Princeton. Eu preciso de você!".
"Tudo bem". House respondeu atônito desligando o telefone.
"O que foi?". Cuddy acordou assustada.
"Amber sofreu um acidente".
"O quê?".
"Eu preciso ir".
"House fale comigo!".
"Eu não sei de mais nada, eu preciso ir para o hospital".
"Oh meu Deus! Eu queria ir com você, mas e as meninas?".
"Fique, eu te mantenho informada".
"Por favor, me informe sobre tudo quando você puder".
E ele foi.
Pela manhã Cuddy recebeu uma ligação do noivo.
"Não temos o que fazer, ela teve um dano irreversível em vários órgãos, mas Wilson não admite que desliguemos os aparelhos".
"Oh meu Deus! House! Eu estou indo pra aí".
"E as meninas?".
"Julia ficará com as meninas, eu preciso estar aí para Wilson".
Quando Cuddy chegou ao hospital subiu direto para ver Wilson. Ele e House estavam no quarto de Amber.
"Wilson, oh meu Deus!".
Ele abraçou a amiga e chorou copiosamente em seu ombro.
"Eu sinto muito!". Cuddy disse. House só observava.
"Eu te disse que eu não gostava daquele colega de trabalho dela. Ele é um egoísta, inconsequente. Ela foi tentar ajudá-lo para que ele não dirigisse bêbado e olha no que deu...".
Cuddy não sabia o que dizer.
"E eu estava brigado com ela. Eu só queria que ela soubesse que eu ainda a amo".
"Wilson, nós podemos acordá-la para que você se despesa. Ela não sentirá dor, estará anestesiada".
"Não. Isso seria maldade. Egoísmo".
"Pense bem, é a sua chance de dizer tudo o que você quer dizer a ela".
House arregalou os olhos. Aquilo seria maldade, não seria?
Wilson ficou pensativo e House puxou Cuddy de lado.
"Você está louca? Ela voltará apenas para saber que morrerá?".
"É a chance para que eles se despeçam".
"Oh, vamos chamar Shakespeare para presenciar a cena".
"House, Wilson está sofrendo. Imagina se fosse eu no lugar dela".
O coração de House saltou. "Eu não estou desmerecendo a dor dele...".
"Você não iria me acordar para nos despedirmos? Para olharmos nos olhos um do outro pela última vez?".
Ele engoliu seco. "Tudo bem".
E assim foi feito. Amber acordou e passou algum tempo com Wilson, depois ex-companheiros foram se despedir. House se recusou a ir, ele achava que seria demais.
Nos próximos dias House e Cuddy compareceram ao funeral dela. Wilson estava destruído e pediu para tirar férias, ele precisava sumir por um tempo.
"Meus pêsames Wilson". Cuddy falou.
E ele chorou novamente nos braços da amiga. House não sabia o que fazer nessas situações, em outra época ele falaria uma bobagem, agora ele preferiu se calar.
"Eu... eu admiro o que vocês dois têm. Valorizem isso, pois, não é fácil...". Wilson disse muito abalado ao final do enterro.
House e Cuddy foram para Paris, ela ficaria um mês trabalhando lá e House daria suporte para o seu time através do telefone e da internet.
Mas antes eles tiveram consulta com o Dr. Blau.
"Vamos descobrir se esse bebe tem uma torneirinha ou uma florzinha entre as pernas?". Dr. Blau falou e House franziu a testa.
'Torneirinha e florzinha?', ele pensou. 'Que imbecil!'.
O exame começou.
"Como estão as apostas?". Dr. Blau perguntou.
"House tem certeza de que é uma menina e eu de que é um menino". Cuddy disse divertida.
"Eu me lembro de que na vez anterior você acertou". Ele falou para Cuddy e House bufou.
"Meu esperma cuidará de me dar outra mulher. Eu sou bom com mulheres". House disse.
"Seu esperma não tem consciência própria, e você não é bom com mulheres em geral, só com a sua noiva e com as suas filhas". Ela disse sorrindo.
"Você não sabe sobre outras mulheres...".
Cuddy fechou a cara.
"Eu estou brincado". House falou.
Dr. Blau riu. "Vocês dois são o melhor casal que eu já atendi".
House não gostava daquele sujeito, tudo o que ele dizia o incomodava.
"Olha só... Está nítido dessa vez hein". Dr. Blau disse apontando uma parte especifica da tela do ultrassom. "Ele tem uma nítida torneirinha".
Cuddy deu um grito. "Eu sabia! Um menino!".
House arregalou os olhos e se aproximou da tela.
"Você errou! Pela segunda vez o grande Gregory House errou o palpite do sexo do próprio bebê". Cuddy o provocou. "O seu esperma não tem tanta consciência assim afinal". Ela continuou a provocação, mas ele estava vidrado na tela.
"Oh Deus! Um menino". Foi tudo o que ele disse.
"Um menino saudável". Dr. Blau complementou.
"Um menino". Ela balbuciou.
"Ei, você será um ótimo pai de menino também". Cuddy disse pegando a mão dele.
"Um menino...".
"House, saia desse transe". Ela apertou a mão dele e nada. Então ela o beliscou.
"Ai!". House reclamou.
"Aceite que o seu filho tem uma torneirinha". Dr. Blau falou bem humorado.
"Não, ele não tem uma torneirinha".
Os dois olharam pra ele sem entender.
"Ele é meu filho, ele tem uma mangueira".
Os dois riram alto.
Dias depois...
"Ei Gwen, olha só esse pirulito francês fedido. Sabe por que ele é fedido? Porque os franceses não tomam banho".
"House, não vá ensinar mentira para a menina".
"Mas não é mentira".
"Sujo?". Gwen perguntou.
House riu.
"Não filha, o seu pai está brincando. House, isso é coisa de séculos atrás, atualmente as questões de higiene mudaram muito no mundo todo".
"Sujos? Sujos?". Gwen continuava.
House ria.
Os olhos de Rachel seguiam a irmã em toda a parte. A menina era encantada por Gwen.
"Bebê". Gwen a chamava. "Toma!". Ela deu um pirulito pra irmã.
"Não filha, Rachel ainda não pode chupar pirulitos, ela é muito bebê".
"Bebê?".
"Sim, muito pequena ainda".
"Eu grande!".
House riu. "Sim, você é gigante".
"Bebê". Gwen apontou para a barriga de sua mãe.
"Isso filha, aqui dentro está o seu irmãozinho".
"Adolph". House disse.
"Não, eu já disse que não aceito esse nome". Cuddy respondeu séria e House a imitou fazendo Gwen gargalhar.
"Falar isso é uma afronta para uma judia". Cuddy dizia. "Você não devia sequer cogitar esse nome".
"Tudo bem, tudo bem... Desculpe".
"Você pode escolher o nome dele, mas eu terei poder de veto total. Já conversamos sobre isso". Ela falou terminando de se vestir.
"Mas você não gosta de nenhum nome que eu escolho". House reclamou.
"Quando você escolher um nome decente...".
House adorava provocá-la com escolhas bizarras para o nome do filho.
Aliás, House ficou chocado por uma semana com o fato de que teria um filho menino, ele ainda não estava totalmente confortável com essa ideia, mas ele tentava evitar pensar muito no assunto.
"Eu devo voltar mais tarde hoje, Marina". Cuddy disse para a babá. Eles estavam em Paris há duas semanas e Marina havia ido com eles.
"E você". Ela apontou para House. "tenha juízo!". Cuddy se aproximou e deu um selinho nele.
"Eu sempre tenho juízo".
Gwen imitou a mãe apontando o dedo para ele.
"É só o que me faltava". House caçoou da filha. "Mais uma Cuddy mandona".
"Como está Wilson?". Cuddy perguntou antes de sair.
"Você diz... Depois de desaparecer por duas semanas e ressurgir das cinzas?".
"Sim".
"Ele não está namorando ainda, isso é surpreendente".
"House, a namorada dele morreu. A mulher que ele amava...".
"Mas estamos falando de Wilson".
"Não seja insensível".
"Você está exigindo muito de mim".
"Onde ele esteve nas duas últimas semanas?".
"Aí que vem a melhor parte... Você poderia pensar que ele passou duas semanas se embebedando em Los Angeles ou em Vegas, que ele estava se acabando em Nova Iorque, mas não... Ele estava em um serviço voluntário no Colorado".
Ela riu. "Cada um tem uma maneira de lidar com a dor".
"Sim, e Wilson cuida sempre da dor do outro antes da sua. Isso faz dele um missionário? Um quase Jesus Cristo?".
Cuddy riu. "Por que será que ele é seu amigo? Será que é uma missão que ele tem aqui na Terra?".
"Oh, falando nisso... Por que será que você é minha namorada?".
"Noiva!". Ela o corrigiu.
"O que torna as coisas ainda piores...".
"Isso faz de mim Madre Teresa de Calcutá?".
"Você é judia, não devia saber essas coisas cristãs".
Ela riu. "Eu estou atrasada, preciso ir. Tchau crianças, tchau noivo!".
Quando Cuddy saiu, House olhou para as filhas e perguntou.
"O que faremos hoje? Uh... Hoje podemos ir dar uma volta no parque".
"PARQUE". Gwen gritou empolgada.
E eles foram. Pai, filhas e Marina.
"Chegamos!". House disse assim que estacionou o carro.
Eles estavam no Jardim de Luxemburgo. Gwen queria que seu pai a carregasse nos ombros, assim ele fez. Marina empurrava o carrinho.
"Quer que eu faça uma foto da família feliz?". Um estranho perguntou.
"Oh não, ele não é...". Marina tentou argumentar.
"Por favor!". House cortou Marina. A foto foi feita no celular dele. House a enviou para Cuddy imediatamente.
A família feliz!
Cuddy olhou a mensagem e fechou a cara. Aquela era a família dela se divertindo e ela estava onde? Aliás... Marina no lugar dela? Ela gostava de Marina, mas... Aquela era a família dela!
House estava reclamando com ela desde que chegaram, pois ela trabalhava sem parar enquanto ele e as meninas passeavam sem ela, sempre.
"Com licença, eu tive um imprevisto e preciso ir. Amanhã encontro vocês aqui no hospital, tudo bem?". Ela falou para alguns administradores que estavam com ela no momento.
"Tudo bem, Dra. Cuddy".
Meia hora depois House e as meninas brincavam no parque quando ele avistou alguém conhecido.
"MAMÃE!". Gwen correu até ela.
"O que você faz aqui?". Ele perguntou assim que ela se aproximou.
"Eu vim ficar com a MINHA família feliz". Ela disse e ele sorriu.
Passaram aquela tarde juntos. Almoçaram em um bistrô, depois foram a alguns museus e voltaram porque as crianças estavam cansadas.
"Ei Bartolomeu, eu não sei o que houve com a sua mãe, se foi ciúme de Marina... Mas funcionou". Ele disse para a barriga dela.
Cuddy riu. "Eu vou passar mais tempo com vocês nas próximas semanas. Vou tentar conciliar tudo".
"Que bom. Pequeno Greg, suas filhas e Golias agradecem".
"Quem é Golias?".
"O nosso filho".
"Nos seus sonhos. Ou melhor, nos meus pesadelos".
Nas próximas duas semanas Cuddy esteve mais presente junto da família.
Quando chegaram ao aeroporto de Nova Iorque, depois de passarem um mês fora de casa, Cuddy recebeu uma ligação.
"Wilson deve estar com saudades de nós, ele não voltou a trabalhar ainda... Chegou do retiro espiritual e continuou em casa... Você não fará nada. É um absurdo! Um funcionário que se recusa a cuidar dos pacientes que estão morrendo de câncer".
"House!".
"Se bem que, o hospital sem nós dois deve ser mesmo muito entediante. Ele quer esperar a nossa volta para voltar também".
"House!".
"Eu faria o mesmo".
"House!".
"O que foi senhora?".
"O seu pai!".
"O que tem o meu pai? O que ele fez agora?".
"Ele... ele faleceu essa manhã".
Continua...
